No já longínquo ano de 2010, um caso de desaparecimento chocou o Chile. Viviana Haeger, uma mulher que vivia em uma área rica do país, desapareceu durante a noite. Seu corpo foi encontrado 42 dias depois no telhado de sua casa. Daí vem o nome da nova série da Netflix, 42 Dias de Escuridão (42 Días en la Oscuridad), que estreou no dia 11 de maio na plataforma.
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42 Dias de Escuridão: diferenças entre o caso real e a série
Em seus seis episódios, o seriado se baseia no livro Você sabe quem. Notas sobre o homicídio de Viviana Haeger, do jornalista Rodrigo Fluxá, que cobriu o caso na época.
Embora seja inspirada em um caso real, obviamente, quando adaptada para uma mídia, a série sempre passa por transformações, até para que o roteiro ganhe mais dramaticidade. Assim, seu desenvolvimento vai integrando novos personagens e fatos que não estão necessariamente ligados à realidade.
Uma das responsáveis pela série, Claudia Huaiquimilla, explicou ao jornal “La Tercera” que se basearam na história verídica, mas que ela e Gaspar Antillo (também diretor) decidiram não transformá-la em uma história de “crime real”, pois assim geraria uma “reflexão maior” sobre temas como violência de gênero.
Questões relevantes
A trama de 42 Dias de Escuridão é basicamente a mesma do caso que inspirou a série. A obra chilena é muito bem-feita e contém um roteiro linear que mantém o espectador interessado para saber o desfecho. No entanto, tem um desenvolvimento bem comum com o que vemos em produções policiais, tornando-a basicamente um passatempo para amantes do gênero.
Mas talvez a reflexão proposta pela diretora sobre violência de gênero seja o grande chamariz da produção. De acordo com dados exibidos pela série baseados em números do Ministério da Mulher e da Igualdade de Gênero do Chile e da Rede Chilena Contra a Violência Contra a Mulher, de 2010 até os dias atuais, 509 mulheres foram vítimas de feminicídio no país. Sem dúvida, é uma marca assustadora, mas, se comparada à realidade brasileira, parece até pequena. Isso porque, no Brasil, somente em 2021, ocorreram 1.319 feminicídios.
Independentemente se for no Chile ou em solo brasileiro, sejam números grandes ou gigantes, 42 Dias de Escuridão levanta essa importante discussão, debatendo sobre os reais motivos de tamanha violência: a fragilidade na lei e a impunidade. Só pela relevância do tema, já vale a espiada.
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Trailer da série 42 Dias de Escuridão, da Netflix
Claudia
Di Girólamo
Pablo Macaya
Daniel Alcaíno
Ficha Técnica (42 Dias de Escuridão, Netflix)
Título original da série: 42 Días en la Oscuridad
Criação: Mike Myers
Direção: Gaspar Antillo e Claudia Huaiquimilla
Roteiro: Rodrigo Fluxá, Claudia Huaiquimilla e Enrique Videla
Episódios: 6
Duração: de 41 a 59 minutos
País: Chile
Gênero: drama policial
Ano: 2022
Classificação: 12 anos
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Sinopse & Info
42 Dias na Escuridão acompanha a desesperado jornada de Cecilia Montes (Claudia Di Girolamo) em busca de sua irmã desaparecida. Verônica (Aline Kuppenheim) desaparece de forma misteriosa do seu próprio lar e sua irmã foi a última pessoa a ter contato com ela. Cecilia tenta conseguir ajuda das autoridades, mas as investigações não levam a lugar algum. Ela sente que se não tomar uma atitude, nunca mais verá a irmã.
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Baseado numa história real, podemos ter um vislumbre das castas sociais e dos hábitos de uma família de classe média alta no Chile. O enredo e o time de atores principais torna a mini série muito boa. A irmã da vítima (Claudia di Girolamo) e o advogado (Pablo Macaya) são excelentes. Os senões podem ir para algumas atuações fracas de alguns atores e em alguns momentos a trama se arrasta um pouco. Achei muito bom.
Tinha tudo pra ser bom, mas acabou sem sentido nenhum, pra quem gosta de perder tempo com casos sem solução e mal sucedidos pode assistir
2 Comentários do leitor