Ao longo da história, os eclipses fascinam a humanidade, causando temor e admiração.
Eclipse é um termo de origem grega que significa desmaio ou abandono, que se refere ao obscurecimento da luz ao se observar a Lua ou o Sol durante esse fenômeno.
Os antigos chineses, babilônios e gregos, já haviam observado e registrado eclipses que constituem marcos que ajudam a vincular a astronomia com a história e a cronologia. Esses povos já conheciam a mecânica desse fenômeno e
previam seu acontecimento com muita antecedência.
No século IV a.C., Pitágoras observou a sombra circular que a Terra projetava sobre a Lua, e usou esse fato para provar que a Terra era esférica.
O movimento de translação da Lua é de aproximadamente 29,5 dias, e nos permite observar as fases: Nova, Crescente, Cheia e Minguante. Na fase Nova, acontece um alinhamento Sol-Lua-Terra, o observador terrestre não pode ver a face iluminada da Lua, pois ela não está voltada para o nosso planeta. Durante a fase Cheia acontece o alinhamento Sol-Terra-Lua e, desta forma, a face iluminada do satélite volta-se para a Terra. Todo o disco lunar fica visível e temos as belas noites de Lua Cheia.
O eclipse da Lua acontece sempre durante a Lua Cheia, pois é nessa fase que a Terra se posiciona entre o Sol e a Lua. Entretanto, esse fenômeno não ocorre todos os meses porque
a órbita da Lua ao redor da Terra não está no mesmo plano da órbita da Terra em relação ao Sol. Essa inclinação do plano da órbita da Lua é de aproximadamente 5,2º em relação ao plano da órbita da Terra em relação ao Sol.
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A figura, a cima, mostra a inclinação da órbita LUA-TERRA em relação à órbita TERRA-SOL.
A figura abaixo mostra a inclinação da órbita da Lua e as regiões onde ocorrem os eclipses.
Quando o sol está na linha de intersecção do plano da órbita da Terra em torno do Sol, com o plano da órbita da Lua em torno da Terra (linha dos nodos), a Lua entra na região da sombra da Terra ocasinonando o eclipse lunar.
Durante a observação de um eclipse total da Lua, esta não fica totalmente invisível, como na fase de Lua Nova, em razão da luz proveniente do Sol ser
refratada pela atmosfera da Terra. Essa refração e a quantidade de poeira da atmosfera faz com que um observador aqui da Terra veja nosso satélite natural com uma cor avermelhada.
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Quando somos crianças é comum olharmos para o céu noturno e achar que a Lua está nos seguindo. Assim como a Terra, o satélite natural está constantemente girando em torno do Sol. O movimento acontece de forma paralela ao movimento que a Lua também faz em torno da Terra, chamado de revolução. Este, por sua vez, se completa em torno de 28 dias e compreende o que conhecemos por ciclo lunar. É durante o ciclo lunar que a Lua vai se “apresentando” de maneira diferente a
cada dia para os observadores da Terra. As chamadas fases da Lua se comportam de mais formas do que as quatro tradicionais que aprendemos. ++ Como fazer Astronomia sem saber física e matemática? Isso acontece porque a Lua não tem iluminação própria. A luz branca que vemos em sua superfície é nada mais do que um reflexo da luz
do Sol. Vamos pensar: se a Lua está virada para determinado lado do Sol, apenas esse lado receberá sua luz e, portanto, se tornará visível para a Terra. A posição que recebe a luz do Sol vai mudando de lugar e o formato da Lua vai se transformando para os observadores. Assim, podemos dizer que a Lua passa por oito fases. É o momento em que não se vê a Lua no céu. Nesse período, apenas a face que não é voltada para a Terra recebe a luz solar e por esse motivo não
a enxergamos no céu. 1. LUA NOVA
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2. LUA CRESCENTE
A Lua começa a dar as caras. A Lua não tem cantos e por isso ela começa a se apresentar em um formato côncavo. Forma-se um “sorriso no céu”.
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3. QUARTO CRESCENTE
Esse momento implica que o satélite natural está em uma posição de 90º em relação à Terra. Dessa forma, sua porção iluminada pelo Sol está visível acima de 34% para os observadores da Terra.
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4. CRESCENTE GIBOSA
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Essa fase é um momento de transição entre o Quarto Crescente e a Lua Cheia. O período é marcado por parecer quase completo. É quando a Lua está “quase lá”.
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5. LUA CHEIA
O grande momento da Lua é a fase chamada de Lua Cheia. Durante esse período do ciclo, toda a face da Lua voltada para Terra é iluminada pela luz solar e, por isso, a enxergamos de forma “completa”. Uma grande bola de luz branca no céu.
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6. MINGUANTE GIBOSA
A fase de transição de Lua Cheia para Lua Minguante é conhecida como Minguante Gibosa. Nesse momento a Lua começa a “diminuir” (ou minguar). O seu movimento de órbita faz com a face virada para Terra passe a ser cada dia menos iluminada pelo Sol. Vemos a Lua em um formato convexo no sentido oposto da Crescente Gibosa: cada dia menor.
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7. QUARTO MINGUANTE
A Lua fica novamente pela “metade”; desta vez, no sentido contrário ao Quarto Crescente. Mais uma vez, o formato se dá pelo posicionamento 90º com a Terra. É como se houvesse uma simetria e a Lua estivesse fazendo o caminho de volta de onde começou.
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8. LUA MINGUANTE
Na última fase, a Lua vai se despedindo em um formato côncavo, contrário ao sentido da Lua Nova. Durante o período, o satélite natural vai “desaparecendo” até chegar na Lua Nova mais uma vez, quando sua face virada para a Terra não é iluminada pelo Sol.
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