Cardiologia
Dor no peito por mais de 20 minutos pode ser infarto
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22/07/2015
Hospital 9 de Julho
A dor no peito por mais de 20 minutos na região abaixo do queixo é um dos sintomas do infarto. Alguns outros sinais mostram claramente que há algo errado com o coração. Outros, no entanto, podem passar despercebidos, mas ainda assim são possíveis em quem está sofrendo um infarto. "As providências médicas nesses casos são extremamente impor tantes e quanto mais cedo melhor", afirma o cardiologista Dr. Marcelo Paiva, do Centro de Cardiologia do Hospital 9 de Julho.
Abaixo, listamos 9 dos principais sinais do infarto:
Dor no peito: o mais comum e importante dos sintomas. A dor ou a pressão no peito pode irradiar para o lado esquerdo do corpo, afetando o ombro e até a mandíbula;
Suor frio: esse é um sinal de alerta, ele sempre vem acompanhado de outros sintomas;
Náuseas ou vômito: também considerado um sinal de alerta, o mal estar gástrico é um sintoma causado pelo estado de alerta que o corpo entra quando a pessoa sofre um infarto;
Tosse
seca: o infarto compromete, além do coração, os pulmões. Por isso, ele pode provocar uma tosse seca. Esse também é um sintoma que não surge sozinho;
Falta de ar: o mesmo comprometimento dos pulmões que causa a tosse também pode causar aquela dificuldade para respirar, com a sensação de respiração encurtada e falta de ar;
Desmaio: a arritmia ou a parada cardíaca, resultado do infarto, podem causar uma síncope, que provoca o desmaio;
Tontura: a
baixa oxigenação no cérebro, ocasionada pelo batimento irregular do coração, pode causar tontura. Esse sintoma também não surge sozinho;
Fraqueza excessiva e repentina: esse é um sintoma não muito comum, mas também relatado por alguns pacientes;
Palpitações: como o infarto provoca arritmia no coração a pessoa tem a sensação de que está tendo palpitações, com o coração batendo fora do compasso.
Vale lembrar que nem sempre um infarto vem acompanhado de dor no peito. Em mulheres e idosos, principalmente, esse é um sintoma não tão frequente quanto as pessoas imaginam.
Por isso, é preciso estar sempre atento e fazer avaliações periódicas para avaliar os riscos.
Fatores de risco
Segundo Dr Paiva, tanto para a prevenção do infarto quanto para o diagnóstico da angina é necessário fazer uma avaliação dos fatores de risco, da condição anatômica e funcional do
coração, buscando identificar se há um processo aterosclerótico em andamento (formação de placa nos vasos) ou até uma obstrução nas artérias coronarianas. "O tratamento vai depender do diagnóstico preciso e pode incluir: medicamentos, angioplastia ou cirurgia", diz.
Assista ao vídeo do Dr. Marcelo Paiva, sobre infarto:
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Falta de ar, náusea e tontura são manifestações confundidas com as de asma e gastrite, entre outras
Sintomas da doença que matou o secretário da Saúde de SP podem durar vários dias, de forma ininterrupta
MÁRCIO PINHO
DE SÃO PAULO
O infarto é uma doença traiçoeira. Pode dar sinais claros de que está ocorrendo, como dores do lado esquerdo do peito, ou ainda outros que não despertam suspeitas -uma sensação súbita de indigestão, por exemplo.
A doença que no último sábado vitimou o secretário paulista da Saúde, o médico Roberto Barradas Barata, aos 57 anos, está entre as maiores causas de morte no mundo.
A maioria dos
pacientes não sabe distinguir os sinais do infarto dos de outras doenças, segundo o cardiologista César Jardim, do HCor.
O infarto acontece quando uma artéria próxima ao coração é obstruída por placas de gordura. Sem receber oxigênio e nutrientes trazidos pelo sangue, o coração morre.
Esse processo pode irradiar dores para outras regiões, diz o cardiologista do Hospital Sírio-Libanês Roberto Kalil Filho.
É o que explica o desconforto em costas, ombros, mandíbula e estômago e as
náuseas sentidos por quem, em seguida, infarta.
O que torna mais difícil saber o que está acontecendo é o fato de essas manifestações ocorrerem mesmo sem os sintomas mais comuns da doença -as dores no peito que depois alcançam o pescoço e o braço esquerdo.
Por isso, defende Kalil Filho, é preciso descartar o risco de infarto para todo sintoma entre umbigo e pescoço.
A recomendação é procurar um médico ao notar qualquer alteração, nem que seja para descobrir que não se tem nada ou que
se trata de outra das várias doenças cujos sinais se confundem com os de um infarto, como asma.
Os sintomas do infarto podem durar dias, de forma ininterrupta, ou ainda se manifestar em intervalos.
O consenso médico é que, em se tratando de coração, é essencial buscar um diagnóstico precoce.
A atenção deve ser redobrada para os grupos de risco da doença, como os idosos. Neles especialmente o infarto pode aparecer sem apresentar nenhum sintoma prévio, o que dificulta ainda mais a
detecção da doença.
Nos homens, ele é mais frequente a partir dos 55 anos e, nas mulheres, após os 65.
FATORES DE RISCO
Os mais jovens, contudo, também são vítimas. Especialmente se têm colesterol alto, hipertensão, diabetes, estresse, histórico de doenças cardíacas na família ou se são fumantes.
"Esses devem passar por uma consulta clínica de vez em quando, mesmo se ainda têm 30 ou 40 anos. É importante medir a pressão e fazer exame de colesterol", afirma Luiz Antonio
Machado César, presidente da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo.
Alimentação saudável, controle do peso e exercícios físicos também são importantes para a prevenção.
O secretário Barradas estava em casa quando passou mal no último sábado. Ele foi levado ao Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia. Lá, ainda foi feito um cateterismo de urgência, que não surtiu efeito.
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