Amenófis iv limitou o poder dos sacerdotes por quê

O estabelecimento do Novo Império teve início com o processo de união da população egípcia contra a dominação exercida pelos hicsos em seus territórios. Com o apoio de Amósis I, uma grande revolta contra a presença estrangeira conseguiu finalmente desencadear as lutas que deram fim à hegemonia dos hicsos. A grande mobilização gerada por esse episódio fortaleceu o exército egípcio e propagou ações militaristas que ampliaram as fronteiras do império.

Segundo apontado por recentes pesquisas, foi nessa mesma época que os hebreus haviam se instalado no Egito, aproximadamente no século XIII a.C.. Com relação a este fato, devemos assinalar que, após a saída dos hicsos, o governo egípcio converteu a população hebraica à condição de escravos. Mediante tal mudança, os hebreus deram início ao seu processo de retirada do território egípcio, feito que contou com a liderança político-religiosa de Moisés.

Entre as mais importantes conquistas territoriais realizadas nessa época, destacamos o controle sobre as regiões da Mesopotâmia e das proximidades do Sudão. O controle sobre uma ampla porção de terras também fomentou a formação de atividades comerciais mais intensas, que incluía a importação de madeira da Fenícia, de metais preciosos vindos da Núbia e da resina proveniente da Grécia e outras regiões do mundo Oriental. De fato, esse foi um período de expressiva prosperidade econômica.

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O visível fortalecimento do poder monárquico abriu portas para a constituição de uma reforma religiosa que foi imposta pelo faraó Amenófis IV. Buscando limitar a influência exercida pelos sacerdotes, este governante aboliu o culto politeísta no Egito e passou a reconhecer somente o culto ao deus Aton. Com tal mudança, pôde fechar vários templos dedicados a outras divindades e confiscar os bens administrados por grande parte da classe sacerdotal.

A mudança provocada por Amenófis IV não perdurou no interior da sociedade egípcia. Tutancâmon, filho de Amenófis, assim que chegou ao poder tratou de restabelecer as antigas tradições religiosas politeístas com a recuperação dos templos que haviam sido abandonados. Chegado o governo de Ramsés II (1292 – 1225 a.C.), os egípcios tiveram que enfrentar a cobiça de outros povos estrangeiros. Nesse período, as forças militares do Egito se encarregaram de expulsar os hititas do Vale do Rio Nilo.

No final do Novo Império, as disputas políticas entre os faraós e os sacerdotes foram responsáveis pelo enfraquecimento político da nação. Por volta de 1100 a.C., o império egípcio foi novamente dividido em Alto e Baixo Egito. A dissolução acabou permitindo que os assírios avançassem sob o território. Em 662 a.C., o rei Assurbanipal conseguiu subjugar o politicamente combalido governo egípcio. Daí em diante, outras civilizações dominaram o Egito.

Por Rainer Sousa
Graduado em História

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SOUSA, Rainer Gonçalves. "Egito Antigo – Novo Império"; Brasil Escola. Disponível em: //brasilescola.uol.com.br/historiag/novo-imperio.htm. Acesso em 06 de janeiro de 2023.

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muito grande; não só os mitanianos, mas tam- 75 bem seus vizinhos que não se haviam batido com o Egito •— os assírios, babilónios, hit i tas — julgaram prudente enviar tributo ao- vencedor, Graças à vitória sobre Milani, grande parte da Ásia Anterior achava-se sujeita à influência egípcia. As nove campanhas seguintes foram apenas campanhas de "ma- nutenção". ]£ manifesto, com efeito, que o país con- quistado não foi to ta lmente ocupado. O faraó se con- tenta em levar para o Egito os filhos dos príncipes e os dos chefes vencidos, Fá-los estudar no país e os devolve em seguida a seus países de origem, na qualidade de agentes da civilização egípcia. Este sistema revelava-se um tanto ineficiente e veremos que, embora forte, a posição do Egito na Ásia terá que se apoiar constante- mente em novas incursões armadas, Em 1464, ainda vivo' Thutmés III, o Mitani, apoiado pelos príncipes de Kadesh e de Tunip (cidade fortificada dos sírios situada perto do Oronte) estabelece uma iiltima coalizão, mas os egíp- cios depois de nova campanha, conseguem retomar tanto Tunip como Kadesh. A Ásia vai manter-se tranquila pelo menos até a morte do rei, que ocorreu em 1450. No fim de seu reinado, por ocasião de uma revolta certamente local dos sudaneses, Thutmés III subiu até a quarta catarata. Assim, em 1450, o Egito se estende de Napta, no Nilo meridional até o Eufrates. É o apo- geu de seu poderio, que agora só fará decrescer pouco a pouco; a obra de Thutmés III, no entanto, foi tão grande que conseguiu manter-se ainda por mais de um século. Amenófis U (1450-1425). — Thutmés III, enquanto ainda vivo, elevou seu filho mais velho ao trono, para evitar-lhe os desgostos que tivera no tempo de Hatshe- psut. Amenófis II, portanto, sucedeu a seu pai sem mais delongas. Teve um reinado pacífico interna e externa- 79 mente; os sírio-palestinos, aproveitando-se da morte de Thutmés III, tentaram rebelar-se,.mas Amenófis II re- primiu a insurreição e executou os sete chefes sírios que capturou em campanha, A situação na Ásia, de resto, tende a evoluir. O Mitani, até então "predominante, começa a temer os hititas (instalados na Anatólia), e este temor fá-lo aproximar-se dos egípcios. Thutmés IV (1425-1408) não era certamente o filho primogénito de Amenófis II, mas não sabemos como chegou ao poder, porquanto a sucessão se fez sem cho- que. Como seu predecessor, teve um reinado calmo, Fez duas campanhas,' uma no Sudão e outra na Ásia; esta últ ima foi mais uma inspeção que uma expedição propriamente dita. Com efeito, a situação na Ásia evo- luíra completamente, o perigo hitita assumira, tais pro- porções que os antigos inimigos do Egito, os mitanianos, agora não hesitavam mais em buscar a amizade do faraó. Uma aliança foi concluída entre os dois países e para selá-la acredita-se que Thutmés IV tenha desposado uma princesa mitaniana. É a esta que seu f ilhcx Amenófis III deveria o fato de ter sangue indo-europeu. Amenófis III (1408-1372) sucedeu normalmente a seu pai. No início do reinado, saía frequentes vezes em expedições de caça; depois, parece que permaneceu tran- quilo em seu palácio; desposou uma mulher de origem obscura, talvez estrangeira. Externamente, Amenófis III avançou uma ponta no Sudão, até Kara, onde propuse- ram reconhecer-lhe a região que se estendia imediata- mente ao sul de Napata e da quarta camarata. Não consta que tenha intervindo na Ásia, onde a aliança com o Mitani mantinha-se sempre efetiva. O rei do Egito busca suas esposas em Mitani e na Babilónia. Mas o desen- volvimento da situação política asiática, que começara no tempo de seu avô, processava-se sempre mais rápido. Os hititas atacavam os mitanianos e estes só conseguiam repeli-los com o Auxílio de tropas egípcias. A interven- çãojdessas tropas levará os hititas, a partir do fim do reinado de Amenófis 'II, a se voltarem diretamente con- tra o próprio Egito. Retomando a política dos mita- nianos, no tempo de Thutmés III, os hititas fomentam na Síria uma colizão antiegípcia. A segurança do Egito está, portanto, ameaçada, mas a situação só se tornará realmente melindrosa para' as possessões egípcias na Ásia sob o reinado do sucess.or de Amenófis III. ,^m,.. (1372-1354). — Amenófis v T r TWSOCWWpBKTSÍ' 'I^Olff^-S-f-f— > - ,_*_*"—IV, o limo de Amenoíis III, tornou-se ramosp na Instona universal p^elas__denqminaç.Õ...e.s. cie..."rei... .lieréfi.cp" ou "rei cismático". Em seu reinado, a religião se destaca mais gue~tugc>. Mas não se deve p en s ar~qu ê "ã"f èlíg i ã q tenha esperado pelo reinado de Amenófis IV para desempenhar um papel na política egípcia; a reforma religiosa de Amenófis IV em parte nasceu de ideias concebidas, no reinado de Amenófis. III. Desde a origem da dinastia, o clero de Amon exerceu imp_OTtjinte^_afi.ão_ no^governo. 0uê" à "revolução" religiosa de Amenófis IV tenha tido origem política è também possível. Não se diz que Amenófis IV não tenha sido sincero em sua ati- .tude religiosa. Talvez tenha sido místico; não temos documentos suficientemente seguros para julgar a res- peito desse aspecto do problema, mas é evidente que a primeira intenção de sua iniciativa. é...s.acudir. o..jugo-cio clero àmoriiànó. Recorrendo a dispositivo verdadeira- • mente rèvqlucibnário, tenta acabar com a religião_do deus Ajnon, fecha seus templos e dispersa seus sacer- dotes. Não satisfeito com essas primeiras medidas, aban- dona Tebas e instala seu governo em Tell .al-Amarna, no"_Médib Egito (Cf. Mapa I, p. 35), Enfim, muda seu própjrio nome, composto com o nome de Amon, para 81 Akhenalon, c manda eliminar o. nome..ç!e.A.mpn.ç.rn..tpdas alTfnscrições monumentais, sobretudo nos carluchos dos faraós precedentes — Amenófis I, II e III. A religião que impôs ao Egilo mostra tendência claramente mo- no teísla, embora os outros deuses à exceção de Amou" não tenham sido molestados; o deus por excelência é At o n, o disco solar, mas — novidade no Egito — para adorá-lo não são necessárias estátuas, o culto será feito ao ar livre e se dirigirá diretamente ao deus que brilha nos céus. Houve quem visse in f luenc ia asiática nessa religião; houve mesmo quem pensasse que o rei a teria adotado deliberaclamente com a finalidade de favorecer uma política imperialista egípcia na Ásia. Mas isso é pouco provável; de um lado, Amenófis IV parece não ter-se preocupado muito com a situação externa; de outro, o culto de Atou não foi invenção sua. Já existia nos reiiiactõr^teriS^^O .^'".? .^?"'^ ATõn~e"usaclõ"pãra designar o disco solar desde os jvelhps Textos ãas'Pirâ- mides^ Enfim, o clero parece ter exçrcido certa influên- cia "na revolução religiosa de Akhenaton. Em suma, o aspecto político da revolução atoniana parece ter sido decisivo. Aj]ás,__es^fpj_^^remjmT_ente curta, e a religião de Aton foi abandonada talvez ainda em vida do pró- puiKSEEiríaton.' 'Parece, a propósito,' que a mulher de Ammófis IV^NjIgrtyj, exerceu fundamental fnfluerTcia na revolução operactapelo marido. Se ela não favoreceu a introdução do novo culto, em todo caso permaneceu- jhe fiel p_or_m_ais tempo que o próprio marido! A~~ãçao de Amenófis IV acarretou""â'"debilitarão da dinastia. Morto o rei, .g_cjero.de Amon recobrou todo o seujxxler e os sucessores cteAmeiróTIs~TV pêrcfélFãm" todo o seu prestígio junto ao mesmo. Suspeitosos, os sacerdotes de Amon favoreceram a instauração de mna~noya~~dinastia. E7~pn:eT?iÍBraTrdõrse~tóv^ pela revolução religiosa, a coalizão hitita prosseguiu em seus ___ expedicionários. O rei de Kadesh retomou a pla- nície síria do Norte "e o rei de Amurru, outro aliado dos hititas, apoderou-se dos portos fenícios ocupados pelo Egítò~"Amenófis IV não reagiu, limitou-se a mandar, um investigador à Fenícia; este, assaz bizarramente, confir- mou-o rei de Amurru nos territórios que acabara de arre- batar

Qual a importante reforma política de Amenófis IV?

Essa disputa de poder culminou por volta do século XIV a.C., período em que o faraó Amenófis IV realizou uma reforma religiosa que tinha como justificativa maior a limitação dos poderes da classe sacerdotal egípcia. Para que isso fosse possível, Amenófis oficializou o culto monoteísta no Egito.

Quais as características que tornam o governo de Amenófis IV inédito na história do Egito?

Amenófis IV destacou-se na história dos egípcios porque:1 Foi um faraó militarista, que submeteu diversos povos ao domínio do Egito. 2 Mandou construir as pirâmides, obras monumentais que existem até hoje. 3 Unificou o Egito, dando inicio ao chamado período Dinástico. 4 Fez uma reforma religiosa, impondo o monoteísmo.

Quem tinha mais poder Akhenaton e Nefertiti?

Por sua grande popularidade, alguns historiadores defendem a tese de que Nefertiti tenha sido alvo de assassinato de alguns sacerdotes que defendiam o politeísmo. Outros especialistas, ainda, acreditam que ela tenha se tornado co-regente de Akhenaton, acumulando mais poder.

Qual foi a grande mudança feita por Akhenaton?

A revolução de Aquenáton, o faraó que acabou com 2 mil deuses e instaurou o monoteísmo no Egito. Desde o início de seu reinado, o faraó Aquenáton e sua mulher Nefertiti decidiram desafiar todo o sistema religioso do Antigo Egito.

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