De acordo com Celso Antunes em Porta aberta: indisciplina + conflito = solução. Por quê?, por que essa palavra “conflito”? Se essa palavra tem o mesmo significado de “indisciplina” não deveria aparecer, pois é ilusória redundância; se expressa outra coisa, qual é a sua relação de proximidade com a palavra “indisciplina” e por que, na soma das duas, se sugere uma solução?
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Uma indisciplina em sala sem conflito é aquela, tantas vezes comum, da aula na qual não ocorre bagunça, mas não há o interesse, na qual não existe agitação porque, esmagados pelo conformismo, os alunos vivenciam o tédio e fazem de seu silêncio e da indiferença a forma mais ruidosa de indisciplina.
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Indisciplina que este livro busca trabalhar é a do conflito de alunos que querem se interessar e não são chamados a isso, de pessoas dispostas a aprender desde que “valha a pena”, sem encontrar, todavia, aulas que os anime, desafios que os arrisque, escola que veja em sua rebeldia uma vontade de mudar.
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Percebe-se, pois, que não existe sempre um “bom conflito” e que, ao se fazer deste um caminho para uma aprendizagem eficiente, equaciona-se o problema da indisciplina, não sendo possível canalizá-la para um ensino transformador.
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Uma indisciplina em sala com conflito é aquela, tantas vezes comum, da aula na qual ocorre bagunça, não há o interesse, na qual existe agitação porque, esmagados pelo conformismo, os alunos vivenciam o tédio e fazem da sua bagunça e da indiferença a forma mais ruidosa de indisciplina.