IPAM Amazônia | Desenvolvimento sustentável da Amazônia pelo crescimento econômico, justiça social e proteção da integridade de seus ecossistemas.
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Protocolo de Quioto, Ipam, Efeito Estufa, Mercado de Carbono, Recuperação de áreas degradadas, Mudanças Climáticas, Crédito de Carbono, Mudanças Globais climáticas
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Entre o respeito pelos elementos da floresta e a abundância que ela oferece, os povos indígenas cultivam um relacionamento diferente com o meio ambiente, no qual a conservação do que está vivo é elemento fundamental. Este será
o tema central do próximo episódio do segundo ciclo do Amazoniar. Na próxima quinta-feira (17/6), a partir das 14h (horário de Brasília), o IPAM (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia) reúne especialistas para discutir o papel fundamental dos povos indígenas na conservação da floresta, essencial para manter o equilíbrio do clima regional e global. O evento será transmitido pela plataforma Zoom, com
tradução simultânea para o inglês e para o português. Participam desse encontro o gerente de Instalações Florestais e Fazendas da FAO (sigla em inglês para Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura), David Kaimowtz; e o coordenador de Área e Território e Recursos Naturais da COICA (sigla em espanhol para Coordenadoria das Organizações Indígenas da Bacia Amazônica), e assessor político da COIAB (Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia
Brasileira), Toya Manchineri. O mediador desse papo será o pesquisador sênior do IPAM, Paulo Moutinho. Sobre o projeto O que os povos indígenas da Amazônia têm a
ver com a floresta em pé?
14.06.2021 • Notícias
O Amazoniar surgiu com o intuito de promover um diálogo global sobre a floresta amazônica, a fim de ampliar o debate a respeito de sua influência entre a relação do Brasil com o resto do mundo.
No segundo clico, o foco principal são os povos indígenas e o seu papel como principais aliados
no combate ao desmatamento e na conservação da floresta, sua contribuição para a ciência e para a cultura, bem como seu impacto no desenvolvimento sustentável da região. Os encontros desta temporada estão marcados para ocorrer duas vezes ao mês até o dia 15 de julho.
Confira o calendário dos próximos episódios e os temas a serem abordados:
1º de Julho – Ep 09: O que podemos aprender com as ciências tradicionais?
15 de Julho – Ep 10:
Integração Pan-amazônica: inúmeras culturas em um só bioma.
Acompanhe
Cliquei aqui para acompanhar o próximo episódio.
Assista ao episódio anterior aqui.
Relembre o primeiro ciclo do
Amazoniar aqui.
Foto: diversos autores, veja aqui
Mesmo não sendo “naturalmente ecologistas”, aos povos indígenas se deve reconhecer o crédito histórico de terem manejado os recursos naturais de maneira branda. Souberam aplicar estratégias de uso dos recursos que, mesmo transformando de maneira durável seu ambiente, não alteraram os princípios de funcionamento e nem colocaram em risco as condições de reprodução deste meio.
Diferentes concepções de "natureza"
Muitas vezes somos levados a pensar que as sociedades indígenas que vivem nas florestas tropicais são povos isolados, intocados, e que vivem “em harmonia” com os seus ambientes.A dificuldade em se compreender as concepções e as práticas indígenas relacionadas ao “mundo natural” e a tendência em aprisionar estes modos de vida extremamente complexos e elaborados na imagem idealizada de uma relação harmônica homem-natureza são exemplos de etnocentrismo.
A visão dos índios como homens "naturais", defensores inatos da natureza, deriva de uma concepção de natureza que é própria ao mundo ocidental moderno: a natureza como algo que deve permanecer intocado, alheio à ação humana. Mas o que os povos indígenas têm a dizer sobre o assunto é bem diferente.
Rio Xingu.As concepções indígenas de “natureza” variam bastante, pois cada povo tem um modo particular de conceber o meio ambiente e de compreender as relações que estabelece com ele. Porém, se algo parece comum a todos eles, é a idéia de que o “mundo natural” é antes de tudo uma ampla rede de inter-relações entre agentes, sejam eles humanos ou não-humanos. Isto significa dizer que os homens estão sempre interagindo com a “natureza” e que esta não é jamais intocada. Os Yanomami, por exemplo, utilizam a palavra urihi para se referir à "terra-floresta": entidade viva, dotada de um "sopro vital" e de um "princípio de fertilidade" de origem mítica. Urihi é habitada e animada por espíritos diversos, entre eles os espíritos dos pajés yanomami, também seus guardiões.
A sobrevivência dos homens e a manutenção da vida em sociedade, no que diz respeito, por exemplo, à obtenção dos alimentos e a proteção contra doenças, depende das relações travadas com esses espíritos da floresta. Dessa maneira, a natureza, para os Yanomami, é um cenário do qual não se separa a intervenção humana.
Parceiros na preservação ambiental
Apesar de não serem "naturalmente ecologistas", os índios têm consciência da sua dependência – não apenas física, mas sobretudo cosmológica – em relação ao meio ambiente. Em função disso, desenvolveram formas de manejo dos recursos naturais que têm se mostrado fundamentais para a preservação da cobertura florestal no Brasil.
Trata-se de um fato visível nas regiões onde o desmatamento tem avançado com maior rapidez, como nos estados do Mato Grosso, Rondônia e sul do Pará. Em levantamento do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), por exemplo, as Terras Indígenas aparecem como verdadeiros oásis de florestas.
É fato que muitos povos indígenas, como os Suruí, Cinta-Larga e os Kayapó, tenham se atrelado ativamente a formas predatórias de exploração dos recursos naturais hoje em vigor na Amazônia, fazendo alianças principalmente com empresas madeireiras. Todavia, é preciso reconhecer que eles o fizeram submetidos a pressões concretas, contínuas, ilegais e como sócios menores desses negócios.
Hoje e no futuro, é preciso procurar mecanismos para potencializar as chances de os índios equacionarem favoravelmente o domínio de terras extensas com baixa demografia. Um desses mecanismos são as ainda incipientes formas de articulação de projetos indígenas com estratégias não-indígenas de uso sustentado de recursos naturais, sejam públicas ou privadas.
Panorama da Diversidade
Aldeia Rio Branco em Itanhaém: Mata Atlântica ( Guarani – SP). Foto: José Novaes, s/d.