Na hora de construir ou reformar um imóvel, o uso de ferramentas é indispensável para uma melhor performance.
Nesse sentido, dispor de uma máquina de solda pode ser extremamente útil para realizar diversos serviços, uma vez que o processo de soldagem é capaz de unir materiais como ferro e aço, podendo ser fundamental para recuperar peças e estruturas.
Mas você sabe como ela funciona e quais as diferenças entre máquina de solda transformadora e máquina de solda inversora?
Nesse artigo vamos esclarecer um pouco mais sobre essa dúvida.
O processo de soldagem tem evoluído ao longo dos anos e, cada vez mais, surgem técnicas avançadas para unir metais e outros materiais de modo permanente.
Entre os tipos mais comuns estão a máquina de solda MIG, a TIG e as com arco manual e arame tubular.
As principais vantagens de se usar uma máquina de solda é a grande eficiência do processo, ou seja, o bom resultado estará garantido por bastante tempo.
A soldagem pode ser feita em diversos tipos de materiais e com gastos, em geral, bastante razoáveis em relação ao custo-benefício do trabalho.
Princípios de funcionamento da máquina de solda elétrica
Maquinas de solda elétrica trabalham sob alimentação de alguma fonte de energia elétrica, seja ela corrente continua ou alternada, dentro dessas maquinas existem dois sistemas de processamento da energia, sendo ela transformadora ou inversora, porém como resultado de saída da máquina de solda elétrica ambas irão gerar um arco elétrico.
Esse arco elétrico gerado quando a ponta do eletrodo entra em contato com a parte metálica a ser emendada fornece um calor necessário para fundir o material da haste do eletrodo com o metal do objeto a ser soldado, isso tudo decorrente do valor de corrente aplicado na máquina de solda, ou seja, quanto maior a corrente maior será essa temperatura.
Soldagem TIG
Entre todos os tipos de máquina de solda, a TIG é a mais complicada de ser manuseada, precisando, portanto, de um profissional que já tenha experiência no processo. Por outro lado, a TIG é a soldagem que apresenta os melhores resultados, podendo ser usada em qualquer metal, até mesmo nos mais diferentes, como o titânio.
Soldagem MIG
Hoje em dia a soldagem MIG é uma das mais usadas pelos profissionais da metalurgia. A máquina e o processo são semiautomáticos e, por essa razão, seu funcionamento é mais simples.
A soldagem MIG é bastante comum em oficinas mecânicas e outros tipos de fábricas, principalmente porque sua operação é rápida.
A máquina de solda do tipo MIG trabalha com diversos materiais e funciona perfeitamente para unir peças em aço e alumínio.
Ainda, seu custo é relativamente baixo e não causa distorção nos metais, sendo uma boa opção para quem não tem muita prática no processo, mas quer ter ótimos resultados.
Diferença das maquinas de solda transformadora e inversora
Quando vamos em alguma loja realizar a compra de uma máquina de solda, nos deparamos com a tecnologia do transformador e inversor, mas você sabe as diferenças entre ambas?
A seguir, veja a diferença entre elas e qual escolher para determinados serviços;
- Aspecto tecnológico: as maquinas por processo de
transformador são formadas por núcleos revestido de bobinas de fios de cobre esmaltado, é alimentado por uma corrente alternada, seu posicionamento do núcleo os valores de corrente e tensão são alterados e devido a estrutura do equipamento podem possuir dificuldades com alguns tipos de eletrodos.
O lado bom é que possui sua própria composição de circuitos eletrônicos, a troca de tensão e corrente é mais simples, são mais potentes e ainda possuem uma gama muito superior de compatibilidade de eletrodos. - Consumo energético: as maquinas inversoras de solda aproveitam mais energia que as transformadoras, deste modo são mais econômicas.
- Trabalho: para analisarmos este aspecto, é preciso medir quanto tempo o equipamento consegue soldar sem que seja perdido os valores de corrente.
- Estruturas: no aspecto estrutura as inovadoras são mais leves e compactas, assim podendo ser levada para qualquer setor, já as transformadoras, por possuírem um núcleo se tornam mais pesadas e largas.
- Usabilidade: as maquinas inovadoras possuem seleção de corrente e tensão através de botões potenciômetros em sua grande maioria, alguns modelos possuem telas eletrônicas, no caso das transformadoras seu processo é através de manivelas.
Se você ainda está com duvidas sobre qual tipo de solda deve utilizar no seu projeto, deixe sua pergunta nos comentários desse artigo.
E claro, se precisar de ajuda, basta acessar nosso site e conhecer nossa linha completa de produtos para aluguel ou compra.
Fonte: //fundentes.blogspot.com.br/2010/03/como-funciona-uma-maquina-de-solda.html
3. A MÁQUINA DE
SOLDA
3.1 DEFINIÇÃO
Máquinas ou aparelhos de solda elétrica são equipamentos para produzir altas temperaturas num ponto concentrado da peça a ser soldada, através da energia elétrica.
3.2 CLASSIFICAÇÃO
Está contido na classificação
geral das máquinas de solda, duas categorias:
a) máquina de solda moto - geradora
b) máquina de solda transformadora
b.1) máquina de solda a arco
b.2) máquina de solda a resistência
b.3) máquina de solda a retificador
4. PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO
4.1 MÁQUINA DE SOLDA MOTO - GERADORA
Esta máquina é constituída de um gerador de corrente contínua, o qual é acoplado e acionado por um motor de corrente alternada, geralmente trifásico.
O conjunto rotativo motor + gerador proporciona uma elevada inércia, amortecendo assim
as oscilações provocadas pela carga, bem como, faz com que o sistema “enxergue – a” como uma carga balanceada (fase equilibrada).
Desta forma, a ligação deste tipo de máquina de solda será regida pela mesma norma que trata dos motores elétricos, ou seja, a Norma “Critérios para Atendimento a Motores Elétricos de Indução”.
4.2 MÁQUINA DE SOLDA TRANSFORMADORA
As máquinas de solda transformadoras são aquelas que causam maiores perturbações à rede de distribuição, sendo as variações bruscas de potência e o baixo fator de potência suas características básicas.
4.2.1 MÁQUINAS DE SOLDA A ARCO
Estas
máquinas utilizam como fonte térmica para fusão de uma peça metálica, o arco voltaico, o qual poderá ser produzido por uma corrente contínua ou alternada, com a utilização de eletrodos de carvão ou metálicos.
Um polo da fonte de energia é conectado à peça a ser soldada e o outro é manuseado pelo operador da máquina.
No
processo de solda, destacamos dois instantes importantes e distintos.
Instante 1:
Momento do curto circuito dos eletrodos com a peça a ser soldada. Este instante correspondente à máxima corrente encontrada em todo o processo de solda, conseqüentemente a máxima oscilação de tensão.
O valor desta corrente (curto circuito) não está contida na placa de identificação da máquina.
Após o contato do eletrodo com a peça metálica, o operador vai afastando o eletrodo gradativamente, compondo –se assim o arco voltaico, até um comprimento de arco de trabalho.
Instante 2:
Com o arco
já estabelecido, o operador executa a solda. Neste instante temos uma corrente nominal (de placa) sendo absorvida da rede.
Os transformadores das máquinas de solda diferem-se dos transformadores de distribuição, pois tem uma elevada dispersão de fluxo magnético, possuindo características elétricas mínimas capazes de
satisfazer à condição de operação.
A regulagem da corrente de solda pode se dar através de:
- variação da reatância do transformador, variando o fluxo magnético de dispersão, através do deslocamento das bobinas ou de variação do entreferro ; ou - variação da tensão no secundário ou no primário da máquina.
Este tipo de máquina
de solda, devido seu baixo custo, é o mais utilizado.
4.2.2 TRANSFORMADOR DE SOLDA A RESISTÊNCIA
A soldagem por meio de resistência , utiliza a própria resistência da peça a ser soldada, circulando corrente elétrica alternada à baixa tensão, através das superfícies de contato das peças a serem trabalhadas.
4.2.3 TRANSFORMADOR RETIFICADOR DE SOLDA
Este equipamento é idêntico à máquina de solda a arco, descrita em 4.21, exceto a existência de um retificador acoplado ao secundário do transformador, a fim de se conseguir um arco sob corrente contínua.
5. EFEITOS
DA MÁQUINA DE SOLDA NA REDE DISTRIBUIÇÃO
5.1 MÁQUINA DE SOLDA MOTO - GERADORA
Serão considerados como motores elétricos (vide Norma Técnica de atendimento a motores elétricos).
5.2 MÁQUINAS DE SOLDA TRANSFORMADORA
Através do arco voltaico formado no secundário destas máquinas, o sistema supridor fica
submetido a todas as rápidas variações de corrente, correspondendo às mesmas variações no nível de tensão.
Além destas variações, existe também o ponto de partida do processo, que corresponde a uma corrente de curto circuito, proporcionado a maior valor de flutuação de tensão. Graficamente, podemos fazer a seguinte analogia:
Destacam-se 4 etapas num processo
completo de operações.
Etapa 1 - instante (t0) de energização da máquina de solda, correspondendo a um valor de corrente em vazio (I0), em geral corresponde à corrente do motor de refrigeração da máquina de solda ( quando houver ).
Etapa 2 - instante (t1) do curto circuito dos eletrodos com a peça a ser
soldada, correspondendo a maior corrente absorvida ( Icc = corrente de curto circuito ).
Etapa 3 - instante (t2) do início do arco voltaico, correspondendo a uma corrente intermediária (I2).
Etapa 4 - instante (t3) referente ao início da solda propriamente dita, correspondendo a uma corrente nominal de solda (I1 =
Inom).
A operação da máquina de solda causa na rede de distribuição, flutuações rápidas de tensão, devido a particularidade do arco voltaico, podendo estas flutuações causam níveis de flicker consideráveis.
OBS: Outro ponto importante a se destacar, é que, diferente dos motores elétricos, nas máquinas de solda a arco, é por
unidade de tempo, inviabilizando assim, o cálculo do nível de flicker causado por estes equipamentos no momento da solda.
6. MODELAGEM DA MÁQUINA DE SOLDA
6.1 MÁQUINA MOTO GERADORA
Idem Motores Elétricos (vide Norma Técnica de atendimento a motores elétricos).
6.2 MÁQUINA DE SOLDA A ARCO
Observando o gráfico 1, nota-se que o instante de maior impacto para a rede no processo completo da solda, é o instante t1, correspondendo a corrente de curto circuito Icc, ou seja, a máquina de solda terá que ser modelada para esta corrente, um valor desconhecido, que não consta nos dados de placa do equipamento.
O Anexo
I, mostra o método correto e tradicional de se quantificar a potência ou corrente de curto circuito de uma máquina de solda. Como este método se baseia em ensaios, torna – se assim, quase que impraticável
este procedimento. Desta forma, através de medições realizadas, constatou – se que esta corrente aproxima – se de duas
vezes a corrente nominal da máquina, assim: Icc = 2 x I nom (1)
• •
Scc =2 x Snom
S cc = S nom ∠ θ (notação angular de Scc, com módulo Snominal e ângulo θ)
θ = Cos - 1 (FP)
Onde :
S cc = Potência de curto circuito aproximada da máquina de solda em kVA.
S nom = Potência nominal da
máquina de solda em kVA, dado de placa.
FP = Fator de potência da máquina de solda.
θ = Ângulo do fator de potência.