Olá. Sempre siga as orientações do seu médico. Esclareça suas dúvidas.
Existem diversas causas de dor pélvica. Todos os órgãos da pelve precisam ser avaliados como bexiga, ureter, reto, intestino, útero, ovário, trompa, parte muscular, parte óssea, cicatrizes, etc. Aproximadamente 60 a 80% das dores pélvicas são de origem intestinal.
A sua avaliação clínica através da história clínica, suas queixas e exame físico é fundamental para o diagnóstico e tratamento corretos.
A
ressonância normal descarta a endometriose moderada e grave. No entanto, não consegue descartar por completo a endometriose mínima ou leve ou a endometriose peritoneal. É discutível se a endometriose mínima ou leve é causa da dor pélvica.
Os exames de ultrassom e ressonância normais não descartam completamente a endometriose mas retardam o diagnóstico. Isso pode repercutir negativamente sobre a qualidade de vida e bem estar da mulher.
A laparoscopia pode ser indicada mesmo na presença de
exames normais.
As cólicas podem interferir na disposição e no humor de muitas garotas, que sofrem com dores e incômodos na região do abdômen. Durante o ciclo menstrual, o útero se prepara para fecundar e, quando isso não acontece, ele descarta o que havia preparado. É aí que, então, o endométrio – revestimento do útero – descama, causando as clássicas dores. Mas, e quando a cólica aparece fora desse período?
Calma, fica tranquila! Thalita Domenich, ginecologista e consultora do Tarja Rosa, esclareceu que algumas mulheres sentem essas dores também no meio do ciclo menstrual. “Isso acontece pois ocorre a ovulação com a ruptura do folículo para a saída do óvulo e, muitas vezes, gera um pequeno sangramento no local e que também pode ocasionar dor”, explica.
Se você estiver sentido muito desconforto, procure seu ginecologista para que ele investigue e trate os sintomas adequadamente. Em alguns casos, o uso do contraceptivo pode ajudar. “Se a dor for persistente e durar vários dias, visite seu médico para que ele possa analisar melhor o seu caso, assim como indicar um tratamento”, alerta Thalita.
A maioria das mulheres está acostumada a sentir cólicas durante o período menstrual. O que não é muito usual é sofrer com essas dores fora desse tempo. São vários os fatores que podem levar uma mulher a vivenciar desconfortos abdominais. A ovulação, por exemplo, pode gerar uma pequena cólica, assim como a endometriose.
— A liberação do óvulo para a fecundação libera um líquido que pode irritar e inervação e a mulher sente a sensação de cólica. A endometriose é uma doença frequente hoje em dia, que pode apresentar cólicas tanto no período menstrual como fora dele — explica Marcos Tcherniakovsky, ginecologista obstetra, especialista em endometriose.
O sinal de alerta para as mulheres saberem se aquela dor pode ser grave ou não, é o tempo de duração e a recorrência dos episódios. Se por exemplo, a mulher sentiu a cólica fora do período menstrual apenas em um mês, pode não ser motivo de preocupação. Mas se as dores se arrastam por seis meses, é preciso procurar um ginecologista.
— Se a dor se torna frequente e afeta a qualidade de vida, os estudos, o trabalho ou a capacidade de desempenhar qualquer atividade, é preciso entender que isso não é normal e buscar pelo auxílio médico — orienta Juliana Dytz, médica ginecologista da Aliança Instituto de Oncologia.
O uso de medicamentos analgésicos e anti-inflamatórios, assim como compressas de água quente, sessões de acupuntura ou prática de atividade física contribuem para amenizar as dores das cólicas. O importante é tomar essas medidas com orientação médica, para evitar que um problema grave passe despercebido.
Existem explicações para a cólica fora do período menstrual
Um incômodo comum à grande parte das mulheres é a cólica. Esta é uma dor localizada no baixo ventre, durante a menstruação, que pode, inclusive, vir acompanhada de dor de cabeça, náusea, diarreia e até desmaio. Algumas sentem essa dor de forma muito leve e o incômodo nem se torna algo que as preocupa. No entanto, outras precisam recorrer ao procedimento cirúrgico para recuperar sua qualidade de vida.
Separa-se a cólica menstrual entre primária e secundária. O primeiro tipo é causado pela contração do útero, que depende de uma substância chamada prostaglandina para acontecer. Já o segundo é uma consequência de problemas como endometriose, doença inflamatória pélvica, miomas e alguns outros mais.
O tratamento para a cólica depende da distinção se esta é primária ou secundária, o que só pode ser diagnosticado por um médico. Os problemas citados acima, apesar de afetarem o ciclo menstrual não dependem dele para atacar o corpo, por isso que a cólica secundária pode ocorrer fora do período menstrual.
A cólica é, sobretudo, uma dor. Querendo ou não estamos acostumados a sentirmos dores físicas moderadas. Sentir o braço machucado depois de levantar peso, as pernas doloridas depois de jogar futebol ou dores nas costas depois de um dia inteiro em pé é completamente normal, apesar de que pode indicar a falta do preparo físico adequado, mas é normal. Da mesma forma funciona a cólica, esta é uma dor que pode atingir a mulher, que deve prestar atenção no nível do incômodo para procurar um ginecologista caso esteja exagerado.
Então, quando a cólica fora do período menstrual se manifesta, é um sinal de que este é o momento de procurar um médico. Alguns dos problemas que causam este sintoma, quando não tratados, podem causa prejuízos ainda maiores à saúde. Algumas causas possíveis para a cólica fora do período menstrual serão listadas a seguir:
Ovulação
A ovulação se dá 14 dias após a menstruação, no momento em que o óvulo é liberado pelo ovário. É possível que, no meio deste processo, o fluído que protege o óvulo e o sangue sejam liberados na cavidade abdominal, o que causa uma inflamação na área, desencadeando na cólica.
Esta dor deve melhorar em 24 horas, quando o óvulo é liberado ou assim que os fluidos são absorvidos pelo corpo. Mas, caso a dor esteja muita intensa, você pode tomar um anti-inflamatório, com orientação médica, ou usar uma bolsa de água quente na barriga. Se a cólica fora do período menstrual persistir deve-se procurar um médico que poderá prescrever o tratamento mais adequado.
Endometriose
A endometriose é uma doença causada pela implantação de tecido do endométrio, a parede interna do útero, em outros órgãos como ovários, bexiga e intestino. Estes casos causam uma cólica muito intensa, além da inflamação e da dor abdominal. É importante lembrar que a endometriose não se cura sozinha, é necessário procurar um ginecologista para confirmação do diagnóstico e tratamento adequado.
As dores desta doença são muito intensas e podem ser confundidas com a síndrome do intestino irritável, doença inflamatória pélvica ou infecção urinária. O diagnóstico é feito com exames de imagem e físicos, como o ultrassom transvaginal e videolaparoscopia. Então o médico definirá o tratamento necessário para resolver o problema, que pode envolver uso de anticoncepcional, procedimento cirúrgico ou ambos juntos.
Mioma
O mioma é um tumor benigno que se forma no músculo do útero e, geralmente, não causa sintomas. Mas, dependendo do tamanho pode causar sangramento, dores abdominais e cólica fora do período menstrual. Este é um problema que, por conta de ser um tumor, assusta muitas mulheres ao receberem o diagnóstico. No entanto o acompanhamento médico adequado garante a saúde da mulher, que pode tratar o mioma com hormônios ou utilização do DIU de progesterona.
Gravidez
A gravidez também pode causar cólicas no período de implantação do óvulo no útero. Neste caso as dores devem ser leves e passageiras, se persistirem pode ser um sinal de que está com um problema mais grave. A gravidez tubária causa cólicas e o atraso no tratamento pode causar uma hemorragia grave e até a morte da mãe.
Portanto, é muito importante fazer o teste de gravidez caso a menstruação esteja atrasada e começar o pré-natal se estiver gestante.
Estenose cervical
A estenose cervical é o estreitamento do colo do útero. Esta pode ser causada por alguns fatores, são eles: malformações uterinas, câncer no colo do útero, presença de cisto, procedimentos como cauterizações. Os principais sintomas da estenose cervical são a cólica fora do período menstrual, sangramento excessivo durante a menstruação ou a ausência desta. Este problema pode ser percebido nas próprias consultas de rotina com o ginecologista, aí é que está a importância de realizar, pelo menos, uma consulta por ano com este profissional.
Ainda está com dúvidas? Fale com um ginecologista online.