O Rei Salomão, autor do verso acima, foi considerado o mais sábio de toda a história da humanidade, dentre os homens mortais.
A interpretação, circunstanciada, de Provérbios 22.6 SERÁ CAPAZ de nos revelar tão grande sabedoria?
PODERÁ um texto, aparentemente simples, fornecer-nos subsídios valiosos para a erradicação dos terríveis males que ora nos tem inquietado e transformado o Planeta Terra em um verdadeiro inferno?
Será que a INSPIRAÇÃO DIVINA soprada na mente de um homem mortal faria diferença neste planeta cuja marca é a ganância, o egoísmo, a vaidade exacerbada e a indiferença?
Por mais que queiram duvidar, este versículo é uma chave poderosa para a abertura das mentes que teimam em TER antes de SER. Necessário é, destacar que, sem SER, ou seja, sem EXISTIR, é impossível TER. A consolidação da Existência Plena é atributo indispensável à concessão da POSSE.
O texto não poderia começar com outra palavra, senão a mais densa e profunda dentre todas, considerando o contexto que ora vamos analisar: A palavra ENSINA. Ensinar em sua etimologia é: EN = Dentro; SINAR = Signum, que significa Sinal. Ensinar é, portanto, deixar um sinal, ou seja, uma marca indestrutível, permanente, indelével, dentro do coração da criança, servindo de referencial em toda a sua caminhada de vida no Planeta Terra.
Ensinar a criança NO CAMINHO em que deve andar, significa: MARCAR fortemente a sua trajetória de vida, ao lado do seu filho, com exemplos de sensatez, maturidade, determinação, discernimento, responsabilidade, altruísmo, contrário do egoísmo vigente e, sobretudo, de fé: certeza das coisas que ainda não se vêem, mas que virão a partir deste Ensino Fundamentado, o qual está amparado no trabalho disciplinado, perseverante e honesto.
Será que após tão denso e sábio ensinamento, eivado de amor, carinho, afeto, zelo, vontade, sabedoria e comprometimento, com limites de ação BEM definidos através de ações de COMPETENTE autoridade, marcas tão raras NOS DIAS ATUAIS e TÃO EFICIENTES, o seu filho, ainda assim, terá condições de se esquecer do Caminho? Apesar da ESCURIDÃO em que vivemos, aqui tudo fica muito CLARO.
Outra palavra tão importante quanto ensino é EDUCAÇÃO: E = Ex = fora; DUCAÇÃO = Ducere = Conduzir para fora. A Educação tem como base conduzir-nos para fora do nosso EU, raiz do Egoísmo, da Vaidade, da Insensatez, da Ganância, da Irresponsabilidade e da Injustiça, principais causas da falência do mundo atual. O EU dominado é a chave do mundo mudado, reabilitado, dinâmico, repaginado, integrado. A EDUCAÇÃO EFICIENTE é única alternativa que nos resta para implodir a CRISE. Segundo a ABNC - Associação Brasileira de Normas Certas: Solidariedade, Integração, Justiça, Altruísmo, Responsabilidade e Ética são os pilares de sustentação da EDUCAÇÃO MODERNA, VIGOROSA E COMPETENTE.
O NÓS é a essência dos EUS contidos, modificados, solidários, purificados, regenerados. Afinal, D(EUS), Autor da Vida, para quem ainda não percebeu, é a Divindade Maior limitando e protegendo os nossos EUS para que não venhamos a morrer na prisão, sozinhos, rejeitados, deprimidos, ricos de bens materiais e pobres de espírito. Infelizmente,condenados pelas suas próprias ações, muitos, já estão padecendo.
Resumindo: O melhor Ensino é o EXEMPLO, ou seja, a melhor MARCA , o melhor SINAL é, efetivamente, o Exemplo. O Exemplo é, portanto, uma Marca, um Padrão de quem sabe, com competência, Ensinar, ou seja, deixar o seu irrefutável registro na mente dos filhos.
Estas Marcas, Sinais permanentes do Zelo, Cuidado, do Amor, e sobretudo, da Sabedoria dos Pais, estarão dentro do Coração dos filhos, para SEMPRE.
Simplificando: O EXEMPLO(maior dentre todos os Sinais) é o melhor ENSINO, ou seja, a melhor Marca.
O completo ENTENDIMENTO desse Provérbio e a sua Efetiva APLICAÇÃO é a chave para a restauração da ÉTICA, da JUSTIÇA, da PAZ, da MORALIDADE e da INTEGRAÇÃO no mundo Moderno.
Ninguém JAMAIS se esquecerá disso.
“Instrua a criança segundo os objetivos que você tem para ela” (Pv 22.6).
Este registro bíblico nos desafia a refletir sobre como se dá o ensino da criança e do adolescente. Pois, ensinar é mais do transmitir conhecimento, é exercer a pedagogia no sentido amplo da palavra. A palavra Pedagogia tem origem na Grécia antiga, paidós (criança) e agogé (condução). O pedagogo era o escravo que conduzia as crianças. Atualmente, denomina-se pedagogo o profissional cuja formação é a Pedagogia, que no Brasil é uma graduação da categoria Licenciatura.
Como ensinar? Como condutores devemos saber que nossa maior senão única fonte de autoridade para ensinar, é o exemplo. Por isso Provérbios 22.6 diz: “ Educa a criança
no caminhoem que deve andar; e até quando envelhecer não se desviará dele”. (o grifo é meu). Confira que o texto não diz “o caminho” mas sim “no caminho”, mostrando a necessidade do educador, ser o exemplo. Jesus, que era mestre por excelência, após ter lavado os pés dos discípulos (aprendizes), disse: “Eu lhes dei o exemplo, para que vocês façam como lhes fiz” (Jo 13.15).
Descartes disse que a infelicidade do homem, é decorrente do fato dele ter sido primeiro uma criança.
A criança vem à um mundo que ela não ajudou a criar e que está estabelecido de tal forma que não lhe resta nada a fazer a não ser se submeter ao que está posto. A impressão que a criança tem é que as palavras, os costumes, os valores, fazem
parte do mundo dos adultos onde ela só tem duas funções: respeitar e obedecer. Em sua imaginação cria expectativas sobre os adultos os quais ela vê como seres superiores, verdadeiras divindades, e então procurá imitá-los.
Ainda na infância surge o questionamento do “por que é preciso fazer assim? É conveniente para quem? O que acontece se eu agir de outro jeito?
Quando chega a adolescência, percebe as contradições, que adultos opõem-se uns aos outros, suas hesitações, suas
fraquezas. Agora os homens não parecem mais como deuses, descobre que as realidades que o cercam: a linguagem, os costumes, a moral, os valores, têm sua fonte nessas criaturas incertas. Sofre o impacto de uma nova percepção, onde seus castelos, que foram sendo construidos durante os anos da infância, começam a ruir. Sente o tremor das bases destas construções e todo seu mundo se põe a vacilar.
Contraditoriamente o adolescente é chamado a fazer parte deste universo que acaba de ser
desmitificado diante de seus olhos, universo com o qual está decepcionado. Agora descobre que suas ações têm o mesmo peso, a mesma consequência que as ações dos adultos. É obrigado a enfrentar um desafio novo, escolher, decidir.
Antes mesmo de se refazer do impacto que tem, ao descobrir o mundo dos adultos, o adolescente sofre o choque de ter que assumir sua subjetividade. Aí reside a maior dificuldade em viver esse momento de sua história.
Agora há uma confusão, uma mistura de decepção, liberdade e responsabilidade. Agora entende que o mundo não é mais completamente feito, mas a fazer, sente-se livre e ao mesmo tempo abandonado.
O que fazer? Quando percebemos que a história da pessoa depende de sua infância, compreendemos que a adolescência surge como o momento da escolha moral, onde a liberdade se revela e é preciso decidir que atitude tomar diante dela.
Por isso é importante atentar para a prioridade a ser dada à criança, prioridade que Jesus reconheceu
e determinou que fosse observada: “deixem que as crianças venham a mim e não as impeçam, pois delas é o Reino de Deus.” (Lucas 18.16)
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