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A barriga demora a aparecer, especialmente na primeira gestação (Foto: Thinkstock)
A menstruação atrasou, você se sentiu diferente, fez o teste e... deu positivo! Tem um bebê a caminho. A partir de agora, é natural que surjam dúvidas sem parar: é normal esse enjoo? De onde vem tanto sono? Quando a barriga vai aparecer? Como fiquei tão sensível e chorona? Aqui você descobre mais sobre os sintomas da gravidez e tudo o que acontece nesse comecinho de gravidez.
Cadê a barriga?
Por que sinto tanto sono?
Embora nem todas sejam aparentes, há uma série de alterações acontecendo no corpo da mulher neste início de gestação. O organismo trabalha sem parar para desenvolver o embrião – e esse esforço extra acarreta mais sono e cansaço. Em algumas gestantes, ele parece avassalador, em outras ele pouco se diferencia da exaustão do dia a dia.
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Por que meus seios estão doloridos?
É comum um desconforto nas mamas, que costumam ficar pesadas e sensíveis. Essa alteração é causada pela ação dos hormônios estrógeno e progesterona, produzidos em larga escala no primeiro trimestre. São eles que preparam os seios para a amamentação. No final desse período, as aréolas devem escurecer e alargar. Outro incômodo típico do período pré-menstrual, a cólica, também pode surgir nesse fase.
Quanto xixi!
Prepare-se para sentir mais vontade de urinar. O xixi constante é provocado pela soma do aumento de líquido no corpo e do trabalho mais eficiente dos rins - até a 28ª semana, o volume de sangue no corpo feminino aumenta em mais de 50%; no caso de gêmeos, chega a crescer mais de 75%.
É normal tanto enjoo?
Sim! O aumento dos hormônios (em especial a gonadotrofina coriônica ou HCG) pode causar enjoos e provocar vômitos. Esses sintomas afetam cerca de 60% das gestantes e são mais comuns na primeira gestação, quando o corpo da mulher está menos preparado para as alterações. É possível que você passe a enjoar ao sentir cheiros fortes ou colocar um alimento na boca. Olfato e paladar ficam muito aguçados. Os hormônios também alteram o funcionamento do intestino e do estômago, já que o HCG tem a função de relaxar toda a musculatura lisa do corpo, principalmente do útero, evitando contrações. Mais relaxado, o intestino trabalha devagar, o que pode acarretar prisão de ventre. Os hormônios também deixam a digestão lenta, motivo das crises frequentes de azia. Mas fique tranquila: em geral, esses desconfortos acabam por volta da 16ª semana.
Como fiquei tão emotiva?
As emoções da grávida parecem estar à flor da pele, e é comum passar do riso ao choro com facilidade. Espere também por oscilações de humor, da irritação à sensibilidade exagerada. Essa ambivalência é causada pela variação hormonal do primeiro trimestre, mas também pelas incertezas apresentadas pela nova situação. Com frequência, o desejo sexual acaba afetado, especialmente pelos enjoos e a sonolência. O apoio do companheiro e dos demais familiares é fundamental nesse período. Se os desconfortos físicos ou psicológicos parecerem exagerados, procure um profissional para ajudá-la a atravessar essa fase e lidar com as mudanças da gestação de forma mais positiva.
Fontes consultadas: Rubens Paulo Gonçalves, ginecologista e obstetra, autor de Gravidez para Grávidas (Editora Alegro) e Yuri Busin, psicólogo especialista em
emoções humanas e diretor do Centro de Atenção à Saúde Mental - Equilíbrio (SP).
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Quando pensamos nos efeitos da ansiedade, as primeiras coisas que vêm à mente são o coração acelerado, a sensação de pânico e até problemas para respirar. Além desses sintomas, existem também alguns outros, ligados ao nosso sistema digestivo, aponta o Greatist (conteúdo aqui, em inglês). Entre esses desconfortos estão dor de barriga, dor no estômago, gases e até diarreia.
Mas por quê isso acontece? Continue lendo este artigo e confira.
Conexão entre o cérebro e o intestino
A gastroenterologista Daniela Jodorkovsky explica que essa relação entre o desconforto digestivo e a ansiedade se dá porque o intestino tem muitos nervos, e por isso é considerado nosso segundo cérebro. Esses nervos estão constantemente enviando e recebendo sinais ao cérebro.
"O estresse crônico e a ansiedade liberam, no cérebro, o CRH [hormônio liberador de corticotrofina], que tem efeitos como espasmos e diarreia, bem como dores crescentes", explica Daniela.
A conexão entre o cérebro e o intestino também tem um caminho de volta: de 50% a 90% das pessoas que têm Síndrome do Intestino Irritável (na qual o cólon sofre com estresse e com certos alimentos), por exemplo, também têm ansiedade ou depressão.
Quando estamos ansiosos, nosso corpo acredita que está em perigo, e por isso reage como nossos ancestrais, mudando sua dinâmica para que nosso sangue vá para os músculos - como se tivéssemos de correr de um predador-, e deixe de ir para outras partes, como o intestino.
Como aliviar dor de barriga nas crises de ansiedade?
Se a ansiedade está prejudicando a digestão, é melhor cuidar dos dois lados: avaliar, com um gastroenterologista os desconfortos intestinais e com um psicólogo ou psiquiatra o quadro de ansiedade.
Alguns exercícios também podem complementar o tratamento, como os de respiração, aponta a psicoterapeuta Nicole Reiner. “Respirar pelo diafragma relaxa o estômago e ajuda a administrar a ansiedade. Basta inspirar bem devagar contando até cinco, segurar a respiração e expirar contando de seis a oito”, ensina. Isso ajuda a ativar a resposta de repouso e digestão, o mecanismo natural de recuperação do nosso organismo em relação ao estado de "lute ou corra".
Só não dá para tentar resolver o problema intestinal parando de comer ou evitando alimentos sem uma recomendação médica. "Quando não comemos, temos mais chance de ficar nervosos e ansiosos. A ansiedade fica pior, não melhor", diz Nicole.