Qual métodos para trabalhar com um aluno com baixa visão?
O professor, então, deve:
- Observar se os ambientes em sala de aula, escadas, entradas e corredores estão iluminados e se a luz é bem distribuída.
- Posicionar o aluno de forma que a claridade não incida diretamente sobre os seus olhos, cause brilho ou gere sombras que atrapalhem sua leitura e escrita.
Quais recursos que favorecem o desenvolvimento do aluno com baixa visão na sala de aula?
Pessoas com baixa visão necessitarão, para o desenvolvimento do seu processo de aprendizagem, de recursos específicos (lupas de apoio, telelupa, material com caracteres ampliados, etc.), capazes de maximizar a eficácia de seu resíduo visual.
Como adaptar atividades para alunos cegos?
Estratégias de Sala de Aula:
- Verbalizar de forma simples e pormenorizada tudo o que ocorre na sala de aula;
- Ler em voz alta enquanto escreve no quadro;
- Fazer exposições, narrativas, descrições ao utilizar material audiovisual;
- Ter em conta que o aluno cego não vê o gesto ou outras formas não verbais de comunicação;
Como você definiria recursos ópticos e não ópticos para estes estudante?
Basicamente, os auxílios para baixa visão podem ser divididos em: não ópticos, ópticos e eletrônicos. Os auxílios não ópticos para baixa visão são os que não empregam sistemas ópticos, porém modificam materiais e o ambiente para promover melhor desempenho visual da pessoa com baixa visão.
Como o aluno com baixa visão pode participar na sala de aula?
- Você sabia que o aluno com baixa visão pode participar na sala de aula em condição de igualdad e de oportunidade em relação aos demais colegas? Isso é inclusão e ela é possível. Primeiro, é importante compreender a diferença entre integração e inclusão. São conceitos bem diferentes.
Quais as formas de ampliação para o aluno com baixa visão?
- Há duas formas de ampliação para o aluno com baixa visão e elas podem ser usadas ao mesmo tempo: a sua aproximação ao que se quer ver e o aumento utilizando recursos gráficos ou ópticos. Cabe ao professor: Encontrar com a criança a distância ideal da lousa.
Quais os recursos do aluno com baixa visão?
- Assim, o aluno com baixa visão deve ter acesso a todos os recursos que proporcionem a ele condições de aprender usando da melhor forma a visão que lhe resta (ou o seu resíduo visual). Mas que recursos são esses? Hoje vou falar apenas de alguns: os auxílios não ópticos, que são adaptações nos materiais didáticos e no ambiente da sala de aula.
Como descrever a inclusão educacional de aluno com deficiência visual?
- Este trabalho tem como objetivo descrever a inclusão educacional de aluno com deficiência visual. Confira! RESUMO: Estudos sobre inclusão educacional têm apontado alguns caminhos para garantir a inserção da pessoa com deficiência no espaço regular de ensino.
Por: Luciane Molina – A criança deve ocupar um lugar na primeira fila de carteiras, posicionada de modo que possa movimentar-se para chegar próximo ao quadro ou mudar de lugar conforme a incidência da iluminação e do que for mais confortável para
enxergar;
– Uso de lápis 6B ou 3B, por serem bem escuros, ou caneta hidrográfica para a escrita; – Desenhos contornados e bem destacados; – As linhas do caderno devem ter distância ampliada e reforçadas. (Num caderno comum, pode-se reforçar uma linha sim e outra não, já que as linhas claras não são percebidas com facilidade);Para melhorar o desempenho escolar de uma criança com baixa visão recomenda-se:
– Estimule o aluno a olhar para aspectos como cor, forma e encoraje-o a tocar nos objetos enquanto olha, coordenando movimentos entre olho e mão;
– Uso de materiais e papel fosco para não refletir a claridade. Também orientar o uso de contraste claro e escuro entre objetos e seu fundo, com cores vibrantes e em destaque, como por exemplo, fundo azul e letras amarelas, fundo preto com letras brancas, azul, laranja, roxo;
– Utilizar lupas manuais ou de apoio, telescópios com aumento variável, luminárias com braços flexíveis que propicie maior conforto e eficiência na leitura. quando houver a prescrição de óculos, o professor deve observar e incentivar o uso dos mesmos;
– Permitir que a criança aproxime o objeto do rosto ou aproximar-se para ver algo no quadro ou na tevê. A proximidade do objeto com relação ao olho faz com que a imagem percebida seja aumentada e, consequentemente, melhor identificada;
– Nos materiais escritos, deve haver o predomínio de letras maiúsculas em bastão ou uma uniformidade na fonte utilizada. (É recomendada a fonte Arial com tamanho que poderá variar de 20 a 28, ou seja, ampliada de acordo com as necessidades da criança). Para isso o professor fará uma investigação sobre qual será o melhor tamanho. Usar entrelinha duplo e espaços, assim como estar atento quanto a cor, ao brilho do papel e ao contraste;
– Usar régua ou guia de leitura. A guia de leitura pode ser confeccionada com cartolina preta com uma abertura ao centro. Na medida em que o aluno vai lendo, a guia vai sendo deslocada para a linha de baixo, evitando que se perca durante a leitura;
– Possuir uma estante de leitura para apoiar os livros de modo que fiquem mais próximos da criança e ela não precise inclinar muito o corpo para aproximar o rosto durante a leitura. Geralmente essas estantes são feitas de madeira e possuem 3 inclinações com apoio para folhas e livros;
– Uso de jogos, de figuras grandes de revistas, rótulos e embalagens também são recursos que podem ser explorados de acordo com a funcionalidade visual;
– Controlar a luminosidade do ambiente conforme a necessidade do aluno, seja pela incidência de brilho nos objetos ou pela projeção de sombra no caderno. Em alguns casos é necessário uma maior claridade, enquanto que para outros, a presença de luz causa desconforto. No segundo caso o uso de bonés ou viseiras com abas poderá diminuir o desconforto.
Conforme as orientações apresentadas, percebemos que a criança com baixa visão será capaz de realizar as atividades se lhe oferecerem recursos e ferramentas para desenvolver habilidades e comportamentos que encorajem o olhar como forma de desenvolvimento do potencial pleno de visão, pois esse sentido funciona melhor em conjunto com os demais sentidos. Deve-se evitar fazer tudo pela criança com baixa visão para que ela não se canse ou não se machuque, pois ela deve ser responsável por suas ações. Evitar tratá-la como “cega”, e assim, o ato de “olhar” se transforma numa situação agradável.
Luciane Molina é pedagoga e pessoa com deficiência visual. Possui especialização em Atendimento Educacional especializado e atua há mais de 10 anos com educação inclusiva. Palestrante sobre temas que envolvem a pessoa com deficiência visual e o acesso à educação.