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Plano de Aula
Descrição
Neste plano, sugerimos a apresentação e discussão do conceito de aptidão física e a sua utilização para a saúde ou para o desempenho esportivo. A partir dos objetivos dos estudantes com a atividade física, devem pesquisar sobre formas de avaliar o seu condicionamento físico de acordo com esses objetivos. Devem fazer uso de movimentos simples para compor um programa básico de exercícios que atenda as necessidades de cada um.
Habilidades BNCC:
Objeto de conhecimento
Ginástica de condicionamento físico
Objetivos de aprendizagem
- Experimentar diferentes exercícios físicos.
- Conhecer as variáveis da aptidão física para a saúde e para o desempenho esportivo.
- Identificar as exigências corporais solicitadas em cada programa de exercício físico vivenciado.
- Reconhecer a importância das características individuais para a prática de exercícios físicos.
- Verificar o acesso a essas práticas corporais em locais próximos à escola ou onde os estudantes frequentem.
Competências gerais
1. Conhecimento
2. Pensamento científico, crítico e criativo
8. Autoconhecimento e autocuidado
9. Empatia e cooperação
O condicionamento físico é uma capacidade que qualquer pessoa com treinos específicos pode conquistar. O condicionamento tem vários componentes e vários exercícios que podem ajudar na potência, força, velocidade, equilíbrio, agilidade, coordenação motora, e resistência.
O condicionamento físico se relaciona pela capacidade de melhorar o sistema cardiovascular, o sistema respiratório e principalmente o sistema muscular. É com o condicionamento físico que o sistema energético consegue produzir energia suficiente para realizar tarefas diárias, ou seja movimentos funcionais, sem causar dores ou cansaço. É com um condicionamento físico bom que você consegue ter uma qualidade de vida saudável.
Se formos levar para o lado atlético, é com o condicionamento físico que o atleta de qualquer modalidade consegue se aprimorar e ter uma preparação e performances ainda melhores. É preciso um condicionamento físico extremamente apto para realizar movimentos específicos e com extrema precisão.
O treino físico, que faz parte da preparação, é de extrema importância também para a saúde mental, todos os exercícios realizados fazem bem para o bom humor, o que é importante para atletas e pessoas comuns.
Para melhorar o seu condicionamento físico é preciso treinar constantemente ao longo de um certo período de tempo, isso para ter um condicionamento duradouro. Com a continuidade do exercício é possível melhorar a forma biológica de movimentação do corpo, e melhorar ainda mais o condicionamento físico.
Porém, o processo de condicionamento se não mantido, se perde conforme o tempo passa. Ou seja, se você parar de se exercitar tudo o que você fez até aqui não serve para ganhos lá na frente. É por isso que é importante encontrar um profissional de educação física adequado ou Personal Trainer que possa montar um programa de treinos de acordo com a sua rotina e objetivos.
Para obter um bom condicionamento físico é preciso, além de manter periodicidade, executar os exercícios de forma assertiva. O nosso corpo foi programado para movimentar-se e ser sempre o mais eficiente possível, por isso que os movimentos não tendem a ser tão difíceis. O nosso corpo já está preparado para eles, mas não acostumados. O segredo é habituar o corpo a exercícios e garantir a melhor qualidade de vida.
Introdu��o
Verifica-se com a chegada da melhor idade uma crescente busca pela pratica de atividade f�sica que amenize os problemas de ordem patol�gica. Essa procura, no entanto, acontece normalmente mediante prescri��o m�dica, para que se remedie os problemas apresentados pelo paciente.
Na nossa perspectiva se faz necess�rio um trabalho mais efetivo para que as pessoas se conscientizem que o interesse pela pr�tica de atividade f�sica n�o deve ser apenas para que se remedie algum problema de ordem f�sica e ou psicol�gica j� instalada, mas uma forma de preveni-las.
Observa-se, por�m que a realidade � ainda diferente, uma vez que nem sempre se tem levado em conta os diversos benef�cios que a pr�tica da atividade f�sica pode trazer para um melhor condicionamento f�sico ao longo de toda a vida e n�o somente a partir da melhor idade.
Apesar dos in�meros trabalhos realizados sobre os benef�cios dessas pr�ticas, notamos em nossa atua��o com aulas de hidrogin�stica, o grande n�mero de pessoas idosas que procuram estas atividades apenas por sugest�o ou orienta��o m�dica.
Diante desta constata��o, este estudo tem o objetivo de apresentar e discutir a import�ncia da hidrogin�stica como um meio para a aquisi��o de melhor condicionamento f�sico das pessoas que est�o vivendo a melhor idade, propondo uma breve reflex�o sobre os benef�cios desta pr�tica.
Sabemos que nessa fase da vida, devido ao processo de envelhecimento e sedentarismo, os idosos tendem a apresentar patologias como osteoporose, artrite, artrose, cardiovasculares e problemas psicol�gicos como: stress, ansiedade, depress�o, baixa auto-estima, dentre outros.
Diante desse quadro, para um melhor condicionamento f�sico, sugerimos os exerc�cios aqu�ticos, uma vez que s�o divertidos, agrad�veis, eficazes, estimulantes, c�modos e seguros, possibilitando ser praticado por pessoas de qualquer sexo e de qualquer idade, j� que n�o s�o exerc�cios de grande impacto.
Vemos a hidrogin�stica como uma grande colaboradora para a solu��o dos problemas citados anteriormente, e acreditamos que ela possa influenciar positivamente para um melhor condicionamento f�sico das pessoas idosas, proporcionando melhor flexibilidade, equil�brio, for�a muscular, resist�ncia, auxiliando no retardamento do envelhecimento e possibilitando maior equil�brio emocional, social, bem-estar f�sico e mental.
Melhor idade
Tem-se observado, atrav�s de estudos e pesquisas, um aumento significativo da expectativa de vida, o que indica o crescimento da popula��o idosa, que atualmente � conceituado tamb�m como �melhor idade�. O envelhecimento � um processo que tr�s mudan�as na estrutura do corpo e, em conseq��ncia, modifica suas fun��es.
Segundo Gomes e Ferreira (1987), o envelhecimento � um fen�meno biopsicossocial que se manifesta no homem de forma diversificada, come�ando pelas c�lulas, passando pelos tecidos e �rg�os. Este processo vai interferir no funcionamento org�nico dos indiv�duos de maneira significativa, influenciando e promovendo altera��es nas atividades humanas.
O envelhecer, de acordo com Okuma (1998) faz parte da nossa vida e � caracterizado por diversos fatores de ordem gen�tica e ambiental. Uma das mudan�as que resultam no envelhecimento � o desgaste f�sico e org�nico que pode ser retardado e modificado pela pratica de atividade f�sica.
Segundo Carvalho Filho e Papaleo Neto (2000, p. 1), o envelhecimento pode ser definido como.
�um processo din�mico e progressivo onde h� modifica��es tanto morfol�gicas, como funcionais, bioqu�micas e psicol�gicas que determinam progressiva perda da capacidade de adapta��o do indiv�duo ao meio ambiente, ocasionando maior vulnerabilidade e maior incid�ncia de processos patol�gicos� (...).
O Centro Nacional de Estat�stica para Sa�de, estima que cerca de 84% das pessoas com idade igual ou superior a 65 anos sejam dependentes para realizar as suas atividades de vida di�ria, constituindo-se em um maior risco de institucionaliza��o.
O processo de envelhecimento, segundo Sim�es citado por Cerri e Sim�es (2007) n�o acontece isoladamente e nem inesperadamente, ele � o ac�mulo e a intera��o de processos bio-psico-s�cio-culturais durante a vida e, do ponto de vista org�nico, o envelhecimento envolve diminui��o de for�a muscular e amplitude articular e tamb�m perda de flexibilidade.
No aspecto psicol�gico, o processo de envelhecimento afeta a auto-estima, a auto-efic�cia, podendo surgir a depress�o, que, de acordo com os autores, � a segunda doen�a mais freq�ente na popula��o americana e, em se tratando de idosos, pode ser considerada devastadora. (CERRI e SIM�ES, 2007)
Corazza (2001) apresenta que no idoso, a idade psicol�gica refere-se �s capacidades que envolvem as dimens�es mentais e cognitivas do indiv�duo, como auto-estima, auto-sufici�ncia, aprendizagem, mem�ria e percep��o. Outro aspecto a ser abordado � a idade social, que � a no��o que a sociedade tem, muitas vezes, com expectativas r�gidas do que � um comportamento apropriado para o indiv�duo de terceira idade.
� interessante observar, mediante registros de Matsudo (2001) que muitas das altera��es que ocorrem com o envelhecimento s�o similares as que ocorrem durante o repouso prolongado no leito e na aus�ncia de gravidade. Entre elas est�o a diminui��o das fun��es card�acas e pulmonares, aumento da gordura corporal, diminui��o da massa e da for�a muscular e perda da densidade mineral �ssea.
De acordo com Pires et al (2009, p.2), �com o decl�nio gradual das aptid�es f�sicas, o impacto do envelhecimento e das doen�as, os idosos tendem a ir alterando seus h�bitos de vida e rotinas di�rias por atividades e formas de ocupa��o pouco ativas�. No entanto, o processo de envelhecimento � real e, embora resultados not�veis sobre fun��o org�nica e aptid�o f�sica possam ser atingidos na velhice, o envelhecimento � inevit�vel e sempre vencer�.
Tratando-se de prescri��o de atividade f�sica regular para idosos, deve-se atentar aos cuidados especiais, logo, o acompanhamento deve ser feito de maneira integral, preferencialmente em um trabalho individual (personalizado), ou em grupos reduzidos para uma maior seguran�a e um resultado satisfat�rio num menor per�odo de tempo. (LACERDA, 1995).
A atividade f�sica, de acordo com registros de Cerri e Sim�es (2007) pode beneficiar componentes fisiol�gicos, psicol�gicos e sociais caracter�sticos desse processo. Logo, ela pode retardar e at� mesmo evitar alguns dos decl�nios relacionados � idade.
Podemos constatar, portanto que as atividades f�sicas para os indiv�duos na terceira idade devem visar � manuten��o de um estado saud�vel e as suas capacidades necess�rias para as atividades de vida di�rias, modificando e interferindo no grau de decl�nio funcional do organismo. (BONACHELA, 1994),
Condicionamento f�sico na melhor idade
Quando praticamos uma atividade f�sica, estamos, dentre outras coisas, buscando ter uma vida mais saud�vel. Mas, para isto, � preciso lutar contra a falta de h�bito para a pr�tica de uma atividade f�sica, uma vez que o nosso mundo moderno, cheio de tecnologia e comodidade, nos faz acostumar a viver a vida de forma menos ativa, provocando o sedentarismo.
Os benef�cios da pr�tica regular de atividade f�sica s�o in�meros para o nosso corpo, possibilitando melhoras nos sistemas card�aco e respirat�rio, al�m do benef�cio mental e social, auxiliando no combate ao stress e tristeza e outros inc�modos da vida contempor�nea. (LEITE, 2000).
O condicionamento f�sico � caracterizado por componentes, e envolvem: o condicionamento cardiovascular; a for�a muscular; a resist�ncia muscular; a flexibilidade e composi��o corporal.
Condicionamento Cardiovascular, de acordo com Leite (2000), � a habilidade do corpo de carregar o oxig�nio dos pulm�es �s c�lulas e de transportar o mon�xido de carbono para fora das c�lulas. Ou seja, � a habilidade de respirar enquanto realiza atividades que requerem um batimento card�aco elevado.
Outro componente que envolve o condicionamento f�sico � a for�a muscular, definido segundo Bonachela (1994), como a maior quantidade de esfor�o que pode ser exercido por um m�sculo ou por um grupo de m�sculos, isto �, sua habilidade de levantar a quantidade maior de peso poss�vel sem provocar danos.
A resist�ncia muscular � mais um componente do condicionamento f�sico, caracterizado como a habilidade do m�sculo ou do grupo de m�sculos de sustentar o movimento repetitivo com uma carga sub-m�xima por um determinado per�odo de tempo. Isto �, a habilidade de levantar repetidamente uma quantidade de peso menor do que a quantidade m�xima que se pode levantar. (IBID)
Para que as pessoas atinjam um condicionamento f�sico adequado, portanto, principalmente na melhor idade, � necess�rio a pratica regular de atividade f�sica.
Moreira (2005) destaca que a grande maioria dos idosos sente-se melhor e mais dispostos depois da pratica de alguma atividade f�sica, e esta melhora, tanto f�sica quanto ps�quica, contribui para que se sintam motivados a continuar nestas pr�ticas.
Na concep��o de Okuma (1998), a atividade f�sica regular incrementa o pico de massa �ssea mantendo a j� existente, e diminuindo sua perda associada ao envelhecimento.
Problemas que ocorrem nas articula��es, perda da elasticidade, diminui��o da flexibilidade dos m�sculos podendo gerar dor, estes fatos s�o ocasionados pela falta de atividade f�sica no seu cotidiano, segundo a OMS (Organiza��o Mundial de Sa�de) recomenda-se que atividade f�sica deve ser praticada de tr�s a cinco vezes por semana. ( p. 73)
De acordo com Lacerda (1995) a pr�tica ou n�o da atividade f�sica pelo idoso est� diretamente ligada � prescri��o m�dica. A demora para come�ar alguma atividade f�sica, pode acarretar em um retardamento dos efeitos colaterais das patologias e n�o um m�todo preventivo.
Dentre as atividades f�sicas regulares que podem ser praticadas pelo idoso e s�o bastante eficientes para a obten��o de um bom condicionamento f�sico � a hidrogin�stica,que nada mais � que um conjunto de exerc�cios desenvolvidos na �gua de forma organizada e sistematizada, e que pode ser chamada tamb�m de gin�stica aqu�tica.
Conforme Okuma (1998) a melhor idade � caracterizada pela redu��o da coordena��o motora e dos reflexos proprioceptivos, pela diminui��o e lentid�o dos movimentos, pela inseguran�a na marcha, pela perda de flexibilidade, da for�a, da potencia, velocidade, destreza, e resist�ncia muscular, logo, esses fatores devem ser trabalhados, e a hidrogin�stica pode auxiliar.
Al�m dos problemas identificados nos aspectos f�sico e motor, podemos constatar que na melhor idade h� tamb�m uma perda da auto-estima e uma propens�o � depress�o, e atrav�s da hidrogin�stica � poss�vel recuperar a alegria de viver, desenvolvendo atividades propicias aos problemas apresentados.
A auto-estima � um sentimento de extrema import�ncia em qualquer estagio da vida humana, entretanto, a fase em que � mais necess�rio que ela seja refor�ada � na melhor idade, quando, ao lado do acumulo de preciosas experi�ncias vividas, aparecem tamb�m a inseguran�a social, uma fragilidade emocional e o medo das doen�as. (CORAZZA, 2001)
Segundo Leite (2000) apesar das perdas org�nicas, funcionais e mentais naturais do envelhecimento, � poss�vel auxiliar o idoso para uma vida mais feliz, sadia e com autonomia para realizar as tarefas di�rias, bem como, manter suas rela��es intelectuais e sociais com o meio que o rodeia, contribuindo de forma significativa para uma melhor qualidade de vida.
Vale registrar tamb�m o que Berge e Macinmam (1993) citado por Nunomura et. al (1999) apresentam quando informam que a qualidade de vida reflete a satisfa��o harmoniosa dos objetivos e desejos de uma pessoa, que seria a abund�ncia de aspectos positivos somada � aus�ncia de aspectos negativos, e � isso que se pretende oferecer ao idoso.
A pr�tica da hidrogin�stica na melhor idade
Como apresenta Nakagava e Rabelo (2007) o processo de envelhecimento � caracterizado pelo decl�nio das fun��es fisiol�gicas, que provocam a diminui��o da resist�ncia do corpo humano, resultando num decl�nio funcional, respons�vel pelo desempenho das atividades cotidianas e pelo grau de independ�ncia, comprometendo a sa�de e a qualidade de vida do idoso.
Esses aspectos fisiol�gicos, conforme Faro J�nior et al(1996) citado por Nakagava e Rabelo (2007), acontecem no n�vel dos sistemas cardiovascular, respirat�rio, nervoso central e perif�rico e ainda no sistema m�sculo-esquel�tico, dificultando ao organismo atender �s necessidades das demandas di�rias.
Como j� abordado anteriormente, dentre as v�rias op��es de programas para a melhor idade, a hidrogin�stica vem se destacando e conquistando um n�mero cada vez maior de adeptos, tanto que, nos �ltimos 10 anos, a popularidade dos exerc�cios aqu�ticos tem aumentado significativamente (DARBY; YAEKLE, 2000 apud CERRI e SIM�ES, 2007). Essa amplia��o tem feito com que essa atividade seja usada em diversos programas privados e p�blicos, aumentando cada vez mais o n�mero de participantes, inclusive idosos.
A pratica de hidrogin�stica � um programa ideal de condicionamento, que leva o indiv�duo � uma boa forma f�sica. Tem como objetivo, de acordo com Bonachela (1994), melhorar a sa�de e o bem estar f�sico e mental, e � destinado �s pessoas de ambos os sexos, independentemente de saberem ou n�o nadar.
A hidrogin�stica proporciona fortalecimento muscular de forma progressiva atrav�s de ilimitados exerc�cios multidirecionais, alternando posi��o vertical e horizontal do corpo humano na piscina e utiliza-se de diferentes tipos de resist�ncias e velocidade do movimento.
Os exerc�cios realizados na �gua al�m de oferecer seguran�a a melhor idade, melhoram seu condicionamento f�sico, a resist�ncia, a for�a, a capacidade pulmonar e freq��ncia card�aca, a mobilidade articular, a postura, reduz o percentual de gordura e desenvolve um grau de amizade com outros participantes (WHITE, 1998).
Segundo Bonachela (1994), a hidrogin�stica surgiu na Alemanha para atender a um grupo de pessoas idosas, por ser uma atividade segura, n�o causando riscos ou les�es �s articula��es, dando-lhes bem estar f�sico e mental, sendo uma atividade com in�meros adeptos, at� hoje, da melhor idade.
De acordo com Kuwano e Silveira (2002) citado por Pires et al. (2009), os objetivos de um programa de atividades f�sicas, como a hidrogin�stica para a terceira idade, deve:
Contemplar exerc�cios diretamente relacionados com as modifica��es mais importantes e que s�o decorrentes do processo de envelhecimento e auxilie concorrer para um bom desempenho nas atividades da vida di�ria. Tais exerc�cios poderiam constar, por exemplo, de: promover atividades recreativas (para a produ��o de endorfina e andr�geno, respons�veis pela sensa��o de bem-estar e recupera��o da auto-estima); atividades de sociabiliza��o (em grupo, com car�ter l�dico); atividades moderadas e progressivas (preparando o organismo para suportar est�mulos cada vez mais fortes); atividades de for�a (principalmente para os m�sculos respons�veis por sustenta��o/postura, evitando cargas muito fortes e contra��es isom�tricas); atividades de resist�ncia (com vista � redu��o das restri��es no rendimento pessoal); exerc�cios de alongamento (ganho de flexibilidade e de mobilidade) e atividades de relaxamento (diminuindo tens�es musculares e mentais). (p.36)
Com o aproveitamento das propriedades f�sicas da �gua, a Hidrogin�stica apresenta, segundo Bonachela (1994), algumas vantagens para esse grupo populacional, possibilitando melhor rendimento a melhor idade, al�m de oferecer menores riscos.
A autora refor�a ainda que as propriedades f�sicas da �gua ir�o auxiliar ainda mais os idosos na movimenta��o das articula��es, na flexibilidade, na diminui��o da tens�o articular (baixo impacto), na for�a, na resist�ncia, nos sistemas cardiovascular e respirat�rio, no relaxamento, na elimina��o das tens�es mentais, entre outros.
Bonachela (1994) classifica as propriedades f�sicas da �gua em densidade, flutua��o, press�o hidrost�tica e viscosidade, e esclarece que densidade � a rela��o entre massa e volume (D=m/v); a flutua��o (principio de Arquimedes) � quando um corpo est� completo ou parcialmente imerso em um liquido, e sofre um empuxo para cima igual ao peso do liquido deslocado. Este empuxo atua em sentido oposto a for�a da gravidade.
De acordo com os registros da autora a press�o hidrost�tica (lei de Pascal), � a press�o do liquido exercida igualmente sobre todas as �reas da superf�cie de um corpo imerso em repouso, a uma determinada profundidade. A propriedade da viscosidade, por fim,� o tipo de atrito (fric��o) que ocorre entre as mol�culas de um liquido que oferece resist�ncia ao movimento da �gua em qualquer dire��o, provocando uma turbul�ncia maior ou menor de acordo com a velocidade que executamos o movimento, quanto mais r�pido o movimento, maior o arrasto.
Por meio do conjunto das propriedades f�sicas da �gua e dos movimentos corporais praticados, ocorre a hidrogin�stica, que dentre os in�meros benef�cios Barbosa (2001), citado por Pinho et al. (2006) apresenta: uma freq��ncia card�aca mais baixa, possibilitando que o cora��o bombeie o sangue com menor esfor�o e n�mero de batimentos; aumento do volume de oxig�nio m�ximo, possibilitando que os pulm�es absorvam maior quantidade de oxig�nio, distribu�dos ao organismo, e proporcione mais energia; fortalecimento e resist�ncia muscular proporcionando o aumento da massa muscular e maior elasticidade dos m�sculos.
Podemos citar ainda um aumento de amplitude articular, o que melhora a movimenta��o das articula��es, deixando-a mais livre; diminui e elimina tens�es mentais e proporciona um bem estar f�sico e ps�quico aliviando tens�es do dia-a-dia. (ROCHA, 1994)
A hidrogin�stica, portanto, segundo Sova (1998), melhora a qualidade de vida dos idosos uma vez que: reduz a dor causada por artrite; reduz dor nas costas; reduz dor cr�nica; melhora a regularidade das fun��es do organismo; aumenta a capacidade pulmonar; melhora a flexibilidade; aumenta a perspectiva de vida; regula os n�veis de a��car no sangue; melhora as fun��es card�acas; controla a press�o sangu�nea; regula o colesterol; mant�m bons padr�es de sono; aumenta a energia; mant�m uma boa composi��o corporal; mant�m a densidade �ssea; melhora a for�a e o t�nus muscular; melhora algumas fun��es mentais; reduz a raiva; a ansiedade e a impulsividade; melhora a qualidade de vida; al�m de melhorar o interesse e a satisfa��o sexual.
Por conseguinte, atesta Bonachela (1994, p. 69) que �a pr�tica da hidrogin�stica, met�dica e freq�ente na terceira idade, � capaz de promover modifica��es morfol�gicas, sociais e fisiol�gicas, melhorando as fun��es org�nicas e ps�quicas�.
Neste contexto verifica-se que a pr�tica regular da hidrogin�stica contribui para um envelhecimento satisfat�rio, possibilitando um bom condicionamento f�sico, e conseq�entemente, o equil�brio entre as limita��es e as potencialidades do indiv�duo, ajudando o idoso a lidar com as perdas inevit�veis decorrentes desse processo, de forma aut�noma e independente, proporcionando-lhe ganhos em qualidade de vida.
Considera��es finais
Com base nos estudos realizados podemos concluir que a hidrogin�stica contribui significativamente para amenizar os efeitos inevit�veis do envelhecimento. Aumentando consideravelmente a sua qualidade de vida e possibilitando que os indiv�duos da melhor idade vivam essa fase com mais tranq�ilidade e sa�de.
A pr�tica da hidrogin�stica melhora o condicionamento f�sico e mais que isso, proporciona resultados positivos nos aspectos mentais e s�cio-afetivos, o que � extremamente importante, uma vez que esses indiv�duos tendem a se sentir solit�rios e exclu�dos da sociedade.
Constata-se que a popularidade desta pr�tica tem crescido devido a efic�cia comprovada por in�meros trabalhos realizados, sendo por isso utilizada em programas p�blicos e privados. Os praticantes da hidrogin�stica na melhor idade t�m aumentado em grande escala, j� que o impacto nas articula��es e as tens�es do dia-a-dia s�o diminu�dos e a musculatura fortalecida, contribuindo de maneira significativa para a manuten��o da aptid�o f�sica do idoso.
Consideramos, portanto que, para o p�blico da melhor idade, uma das atividades f�sicas mais indicadas para a manuten��o de um estado saud�vel e melhoria das capacidades necess�rias para as atividades de vida di�rias seja a hidrogin�stica.
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