publicado em 10/04/2020
Stefan Hettwer, Emina Besic Gyenge, Brigit Suter, Sandra Breitenbach, Barbara Obermayer
Rahn AG, Zurique, Suíça
Abstract
Objetivos
Materiais e Métodos
Resultados
Discussão
Conclusão
A pele é o nosso maior órgão, com uma superfície de aproximadamente 1,7 metro quadrado. Ela nos protege de influências externas, é importante para a termorregulação e é definitivamente fundamental para a aparência. No entanto, nossa pele não é só nossa. Bilhões e bilhões de pequenos companheiros estão se acomodando na superfície da nossa pele: os microrganismos. No total, cerca de 100 bilhões de bactérias e fungos usam nossa pele como seu habitat.1 Esse número incrivelmente grande corresponde exatamente à totalidade das nossas células da pele.2
Os avanços que ocorrem recentemente as técnicas de análise do microbioma revelaram uma diversidade bacteriana muito maior na pele em comparação à detectada pelos métodos tradicionais em cultura. Em nossos estudos sobre a pele propensa à acne, detectamos bactérias de 6 filos, mais de 80 famílias e não menos
A microflora da pele é uma proteção importante contra agentes externos potencialmente prejudiciais. Ao ocupar todos os nichos da pele, a colonização por bactérias patogênicas é fortemente reduzida. Nosso suor também desempenha um papel importante no fornecimento das melhores condições para a microflora benéfica, tornando o pH levemente ácido na superfície da pele.3
A microflora também é responsável pelo típico odor de um ser humano. Especialmente em áreas úmidas, onde as glândulas sudoríparas apócrinas secretam uma composição especial de sebo, os estafilococos, os Corynebacterium e os bacilos degradam o sebo, o material das células mortas e os componentes da superfície da pele. Ao liberar seus metabólitos, é produzido o odor corporal típico de um ser humano (Figura 1).
Alterações na pele devido ao desequilíbrio da microflora
Uma microflora desequilibrada pode ser a razão de ocorrerem certos problemas de pele, como acne, eczema atópico e
Referências bibliográficas
1. Sender R, Fuchs S, Milo R. Revised estimates for the number of human and bacteria cells in the body. PLoS Biol 14(8):e1002533, 2016
2. Bianconi E, Piovesan A, Facchin F, Beraudi A, Casadei R, Frabetti F et al. An estimation of the number of cells in the human body. AnnHum Biol 40(6):463-71, 2013
3. Grice EA, Segre JA. The skin microbiome. Nat Rev Microbiol9(4):244-53, 2011
4. Troccaz M, Gaia N, Beccucci S, Schrenzel J, Cayeux I, StarkenmannC et al. Mapping axillary microbiota responsible for body odoursusing a culture-independent approach. Microbiome 3(1):3, 2015
5. McGinley KJ, Webster GF, Ruggieri MR, Leyden JJ. Regional variations in density of cutaneous propionibacteria: correlation of Propionibacterium acnes populations with sebaceous secretion. J Clin Microbiol 12(5):672-5, 1980
6. Schmidt N, Gans EH. Tretinoin: a review of its anti-infl ammatory properties in the treatment of acne. J Clin and Aesthetic Derm 4(11):22-9, 2011
7. Adetutu AA, Oritsewehinmi B, Ikhiwili OM, Moradeke AO, Odochi AS, Adeola OE. Studies on Staphylococcus aureus isolated from pimples. Pak J Biol Sci 20(7):350-4, 2017
8. Cosseau C, Romano-Bertrand S, Duplan H, Lucas O, Ingrassia I, Pigasse C et al. Proteobacteria from the human skin microbiota: species-level diversity and hypotheses. One Health 2:33-41, 2016
9. Blaise G, Nikkels AF, Hermanns-Le T, Nikkels-Tassoudji N, Pierard GE. Corynebacterium-associated skin infections. Int J Derm 47(9):884-90, 2008
10. Mukherjee S, Mitra R, Maitra A, Gupta S, Kumaran S, Chakrabortty A et al. Sebum and hydration levels in specifi c regions of human face signifi cantly predict the nature and diversity of facial skin microbiome. Sci Rep 6:36062, 2016