Brasília e Rio de Janeiro ocupam juntas a segunda colocação
São Paulo (SP) permaneceu como a principal metrópole do país em 2018. O dado consta da pesquisa Regiões de Influência das Cidades de 2018 (REGIC 2018), anunciado nesta quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na pesquisa, São Paulo
ocupa isoladamente, a posição de maior hierarquia urbana do País, como grande metrópole nacional. O instituto lembrou que esse centro urbano tem arranjo populacional de 21,5 milhões de habitantes em 2018 e representava 17,7% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2016. O IBGE informou ainda que Brasília (DF) e Rio de Janeiro (RJ) ocupam juntas segunda colocação hierárquica, também com forte presença nacional. O instituto
lembra que o arranjo populacional de Brasília contava, em 2018, com 3,9 milhões de habitantes, enquanto o do Rio de Janeiro somava 12,7 milhões de pessoas, no mesmo ano. Os arranjos populacionais de metrópoles são estruturas de maior porte do que as cidades. Uma metrópole, além da cidade de origem, abrange municípios no entorno, com tamanha integração entre eles que justifica tratá-los como “um único nó” da rede urbana –
principalmente nos deslocamentos para estudo e trabalho.
No levantamento, 32 cidades de 12 Estados passaram ser consideradas Capitais Regionais em 2018. Os Estados de Goiás, Mato Grosso e Rondônia foram os que mais aumentaram em termos relativos o número de Capitais Regionais. Essa classificação serve para centros urbanos com alta concentração de atividades de gestão - mas com alcance menor, em termos de região de influência, em
comparação com as metrópoles.
Ao todo, 97 Cidades foram classificadas como Capitais Regionais em todo o País, na REGIC 2018, informou o IBGE.
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Notícias
25/06/2020
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IBGE divulga panorama das metrópoles brasileiras; CNM destaca importância de políticas regionais
Com o levantamento, é possível verificar que Campinas (SP), Florianópolis (SC) e Vitória (ES) passam a se enquadrar na categoria de metrópole. A área de Planejamento Territorial e Habitação da Confederação Nacional de Municípios (CNM) explica que as cidades alcançam esse título não por serem capitais, mas pelos complexos arranjos populacionais e sua capacidade de articulação descentralizada na rede urbana por meio de empresas, órgãos públicos, estruturas descentralizadas bens e serviços. Sendo assim, 18 cidades do país ocupam, atualmente, o grau mais elevado de hierarquia urbana.
Os três Municípios alcançaram a categoria de metrópole em virtude do elevado número de atividades econômicas e arranjos populacionais. Campinas se destaca pelas questões de tecnologia e logística, além de sua localização e dos centros de ensino e pesquisa que sedia e são referência no país. Já a capital do Espírito Santo abriga o Porto de Tubarão, um dos mais importantes do Brasil, com exportação de minério de ferro, além das atividades relacionadas ao petróleo, à siderurgia e à celulose. Enquanto Florianópolis tem como base da economia o turismo e, recentemente, os polos agroindustriais, a produção naval e as empresas de tecnologia.
Influência nacional e regional
O IBGE reconhece ainda as cidades de São Paulo (Grande Metrópole Nacional), Brasília (Metrópole Nacional) e Rio de Janeiro (Metrópole Nacional) com a hierarquia mais elevada entre as metrópoles. Belém (PA), Belo Horizonte (MG), Curitiba (PR), Fortaleza (CE), Goiânia (GO), Porto Alegre (RS), Recife (PE), Salvador (BA) e Manaus (AM) completam o grupo. Campinas é a com
status de metrópole que não é capital, o que torna o Estado de São Paulo a primeira Unidade da Federação com duas metrópoles.
Gestão e políticas
O estudo também traz informações sobre a gestão do
território por meio das hierarquias urbanas e sobre o deslocamento dos cidadãos para acessar bens e serviços - incluindo comércio e serviços; instituições financeiras; ensino superior; saúde; informação; cultura e esporte; transporte; atividades agropecuárias; e ligações internacionais. Além de analisar as cidades brasileiras que recebem pessoas residentes nos países vizinhos em busca de bens e serviços.
Para a área de Planejamento Territorial e Habitação da CNM, o estudo revela novos arranjos entre os médios e pequenos Municípios na rede de influência das grandes cidades. Os dados comprovam a importância do aprimoramento de políticas setoriais e regionais e a necessidade de fortalecer ações governamentais para descentralizar bens e serviços. Ao reconhecer algumas cidades na categoria de metrópole, o Regic contribui para a gestão urbana local, em especial, no que diz respeito ao Estatuto da Metrópole, que considera as regionalizações da Regic para a formulação de ações e estratégias.
Para saber mais sobre o Estatuto da Metrópole, acesse a publicação Os desafios para atender às exigências do Estatuto da Metrópole e conheça as ações da entidade na área de planejamento territorial.
Da Agência CNM de Notícias
Imagens: Prefeitura de Campinas (SP); IBGE