Algumas substâncias atravessam espontaneamente a membrana plasmática, caracterizando o transporte passivo; outras, por sua vez, são forçadas a sair da célula, ou a entrar nela, processo denominado de transporte ativo.
Transporte passivo
Quando as substâncias se deslocam espontaneamente através da membrana plasmática, diz-se que ocorreu transporte passivo. Neste tipo de transporte, não há gasto de energia. Há dois tipos básicos de transporte passivo: difusão e osmose.
Na difusão, ocorre o transporte de soluto de um meio onde há maior quantidade para um meio onde há menor quantidade desta substância, sem que ocorra alteração significativa no volume celular – por exemplo, o transporte de oxigênio e de gás carbônico nas células.
Como as células consomem oxigênio em sua respiração, a concentração deste gás em seu interior é sempre baixa. Externamente, a concentração de oxigênio é mais alta, pois este gás chega continuamente por meio da circulação sanguínea. O gás carbônico faz o caminho inverso, pois, como as células, pela respiração, estão sempre produzindo esse gás, a concentração interna é maior do que a concentração externa. Sendo assim, o gás carbônico sai do meio mais concentrado para o meio menos concentrado.
Algumas substâncias, como a glicose, são transportadas por meio de proteínas especiais, denominadas permeases, que facilitam a sua entrada na célula, de um meio mais concentrado para um meio menos concentrado. Como há participação de proteínas facilitadoras, o processo é denominado difusão facilitada.
Em algumas situações especiais, ocorre transporte de solvente, e não de soluto. Neste tipo de transporte, a água atravessa a membrana plasmática das células, dependendo da concentração de soluto. Ao temperar uma salada, coloca-se sal. Isso aumenta a concentração deste soluto fora da célula.
O aumento de soluto no meio externo estimula as células a perderem água, por osmose, o que resulta em verdura murcha. Se a célula for colocada em um meio em que a concentração de soluto seja menor que a concentração do citoplasma, a tendência é absorver água por osmose, aumentando seu volume. Esse tipo de transporte também pode ser observado em células animais.
Um experimento comum para verificar o fenômeno da osmose é a utilização de hemácias, os glóbulos vermelhos, em diferentes concentrações, como mostrado a seguir:
Colocam-se as células sanguíneas em diferentes concentrações. A solução isotônica apresenta a mesma concentração, ou seja, a quantidade de soluto e de solvente dentro e fora da célula é praticamente a mesma, por isso não ocorre alteração no volume celular. Na solução hipertônica, a concentração de soluto no meio externo é maior, por isso a célula perde água e murcha. Na solução hipotônica, a concentração de soluto no meio interno é maior, por isso a célula ganha água e aumenta de volume. A passagem de água pela membrana plasmática ocorre para igualar as concentrações dentro e fora da célula.
Transporte ativo
Em determinadas situações, a célula necessita manter em seu interior certas substâncias em concentrações diferentes das encontradas no meio externo.
A tendência destas substâncias, como foi descrito no transporte passivo, é sair da célula; porém, com o auxílio das permeases, elas são novamente transportadas para o meio interno. Nesse caso, as células conseguem manter essas diferenças entre as concentrações interna e externa com gasto de energia, o que caracteriza o transporte ativo.
Por: Wilson Teixeira Moutinho
Veja também:
- Endocitose e Exocitose
- Membrana plasmática
- Organelas citoplasmáticas
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Entenda como ocorre o transporte através da membrana e aprenda a diferença entre o transporte passivo e o transporte ativo.
Sabemos que a membrana plasmática é responsável, entre outras funções, por controlar todas as substâncias que entram e saem da célula. Em virtude dessa capacidade, dizemos que a membrana apresenta permeabilidade seletiva. Essa seleção é importante porque garante a entrada de oxigênio e nutrientes na célula, além de garantir a eliminação dos produtos do metabolismo celular.
→ Tipos de transporte através da membrana
Podemos classificar o transporte através da membrana analisando-se o gasto de energia que uma célula apresenta ao transportar uma substância. Aquele transporte em que não há gasto de energia é chamado de passivo, e aquele que apresenta gasto de energia é chamado de ativo.
Transporte Passivo
Difusão simples: as partículas movem-se de um local mais concentrado para outro menos concentrado. Dizemos, nesse caso, que o movimento acontece a favor do gradiente de concentração. A substância atravessa a membrana através da própria membrana ou através de canais. Entre as substâncias que podem ser transportadas desse modo, podemos citar o oxigênio e o gás carbônico.
Difusão facilitada: uma substância é transportada por meio da participação de proteínas presentes na membrana. Essas proteínas são conhecidas como proteínas carregadoras e facilitam o movimento espontâneo das moléculas sem que haja nenhum gasto de energia pela célula. Substâncias como aminoácidos e açúcares podem ser transportadas dessa forma para o interior da célula.
Osmose: é um tipo especial de difusão e, nesse caso, a substância que se difunde pela célula é a água. Nas células, a água difunde-se do meio menos concentrado para o mais concentrado. Se uma célula é colocada, por exemplo, em um meio em que a concentração de soluto (substância dissolvida) é muito maior que a do interior da célula, a tendência da célula é perder água por osmose. Se o contrário ocorre, a célula enche-se de água.
Transporte Ativo
Nesse tipo de transporte, ocorre um gasto de energia, a qual é fornecida para a célula pelo processo de respiração celular. Diferentemente dos outros processos, uma substância corre contra o gradiente de concentração. Como substâncias que podem ser transportadas dessa forma, destacam-se os íons sódio e potássio, que garantem o impulso nervoso.
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