Qual artista criou a escultura que girava em torno da pira olímpica nos jogos rio 2022

Cult

11 de July de 2018 - Por Marcos Slaviero

O americano Anthony Howe começou seu próprio parque de esculturas em 1996, em Orcas Island, estado de Washington, pra poder criar com mais liberdade. Ele desenha digitalmente cada obra antes de produzir as peças em aço inoxidável. Cada escultura é uma verdadeira obra prima, que se move de forma única com o vento.

Foi ele que criou a escultura que girava em torno da pira olímpica nas Olimpíadas de 2016 no Rio de Janeiro. Também já criou para a Barney’s de NYC uma das vitrines mais comentadas da última década. 

Saiba mais sobre a obra de Howe aqui: //www.howeart.net/

Enquanto a estrela do tênis japonesa Naomi Osaka carregava a tocha olímpica escada acima durante a cerimônia de abertura dos jogos de Tóquio, uma esfera branca no topo se desenrolou dramaticamente para revelar o caldeirão olímpico, projetado pelo canadense Oki Sato. O arquiteto, que trabalhou em coleções de instituições como o Museu de Arte Moderna de Nova York, o High Museum de Atlanta e o Victoria & Albert Museum em Londres, segue os passos do artista americano Anthony Howe, que criou uma escultura cinética cintilante de metal para a pira nos jogos cariocas de 2016.

A pira de Tóquio também foi criada com um olhar voltado para a sustentabilidade, movida pela primeira vez a hidrogênio, segundo a Associated Press. Ao contrário do propano, o combustível normalmente utilizado, a queima de hidrogênio não produz dióxido de carbono.

Usada para acendera a pira estava a tocha 2020, um desenho em forma de pétala do artista e designer Tokujin Yoshioka inspirado nas flores de cerejeira japonesas. A tocha é 30% de alumínio reciclado, feito de metal de uma caixa pré-fabricada construída após 11/3, o devastador terremoto e tsunami que atingiu o leste do Japão em 2011.

Antes da conclusão do revezamento da tocha, a cerimônia de abertura prestou homenagem a um elemento de design frequentemente esquecido dos jogos: os pictogramas simples que representam cada esporte. Os pictogramas foram introduzidos originalmente para superar as barreiras do idioma na competição internacional durante seus primeiros jogos asiáticos, também em Tóquio, em 1964. Artistas vestidos de azul e branco, usando máscaras redondas e luvas para imitar as figuras sem traços característicos, posaram em rápida sucessão para replicar todos os pictogramas do designer gráfico Masaaki Hiromura criado para as 50 disciplinas em 41 esportes durante o evento deste ano. O desenvolvimento da abreviatura visual de cada evento levou dois anos. “Tentei expressar a beleza dinâmica dos atletas por meio desses pictogramas, respeitando o legado dos pioneiros da indústria de design japonesa em seus projetos para os Jogos de Tóquio 1964”, disse Hiromura em um comunicado.

A cerimônia de abertura também incluiu um impressionante show de luzes de drones programado pela Intel que apresentou uma frota de 1.824 drones dramaticamente arranjados no logotipo xadrez do jogo de 2020, desenhado por Asao Tokolo.

Logo após a conclusão da cerimônia, a pira foi realocada para a Ponte Ohashi perto da Baía de Tóquio, permitindo ao público ver a chama pessoalmente.

Além de todas as obras da abertura, as Olimpíadas de Tóquio também estão marcadas pela construção da Ágora Olímpica com obras pela cidade. Veja clicando aqui. E conheça o trabalho de Xavier Veilhan, um dos destaques da Ágora Olímpica, em coluna de Marc Pottier. Clique aqui.

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