Qual é a divisão internacional do trabalho?

Índice

  • Origem da divisão internacional do trabalho
  • Benefícios da divisão internacional do trabalho
  • Críticas à divisão internacional do trabalho
  • Evolução da divisão internacional do trabalho

A divisão internacional do trabalho consiste em que os diferentes países do mundo se especializem na produção de certos bens e serviços a fim de aproveitar suas vantagens comparativas.

A divisão internacional do trabalho é semelhante à divisão do trabalho que ocorre em uma empresa ou país, mas realizada internacionalmente. Desse modo, assim como alguns trabalhadores se especializam na realização de certas tarefas ou áreas de estudo, internacionalmente também se observa que os países tendem a se especializar em certas indústrias ou atividades produtivas. Assim, por exemplo, no Reino Unido existe uma especialização na área de serviços financeiros enquanto no Brasil existe uma especialização na produção de carne de frango ou café.

A divisão internacional do trabalho também está relacionada ao conceito de cadeias globais de valor, onde as empresas realizam diferentes etapas de sua cadeia produtiva em diferentes partes do mundo.

A divisão internacional do trabalho teria sua origem no aproveitamento das vantagens relativas que cada país possui. De fato, como os países possuem recursos e capacidades produtivas diferentes, eles terão alguma vantagem relativa na produção de um produto ou serviço em relação a outro país, seja em termos de custos, seja de qualidade.

A origem da teoria econômica que sustenta o conceito de divisão internacional do trabalho encontra-se nas idéias de Adam Smith (divisão do trabalho na empresa), David Ricardo (custos comparativos no comércio internacional) e John Stuart Mill (vantagens comparativas).

Benefícios da divisão internacional do trabalho

Entre os benefícios da divisão internacional do trabalho estão:

  • Um uso mais eficiente dos recursos, pois cada país aproveita seus recursos e potencialidades nas tarefas que lhe são mais adequadas
  • Uma redução de custos através de dois meios: aproveitando as vantagens comparativas e aproveitando as economias de escala
  • O desenvolvimento produtivo dos países é promovido por meio do intercâmbio comercial

Críticas à divisão internacional do trabalho

Alguns economistas criticaram os efeitos da divisão internacional do trabalho, alegando que ela apenas fomentou a desigualdade e a pobreza nos países produtores de commodities.

De fato, nos anos 70/80, os economistas Raúl Prebisch e Celso Hurtado, que pertenciam à Comissão Econômica da Organização das Nações Unidas (ONU) para a América Latina e o Caribe, afirmaram que a divisão internacional do trabalho levou à divisão do mundo em dois grupos: um produtor de bens industrializados e o outro produtor de matérias-primas. O primeiro grupo beneficiou do aumento dos preços relativos dos seus produtos, enquanto o segundo grupo foi perdendo poder de compra devido à progressiva perda de valor dos seus produtos.

Esse fenômeno no qual os bens industriais se valorizavam enquanto as matérias-primas reduziam seu valor relativo era denominado deterioração dos termos de troca. Isso teria como consequência um aumento da desigualdade e uma maior dependência dos países mais afetados pelos mais ricos.

Evolução da divisão internacional do trabalho

A visão tradicional e crítica da divisão internacional do trabalho era que os países se especializavam em matérias-primas ou produtos industrializados.

Porém, com o avanço das tecnologias e da interconexão global, essa divisão está se distanciando da realidade. Hoje, as empresas transnacionais estão interessadas em produzir bens industriais em países menos desenvolvidos, pois é mais conveniente para elas devido aos custos salariais mais baixos, impostos mais baixos ou outras vantagens.

Desta forma, os países que antes eram meros produtores de matérias-primas agora fabricam bens industrializados, enquanto os países mais avançados se concentram no desenvolvimento de tecnologia avançada, serviços especializados e na rentabilização de seu capital por meio de investimentos nacionais e internacionais.

Teoria da dependência

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Conceito que exprime a dispersão das várias atividades económicas por diferentes países. Consiste em cada país abdicar da pretensão de ter todas as atividades económicas e produzir todos os produtos possíveis, adotando antes uma atitude de especialização em apenas alguns setores de atividade económica, segundo o princípio de que cada país deverá fazer aquilo que sabe fazer melhor.
A divisão internacional do trabalho tem subjacente a ideia de que nenhum país consegue ser competitivo em todos os setores. É devido a este facto que, por exemplo, Portugal se especializou na produção têxtil, o Japão na eletrónica e o Brasil no café.
No fundo, o objetivo é o mesmo do da divisão de tarefas numa fábrica: o de proporcionar um elevado grau de especialização a quem as efetua, em ordem à prossecução de objetivos de competitividade.
Esta divisão não é, naturalmente, arbitrária. Cada país especializa-se nas atividades para as quais se encontra mais vocacionado. Tal depende de fatores tão diversificados como os recursos (naturais, humanos, financeiros, tecnológicos) do país, da sua cultura, etc. Na análise do economista norte-americano Michael E. Porter, são considerados quatro fatores básicos para esta especialização: estratégia, estrutura e rivalidade; condições dos fatores de produção; setores relacionados e de suporte; condições da procura. O sucesso económico de cada país está no eficaz aproveitamento das vantagens que possui em certos setores, a que Porter chama clusters.
Importa referir que a divisão internacional do trabalho é também um processo histórico, na medida em que é uma forma que se impôs nas últimas décadas de encarar o problema do rumo estratégico que a economia de um país deve seguir. Esta conceção contrasta fortemente com aquelas tidas anteriormente, que preconizavam uma estratégia de produção interna da (quase) totalidade dos bens, em ordem a objetivos de autonomia económica.

Qual a Divisão Internacional do Trabalho?

A Divisão Internacional do Trabalho (DIT) é caracterizada pela especialização técnica na produção mundial de produtos. A DIT (Divisão Internacional do Trabalho) é a distribuição da produção econômico-industrial internacional.

Qual é o objetivo do DIT?

Divisão Internacional do Trabalho. O seu objetivo é mostrar como é feita a distribuição da produção em termos globais, entre países desenvolvidos e subdesenvolvidos.

Quais são as DIT?

Resumidamente, a DIT passou por três sucessivos períodos. O primeiro ocorreu durante o chamado Capitalismo Comercial, o segundo, durante o Capitalismo Industrial; e o terceiro, durante o Capitalismo Financeiro.

O que é a Divisão Internacional do Trabalho Brainly?

Divisão internacional de Trabalho(DIT), consiste na divisão das atividades entre os inúmeros países do mundo, particularmente entre (capital) o poder e os subdesenvolvidos (exportadores de matéria-prima) com mão-de- obra barata e geralmente com industrialização tardia.

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