Qual é o gênero de uma história em quadrinhos?

Um texto narrativo com características específicas. Conheça-o!

Turma da Mônica - grupo de personagens de história em quadrinhos

Ao falarmos sobre histórias em quadrinhos, lembramos daquelas fantásticas e divertidas trazidas pelos gibis, não é verdade?

Elas compõem o quadro dos chamados textos narrativos, onde a história se passa com diferentes tipos de personagens, ocorridas em determinado local, durante certo espaço de tempo.

Geralmente, o objetivo maior é o entretenimento com forma de divertir, causar o humor.

Mas podem também transmitir uma informação, uma alerta à população. Como é o caso das famosas campanhas comunitárias relacionadas a riscos de doenças, ao desperdício de água, aos problemas causados pelo trânsito, entre outros.

Elas possuem características específicas. Vamos conhecê-las?


Mauricio de Sousa – o maior escritor de
histórias em quadrinhos do Brasil


*O diálogo entre os personagens aparece através de balões, sendo que eles variam muito de formato, como por exemplo, linhas contínuas, interrompidas (fala sussurrada), ziguezagueadas (demonstrando um grito, um som de rádio ou televisão), ou em forma de nuvem (simbolizando o pensamento dos personagens).

* Os sinais de pontuação são variados, reforçando a voz dos personagens e indicando o modo como eles revelam seus sentimentos, como raiva, espanto, alegria, tristeza.

* Há também a presença das onomatopeias, causando certa animação à história, por meio de sons produzidos por pessoas (zzz, para o sono, rrr, para o rosnado de um cão, entre outros), e por ambientes (crash, para a batida de um carro ou buuum para representar uma explosão).

*São compostas por uma linguagem verbal e uma não verbal, fazendo uma associação entre imagens e palavras, procurando facilitar o entendimento do leitor.

Por Vânia Duarte
Graduada em Letras
Equipe Escola Kids


Yellow Kid

Embora a discussão sobre o verdadeiro instante de aparecimento das histórias em quadrinhos leve muitas vezes a longas, inconclusivas e quase intermináveis discussões, é impossível não reconhecer que os quadrinhos, enquanto meio de comunicação de massa, guardam uma estreita ligação, em suas origens, com o cartum e a charge humorística. Por terem se difundido mais agressivamente na imprensa jornalística norte-americana, acabaram inicialmente sendo reconhecidos pelas características que apresentavam ali. Como, em sua maioria, exploravam temas cômicos, as histórias em quadrinhos publicadas na terra do Tio Sam receberam, em virtude disso, a denominação de comics – e, posteriormente, comic strips e comic books –, nome pelo qual ainda são hoje internacionalmente conhecidas (além disso, os quadrinhos também foram chamados de funnies, ou seja, divertidos, termo hoje já não mais utilizado...). No fundo, no entanto, essa denominação há muito já se evidencia como uma verdadeira incongruência, quando se consideram as mais diversas temáticas e os diferentes gêneros que os quadrinhos rapidamente passaram a enfocar.

Quadrinhos para imigrantes


Beco Hogan em 1894

Praticamente desde seu início como grande meio de comunicação de massa e instrumento privilegiado para o aumento do consumo de jornais, os quadrinhos buscaram refletir situações que falassem mais de perto à realidade de seus leitores. Isto se consubstanciou mais particularmente no meio ambiente norte-americano de final do século 19: ali, os magnatas da imprensa buscavam agregar, às suas multidões de consumidores, todos aqueles imigrantes, principalmente europeus, que haviam ingressado no país para atender às demandas do desenvolvimento industrial. Por esse motivo, grande parte das histórias em quadrinhos que inicialmente surgiram nos suplementos dominicais das duas maiores cadeias jornalísticas do país, as de Pulitzer e Hearst, ambientavam suas peripécias humorísticas nos guetos de Nova Iorque. Era o que acontecia, por exemplo, com a célebre personagem Yellow Kid, criação de Richard Felton Outcault em 1895, que vivia suas peripécias no beco de Hogan, no qual predominavam os habitantes de diversas etnias não norte-americanas.


Pulitzer (à direita) e Hearst (à esquerda) enfrentam-se por causa da Guerra Hispano-Americana. Ambos vestem o roupão do Yellow Kid. Daí a imprensa sensacionalista americana ser chamada de amarela e não marrom como no Brasil.

Outras histórias em quadrinhos também seguiam o mesmo tom. O colosso ianque desejava aculturar as levas de imigrantes que passara a abrigar e as histórias em quadrinhos apareciam como o instrumento por excelência para atingir esse objetivo. Eram baratas. Eram fáceis de compreender. Eram atrativas ao leitor com pouco conhecimento do idioma inglês. E, além de funcionarem muito bem em todos esses quesitos, atingiam em cheio o seu público e contribuíam para uniformizar as diversas etnias em torno de uma maneira única de encarar o mundo.

Gêneros diversos desde o começo

Aos poucos, os dois objetivos complementares dos quadrinhos industrializados norte-americanos, ou seja, o de ampliar a venda de jornais e, ao mesmo tempo, incorporar levas de imigrantes à sociedade em acelerado processo de desenvolvimento, geraram a busca de maior diversidade temática nos produtos disponibilizados pelos suplementos dominicais em cores (e, a partir de 1907, também pelas tiras cômicas de quadrinhos, inseridas nos jornais diários). Embora a comicidade de personagens e situações fosse ainda, durante um bom tempo, o elemento dominante daquelas histórias em quadrinhos, categorias específicas podem, desde o início, ser vislumbradas, como uma espécie de incipiente segmentação de mercado. É assim que, desde o final do século 19, algumas séries começam a enveredar para um universo ficcional em que pontificam personagens infantis e animais antropomorfizados. Elas se constituíam, pode-se afirmar, os primeiros passos para a constituição das kid e animal strips. Outros gêneros se seguiriam, posteriormente, com a distribuição massiva dos quadrinhos pelos Syndicates. Por intermédio das family e girl strips, essas grandes organizações voltadas para a distribuição internacional de histórias em quadrinhos puderam fundamentar o sonho americano de uma vida feliz e saudável, depois catártica e emocionalmente complementado pelas histórias em quadrinhos de aventuras.

A discussão de cada um desses gêneros pode ajudar a compreender o desenvolvimento das histórias em quadrinhos na primeira metade do século 20 e será objeto desta série de artigos.

Qual é o gênero da história em quadrinhos?

As histórias em quadrinhos são narrativas gráficas, ou seja, histórias narradas compostas por imagem e texto. Sua denominação varia entre arte sequencial (nome atribuído pelo famoso quadrinista americano Will Eisner), narrativa figurada e literatura ilustrada.

Qual o gênero textual de uma tirinha e dos quadrinhos?

Gênero textual: TIRINHAS.

Qual é o gênero da história?

A História como gênero textual é uma narrativa na qual o historiador seleciona informações registradas em fontes históri- cas ou na historiografia e, a partir desses dados, escreve sua ver- são sobre o passado.

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