Nosso organismo é preparado para funcionar melhor em temperaturas amenas, ou seja, nem calor nem frio excessivos. Por essa razão, quando a temperatura cai, diferentes partes do corpo humano entram em ação para garantir que o metabolismo e as demais funções essenciais à vida permaneçam funcionando. Entenda como isso ocorre.
O que acontece quando a temperatura corporal cai?
Se o organismo de um ser humano ficar com a temperatura corporal abaixo do mínimo, uma série de reações químicas são iniciadas visando evitar a hipotermia, que é a queda acentuada da temperatura para valores abaixo de 35 °C.
Todas as atribuições do corpo humano, como o metabolismo e as atividades químicas no cérebro, são prejudicadas e podem parar de agir. Em virtude disso, sensores espalhados por todo o torso são ativados, funcionando como um alerta.
O arrepio que podemos perceber é responsabilidade de um músculo presente na superfície da pele, que se contrai com o frio e eriça o pelo. Esse é um movimento importante, já que o conjunto de pelos arrepiados cria uma camada de ar com o objetivo de preservar o calor corporal.
Qual é a temperatura ideal do corpo humano?
A temperatura convencional do corpo fica na média dos 37 °C, mas esse número é mais uma referência do que um valor exato. Quando falamos sobre o ser humano ser preparado para viver em temperaturas equilibradas, um dos parâmetros são os anos de análise do comportamento do organismo a distintas medidas de calor e frio.
Em condições normais, a medida varia ao longo do dia, algo em torno de 0,5 °C a mais ou a menos. Sono, metabolismo, atividades físicas e o horário do dia impactam o número aferido nos termômetros; por essa razão, o ideal é pensarmos em termos de faixa de temperatura corporal.
Grosso modo, a temperatura normal do torso permanece dentro das seguintes médias, variando de acordo com a faixa etária:
- bebês e crianças de até 10 anos — de 35,5 °C a 37,5 °C;
- pessoas de 11 anos a 65 anos — de 36,4 °C a 37,6 °C;
- acima de 65 anos — de 35,8 °C a 36,9 °C.
Quais são os impactos causados por temperaturas muito baixas?
Quando o inverno é intenso, e as temperaturas corporais começam a cair, além da contração de músculos e da diminuição da liberação de suor, o organismo sofre muitos impactos. Um dos mais perigosos é a desidratação, já que ingerimos menos água por perdermos menos líquido, a pele tende a ressecar e os rins são prejudicados, assim como a eliminação de toxinas.
Além disso, as infecções aumentam, pois vírus e bactérias permanecem suspensos no ar durante mais tempo, crescendo a predisposição de transmissão de gripes, pneumonia, asma, otite e sinusite. Os olhos também ficam secos pela evaporação mais rápida das lágrimas, e a circulação sanguínea é afetada.
Por último, mas não menos importante, a queda da temperatura corporal pode afetar a glândula pineal, responsável pelo ciclo de vigília e sono. O mau funcionamento dessa glândula atrapalha o sono, levando os indivíduos afetados a dormirem mais e produzir menos hormônios.
Leia também:
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Fonte: Revista Galileu, Metrópoles, Conselho Federal de Química
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696200cookie-checkComo nosso corpo reage quando sentimos frio?
5 de agosto, 2019 às 11:17 | Postado em Gás e vapor, Mudanças de estado da matéria, Termologia, termodinâmica Olá, gostaria de saber qual o processo por trás das situações: *Já li materiais referente ao primeiro caso, em que é explicado que o álcool absorve calor da pele para evaporar-se, porém, penso que não deveria haver troca de calor, dado que não há diferença de temperatura. Obrigado. O álcool (ou a água) evapora, se resfriando e depois, em contato com a
pele que se encontra a uma temperatura mais alta do que o álcool, acaba por absorver energia da pele, resfriando-a também. O resfriamento por evaporação decorre de que as moléculas da substância líquida que escapam na superfície de interface com o ambiente externo são as mais energéticas, restando no liquido moléculas com menos energia cinética e, portanto, a consequência macroscópica da redução da energia cinética média nas moléculas do liquido é o abaixamento da
temperatura. A perda de massa líquida e de energia por evaporação somente cessa quando o ambiente externo fica saturado de vapor da substância. No caso da água a saturação está relacionada com 100% de umidade relativa conforme discutido em diversas postagens do CREF, a começar em Umidade relativa: o que é e como se determina?
Respondido por: Prof. Fernando Lang da Silveira - www.if.ufrgs.br/~lang/
Para exemplificar o resfriamento por evaporação utilizei álcool hidratado 92,8° INPM. O álcool estava estocado em uma garrafa pet hermeticamente fechada e, portanto, o ambiente interno à garrafa estava saturado de vapor de álcool e a sua temperatura era a própria temperatura ambiente de 23°C. O álcool foi depositado em um prato aberto e sua temperatura passou a ser medida por mais de 24 h (repondo álcool quando boa parte já havia evaporado), bem como a temperatura ambiente. Na figura 1 estão representadas as medidas de temperatura por 27 h (o instante zero corresponde às 15h27min do dia 01/08/2019).
Conforme se observa no gráfico, rapidamente (em poucos minutos) a temperatura do álcool diminuiu diversos graus, mantendo-se cerca de 5°C abaixo da temperatura ambiente durante mais de um dia.
O efeito da evaporação da água em um prato aberto é semelhante (um pouco menor) conforme está relatado em UM CICLO DE MODELAGEM SOBRE A LEI DE RESFRIAMENTO DE NEWTON.
O efeito de resfriamento da água por evaporação pode atingir mais de 10°C se a superfície do liquido for aumentada como é o caso descrito em Ventilador borrifador de água baixa a temperatura ambiente?
Retomando a dúvida inicial verifica-se que a afirmação “o álcool absorve calor da pele para evaporar-se” está equivocada pois o álcool evapora, baixando sua temperatura, e depois absorve energia da pele, resfriando-a também.
“Docendo discimus.” (Sêneca)
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