Leucocitos aumentados sempre tem que ser investigado. No geral não tende a ser algo natural.
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É possível sim. Devemos avaliar o contexto/motivo que levou vc a fazer o exames: sintomas infecciosos podem, frequentemente, estar relacionados a essas alterações.
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O adequado é realizar uma avaliação clínica detalhada para associar a história clínica e demais exames laboratoriais para definir a possível etiologia dessa leucopenia.
Somente com a informação…
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Você está verificando apenas os leucócitos totais. É importante analisar especificamente os neutrófilos que são as células de defesa como também os linfócitos que são as células produtoras de…
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Perfeitamente normal. Os leucócitos variam completamente em questão de horas na circulação sanguínea em resposta a quadro inflamatórios e ou infecciosos.
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Agende um horário com hematologista para melhor avaliação, ele será capaz de atestar que você possui uma alteração constitucional ou investigar outras etiologia que possa estar relacionada.
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Algumas pessoas tem leucopenia constitucional (leucócitos abaixo do limite, sem repercussão clínica), entretanto essa confirmação só poderia ser diagnóstica em consulta com avaliação de todos…
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boa tarde
eduarda!
Os segmentados (fazem parte do que chamamos da contagem de neutrofilos). Os neutrofilos em si acima de 1500 são considerados normais.
A gente classifica como uma…
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A leucopenia é uma condição que pode ser causada por diversas causas: infecções, medicamentos, doenças auto-imunes, deficiência de vitaminas e outras doenças hematológicas ou não e benignas ou…
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O médico pode saber se a pessoa tem uma contagem de glóbulos brancos baixa realizando um hemograma de rotina completo. Se ela estiver recebendo tratamentos ou tiver uma doença que possa reduzir sua contagem de glóbulos brancos, o médico examinará seu hemograma com frequência.
Às vezes, a causa é óbvia, por exemplo, se ela estiver fazendo quimioterapia ou radioterapia para câncer.
Se a causa não for clara, os médicos poderão fazer:
Exames de sangue, urina e de imagem para identificar uma infecção
Biópsia da medula óssea (retirar um fragmento de medula óssea com uma agulha para realizar exames nesse fragmento)
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- SEGUNDA OPINIÃO FORMATIVA – SOF
Cuidados Primários de Saúde
Núcleo de Telessaúde Rio Grande do Sul | 17 maio 2010 | ID: sofs-4469
Os leucócitos, ou glóbulos brancos, protegem o corpo de infecções e participam em muitos tipos de resposta imunológica e inflamatória. Existem dois tipos principais de leucócitos: os linfócitos, que são responsáveis pela produção de anticorpos e pela imunidade celular, e os fagócitos, que fagocitam e destroem os micro-organismos.
Neutrófilos, monócitos, macrófagos e eosinófilos são todos fagócitos. Os leucócitos interagem entre si e modulam respostas imunológicas
pela liberação de citocinas, enzimas e substâncias vasoativas.
Em adultos, a contagem normal de leucócitos varia entre 5.000 e 10.000/mm³. Um nível de leucócitos abaixo de 4.500/mm³ é conhecido como leucopenia. Quando ocorre leucopenia, o primeiro passo mais importante é determinar qual tipo de célula está diminuído – os neutrófilos (neutropenia) ou os linfócitos (linfopenia).
A neutropenia existe quando a contagem periférica de neutrófilos é menor que 2.000/mm³. Defeitos de produção da
medula óssea são responsáveis pela maior parte dos casos de neutropenia, que, nessa situação, sempre é acompanhada de alterações na contagem de hemácias e plaquetas.
Alterações na medula podem ocorrer como consequência de uma variedade de doenças, mas a lesão induzida por fármacos é a mais comum.
A lista abaixo contém algumas drogas que causam neutropenia:
Antiarrítmicos
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Antibióticos
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Antimaláricos
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Anticonvulsivantes
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Hipoglicemiantes | |||||
Anti-histamínicos
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Anti-hipertensivos | |||||
Anti-inflamatórios
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Antitireoidianos
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Diuréticos
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Fenotiazinas
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Imunossupressores | |||||
Agentes citotóxicos | |||||
Outros agentes
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A radiação pode resultar em lesão de medula óssea aguda, autolimitada, ou em falência medular crônica. A lesão crônica induzida por radiação, assim como a toxicidade por benzeno, podem resultar no desenvolvimento de mielodisplasia e de leucemia não-linfocítica, que podem ser acompanhadas de neutropenia.
A falência medular pode ser imunomediada por auto-anticorpos em pacientes com doenças reumatológicas ou autoimunes, que tipicamente apresentam-se com
neutropenia isolada.
A invasão medular por células neoplásicas, como nos cânceres de pulmão, mama, próstata e estômago, pode acarretar também neutropenia. Pacientes com deficiência de ácido fólico ou vitamina B12 apresentam numerosos precursores de granulócitos anormais, que não conseguem se maturar e transformar-se em neutrófilos.
A neutropenia também pode ser causada por alterações na periferia sanguínea. Infecções sistêmicas mobilizam neutrófilos circulantes e causam uma
pseudoneutropenia, que se resolve quando a infecção é tratada adequadamente ou cura espontaneamente. Um artefato laboratorial pode ser visto pelo acúmulo de neutrófilos induzido pelo EDTA, o anticoagulante utilizado no tubo de coleta do hemograma, o que pode ser eliminado pela adição de canamicina na amostra.
Clinicamente, a neutropenia pode ocorrer como manifestação de uma ampla variedade de doenças sistêmicas, cujas manifestações costumam dominar o quadro clínico. Muitos pacientes
neutropênicos permanecem assintomáticos, principalmente aqueles cuja contagem de neutrófilos é superior a 1.000/mm³ e aqueles cuja duração é aguda ou breve.
Quando ocorrem sintomas, eles geralmente resultam de infecções bacterianas. O risco de infecções bacterianas aumenta levemente quando o nível de neutrófilos cai abaixo de 1.000/mm³, mas é substancialmente mais alto quando a contagem é menor que 500/mm³.
Assim, na abordagem diagnóstica da neutropenia, é importante avaliar:
- Se a neutropenia é abaixo de 1.000/mm³ e há febre; nesse caso, encaminhar para internação hospitalar;
- Se a neutropenia é isolada ou acompanhada de anemia e/ou plaquetopenia – nesse caso, avaliar VCM; se elevado, suspeitar de deficiência de ácido fólico e vitamina B12;
- Se o paciente faz uso de medicações que causam neutropenia;
- Avaliar a presença de doenças concomitantes, como neoplasias, doenças inflamatórias ou auto-imunes.
A linfopenia é definida como uma contagem de linfócitos abaixo de 1.500/mm³, sendo grave quando abaixo de 700/mm³. Pode resultar de anormalidades na produção de linfócitos, na circulação deles, ou na sua perda e destruição. A lista a seguir descreve algumas causas de linfopenia.
Anormalidades na produção de linfócitos | ||||||||
Desnutrição proteico-calórica. | ||||||||
Radiação | ||||||||
Agentes imunossupressores
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Infecções virais | ||||||||
Doença de Hodgkin | ||||||||
Mieloma múltiplo | ||||||||
Infecções granulomatosas disseminadas (micobacteriose, micose sistêmica) | ||||||||
Quimioterapia citotóxica | ||||||||
Alterações na circulação dos linfócitos | ||||||||
Infecção bacteriana/fúngica aguda | ||||||||
Cirurgia | ||||||||
Trauma | ||||||||
Hemorragia | ||||||||
Corticoesteroides | ||||||||
Infecção viral | ||||||||
Infecções granulomatosas disseminadas (micobacteriose, micose sistêmica) | ||||||||
Doença de Hodgkin | ||||||||
Destruição ou perda de linfócitos | ||||||||
Infecção viral (HIV, síndrome respiratória aguda grave) | ||||||||
Destruição de linfócitos mediada por anticorpos (Lupus Eritematoso Sistêmico) | ||||||||
Enteropatia perdedora de proteína | ||||||||
Insuficiência cardíaca congestiva | ||||||||
Drenagem ou ruptura de ducto torácico | ||||||||
Circulação extra-corpórea | ||||||||
Doença do enxerto-versus-hospedeiro |
A causa mais comum de redução na produção de linfócitos no mundo é a desnutrição proteico-calórica. As alterações imunológicas resultantes da desnutrição contribuem para a alta incidência de infecções em populações mal-nutridas.
A radiação e agentes imunossupressores também inibem a produção de linfócitos. Existe também uma série de estados de imunodeficiência congênitos. Alguns vírus são capazes de induzir linfopenia por infectar linfócitos, como o do sarampo, o
da pólio, da varicela e o HIV.
A redistribuição circulatória dos linfócitos é comum e geralmente representa respostas transitórias a uma variedade de eventos estressores, como infecções bacterianas, cirurgia, trauma e hemorragia.
Essas respostas são provavelmente mediadas por altos níveis de corticoides endógenos que induzem a queda nos linfócitos circulantes. Em pacientes hospitalizados com linfopenia, as principais causas são infecção, cirurgia e corticoterapia.
Dessa forma, todos
os fatores acima devem ser considerados ao se avaliar paciente com linfopenia.
Bibliografia Selecionada:
- Dale DC. Nonmalignant disorders of leukocytes. In: Dale DC, Federman DD. New York: ACP Medicine; 2007. Chap 95. Disponível em: //www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19176209?dopt=Abstract Acesso em: 17 maio 2010.
- Grover C. Bagby Jr. Leukopenia and Leukocytosis. Goldman: Cecil Medicine, 23rd ed. Philadelphia, PA: Elsevier; 2008. Chap 173. Disponível em: //books.google.com.br/books?hl=pt-BR&lr=&id=Qd-vvNh0ee0C&oi=fnd&pg=PP1&dq=Leukopenia+and+Leukocytosis.+Goldman:+Cecil+Medicine&ots=N2Wh09yQti&sig=EQxmjgXZTgSXZ_4kObojg0aMF9E#v=onepage&q=Leukopenia%20and%20Leukocytosis.%20Goldman%3A%20Cecil%20Medicine&f=false Acesso em: 17 maio 2010.