A respiração pulmonar é um processo em que ocorre a entrada de ar em nossos pulmões e sua posterior eliminação. A entrada do ar é importante, pois garante que oxigênio seja levado até o sangue para, então, ser distribuído às células. Além disso, a respiração permite que o gás carbônico produzido pelas células seja lançado para fora do corpo.
Para que a respiração pulmonar aconteça, é fundamental a realização de dois movimentos respiratórios: inspiração e expiração.
→ Inspiração
Na inspiração, o ar entra em nossos pulmões graças à ação integrada de várias estruturas. Os principais eventos que determinam a inspiração são:
Contração dos músculos intercostais externos que promovem a elevação das costelas;
A elevação das costelas que promove a movimentação do esterno para fora, desencadeando o aumento do diâmetro do tórax;
O diafragma, músculo que separa a cavidade abdominal e torácica, contrai e abaixa o assoalho da cavidade torácica;
O pulmão alarga-se;
A pressão intrapulmonar diminui.
A diminuição da pressão intrapulmonar, que chega a valores abaixo da pressão atmosférica, promove a entrada de ar nos pulmões. Quando o ar entra nos pulmões, a pressão atmosférica e a intrapulmonar ficam equilibradas temporariamente.
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Observe a esquematização da inspiração e da expiração, os dois movimentos respiratórios existentes
→ Expiração
Na expiração, o ar é expulso do nosso corpo de maneira passiva. O que se observa nesse movimento respiratório é o inverso do que ocorre na inspiração, assim, os eventos marcantes desse movimento são:
Relaxamento dos músculos intercostais externos;
Relaxamento do diafragma;
Retorno ao tamanho de repouso da cavidade torácica;
Retração dos pulmões;
Aumento da pressão intrapulmonar.
O aumento da pressão intrapulmonar força o ar para fora dos pulmões, lançando-o no meio. Quando o ar sai dos pulmões, a pressão atmosférica e a intrapulmonar ficam equilibradas temporariamente.
Atenção: Apesar dos vários fatores existentes que proporcionam a inspiração e a expiração, é importante salientar que cerca de 80% de todo o movimento respiratório acontece graças à contração e ao relaxamento do músculo diafragma.
Publicidade [Esta é uma relíquia: um texto publicado na Super originalmente em 1997. Divirta-se com o túnel do tempo.] Calma. Não
sopramos só gás carbônico. No ar que expiramos há oxigênio de sobra para ser transmitido pela respiração boca-a-boca. Cada vez que inspiramos, entram, em média, 12,5 mililitros de ar no pulmão. Dessa quantidade, 21% são oxigênio, ou seja, 2,6 mililitros. “O quanto cada organismo absorve disso depende de alguns fatores como pressão do ar e quantidade de vapor d’água”, explica a pneumologista Ilma Aparecida Paschoal, da Universidade Estadual de Campinas, em São Paulo. Em geral, apenas cerca
de 0,62 mililitro do oxigênio é aproveitado. O que não é absorvido sai, novamente, com a expiração. Quando se faz uma respiração boca-a-boca, esse oxigênio que sobra é soprado para dentro do pulmão da vítima. Como ela provavelmente está com algum problema respiratório, absorverá ainda menos do que 0,62 mililitro. Mas já é o suficiente para salvar uma vida.
Como a respiração boca-a-boca funciona se expiramos gás carbônico?
É que nós não expiramos só gás carbônico. E um pouquinho de oxigênio já é suficiente para salvar a vítima.
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