Relação entre filosofia e ciência brainly

Relação entre filosofia e ciência brainly

Qual a diferença entre a filosofia política e a ciência política?

Neste sentido, é preciso lembrar outra realidade: como a Filosofia Política estipula como as coisas devem ser e a Ciência Política descreve como elas são, é preciso um mecanismo que descubra se elas devem permanecer como são ou se devem mudar. Esse mecanismo é a Política em si, é a atividade política.

O que diferencia a filosofia política da ciência política Brainly?

a filosofia política tem como objetivo a teorização acerca do Estado e a ciência política tem como objetivo a teorização da vida em sociedade. ... a filosofia política tem como teorização os partidos políticos e a ciência política tem como objetivo a teorização acerca do Estado.

O que é política para a filosofia?

A filosofia política engloba a multiplicidade de reflexões filosóficas sobre a origem ou a organização da vida em sociedade e as várias implicações que esse convívio impõe aos indivíduos.

Qual é a relação da política com a filosofia?

Filosofia política é uma vertente da filosofia cujo objetivo é estudar as questões a respeito da convivência entre o ser humano e as relações de poder. Também analisa temas a respeito da natureza do Estado, do governo, da justiça, da liberdade e do pluralismo.

Por que muitos filósofos não se comprometem com a política?

Porque as vezes eles iam contra a linha de raciocínio dos políticos , fazendo com que eles não quisessem se meter em brigas e discussões .

Quais os principais pensadores da filosofia política?

Principais Filósofos Políticos Inúmeros autores se dedicaram à filosofia política, porém destacaremos os mais importantes como Aristóteles, Nicolau Maquiavel e Jean-Jacques Rousseau.

Qual a relação entre a mitologia e a filosofia política antiga?

Tanto a filosofia como a mitologia são formas de se explicar a realidade, cada uma explica ao seu modo utilizando métodos diferentes. A filosofia usa da razão enquanto a mitologia baseia-se no senso comum e da tradição.

Qual é a ciência política?

  • O termo ciência política foi cunhado em 1880 por Herbert Baxter Adams, professor de História da Universidade Johns Hopkins. A ciência política é a teoria e prática da política e a descrição e análise dos sistemas políticos e do comportamento político.

Por que a filosofia política não é diferente?

  • Com a filosofia política não é diferente, pois os filósofos desse campo do pensamento sempre buscaram estabelecer críticas e fomentar novas ideias que dessem movimento ao campo intelectual que se atreve a pensar e questionar o campo da organização política. O poder e a disputa permeiam o convívio humano.

Qual a metodologia da ciência política?

  • A ciência política emprega diversos tipos de metodologia. As abordagens da disciplina incluem a filosofia política clássica, interpretacionismo, estruturalismo, behaviorismo, racionalismo, realismo, pluralismo e institucionalismo.

Quais são os principais pensadores da filosofia política?

  • Desse modo, temos, ao longo dos mais de dois mil anos de tradição filosófica, diversos autores que formularam diferentes pensamentos acerca do modo como governo, Estado, âmbito público, direitos, deveres e liberdade devem ser organizados. Listamos abaixo os principais pensadores da filosofia política e suas respectivas ideias:

Sim, existe uma fronteira entre ciência e religião, mas não, não é necessário haver um conflito entre ambas, diz físico brasileiro conhecido por seu trabalho de divulgação da ciência.

Marcelo Gleiser é um físico teórico especializado em cosmologia, física de altas energias, teoria da complexidade e astrobiologia. Um ativo divulgador da ciência, é autor de diversos livros, pelos quais recebeu dois prêmios Jabuti, e de dezenas de artigos.

Em sua conferência ao Fronteiras do Pensamento, cujas principais ideias estão publicadas na obra 21 ideias do Fronteiras do Pensamento para compreender o mundo atual, Gleiser sustenta uma postura de demarcação entre ciência e religião sem que por isso haja conflito entre ambas.

O método científico, propõe Gleiser, caracteriza-se pelas evidências empíricas sobre as quais ele se apoia. O cientista não pode acreditar em algo simplesmente porque ele deseja — ele deve fundamentar sua opinião em dados empíricos.

Gleiser ainda argumenta que a “guerra” entre ciência e religião é fabricada: nos EUA, aproximadamente 40% dos cientistas dizem acreditar em Deus de alguma maneira.

Portanto, a crença religiosa não entra necessariamente em conflito com a atividade científica: para esses cientistas, a ciência ajuda a revelar a beleza da Criação. Essa complementaridade é perturbada apenas quando esquecemos do propósito de cada uma dessas atividades.*

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As grandes ideias propostas por Gleiser, no palco do Fronteiras, podem ser lidas na obra 21 ideias do Fronteiras do Pensamento para compreender o mundo atual. 

O livro reúne textos de especialistas brasileiros explicando o pensamento dos conferencistas, seguidos da fala dos convidados, em excertos representativos das ideias que os colocaram como referências do nosso tempo.

Confira abaixo um excerto da fala de Marcelo Gleiser e acesse o site da Arquipélago Editorial para conhecer os outros livros da série Fronteiras do Pensamento.

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Marcelo Gleiser | Quando não existe conflito entre ciência e fé

A diferença entre ciência e fé é a seguinte: em ciência, a gente tem que ver para crer. Você observa a natureza, você observa o mundo, obtém dados sobre como o mundo funciona, analisa esses dados e entende. Pela fé, você crê para ver. A crença vem antes da visão. Você acredita naquilo, nem precisa ver nada, acredita naquilo e esse, essencialmente, é o cerne da fé, que é uma outra maneira de se relacionar com a realidade, muito diferente da ciência.

Infelizmente, hoje em dia, parece que essa questão está novamente a mil com a chamada ‘guerra’ entre a ciência e a religião. Na verdade, essa é uma guerra fabricada, porque, por exemplo, se você pergunta aos cientistas, mais ou menos 40% deles, ao menos nos Estados Unidos — não sei se existe essa estatística no Brasil, talvez seja até maior aqui —, acreditam em alguma forma de divindade, de Deus.

Eles vão para os seus laboratórios e fazem suas pesquisas sem que haja qualquer conflito entre a sua fé e a sua ciência. Ao contrário, dizem que a pesquisa os ajuda a apreciar essa divindade, ou seja, que a pesquisa os aproxima da beleza da natureza, que interpretam como sendo obra de Deus.

Para esses cientistas, existe um compromisso, uma complementaridade entre o seu trabalho e a sua fé. Não existe nenhum problema nesse caso. Mas, infelizmente, existe conflito em outras situações.

Vemos isso quando, por exemplo, grupos religiosos querem interferir no currículo escolar e ensinar, junto com a teoria da evolução, o criacionismo, a interpretação literal da Bíblia.

A criança aprende numa aula que houve toda uma evolução da vida, os fósseis etc., 3,5 bilhões de anos de evolução da vida aqui na Terra enquanto, na outra aula, o professor diz que não. Que em seis dias Deus fez o mundo, que nós somos todos descendentes de Adão e Eva e o mundo tem apenas dez mil anos.

Note que a proposta é que isso seja ensinado em pé de igualdade. São duas versões da mesma história e nenhuma é melhor do que a outra. Mas são, sim, duas histórias muito diferentes, com um objetivo muito diferente. Então, a questão é como é construída a informação na ciência.

No início, falei da questão da universalidade, como, por meio do método científico, usamos o ver para crer e não o crer para ver. A ciência é construída de forma que seja imune à crítica, ao menos após haver verificação de hipóteses por experimentos cujos resultados são aceitos pela comunidade. Não existe espaço para divagações metafísicas. É assim ou não é assim.

O que sabemos da história da vida na Terra é perfeitamente e completamente consistente com a teoria da evolução do Darwin — e com a história do cosmos, a cosmologia, que é minha área principal de pesquisa. É perfeitamente consistente com a teoria do Big Bang, que diz que o universo tem 14 bilhões de anos, e a gente pode datar isso usando nosso conhecimento dos elementos radioativos.

A datação, a questão das datas, é fundamental. Com sabemos que um fóssil tem três milhões ou 15 milhões ou 200 milhões de anos? Estudando a composição química desse fóssil. Por meio dela, identificamos quais são os isótopos radioativos, que são, essencialmente, minirrelógios atômicos que dizem exatamente a idade dos fósseis e de onde vêm. Não existe a possibilidade de um cientista afirmar: eu acho que esse pedaço de osso aqui tem três milhões de anos. Você sabe que tem três milhões de anos, com grande precisão.

Quando você contrapõe isso com uma versão que diz que os dinossauros foram extintos porque não cabiam na arca de Noé, a coisa fica muito... Você não consegue ter um diálogo desse tipo. Por quê? O problema aqui é que as pessoas querem acreditar nisso — e têm todo o direito do mundo de acreditar nisso, só que não podem usar esse tipo de versão como sendo uma versão científica das coisas: são discursos diferentes, com métodos e objetivos diferentes.

Como podemos, então, tentar conciliar essas visões?

Acho que a melhor maneira é a seguinte. Se tirarmos das religiões a roupa do dogma, qual é a sua essência, a essência de todas as religiões? É o contato com uma espiritualidade, com uma espécie de emoção primordial com o mundo, com a natureza. Sempre nasceram assim. Lembra?

No início da história da religião, as árvores eram sagradas, os montes eram sagrados, esta pedra tinha um significado. Existia uma relação de maravilhamento com o desconhecido, e essa espiritualidade é que deu origem à religião. Essa é uma sensação, uma coisa subjetiva, individual, que cada um pode ter. É uma procura de você mesmo com sua espiritualidade, perante um mundo que é muito maior do que a gente.

Se você tira o ritual, o dogma cristão, judaico, muçulmano, hindu, budista, essencialmente todas as religiões falam dessa relação do ser humano com essa espiritualidade, dessa ressonância com o mundo.

A ciência também. Por que as pessoas fazem ciência? As pessoas fazem ciência para poder se aproximar da natureza, do mundo. O espírito de busca, essa relação com o mistério, com o desconhecido é essencialmente a mesma, tão carregada de espiritualidade quanto essa religião sem roupa, vamos dizer assim, essa espiritualidade nua, essa relação com o mistério, com o desconhecido.

Assim, se a gente se esquecer dos dogmas da religião e da linguagem científica, que é o que vem depois, mas entender a subjetividade da procura das pessoas com relação a esses grandes mistérios, religião e ciência têm muito em comum.

Se quisermos entender a relação entre ciência e religião, temos que procurar esse momento, esse momento que é essencialmente essa irracionalidade, esse maravilhamento que existe com o mundo, com esse mistério. E, quando fazemos isso, aliamos esse maravilhamento com o que descobrimos sobre o universo, sobre as estrelas, sobre os planetas, sobre a vida que existe à nossa volta e a que talvez possa existir em outros lugares. E sabe o que a gente descobre? Que a vida é extremamente rara.

Você olha para Vênus, onde a temperatura na superfície é de mais de 400 graus, um efeito estufa terrível. Mercúrio é uma desgraça. Marte, se teve vida, não tem mais. Júpiter e Saturno não têm vida, impossível. Então, o que a gente aprende com isso tudo? Que a vida é extremamente rara e extremamente bela. Se existe uma nova moral que tem que ser adotada o quanto antes, é justamente o dever de celebrar a vida e sua raridade.

Creio que a grande lição que aprendemos com a ciência moderna é justamente essa, que temos uma casa que, apesar de tão insignificante, é profundamente importante no universo. A vida é rara, a vida é preciosa. Nós temos a obrigação moral de preservar essa vida e esse nosso planeta. Essa é a essência do ensinamento científico para o século 21.

*Texto introdutório por João Cortese.

Leia também:
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Interessado no tema? Não deixe de assistir aos outros vídeos com Marcelo Gleiser: 

Qual e relação entre a filosofia e a ciência?

Enquanto a ciência ocupa-se com seu objeto específico de estudo, a filosofia ocupa-se com tentar entender se esse objeto é corretamente estudado, além de tentar aprimorar os modos do fazer científico, a fim de proporcionar à ciência a maior validade racional possível.

Qual a relação e a diferença entre a filosofia e as demais ciências?

A ciência envolve todo o conhecimento adquirido através do estudo baseado em princípios científicos. Já a filosofia questiona e problematiza a realidade que vivemos, coloca em dúvida os saberes estudados e obtidos, inclusive as produções científicas e as concepções que fundamentam os trabalhos científicos.

Qual a semelhança entre filosofia e ciência explique?

A filosofia trata - se de uma ciência que serviu de base para muitas outras ciências, uma vez que por meio da filosofia pode - se desenvolver um pensamento racional a cerca dos acontecimentos. Assim sendo, a filosofia possibilitou uma mudança mental que contribuiu com muitos avanços na ciência.

O que aproxima a filosofia da ciência?

A filosofia da ciência busca ser a questionadora maior das hipóteses que abrangem o método científico. Ela reflete, questiona e provoca o saber científico, de modo a desenvolvê-lo. Enquanto a ciência se posiciona em estudar problemas específicos de fenômenos naturais, a filosofia busca o estudo mais abrangente e geral.