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Com uma população de cerca de 45 milhões de habitantes e um território aproximado de 522.760km², a América Central possui uma densidade demográfica de 102hab./km² (Barbados tem a maior, 674hab./km², e Belize a menor, 15hab./km²). O subcontinente é dividido em duas partes: a porção insular, formada pelas ilhas conhecidas como Antilhas; e a porção ístmica (ou continental), faixa de terras que faz a ligação, no continente americano, entre as Américas do Norte e do Sul.
A população centro-americana divide-se de forma equilibrada entre as duas partes do território, sendo que aproximadamente metade das pessoas encontra-se habitando cada uma delas.
Os países independentes situados na porção continental (como Guatemala e Nicarágua) passaram por uma colonização majoritariamente espanhola, o que definiu características em comum predominantes para a população a partir da cultura hispano-americana, como a religião católica e a língua espanhola– embora haja também línguas indígenas muito populares, como maio-zoque e misquito-matagalpa. O processo de colonização contribuiu também para a grande miscigenação ocorrida nesses países. Numa generalização da composição étnica, compreende-se que habitam a região descendentes dos povos ameríndios (astecas, maias, chibchas, entre outros), mestiços (miscigenação de índios com brancos), brancos de origem principalmente hispânica, e negros.
A parte insular, por sua vez, divide-se em grandes Antilhas e pequenas Antilhas e foi colonizada por franceses, ingleses, espanhóis e holandeses. As grandes Antilhas são as maiores ilhas do Caribe e fazem parte os países: Cuba, República Dominicana, Jamaica e Haiti. As pequenas Antilhas são diversas ilhas menores, no mar do Caribe, que constituem pequenos países e territórios ultramarinos, como: Barbados, Granada, Trinidad e Tobago, entre muitos outros – sendo alguns territórios dependentes de outros países. Em função da corrida colonialista ocorrida na região, ocorre uma grande diversidade de traços culturais e humanos. Nessa região a presença de população negra é mais marcante, devido ao passado de intensa utilização de mão de obra escrava nesses países. Complementam a composição da população, de modo geral, mestiços (que são a maioria), brancos de origens variadas e os indígenas (em baixo número). Os idiomas nesses países são diversificados, conforme ocorreu a colonização. Fala-se principalmente o espanhol, o francês, o inglês, o holandês, o crioulo haitiano e muitas outras. Como em toda a América Central, predomina nas ilhas a população católica, seguida pela protestante.
A economia da América Central sofre ainda com a herança colonial, mantendo ainda a atividade primária como principal motor econômico. A agricultura e o extrativismo são os principais responsáveis por empregar a maior parte da mão de obra.
Originadas no passado colonial de exploração, as estruturas de dominação interna e externa ainda sobrevivem em todo o subcontinente, caracterizando o subdesenvolvimento. A desigualdade social é marcante e priva grande parte da população de serviços e necessidades básicas para obter melhores condições de vida. O Haiti, por exemplo, está entre os países com os piores indicadores econômicos e sociais do mundo, com uma expectativa de vida inferior a 50 anos de idade, mortalidade infantil de cerca de 63,2 por mil nascimentos e 80% de sua população vivendo abaixo da linha da pobreza. Em termos de índices de desenvolvimento humano, Cuba é o país que se destaca na América Central, com as mais baixas taxas de natalidade (1,5%) e de mortalidade infantil (7 por mil nascimentos) do subcontinente, além da elevada expectativa de vida (76,7 anos). Cuba também é o segundo país de maior população (11.300.000 habitantes). O primeiro é Guatemala, com 14 647.083 habitantes. Os países mais urbanizados da América Central são Bahamas (89%) e Trinidad e Tobago (74%). Já os menos urbanizados são São Cristovão e Névis (34%) e Haiti (36%).
Fontes:
ADAS, Melhem. O mundo subdesenvolvido. São Paulo: Moderna, 2006.
ATLAS Geográfico Mundial: para conhecer melhor o mundo em que vivemos. [S.l.]: Sol9o, 2005.
GRANDE Atlas Universal: América do Norte e Caribe. [S.l.]: Sol 90, 2004.
GARCIA, Valquíria Pires; BELLUCCI, Beluce. Radix: geografia. São Paulo: Scipione, 2013.
//www.indexmundi.com/
Texto originalmente publicado em //www.infoescola.com/geografia/populacao-da-america-central/
O Continente Americano é uma porção de terras banhadas pelo Oceano Atlântico a leste e pelo Oceano Pacífico a oeste. Trata-se de dois blocos continentais ao norte e ao sul unidos por um istmo (pequena faixa de terras situadas entre dois mares). Observe o mapa abaixo:
Mapa físico do continente americano
Com uma população de quase 1 bilhão de habitantes e uma área territorial de 42.549.00 km², a América é o segundo maior continente (atrás apenas da Ásia) e conta com 14,2% da população mundial. Ao todo, são 35 países independentes e 16 colônias.
Eventualmente, esse continente é chamado de “Novo Mundo”, mas isso não significa que ele seja mais novo realmente que os demais continentes, pois essa denominação foi criada após o descobrimento pelos europeus, tratando-se, portanto, de uma visão eurocêntrica da América.
Na verdade, sob o ponto de vista geológico, o continente americano é considerado antigo, pois o seu relevo demonstra evidências de que esteja há mais tempo exposto aos agentes externos de transformação (vento, água, chuvas, clima, entre outros).
Falando em relevo, a estrutura física da América apresenta duas grandes cadeias de montanhas, uma localizada ao Norte, chamada de Montanhas Rochosas, e outra localizada ao Sul, chamada de Cordilheira dos Andes, ambas localizadas na parte oeste do continente e originadas pelo contato entre placas tectônicas.
Na parte leste da América – tanto no Norte como no Sul – existem alguns planaltos. São eles: Planalto Guiano (norte da América do Sul), Planalto Central Brasileiro, Planalto da Patagônia (na Argentina), Escudos Canadenses e os Montes Apalaches (oeste dos Estados Unidos).
Em termos de localização, a América encontra-se em três hemisférios diferentes ao mesmo tempo: o Norte, o Sul e o Oeste, sendo cortado pela Linha do Equador, pelo Trópico de Câncer e pelo Trópico de Capricórnio, sendo o único continente a se situar em todas as zonas térmicas da Terra.
Esse continente possui vários tipos de divisões regionais, das quais podemos destacar duas. Uma divide-o em América do Norte, Central e do Sul, e a outra o divide em América Latina e Anglo-Saxônica.
A América do Norte possui apenas três países: Canadá, Estados Unidos e México.
A América do Sul possui doze países: Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Guiana, Paraguai, Peru, Suriname, Uruguai e Venezuela.
A América Central possui vinte países: Antígua e Barbuda, Bahamas, Barbados, Belize, Costa Rica, Cuba, Dominica, El Salvador, Granada, Guatemala, Haiti, Honduras, Jamaica, Nicarágua, Panamá, República Dominicana, Santa Lúcia, São Cristóvão e Névis, São Vicente e Granadinas, Trinidad e Tobago.
As regionalizações do continente americano
Dessa forma, a América Latina engloba todos os países da América do Sul e Central em conjunto com o México, enquanto a América Anglo-Saxônica conta apenas com Estados Unidos e Canadá.
No campo econômico, registram-se na América grandes índices de desigualdade. Os países que fazem parte da América do Norte são os únicos desenvolvidos do continente, apresentando a maior parte do Produto Interno Bruto deste. Além disso, alguns países como Brasil, México, Argentina e Uruguai são considerados nações emergentes. Os demais são classificados como subdesenvolvidos.
Por Rodolfo Alves Pena
Graduado em Geografia