Todos conhecem ou já ouviram falar em enxaqueca, certo? Porém, o que a maioria das pessoas não sabem é que existem inúmeros outros tipos de dor de cabeça. Embora menos comuns, estas outras causas de cefaleia precisam de uma atenção médica redobrada, porque muitas vezes podem se confundir com outras doenças como aneurismas ou tumores cerebrais. Outros tipos de dores de cabeça que requerem atenção, são:
Poucas pessoas já ouviram falar neste tipo de dor de cabeça, mas de todas as cefaleias primárias, por exemplo, ela é aquela significativamente mais comum em homens, preferencialmente adultos jovens. Trata-se de uma dor explosiva, de extrema intensidade, porém sempre unilateral, na região frontal ou da órbita. Dura cerca de 15 minutos há 3 horas, mas o dado mais importante para pensar neste diagnóstico são os fenômenos que ocorrem no lado que a pessoa sente dor como diminuição do tamanho da pupila, entupimento do nariz e lacrimejamento. Curiosamente, esta dor melhora com oxigênio inalado sob máscara.
Este tipo de cefaleia não é tão raro quanto parece, pode ocorrer em homens ou mulheres e acontece normalmente durante ou imediatamente antes do orgasmo. É uma dor também de extrema intensidade, explosiva, podendo durar de 1 minuto a 1 dia inteiro. Em geral esta cefaleia é primária, ou seja, não há nada por detrás. Entretanto, cabe nestes casos uma pesquisa para afastar a possibilidade de aneurismas intracranianos.
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Quem nunca acordou à noite, depois de estar dormindo um sono agradável? Agora imagine acordar toda noite, no mesmo horário, porém o "despertador" é uma forte dor de cabeça que sempre chega na hora exata, por exemplo, às 04:30hs da manhã. Pois assim é a cefaleia do "despertador", tecnicamente conhecida por cefaleia hípnica. Uma dor de cabeça que só aparece durante o sono e acorda o paciente, dura de 15 minutos a 4 horas, gerando um grande prejuízo a estas pessoas, embora seja primária, ou seja, não há um tumor ou aneurisma por detrás deste tipo de dor de cabeça.
Este tipo de dor de cabeça ocorre em geral da seguinte forma: a pessoa sente uma pontada ou punhalada, breve (duração de 1 a 3 segundos), em uma região localizada da cabeça, podendo ocorrer 1 vez ou várias vezes ao dia. É também uma dor forte, mas felizmente, devido à sua curta duração e frequência muito irregular, os pacientes acabam não procurando informação de um médico sobre o assunto. Tecnicamente, esta cefaleia é conhecida por cefaleia primária em guinada e é primária, ou seja, não há causa por detrás.
Finalmente, a cefaleia benigna da tosse, como o próprio nome diz, é um tipo de dor de cabeça desencadeado especialmente pela tosse, mas sem nenhuma causa grave por detrás. Entretanto, ela pode ser bem forte, de início súbito, durando de 1 segundo a 2 horas. Corresponde a cerca de 1% de todos os tipos de cefaleia observados em consultas de Neurologia, sendo, portanto, rara. Pode melhorar com um anti-inflamatório da família da indometacina.
Assim, é importante reconhecer que existem inúmeros outros tipos de dor de cabeça, e que um médico experiente poderá ajudar a diferenciar uma situação de outra, orientando os melhores caminhos para o tratamento.
Dor de cabeça, coriza, tosse, febre são sintomas tanto das infecções dos vírus influenza quanto do novo coronavírus, mas quadro de Covid-19 costuma ser mais longo e intenso
Febre? Pode ser gripe, mas também pode sinalizar Covid-19. Tosse? Se for leve, pode ser apenas resfriado; seca, pode ser também gripe ou Covid-19. Mas então, em um momento de pandemia, com números ainda assustadores de casos confirmados e vítimas, e com a chegada dos dias mais frios e, com eles, as incômodas doenças respiratórias, como distinguir sintomas comuns ao resfriado, gripe e infecção pelo novo coronavírus?
As três doenças afetam o trato respiratório, mas são causadas por agentes diferentes. Enquanto a Covid-19 é causada pelo vírus SARS-Cov-2 e a gripe pelo Influenza (A, B ou C), o resfriado pode ter origem em alguns vírus, especialmente o rinovírus e o adenovírus.
Os sintomas de resfriado costumam ser mais leves e vão embora em menos tempo; em torno de três dias a pessoa começa a se sentir melhor. Tosse, espirro, coriza ou nariz entupido, dores no corpo e aquele incômodo chato costumam aparecer quando se está resfriado.
A gripe costuma vir acompanhada de sintomas um pouco mais intensos, como febre e dor de cabeça. Mas também apresenta tosse seca, dores no corpo, dor de garganta eventual, fadiga, mal estar e calafrios. Em crianças, pode apresentar diarreia. O período de incubação do vírus (entre o contágio e o surgimento dos sintomas) é de quatro dias, em média.
A doença pode apresentar ainda algumas complicações, como o agravamento de comorbidades, como a asma, e causar sinusite, otite e até alguns tipos de pneumonia – que se tratadas de maneira inadequada, podem ser fatais, sobretudo em crianças, idosos e pessoas imunocomprometidas – portadores de HIV, transplantados e pacientes com câncer. A doença pode ser transmitida tanto pelo contato com o doente quando ele espirra ou tosse, ou no contato com a saliva, quanto no contato com fezes de animais contaminados.
Vitamina C, alimentação saudável, hidratação e atividades físicas regulares são úteis tanto na proteção contra gripe e resfriado quanto no combate a outras doenças.
Já a Covid-19, cujo período de incubação é de aproximadamente 14 dias, é geralmente transmitida por outro doente a partir do espirro, da tosse ou até mesmo da fala, ao lançar no ar gotículas que podem contaminar outras pessoas. Há ainda a possibilidade de infecção ao tocar em objetos contaminados e depois de levar a mão à boca, mas a ciência já identificou que a contaminação por superfície é mais rara.
Entre os sintomas, comuns à gripe, estão febre, tosse seca e dores de cabeça. Cansaço pode surgir tanto no resfriado quanto na Covid-19. Novas cepas podem abrir portas para infecções secundárias, como pneumonia bacteriana ou doença cardíaca, renal ou pulmonar.
Se alguns desses sintomas surgirem com mais intensidade, procure um médico. É importante saber o que cada um desses sinais indica para adotar o tratamento adequado. Vale lembrar sempre que não existe tratamento precoce para a Covid-19 – para quem ainda não se vacinou (e mesmo para os já imunizados), a melhor prevenção é se cuidar: evitar aglomerações, lavar bem as mãos sempre, usar álcool gel e máscara. Mas é fundamental fazer a avaliação no começo dos sintomas. Assim, será possível adotar o encaminhamento correto para evitar problemas maiores.
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