O que é controle por variável?

A carta de controle é uma ferramenta de suma importância para o acompanhamento da variação de processos. É a partir dela que se garante que não haja qualquer alteração indesejada.

Através deste conteúdo, você estará mais preparado para acompanhar e analisar os resultados dos seus processos, sabendo identificar as falhas e os processos que estão fora do controle. Para isso, abordaremos o que é a carta de controle, suas vantagens, tipos e como elaborar o seu próprio gráfico de controle estatístico.

O que é carta de controle?

A carta de controle, comumente chamada de gráfico de controle ou carta de controle estatístico de processo (CEP), é uma ferramenta que faz uso da estatística para analisar a variação de dados em um certo processo. Dessa forma, é possível determinar se as variações dele estão dentro do limite aceitável. 

Várias empresas podem utilizar o gráfico de controle, desde que esta apresente produtos que tenham variações, como variações inerentes em máquinas. Com a carta de CEP, você poderá analisar se as variações estão dentro do normal e, caso não estejam, sinalizar para a manutenção ou setor responsável que algo está prejudicando a padronização dos produtos.

Vale mencionar que, dentro da carta de controle, encontramos as causas comuns e as causas especiais. As causas comuns são causas de variação que são inerentes ao processo mas que podem ter redução. Por exemplo, a diferença de trabalho entre dois operários. Já as causas especiais são variações do processo que extrapolam os limites aceitáveis e que devem acabar. Exemplo disso é um problema na máquina que gera imperfeições na peça.

Quais são as vantagens de utilizar a carta de controle?

Por meio do gráfico de controle, você pode demonstrar que seu processo está estável ao longo de um período estudado, possibilitando a execução de análises de capacidade produtiva. Além disso, visto que a carta de controle permite a fácil comparação entre desvios da média, é possível avaliar resultados de mudanças em seus processos.

Nesse sentido, ao representar visualmente os desvios na linha de produção, a carta de controle possibilita uma rápida identificação de problemas em máquinas ou processos. Assim, é possível aplicar melhorias com mais agilidade, evitando retrabalhos e o envio de produtos irregulares aos seus clientes.

Quais são os tipos de carta de controle?

Antes de aplicar as cartas de controle em seu negócio, devemos entender quais são os tipos de carta de controle, suas características e suas vantagens. Dessa maneira, existem dois tipos de cartas de controle, sendo eles a carta de controle por variáveis e a carta de controle por atributos. Saiba mais sobre cada um:

Carta de controle por atributos

A carta de controle por atributos é mais simples, pois consiste em apenas identificar visualmente se o processo é satisfatório ou não. Portanto, para fazer uso da carta de controle por atributos, devemos separar os dados que serão analisados em dados referentes a defeitos ou defeituosos. O produto pode ter defeitos, mas só será considerado defeituoso caso o cliente não tolere os defeitos.

Dessa forma, as cartas de controle por atributos são recomendadas para utilização quando se deseja controlar o número ou percentual de itens defeituosos em um determinado total de itens.

Carta de controle por variáveis

A carta de controle por variáveis exige uma medição que supera a simples inspeção visual realizada na carta de controle por atributos. Ou seja, aqui é necessária uma medição mais complexa. Por exemplo, ao analisar a variação do comprimento de uma peça, a introdução de um método de medição na linha de produção é fundamental para que os dados na carta sejam preenchidos de maneira satisfatória.

Em resumo, para cada característica que se queira estudar (comprimento, espessura, diâmetro, largura, etc) vai ser necessário um conjunto de cartas de controle, uma para a média e outra para a dispersão. Portanto, as cartas de controle por variáveis são recomendadas quando se tem maneiras de metrificar as variações e um orçamento para implementação de métodos de medição dos produtos.

Como funciona a carta de controle?

A estrutura das cartas de controle é muito visual, possibilitando uma fácil compreensão dos dados. Dessa forma, contém três estruturas principais, que se refletem em três linhas de referência.

  • Primeira linha (LSC): É a linha referente ao limite superior de controle (LSC) que é correspondente a média mais três vezes o desvio padrão dividido pela raiz do tamanho da amostra (n).
  • Terceira linha (LIC): É a linha referente ao limite inferior de controle (LIC) que corresponde a média menos três vezes o desvio padrão dividido pela raiz do tamanho da amostra (n).
  • Linha do meio (LC): É a linha referente ao limite central (LC) correspondente a média e se encontra exatamente entre o LSC e o LIC.

Como analisar os resultados da carta de controle?

Para analisar os resultados da carta de controle, precisamos resgatar as definições de causas comuns e causas especiais. Sendo assim, todas as variações que ocorrem entre o LSC e o LIC são consideradas variações de causas comuns, desde que sejam aleatórias. Logo, todas as variações que ocorrem acima do LSC ou abaixo do LIC são consideradas variações de causas especiais e devem ser solucionadas.

Entretanto, caso haja algum padrão entre as variações (mesmo que estejam dentro dos limites de LSC e LIC) significa que o processo não está conforme e que há a existência de causas especiais. Abaixo estão listados os comportamentos que indicam a existência de causas especiais no processo.

Como elaborar uma carta de controle no Excel?

Para criar uma carta de controle pelo Excel, elaboramos um passo a passo em 7 etapas. Confira:

1) Crie uma coluna com a quantidade de amostras e outras colunas com a quantidade de medições que foram feitas nessas amostras.

2) Calcule a média e a amplitude das suas amostras e suas respectivas medições.

3) Calcule a média geral de todo o processo juntamente com a média das amplitudes. A média das amplitudes na carta de controle recebe o nome de R barra (R de “Range” que significa amplitude em inglês).

4) Calcule o desvio padrão dividindo o R barra por uma constante D2. A constante D2 está tabelada de acordo com o tamanho da amostra e se encontra na figura abaixo.

5) Calcule o limite superior central, o limite central e o limite inferior central da média (X barra).

O LSC é o resultado da média das médias, mais 3 vezes o desvio padrão já calculado dividido pela raiz quadrada de “n” que é a quantidade de medições realizadas, no caso do nosso exemplo esse n=5. 

O LC é simplesmente a média das médias. E por fim, o LIC é o resultado da média das médias, menos 3 vezes o desvio padrão dividido pela raiz quadrada de “n”, lembrando que “n” é a quantidade de medições realizadas que no nosso caso foram 5.

6) Calcule o limite superior central, o limite central e o limite inferior central da amplitude (R barra). O LSC é o resultado do R barra (média das amplitudes) mais três vezes a constante D3 vezes o desvio padrão. O LC é o valor do R barra. E por fim, o LIF é o resultado do R barra (média das amplitudes) menos três vezes a constante D3 vezes o desvio padrão.

Nesse sentido, é muito comum quando calculamos o LIC do R barra encontrarmos um valor negativo. Portanto, sempre que isso acontecer devemos considerar o LIC do R barra zero visto que não existe amplitude negativa.

Passo final: fazendo a construção do gráfico

O sétimo e último passo para elaborar uma carta de controle é fazer a construção do gráfico. Nesta etapa, portanto, geramos os dois gráficos necessários para a realização das nossas análises. Um será o gráfico das médias das amostras e outro será o gráfico das amplitudes das amostras.

Gráfico das médias das amostras

Para a realização do primeiro gráfico crie três colunas ao lado da sua tabela de amostras, sendo uma delas para o LSC Xbar, uma para o LC Xbar e a outra para o LIC Xbar. Abaixo dos títulos coloque os seus respectivos valores.

Enquanto pressiona a tecla CTRL (“control”), selecione a coluna da média, a coluna do LSC Xbar, do LC Xbar e do LIC Xbar com os títulos e clique em inserir gráfico de linhas na aba “inserir” do Excel. Após seguir esses passos você terá seu gráfico de controle pronto na sua planilha do Excel; Depois,  é só formatar o gráfico ao seu gosto.

Gráfico das amplitudes das amostras

Para a construção do gráfico das amplitudes das amostras o processo é muito parecido. A única diferença é que, ao invés de selecionar a coluna “média” para construir o gráfico, selecionaremos a coluna “Amplitude” e os respectivos limites do R barra. Sendo assim, crie três colunas ao lado da sua tabela de amostras, sendo uma delas para o LSC Rbar, uma para o LC Rbar e a outra para o LIC Rbar. Abaixo dos títulos coloque os seus respectivos valores.

Enquanto pressiona a tecla CTRL (“control”), selecione a coluna da amplitude, a coluna do LSC Rbar, do LC Rbar e do LIC Rbar com os títulos e clique em inserir gráfico de linhas na aba “inserir” do Excel. Após seguir esses passos você terá o gráfico pronto na sua planilha do Excel como no exemplo de carta de controle abaixo.

O que é controle de variáveis?

O QUE É VARIÁVEL DE CONTROLE (ESPÚRIAS)? É aquele fator ou propriedade que também é causa, condição, estímulo ou determinante para que ocorra determinado efeito, porém é considerada uma variável secundária em relação a uma variável independente.

Qual a variável controlada?

Variável controlada: a variável que permanece constante durante todo o experimento torna seu experimento mais preciso. Por exemplo, se um surfista encontra o número de ondas que consegue surfar com sucesso, as variáveis ​​que permanecem inalteradas podem ser o tipo de prancha que usa e as condições meteorológicas.

Como controlar variáveis?

Como controlar variáveis ​​externas.
Determine que tipo de variáveis ​​externas estão presentes em seu estudo. Ao planejar seu estudo, analise cada parte do processo de pesquisa para determinar se alguma variável externa pode aparecer. ... .
Selecione um método de controle. ... .
Implementar o método de controle..

Qual é a diferença entre medição por variável e por atributo?

Se considerarmos que é possível determinar um valor máximo e mínimo para quantificar a força necessária para retirar ou colocar a tampa, podemos considerar que é por variável. Se considerarmos que está “difícil de abrir” ou “abrindo muito facilmente”, sem quantificarmos a força, passa a ser um defeito por atributos.

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