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Pain�is Eletr�nicos

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DIVERTICULITE DE MECKEL: ASPECTOS � TC E RELATO DE DOIS CASOS.

Brenda Margatho Ramos Martines; Jo�o Augusto dos Santos Martines; Pedro Jos� dos Santos Neto; D�bora Terribilli da Costa; Eduardo Henrique Sena Santos; Paula Cristina Dias da Rocha Bicudo; M�rcia Etsuko Kuroishi; Cl�udio Campi de Castro

HU-USP - S�o Paulo, SP, Brasil
E-mail:

O divert�culo de Meckel (DM) � um divert�culo verdadeiro, ou seja, � formado por todas as camadas das paredes de al�as delgadas. � tomografia computadorizada (TC), o DM aparece como cole��o l�quida ou gasosa, sacular e arredondada, localizada na pelve ou abdome, em comunica��o com o intestino delgado. Normalmente est� localizado h� cerca de 4-10 cm da v�lvula ileocecal, borda antimesent�rica, e pode apresentar mucosa g�strica e tecido pancre�tico ect�picos. A taxa de complica��es do DM durante toda a vida de um indiv�duo � de aproximadamente 4%. Complica��es sintom�ticas incluem sangramento, obstru��o e inflama��o. A incid�ncia de 2% dessa anomalia cong�nita associada a uma taxa de complica��es de 4%, ainda que infrequentes, faz com que complica��es do DM possam ser encontradas em nossa pr�tica cl�nica di�ria. A caracteriza��o de processo inflamat�rio � TC ocorre com a associa��o da densifica��o dos planos adiposos, espessamento parietal, l�quido livre e presen�a de fecalito. Em alguns casos pode haver perfura��o, caracterizada por pneumoperit�nio e extravasamento do meio de contraste oral. Os autores descrevem dois casos de pacientes adultos jovens que foram submetidos a TC para avalia��o de dor aguda na fossa il�aca direita e que tiveram o diagn�stico de DM confirmado por cirurgia e estudo anatomopatol�gico.


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�LEO BILIAR: RELATO DE CASO E REVIS�O DA LITERATURA.

Pedro Jos� dos Santos Neto; D�bora Terribilli da Costa; Jo�o Augusto dos Santos Martines; Eduardo Henrique Sena Santos; Brenda Margatho Ramos Martines; Paula Cristina Dias da Rocha Bicudo; M�rcia Etsuko Kuroishi; Cl�udio Campi de Castro

HU-USP - S�o Paulo, SP, Brasil
E-mail:

O �leo biliar � uma complica��o rara e potencialmente grave da colelit�ase, caracterizada por uma obstru��o intestinal devido � impacta��o de c�lculo de origem biliar em al�as intestinais. Fisiopatologicamente, o mais comumente observado � a passagem de um c�lculo atrav�s de uma f�stula bilioent�rica originada de um epis�dio de colecistite aguda com necrose e perfura��o da ves�cula biliar para uma v�scera adjacente. � respons�vel por cerca de 1% a 4% dos casos de obstru��o intestinal mec�nica. Trata-se de uma emerg�ncia cir�rgica que acomete quase que exclusivamente pacientes idosos, tendo um pico de incid�ncia entre 65 e 75 anos, com predomin�ncia do sexo feminino. As manifesta��es cl�nicas s�o vari�veis e dependem do local da obstru��o. Os sintomas mais comuns incluem n�useas, v�mitos, dor e distens�o abdominal, que podem ser precedidas por queixas biliares. O diagn�stico � dif�cil e depende frequentemente de exames de imagem. Em aproximadamente 50% dos pacientes o diagn�stico � realizado durante laparotomia exploradora. A tomografia computadorizada � o m�todo de escolha para o diagn�stico de �leo biliar, podendo se evidenciar a tr�ade de Rigler, que consiste em pneumobilia, obstru��o intestinal mec�nica e c�lculo na luz intestinal. Os autores descrevem o caso de paciente com quadro de suboclus�o intestinal associada a dor abdominal. Foi realizada tomografia computadorizada multidetectores (TCMD), que evidenciou c�lculo em segmento ileal com dilata��o das al�as a montante, pneumobilia e f�stula bilioent�rica. O presente trabalho traz uma revis�o de literatura e dos aspectos de imagem em TCMD.


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ASCITE HEMORR�GICA SECUND�RIA A PANCREATITE AGUDA: RELATO DE CASO.

D�bora Terribilli da Costa1; Rosa Maria Silveira Sigrist2; Daniela Tavares Possagnolo2; Samira Ineida Morais Gomes2; Pedro Jos� dos Santos Neto1; Eduardo Henrique Sena Santos1; Brenda Margatho Ramos Martines1; Cl�udio Campi de Castro1

1. HU-USP - S�o Paulo, SP
2. InCor-FMUSP - S�o Paulo, SP, Brasil
E-mail:

Pancreatite aguda � uma inflama��o pancre�tica que envolve tanto tecidos adjacentes ao p�ncreas quanto �rg�os mais distantes, caracterizando-se por ser uma das doen�a abdominais mais complexas, com diagn�stico e tratamento desafiadores. De acordo com a classifica��o de Atlanta revisada, a pancreatite aguda pode ser classificada em pancreatite edematosa intersticial (70% a 80%) e pancreatite necrotizante (20% a 30%). A fisiopatologia desta entidade, cujos mecanismos de ativa��o ainda s�o desconhecidos, inclui a ativa��o prematura das enzimas pancre�ticas levando a autodigest�o do par�nquima pancre�tico e tecidos peripancre�ticos. As causas de pancreatite aguda s�o v�rias, e dentre as mais comuns est�o a biliar (38%) e a alco�lica (36%). O seu diagn�stico baseia-se na presen�a de dois dos seguintes crit�rios: dor abdominal em faixa, amilase e/ou lipase aumentadas mais de tr�s vezes o valor normal, e de achados tomogr�ficos. Os achados tomogr�ficos incluem aumento do volume pancre�tico, indefini��o dos contornos pancre�ticos, realce heterog�neo do p�ncreas e densifica��o dos planos adiposos peripancre�ticos. A import�ncia da tomografia computadorizada foi reiterada ap�s a revis�o do consenso de Atlanta, que estabelece crit�rios morfol�gicos para o melhor planejamento do tratamento da pancreatite aguda. Os autores descrevem o caso de um paciente com quadro de pancreatite necrotizante. Foi realizada tomografia computadorizada multidetectores (TCMD), que evidenciou perda da arquitetura habitual do p�ncreas com �reas de necrose/liquefa��o, al�m de m�ltiplas cole��es com conte�do hem�tico. O presente trabalho traz uma revis�o de literatura e os aspectos de imagem da pancreatite aguda em TCMD.


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HISTOPLASMOSE DISSEMINADA COMO PRIMEIRA MANIFESTA��O DE AIDS: RELATO DE CASO E REVIS�O DA LITERATURA.

Brenda Margatho Ramos Martines1; Rosa Maria Silveira Sigrist2; Daniela Tavares Possagnolo3; Samira Ineida Morais Gomes4; Paula Cristina Dias da Rocha Bicudo1; Pedro Jos� dos Santos Neto1; Eduardo Henrique Sena Santos1; Cl�udio Campi de Castro1

1. HU-USP - S�o Paulo, SP
2. InCor-FMUSP - S�o Paulo, SP, Brasil
E-mail:

A histoplasmose sist�mica pode comportar-se como micose oportunista, geralmente disseminada, observada em pacientes que recebem medicamentos imunossupressores, em pacientes com malignidades hematol�gicas, como linfoma de Hodgkin e n�o-Hodgkin, e em pacientes com AIDS. Nestes �ltimos, o Histoplasma capsulatum causa doen�a disseminada em 95% dos casos, acometendo predominantemente indiv�duos com contagem de c�lulas CD4 abaixo de 200/mm3. As dificuldades para a realiza��o do diagn�stico precoce e o in�cio de terapia eficaz em pacientes com histoplasmose e infec��o pelo HIV incluem o fato de que suas manifesta��es podem mimetizar uma variedade de infec��es oportunistas, como pneumonia por Pneumocystis jiroveci, tuberculose e infec��o pelo complexo Mycobacterium avium. Os autores descrevem o caso de paciente com s�ndrome consumptiva, tosse cr�nica h� 3 anos e pneumonia que n�o resolveu ap�s 7 dias de tratamento com antibi�ticos, evoluindo para �bito ap�s choque s�ptico, sem resposta a reposi��o vol�mica e drogas vasoativas. Durante sua interna��o foi realizada tomografia computadorizada multidetectores (TCMD), que evidenciou linfonodomegalias mediastinais e abdominais, hepatoesplenomegalia e n�dulos pulmonares. O presente trabalho traz uma revis�o de literatura e os aspectos de imagem em TCMD.


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PSEUDOANEURISMA DA ART�RIA HEP�TICA P�S-COLECISTECTOMIA VIDEOLAPAROSC�PICA: ACHADOS DE TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA.

Rodrigo Delfino Nascimento1; Daniela Tavares Possagnolo2; Rosa Maria Silveira Sigrist2; D�bora Terribilli da Costa1; Pedro Jos� dos Santos Neto1; Brenda Margatho Ramos Martines1; Samira Ineida Morais Gomes2; Cl�udio Campi de Castro1

1. HU-FMUSP - S�o Paulo, SP
2. InCor-FMUSP - S�o Paulo, SP, Brasil
E-mail:

Pseudoaneurisma da art�ria hep�tica � uma complica��o rara e potencialmente fatal de colecistectomia videolaparosc�pica. O mecanismo de les�o da art�ria hep�tica � a les�o do vaso por eletrocauteriza��o ou por grampos, com a consequente forma��o do pseudoaneurisma. Vazamento biliar concomitante pode contribuir para a forma��o de pseudoaneurismas, pois a bile derramada atrasa o processo de cicatriza��o. A apresenta��o cl�nica mais frequente � o sangramento gastrintestinal com ou sem dor abdominal pr�via, anemia, hemobilia e altera��o da fun��o hep�tica. Neste trabalho, os autores relatam um caso de pseudoaneurisma da art�ria hep�tica diagnosticado por tomografia computadorizada (TC) em uma mulher de 39 anos que tinha sido submetida a colecistectomia laparosc�pica dois meses antes, evoluindo com f�stula biliar ap�s um m�s, submetida a nova cirurgia em outro servi�o. Ap�s dois meses da colecistectomia, procurou o presente servi�o com queixa de hemat�mese e melena, quando foi realizada a TC. Quatro dias ap�s a tomografia, que evidenciou o pseudoaneurisma, a paciente apresentou choque hemorr�gico com parada cardiorrespirat�ria, tendo sido reanimada e submetida a laparotomia, em que foi visto sangramento ativo da art�ria hep�tica e perfura��o do bulbo duodenal compat�vel com les�o t�rmica pr�via. O principal objetivo deste relato de caso � evidenciar a import�ncia dos m�todos de imagem no diagn�stico de complica��es p�s-colecistectomia videolaparosc�pica, como o pseudoaneurisma da art�ria hep�tica, para que a melhor conduta seja realizada precocemente.


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S�NDROME DE POLIESPLENIA COM SITUS INVERSUS ABDOMINAL ASSOCIADO A ADENOCARCINOMA DE ES�FAGO DISTAL.

Guilherme Antonio Siementcoski1; Lucas Mendes2; Murilo Carlos Gimenes1; Edson Ricardo Junior1; Marcos Anderson Kosteczka1; Izidione Antonio Miozzo Junior1

1. Universidade Regional de Blumenau - Blumenau, SC
2. Universidade Regional de Blumenau e Clinicor Imagem - Indaial, SC, Brasil
E-mail:

Apresentamos um caso de paciente com s�ndrome de poliesplenia associada a situs inversus abdominal em conjunto com adenocarcinoma de es�fago distal. A s�ndrome de poliesplenia � mais comum em crian�as, mas rara em pessoas de idade adulta, pois costuma estar associada a malforma��es card�acas cong�nitas. A paciente � uma mulher de 63 anos de idade que apresentava disfagia de longa data, com piora progressiva dos sintomas. Foi submetida a tomografia computadorizada de t�rax e abdome, que evidenciou adenocarcinoma de es�fago distal e s�ndrome de poliesplenia e situs inversus abdominal. Como achados na imagem, constataram-se poliesplenia com dextroposi��o desse �rg�o, veia cava inferior � esquerda com drenagem para a veia �zigos, art�ria subcl�via esquerda com trajeto posterior ao es�fago, es�fago e est�mago � direita e dextroposi��o do p�ncreas. Este caso mostra como a s�ndrome de poliesplenia pode ser assintom�tica e diagnosticada como um achado incidental em exame de imagem.


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HEMANGIOMA GIGANTE.

Bruno Nocrato Loiola; Jos� Augusto Carvalho de Rezende

Confer�ncia S�o Jos� do Ava� - Itaperuna, RJ, Brasil
E-mail:

O hemangioma ocorre com mais frequ�ncia em mulheres entre 4� e 5� d�cada de vida, localizando-se principalmente nos segmentos posteriores do lobo hep�tico direito. Os exames de imagem, como a ultrassonografia, a tomografia computadorizada e a resson�ncia magn�tica, promovem o diagn�stico na maior parte dos pacientes. Em cerca de 20% dos casos os hemangiomas podem apresentar aspecto at�pico em um ou mais m�todos de imagem, sendo necess�rios associ�-lo com os achados cl�nicos e controles evolutivos. Nos casos em que o tumor � volumoso, acredita-se que possa estar relacionado a discrasias sangu�neas por consumo e dist�rbios inflamat�rios, lembrando que o seu crescimento ao longo do tempo � extremamente raro. Estes tumores geralmente s�o assintom�ticos e encontrados de forma incidental, sendo que em alguns pacientes podem provocar dor abdominal em andar superior, sensa��o de plenitude p�s-prandial, disfagia por compress�o do es�fago abdominal. Outros sintomas e sinais poder�o ocorrer na depend�ncia das complica��es acontecidas, como: o estado de choque hipovol�mico, as p�rpuras, os hematomas, as pet�quias, e a dor abdominal s�bita, por trombose do tumor. Os hemangiomas s�o definitivamente les�es comuns, sendo, portanto, o tumor benigno mais frequente, entretanto, � bastante importante sabermos suas formas de apresenta��o e m�todos diagn�sticos para evitar poss�veis diagn�sticos err�neos. Este artigo relata o caso de um paciente com hemangioma gigante, demonstrando suas caracter�sticas radiol�gicas.


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PREVAL�NCIA DE ALTERA��ES ESOF�GICAS DETECTADAS POR IMAGEM CONTRASTADA DO ES�FAGO NA ESCLEROSE SIST�MICA E PERFIL DE AUTOANTICORPOS ASSOCIADOS.

Adham do Amaral e Castro; Thelma Larocca Skare; Alexandre Kaue Sakuma; Wagner Haese Barros; Rafael L�rio Bortoncello; Fernando Morandini; Anderson Matsubara

Hospital Universit�rio Evang�lico de Curitiba - Curitiba, PR, Brasil
E-mail:

INTRODU��O: A esclerose sist�mica (ES) � uma doen�a multissist�mica idiop�tica que pode levar a altera��es esof�gicas, acarretando importante morbidade. Autoanticorpos da ES podem estar relacionados com caracter�sticas espec�ficas da doen�a, incluindo altera��es esof�gicas. A seriografia es�fago-est�mago-duodeno (SEED) � considerada importante exame para a avalia��o esof�gica de pacientes com ES. Neste contexto se insere o presente estudo.
OBJETIVOS: Estudar a preval�ncia das altera��es esof�gicas em pacientes com ES evidenciadas por SEED com sintomas esof�gicos, comparando-as com pacientes sem sintomas esof�gicos, e comparar o perfil cl�nico e de autoanticorpos destes mesmos dois grupos de pacientes.
M�TODO: Ap�s aprova��o do comit� de �tica e assinatura de termo de consentimento livre e esclarecido, foram recrutados 31 pacientes com diagn�stico de esclerodermia de acordo com os crit�rios classificat�rios preliminares do Col�gio Americano de Reumatologia. Foram coletados dados acerca de sinais e sintomas da ES atrav�s de revis�o de prontu�rios, aplicado o question�rio espec�fico internacional para disfagia (traduzido e validado para o portugu�s brasileiro), e realizada a SEED, conforme o protocolo de exame da institui��o. Considerou-se significativo o valor de p menor ou igual a 0,05.
RESULTADOS: Foram estudados 31 pacientes, sendo a maioria femininos (90,7%), caucasianos (80,6%), com m�dia de idade de 50 anos e forma cl�nica principal caracterizada como limitada (64,5%). O achado cl�nico mais prevalente foi o fen�meno de Raynaud (96% dos pacientes); o FAN foi positivo em 93% dos pacientes e o autoanticorpo mais prevalente foi o anticentr�mero (34,6%); 80% dos pacientes apresentaram pelo menos uma altera��o � SEED, sendo a altera��o do calibre do �rg�o a que mais se repetiu (54%). N�o se encontrou diferen�a significativa entre os dois grupos de pacientes quanto � compara��o dos sintomas, pontua��o ao question�rio de disfagia, resultado da SEED e perfil laboratorial.
COMENT�RIOS SUCINTOS E IMPORT�NCIA: A caracteriza��o do perfil cl�nico-laboratorial de cada paciente com ES direciona o tratamento da doen�a. A detec��o precoce de altera��es esof�gicas nestes pacientes, especialmente nos assintom�ticos, pode evitar sequelas importantes neste �rg�o.
CONCLUS�O: N�o se encontrou diferen�as significativas no perfil cl�nico-laboratorial, pontua��o do question�rio de disfagia e altera��es � SEED entre pacientes com ES com sintomas esof�gicos e sem estes sintomas.


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CARCINOMA ESCAMOSO PRIM�RIO DE URETRA PENIANA: CORRELA��O DOS ACHADOS DE URETROCISTOGRAFIA RETR�GRADA E MICCIONAL (UCRM), RESSON�NCIA MAGN�TICA E ANATOMIA PATOL�GICA (AP).

Adham do Amaral e Castro; Wagner Haese Barros; Diogo Andr� Douat; Eduardo Andreazza Dal Lago; F�bio Sala; Lutero Marques de Oliveira; Alexandre Kaue Sakuma

Hospital Universit�rio Evang�lico de Curitiba - Curitiba, PR, Brasil
E-mail:

INTRODU��O: O carcinoma escamoso prim�rio de uretra peniana (CEPUP) consiste em um tumor urol�gico raro, correspondendo a menos de 1% dos tumores urol�gicos. O presente caso descreve a apresenta��o do CEPUP e seus achados comparativos ao estudo de uretrocistografia retr�grada e miccional (UCRM) e resson�ncia magn�tica (RM), correlacionados com a anatomia patol�gica (AP).
DESCRI��O SUCINTA: Paciente de 57 anos de idade, sexo masculino, com quadro de abscesso em base de p�nis e bolsa escrotal, dis�ria e importante diminui��o do jato miccional. Foi submetido a desbridamento de base do p�nis e bolsa escrotal e bi�psia de les�es s�lidas encontradas neste procedimento. Prosseguindo a investiga��o, tentou-se realiza��o de cistoscopia, sem sucesso, devido � impossibilidade de progress�o do aparelho, solicitando-se, ent�o, a UCRM. � UCRM evidenciou-se les�o vegetante em uretra peniana distal, com redu��o de seu calibre e moderada dilata��o a montante durante a fase miccional. O resultado da AP das les�es biopsiadas revelou condiloma acuminado e aus�ncia de malignidade. Paciente apresentou, em duas semanas, novo quadro de abscesso, sendo ent�o realizada RM, que caracterizou les�o expansiva, irregular, heterog�nea em T2 e isointensa em T1, com realce pelo meio de contraste, medindo 75 � 59 � 48 mm, localizada na uretra peniana m�dio-distal, com sinais de infiltra��o do corpo esponjoso e dos corpos cavernosos locais. Paciente submetido a penectomia total com ureterostomia perineal, sendo o diagn�stico de carcinoma escamoso confirmado pela AP.
DISCUSS�O RESUMIDA: O carcinoma escamoso de uretra � um tumor urol�gico raro, sendo cinco vezes mais comum em mulheres. Dentre os fatores de risco, destacam-se: fimose, m� higiene e infec��o viral pelo papiloma v�rus. Sua localiza��o mais comum nos homens � na uretra bulbomembranosa. A melhor ferramenta diagn�stica � a UCRM, evidenciando-se estreitamento irregular focal da uretra. A caracteriza��o da les�o � limitada ao estudo com tomografia computadorizada, a qual pode evidenciar massa uretral com atenua��o de partes moles. � RM, pode-se evidenciar massa com sinal hipointenso em T1 e T2 e invas�o de corpos cavernosos, sendo uma modalidade muito �til para o diagn�stico e estadiamento. O tratamento inclui excis�o da les�o (podendo requerer penectomia, como no presente caso), radioterapia e quimioterapia.


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S�NDROME DE MAY-THURNER.

Bruno Nocrato Loiola

Confer�ncia S�o Jos� do Ava� - Itaperuna, RJ Brasil
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A s�ndrome de May Thurner foi descrita pela primeira vez em 1956, por May e Thurner, a partir do estudo de cad�veres, como varia��es anat�micas. Ela caracteriza-se pela compress�o extr�nseca da veia il�aca esquerda pela art�ria il�aca direita, proporcionando uma interrup��o do fluxo venoso, gerando insufici�ncia venosa cr�nica no membro inferior esquerdo, podendo causar sintomas de edema, dor e trombose venosa profunda no membro afetado. O diagn�stico pode ser confirmado por angiotomografia, angiorresson�ncia e por arteriografia. O tratamento desta s�ndrome vem sendo discutido e dividindo opini�es quanto a ser conservador ou por abordagem cir�rgica, principalmente ap�s o advento do tratamento endovascular. A literatura atual vem demonstrando que a t�cnica endovascular combinada � angioplastia com bal�o e � coloca��o de stent traz excelentes resultados na recanaliza��o do sistema venoso il�aco, submetendo o paciente a um trauma cir�rgico m�nimo. Este artigo relata um caso de um paciente com esta s�ndrome, mostrando a efic�cia do diagn�stico pelos exames radiol�gicos e o tratamento endovascular


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S�NDROME DE QUEBRA-NOZES.

Bruno Nocrato Loiola

Confer�ncia S�o Jos� do Ava� - Itaperuna, RJ Brasil
E-mail:

A s�ndrome de quebra-nozes � uma doen�a rara, frequentemente n�o diagnosticada pelo n�o conhecimento da afec��o. Esta se manifesta pela compress�o da veia renal esquerda atrav�s de um pin�amento entre a art�ria mesent�rica superior e a aorta abdominal, promovendo aumento da press�o na veia renal esquerda proximal ao rim e mais tardiamente com o surgimento de vasos colaterais. O �ngulo entre a art�ria mesent�rica superior e a aorta abdominal � de aproximadamente 90�, de modo que a art�ria mesent�rica superior tem um curso de 4 a 6 mm em dire��o ventral antes de se dirigir caudalmente. O arranjo anat�mico em invertido previne normalmente a compress�o da veia renal esquerda pela art�ria mesent�rica superior. Pelo contr�rio, quando a emerg�ncia desta art�ria se faz em �ngulo agudo, pode haver compress�o da veia renal esquerda, originando a s�ndrome. Os pacientes geralmente se apresentam com dor lombar, hemat�ria micro ou macrosc�pica e, em alguns casos com s�ndrome de congest�o p�lvica. Os exames de imagem s�o de suma import�ncia para o diagn�stico. O tratamento tem evolu�do ao longo das �ltimas d�cadas, mas ainda � controverso. As op��es passam por vigil�ncia cl�nica ou procedimentos cir�rgicos, que visam, quase todos, ao al�vio da press�o da veia renal esquerda. Relatamos um caso de uma paciente com a s�ndrome de quebra-nozes, enfatizando o diagn�stico radiol�gico e o tratamento endovascular que vem crescendo nos �ltimos anos para tal doen�a.


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ADENOMIOMATOSE: CORRELA��O DOS ACHADOS DE IMAGEM.

Fernando Oliveira de Menezes1; Cristian Ariel Calvin2; Ana Carolina Castelo Branco Soares3; Tassius Borsatto Saccomani2

1. Hospital Regional de Itapetininga - Itapetininga, SP
2. Centro M�dico Sorocaba - Sorocaba, SP
3. Hospital do Servidor Municipal - S�o Paulo, SP, Brasil
E-mail:

RELATO DE CASO: Paciente do sexo masculino, 48 anos, procurou pronto-atendimento com dor abdominal. Solicitado ultrassom de abdome total, que evidenciou espessamento parietal irregular com pontos de reverbera��o "em cauda de cometa" na regi�o f�ndica da ves�cula biliar. Complementado com resson�ncia magn�tica de abdome superior mostrando pequenas dilata��es parietais de alto sinal na sequ�ncia ponderada em T2.
DISCUSS�O: Adenomiomatose � determinada pela prolifera��o excessiva do epit�lio da ves�cula biliar, associada a hipertrofia muscular pr�pria e dilata��o dos seios de Rokitansky-Aschoff. Geralmente assintom�tica, frequentemente associada a inflama��es cr�nicas da ves�cula biliar, principalmente colelit�ase (25% a 75% dos casos). O ultrassom � o m�todo inicial de elei��o, apresentando espessamento mural associado a pontos hiperecog�nicos e artefatos em cauda de cometa; pode ser dif�cil de distinguir do carcinoma da ves�cula biliar, sendo a resson�ncia magn�tica de maior acur�cia, apresentando pontos de hipersinal nas sequ�ncias ponderadas de T2 (sinal do colar de p�rolas).


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ENSAIO ICONOGR�FICO DO ACOMETIMENTO ESOF�GICO PELA ESCLERODERMIA.

Jonathas Eduardo do Vale Martins; Ivan Caznok Lima; Rogerio Augusto Lima Guarneri; Oscar Fernando Ghattas Orozco; Camilo Dallagnol; Marina Portiolli Hoffmann; Ariston Felipe Codato Ferreira; Walmir Walmor Ferreira Filho

Hospital de Cl�nicas da UFPR - Curitiba, PR, Brasil
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INTRODU��O: A esclerodermia � uma doen�a idiop�tica do tecido conjuntivo que afeta mais mulheres do que homens na propor��o de 3 para 1, predominantemente na faixa et�ria entre 30 e 50 anos. � uma patologia autoimune caracterizada por vasculopatia de pequenos vasos, produ��o de autoanticorpos e fibrose de diversos �rg�os, como pulm�es, pele e trato gastrintestinal, sendo este o segundo sistema mais afetado, atr�s apenas do acometimento dermatol�gico.
M�TODOS: Analisamos, retrospectivamente, 10 casos de pacientes com diagn�stico pr�vio de esclerodermia submetidos a esofagografia com b�rio e tomografia computadorizada (TC) cervicotor�cica no departamento de radiologia de hospital p�blico de Curitiba.
DISCUSS�O: Apesar de a esclerodermia ser uma doen�a de diagn�stico cl�nico, os exames de imagem t�m fundamental import�ncia na avalia��o da extens�o e grau da les�o e do comprometimento funcional, al�m de permitir excluir outros diagn�sticos diferenciais. � uma enfermidade com apresenta��o fenot�pica vari�vel e acometimento sist�mico diverso. O envolvimento esof�gico � visto em cerca de 90% dos pacientes, mas apenas 50% s�o sintom�ticos, sendo a disfagia, em graus vari�veis, a principal correspond�ncia cl�nica. Al�m da fibrose, o es�fago pode sofrer atrofia de musculatura lisa e aus�ncia de peristalse abaixo do n�vel do arco a�rtico, local onde predomina musculatura lisa. A esofagografia com contraste baritado possibilita a avalia��o din�mica da motilidade esof�gica, permitindo identificar altera��es mesmo em fases precoces. Este exame pode demonstrar aus�ncia de peristalse nos dois ter�os inferiores do es�fago, gerando um retardo do esvaziamento do meio de contraste e, em casos avan�ados, dilata��o de calibre. O esf�ncter esofagiano inferior tamb�m pode ser acometido, com apar�ncia de insufici�ncia, levando a quadros de esofagite por refluxo gastroesof�gico. A TC possui um papel secund�rio na avalia��o do es�fago, ficando reservada para estudo deste �rg�o em casos de acometimento severo ou complica��es secund�rias.
CONCLUS�O: A esclerodermia � uma doen�a com diferentes formas de apresenta��o. O es�fago � um alvo frequente dessa patologia e seu acometimento gera uma redu��o na qualidade de vida do paciente. A avalia��o por meio de raios-X com contraste baritado possibilita uma an�lise din�mica do es�fago e o reconhecimento de dist�rbios ainda em fases iniciais, mesmo em pacientes assintom�ticos. O reconhecimento das altera��es permite otimizar o manejo cl�nico, levando mais conforto ao paciente.


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TRAUMA ABDOMINAL FECHADO COM FRATURA DE F�GADO GRAU IV: UM RELATO DE CASO.

Adolfo Pickcius Valoja Collo; Mateus Giovanoni Perondi; Ana Carolina Pickcius Valoja Collo; Alo�sio dos Santos Iria J�nior; Cristina Terumi Okamoto

Universidade Positivo - Curitiba, PR, Brasil
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Dados atuais demonstram que em Curitiba, PR, 12% dos traumas pedi�tricos relacionam-se com queda de bicicleta, sendo mais prevalente entre crian�as de 5 a 9 anos. O f�gado � o segundo �rg�o intra-abdominal (OIA) mais lesado, devido � menor quantidade de gordura, de col�geno e da musculatura esquel�tica da parede abdominal nos pacientes pedi�tricos. O presente relato de caso visa demonstrar a necessidade da realiza��o de exames de imagem, uma vez que os dados cl�nicos podem ser desproporcionais ao grau de les�o. Este caso refere-se a um paciente de 8 anos, v�tima de queda de bicicleta com trauma abdominal contra o guid�o, encaminhado ao prontosocorro de hospital-escola de Curitiba, com quadro de dor abdominal e v�mitos, com escala de Glasgow 15, frequ�ncia card�aca de 126 batimentos por minuto e frequ�ncia respirat�ria de 26 incurs�es respirat�rias por minuto. Exame cardiovascular e pulmonar sem altera��es, abdome plano, com ru�dos hidroa�reos presentes, fl�cido e sem visceromegalias. Para avaliar a gravidade da les�o hep�tica utiliza-se a classifica��o da American Association for the Surgery of Trauma, que varia de grau I at� VI, em que os graus I e II s�o considerados leves e os graus III at� VI s�o considerados graves. Esta escala baseia-se na presen�a, localiza��o e tamanho da lacera��o e hematoma do f�gado, assim como a presen�a de macera��o mais extensiva ou desvasculariza��o em les�es de alto grau. Esta escala tem limita��es na capacidade de orientar a conduta e de prever complica��es. No caso apresentado, a tomografia computadorizada (TC) evidenciou les�o hep�tica grau IV no segmento 4. Exames laboratoriais podem auxiliar no manejo do paciente, os valores de hemoglobina e hemat�crito podem indicar hemorragia, as enzimas aspartato aminotransferase e alanino aminotransferase est�o elevadas nas les�es hep�ticas, com sensibilidade de 90% e especificidade de 100%. O tratamento padr�o para pacientes hemodinamicamente est�veis � o conservador, pois 80% das les�es hep�ticas param de sangrar antes da laparotomia, apresentando menor necessidade de transfus�o sangu�nea e mortalidade. No trauma abdominal fechado em crian�a, deve-se realizar exame cl�nico minucioso e seriado, al�m de TC para confirma��o de les�es de OIA que necessitem ou n�o de laparotomia. Neste caso, a conduta utilizada foi a n�o cir�rgica devido � estabilidade hemodin�mica e aus�ncia de les�es de outros OIAs.


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LIPOSSARCOMA RETROPERITONEAL: RELATO DE CASO REVIS�O DA LITERATURA.

Alcides Hiromitsu Yamakawa Junior; Julian Catalan; Luiz Pedro Souza Junior; Rafael Santiago Oliveira Sales; Erick Janderson de Souza Alves; Mauricio Fabro; Dalton Wiggers Medeiros; Luiz Fernando Bernadini Ulyssea

Hospital Santa Catarina - Blumenau, SC, Brasil
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Neste resumo relatamos um caso de uma paciente de 38 anos que apresentava desconforto abdominal difuso. Foi realizada ultra-sonografia, que demonstrou extensa les�o heterog�nea, predominantemente hiperecog�nica, desde o f�gado at� a fossa il�aca direita. A tomografia computadorizada evidenciou volumosa massa hipodensa ocupando o hemiabdome direito, com atenua��o de gordura e finas septa��es de permeio, sem evid�ncias de realce ao meio de contraste, medindo 27 � 16 � 17 cm. A paciente foi submetida a cirurgia para ressec��o da les�o e o estudo anatomopatol�gico revelou lipossarcoma bem diferenciado. Os lipossarcomas representam 35% dos tumores malignos retroperitoneais de tecidos moles em pacientes adultos. Eles s�o habitualmente tumores de baixo grau de malignidade (bem diferenciados), apesar de serem encontrados tumores com maior potencial metast�tico (pleom�rficos). Diagn�sticos diferenciais incluem lipoma, lipoblastoma, lipomatose, hibernoma, teratoma, mielolipoma e angiomiolipoma. Em raz�o de a apresenta��o cl�nica ser insidiosa e com poucos sintomas, o di�metro m�dios desses tumores � de 15 cm no momento do diagn�stico.


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AMILOIDOSE E CORDOMA SACRAL.

Keityane Rodrigues Vieira; �bner Donato Dorazio Souza

Hospital Santa Marcelina - S�o Paulo, SP, Brasil
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Relato de caso demonstrando em uma paciente a incomum associa��o de amiloidose e cordoma de sacro. Esta associa��o � incomum, apesar da rela��o frequente de amiloidose com v�rios tipos de comorbidades inflamat�rias e/ou infecciosas como uma causa secund�ria. Importante lembrar os diagn�sticos diferenciais principais com met�stases e tumor de c�lulas gigantes. Paciente de 43 anos, feminina, natural da Bahia, procedente de S�o Paulo, casada, cat�lica, auxiliar de limpeza. H� 2 anos iniciou quadro intermitente de edema, eritema e equimose em todo o membro inferior esquerdo (MIE), que melhorava ao repouso. Ap�s 6 meses, evoluiu com fraqueza em MIE e dificuldade progressiva para deambular. Procurou atendimento m�dico, sendo internada com hip�tese de trombose venosa profunda (TVP). Feitos exames de imagem (Doppler e tomografia computadorizada), foi evidenciada massa em hipog�strio esquerdo, sem evidencia de TVP. Foi realizada bi�psia de tal massa, tendo como resultado amiloidose. Feito transplante de medula �ssea. Em janeiro/2012, ao exame f�sico apresentava massa fixa em regi�o abdominop�lvica, endurecida, de cerca de 20 cm, indolor. Feita ressec��o, tendo como resultado anatomopatol�gico: dep�sitos extracelulares de material amorfo eosinof�lico em meio a macr�fagos, com rea��o giganto-celular e raros linf�citos/plasm�citos de permeio. Ap�s 5 meses, evoluiu com surgimento de volumosa massa complexa de densidade partes moles com componente �sseo, no retroperit�nio, 9 � 8 cm, se estendendo desde o n�vel de L4 at� o limite inferior do sacro, apresentando eros�o �ssea deste, al�m de comprometimento dos corpo vertebrais de L4 e L5 e invas�o do canal medular nesses n�veis. Tal massa, posteriormente, foi diagnosticada como cordoma. Amiloidose � uma doen�a de dep�sito de um tipo de prote�na, a amiloide, que resulta de uma sequ�ncia de altera��es no seu desdobramento, levando ao dep�sito de fibrilas amiloides insol�veis, principalmente nos espa�os extracelulares de �rg�os e tecidos. Dependendo da natureza bioqu�mica da prote�na precursora amiloide, as fibrilas amiloides podem depositar-se localmente ou envolver praticamente todos os sistemas org�nicos do corpo (amiloidose sist�mica, que pode ser de causa prim�ria, secund�ria ou heredit�ria). O dep�sito de fibrilas amiloides pode n�o ter nenhuma consequ�ncia cl�nica aparente ou pode estar associado a altera��es fisiopatol�gicas graves. As doen�as amiloides s�o classificadas de acordo com o padr�o e a extens�o do dep�sito. Podem ser divididas em adquiridas ou heredit�rias, ou ainda sist�micas ou localizadas de acordo com a extens�o do dep�sito. Cordoma � uma neoplasia epitelial maligna rara que se origina de remanescentes embriol�gicos da notocorda primitiva. Restringe-se ao esqueleto axial, tendo predile��o pelo sacro (50% dos casos), coluna cervical (35%) e segmentos m�veis da coluna vertebral (15%). Aproximadamente 50% se originam na regi�o sacrococc�gea, na linha m�dia, sendo mais frequente ao n�vel de S4/S5. Apesar do crescimento lento e baixo potencial de dissemina��o, caracteriza-se pela localiza��o cr�tica, comportamento localmente agressivo e elevada taxa de recidiva cir�rgica. Representa 1% a 4% dos tumores �sseos malignos. A associa��o de amiloidose concomitante com cordoma de sacro � uma apresenta��o incomum, principalmente em uma paciente jovem e do sexo feminino, uma vez que este ocorre tipicamente na terceira e quarta d�cadas de vida nas les�es espino-occipitais e na quinta e sexta d�cadas nos sacrococc�geos. Existe predom�nio no sexo masculino (1,7:1), que � mais marcante (3:1) entre os pacientes com doen�a sacral. Em sua maioria, s�o bem diferenciados e de crescimento lento, por�m 5% dos casos possuem alto grau de malignidade, com evolu��o agressiva, podendo metastatizar. O diagn�stico diferencial � feito com met�stases, tumor de c�lulas gigantes, condrossarcoma, ependimoma e plasmocitoma. As caracter�sticas cl�ssicas do cordoma s�o: massa hipo ou isodensa (comparada com o tecido muscular), composta de tecido mole, com destrui��o do osso e invas�o de tecidos e estruturas neurovasculares adjacentes. O sintoma mais comum produzido � a dor secund�ria a destrui��o �ssea e/ou compress�o nervosa ou �rg�os adjacentes. No diagn�stico, apresentase como massa abaulando anteriormente a parede do reto, sem, no entanto, infiltr�-lo. Embora a mortalidade cir�rgica seja baixa, a morbidade � mais expressiva e geralmente consequente a disfun��o urin�ria, sexual e intestinal. Tais complica��es ocorrem com maior freq��ncia quando s�o realizadas cirurgias mais radicais.


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CARCINOMA DE C�LULAS RENAIS SINCR�NICO E BILATERAL: RELATO DE CASO.

Natassya Couto Otoni; H�lio C�sar J�nior Cardoso; Raissa Nascimento Faria; Luciana Cavalcanti Valadares; Renato Villas Boas Antunes; Tais Folchito Maglioni; Augusto Castelli Von Atzingen; Elisa Bazanelli Junqueira Ferraz

Hospital das Cl�nicas Samuel Lib�nio - Pouso Alegre, MG, Brasil
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Os carcinomas de c�lulas renais sincr�nicos e bilaterais representam um desafio urol�gico e ocorrem em cerca de 4% de todos os pacientes com carcinoma de c�lulas renais, sendo que a forma espor�dica apresenta acometimento bilateral em apenas 2% dos casos, com o restante incluso nas s�ndromes heredit�rias. Descrevemos o caso de um paciente de 65 anos, do sexo masculino, que se apresentou com quadro de dor lombar � direita, sendo encaminhado para realizar tomografia computadorizada de abdome que evidenciou les�o expansiva tumoral no rim direito, heterog�nea, com realce hipervascular ao contraste intravenoso e importante �rea de hematoma perirrenal associada a pequeno n�dulo hipervascular no rim esquerdo. O paciente foi submetido, em primeiro tempo, a nefrectomia total � direita, com confirma��o anatomopatol�gica do diagn�stico de carcinoma de c�lulas claras com ruptura. At� o presente estudo, o paciente encontra-se em controle oncol�gico e aguarda resultado da resson�ncia magn�tica para melhor elucida��o da natureza neopl�sica e concomitante da les�o no rim esquerdo, podendo assim caracterizar o quadro de carcinoma de c�lulas renais sincr�nico e bilateral.


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CISTO DE �RACO INFECTADO: RELATO DE CASO.

Renato Villas Boas Antunes; Natassya Couto Otoni; Raissa Nascimento Faria; Luciana Cavalcanti Valadares; H�lio C�sar J�nior Cardoso; Tais Folchito Maglioni; Augusto Castelli Von Atzingen; Elisa Bazanelli Junqueira Ferraz

Hospital das Cl�nicas Samuel Lib�nio - Pouso Alegre, MG, Brasil
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O �raco � um cord�o fibroso, remanescente do alantoide, que une o �pice da bexiga � cicatriz umbilical. Os cistos do �raco s�o raros, ocorrendo em 1 a cada 5.000 nascimentos e compreendem 30% das anomalias uracais. A maioria dos pacientes portadores de cistos de �raco � assintom�tica, no entanto, o cisto pode infectar-se, levando a sintomas que podem se confundir com doen�as inflamat�rias do abdome e da pelve. Os cistos de �raco infectados ocorrem mais frequentemente em adultos jovens, podendo acometer tamb�m crian�as de menor idade. Relatamos o caso de um homem de 26 anos, com queixa de dores e hernia��o umbilical, al�m de elimina��o de secre��o purulenta pela cicatriz umbilical. Ao exame f�sico apresentou sinais flog�sticos evidentes com f�stula cut�nea drenando secre��o purulenta da regi�o umbilical. A tomografia de abdome evidenciou persist�ncia do trajeto do �raco associada a densifica��o dos planos gordurosos adjacentes e cole��o hipodensa com realce perif�rico medindo 2,5 � 2,8 cm, compat�vel com abscesso.


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H�RNIA DE GRYNFELTT AP�S TRAUMA AUTOMOBIL�STICO: RELATO DE CASO.

Tais Folchito Maglioni; H�lio C�sar J�nior Cardoso; Natassya Couto Otoni; Thulio Romanelli Ribeiro; Raissa Nascimento Faria; Renato Villas Boas Antunes; Luciana Cavalcanti Valadares; Lucas Cavalcanti Valadares

Hospital das Cl�nicas Samuel Lib�nio - Pouso Alegre, MG, Brasil
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H�rnias lombares posteriores s�o raros defeitos da parede abdominal, com menos de 300 casos descritos na literatura. Podem ser cong�nitas ou adquiridas, peritoneais ou extraperitoneais, redut�veis ou complicadas. S�o nomeadas como h�rnia de Petit quando envolvem o tri�ngulo lombar inferior e h�rnia de Grynfeltt no tri�ngulo lombar superior. A apresenta��o cl�nica dos pacientes na maioria das vezes � assintom�tica, por�m parte deles pode apresentar dor em regi�o de flanco. Relatamos o caso de uma mulher de 57 anos, com queixa de dor e abaulamento na regi�o lombar posterior h� 6 meses que acentuou nos �ltimos dias. Apresentava, como antecedentes patol�gicos pr�vios, tabagismo, diabetes mellitus e trauma lombar h� um ano por acidente automobil�stico. A tomografia computadorizada de abdome evidenciou importante hernia��o de conte�do peritoneal entre a face medial do m�sculo eretor da espinha, face medial do m�sculo obl�quo interno, e abaixo do 12� arco costal, configurando h�rnia de Grynfeltt.


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INVAGINA��O INTESTINAL P�S-GASTROPLASTIA REDUTORA: UMA COMPLICA��O POUCO CONHECIDA.

Rafael Ogasawara Ferreira; Decio Prando Moura; Carlos Eduardo Endoh Ougo Tavares; Adriano de Oliveira Pinto; Guilherme Ara�jo Marcolin; Emanuel G�is J�nior; Adriel Figueredo da Silva; Diego Marlon Pissinati Pessoa

Hospital Evang�lico de Londrina/MP Diagn�sticos - Londrina, PR, Brasil
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Na �ltima d�cada houve aumento no n�mero de procedimentos cir�rgicos para tratamento da obesidade, sendo o bypass g�strico com reconstru��o a Y de Roux a t�cnica mais utilizada e difundida no mundo. Entre as complica��es mais comuns est�o infec��o da ferida operat�ria, h�rnias incisionais, vazamentos anastom�ticos, fistulas ent�ricas e obstru��es da via de sa�da g�strica. A invagina��o intestinal � uma causa rara de obstru��o no paciente submetido a gastroplastia redutora, com uma incid�ncia estimada entre 0,1% e 0,3% nesta popula��o. Singla et al. fizeram um levantamento dos casos relatados entre 1991 e 2011, sendo identificados apenas 71 casos no mundo todo. Apesar da baixa preval�ncia desta condi��o, � importante seu reconhecimento pelo m�dico assistente e pelo radiologista, devido � morbidade que acarreta. Relatamos o caso de uma paciente do sexo feminino, 34 anos, que deu entrada no servi�o com quadro de dor e distens�o abdominal, n�useas e v�mitos. No exame f�sico demonstrava dor � palpa��o no flanco esquerdo, sem defesa, descompress�o brusca ou sinais de peritonite. Antecedente cir�rgico pr�vio de bypass g�strico com reconstru��o a Y de Roux h� 4 anos e atualmente encontrava-se gr�vida de 33 semanas. Exames laboratoriais sem altera��es. Foi submetida a ultrassonografia do abdome, que evidenciou dilata��o de al�as intestinais no hipoc�ndrio/flanco esquerdos, com ponto de transi��o abrupto em massa heterog�nea com aspecto "em alvo", sugestivo de invagina��o intestinal. A paciente foi submetida a interven��o cir�rgica, sendo observada, no ato operat�rio, a presen�a de invagina��o retr�grada da al�a comum para o interior da al�a biliopancre�tica. Foi realizada redu��o manual, n�o se evidenciando sinais de sofrimento das al�as intestinais; a paciente teve evolu��o satisfat�ria, tendo recebido alta ap�s 4 dias. Atualmente, discute-se a etiologia desta condi��o, que se acredita ser multifatorial. A hip�tese mais aceita � que com a sec��o de al�a jejunal para confec��o da al�a de Roux, separa-se o jejuno distal do marcapasso duodenal, respons�vel por iniciar a peristalse. Isto favoreceria o surgimento de marcapassos ect�picos, levando a uma dismotilidade e estase na al�a de Roux, o que poderia predispor � invagina��o. A tomografia computadorizada do abdome � considerada o m�todo de escolha para o diagn�stico, com uma acur�cia mais elevada comparativamente � radiografia e � ultrassonografia. O achado mais caracter�stico � o sinal do alvo, com dilata��o e n�veis hidroa�reos no interior de al�as intestinais a montante da les�o. O tratamento � cir�rgico.


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MUCOCELE DE AP�NDICE SIMULANDO CISTO OVARIANO: RELATO DE CASO.

Natassya Couto Otoni1; H�lio C�sar J�nior Cardoso1; Thulio Romanelli Ribeiro1; Jessyca Couto Otoni2; Jo�o Paulo Barbosa de Oliveira2; Maria L�cia Pereira2; Tais Folchito Maglioni1; Raissa Nascimento Faria1

1. Hospital das Cl�nicas Samuel Lib�nio - Pouso Alegre, MG
2. Santa Casa de Miseric�rdia de Passos - Passos, MG, Brasil
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A mucocele do ap�ndice � um termo usado para descrever a distens�o do ap�ndice por material mucinoso. � encontrada em 0,3% das apendicectomias, sendo na maioria das vezes diagnosticada ap�s o ato cir�rgico. Apresenta predom�nio no sexo feminino e a principal queixa cl�nica � a dor em fossa il�aca direita, incluindo, portanto, apendicite, cistos ovarianos, hidrossalpinge e neoplasias c�sticas ovarianas na lista de diagn�sticos diferenciais. No presente estudo, os autores relatam um caso de cistoadenoma mucinoso do ap�ndice encontrado em uma mulher de 56 anos de idade, que foi submetida a laparotomia, tendo como indica��o cir�rgica um achado de cisto no ov�rio direito de prov�vel origem neopl�sica, suspeitado atrav�s dos exames de imagem (ultrassonografia transvaginal e tomografia contrastada do abdome). Durante o ato cir�rgico foi constatado que a les�o tinha origem no ap�ndice, sendo realizada sua ex�rese e confirmada sua natureza c�stica ap�s o resultado do anatomopatol�gico. Os autores querem, na presente discuss�o, contribuir com a inclus�o da mucocele do ap�ndice na lista de diagn�sticos diferenciais de les�es c�sticas na fossa il�aca direita observadas atrav�s dos exames de imagem.


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ESTEATOSE HEP�TICA MULTINODULAR NAS DIVERSAS MODALIDADES DE IMAGENS: ULTRASSONOGRAFIA, TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA E RESSON�NCIA MAGN�TICA.

Welton Alencar Carvalho1; Kellen Inouye2; Fernando Jos� Zorzi2; Juliana Mayumi Yamasaki3; Renata Fontana Velludo3; Valdo Luis de Almeida Barros Junior3; Alessandro Gustavo Lopes3

1. Conjunto Hospitalar de Sorocaba - Sorocaba, SP
2. Radi-Imagem - S�o Carlos, SP
3. Conjunto Hospitalar de Sorocaba/PUCSP - Sorocaba, SP, Brasil
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DESCRI��O SUCINTA DO PROP�SITO DO CASO: Uma variedade pseudoles�es hep�ticas pode simular les�es hep�ticas benignas ou malignas, podendo levar a diagn�sticos equivocados. O presente relato de caso visa familarizar o m�dico radiologista com um dos diagn�sticos diferenciais de pseudoles�es hep�ticas por meio da ultrassonografia, tomografia computadorizada e resson�ncia magn�tica.
HIST�RIA CL�NICA: Paciente do sexo feminino, 27 anos de idade, com queixa de epigastralgia. Negou interven��es cir�rgicas ou antecedentes relevantes. Exame f�sico: dor � palpa��o profunda em regi�o supraumbilical. Diagn�stico resumido do caso: Esteatose hep�tica multinodular.
DISCUSS�O: A esteatose hep�tica geralmente � difusa, mas ocasionalmente focal, � uma das causas mais frequentes de pseudoles�o hep�tica. Suas localiza��es mais t�picas s�o as adjac�ncias do ligamento falciforme, regi�es subcapsulares, perivesiculares, lobo caudado e por��o posterior do segmento IV. Quando a esteatose � geogr�fica ou multinodular, o diagn�stico diferencial inclui carcinoma hepatocelular, abscessos, met�stases e hemangiomas. A diferencia��o entre esteatose e les�o neopl�sica � de grande import�ncia. A esteatose n�o tem efeito expansivo, tem atenua��o muito baixa e geralmente apresenta vasos hep�ticos e portais n�o distorcidos no seu interior, ao contr�rio de les�es do par�nquima. A resson�ncia magn�tica tem grande valor no diagn�stico da esteatose, utilizando-se sequ�ncias que suprimem o sinal da gordura, como a gradiente-eco em fase e oposi��o de fase.


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ECTOPIA RENAL CRUZADA: RELATO DE CASO E REVIS�O DA LITERAURA DE UMA RARA ANOMALIA CONG�NITA.

M�rcio Lu�s Duarte; Jael Brasil Alc�ntara Ferreira; Gustavo Marques de Souza; Augusto Cezar Queiroz Melo; And Yara Particelli Gelmini; Felipe Nunes Figueiras; Elcio Roberto Duarte

Irmandade da Santa Casa da Miseric�rdia de Santos - Santos, SP, Brasil
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INTRODU��O: Ectopia renal cruzada � uma anomalia cong�nita rara, 1:1.000 nascidos vivos, na qual um dos rins est� em uma posi��o incomum, estando os rins fundidos em cerca de 90% dos casos, geralmente associada com anomalias cong�nitas do intestino, sendo que o desenvolvimento de malignidade no rim fundido cruzado ect�pica � rara, sendo o sarcoma o mais relatado. Quase sempre se associa com um orif�cio normalmente localizado dentro do tr�gono ureteral contralateral. Ocorre como resultado de uma combina��o de agenesia renal unilateral e ectopia renal. A raridade solit�ria faz seu diagn�stico desafiador. Apresenta como sintomas infec��es urin�rias recorrentes, hemat�ria, insufici�ncia renal, dor em flanco direito e massa abdominal. Raros casos com c�lculos de estruvita s�o relatados. No entanto, a maioria dos casos � assintom�tica, pelo menos at� a quarta ou quinta d�cadas de vida, o que explica o seu achado ser mais comum em aut�psias do que na pr�tica cl�nica em geral, com uma incid�ncia de cerca de 1:2.000 aut�psias. N�o necessita de tratamento, a menos que existam complica��es ou outras patologias associadas.
DISCUSS�O: A ectopia renal cruzada � um fator que predisp�e a obstru��es, infec��es e neoplasia do sistema urin�rio. A posi��o anormal do rim e sua pelve renal an�mala podem impedir a drenagem do sistema coletor, criando uma predisposi��o para a infec��o do trato urin�rio e a forma��o de c�lculo, com associa��o frequente ao refluxo vesicoureteral, levando a nefropatia por refluxo. Ultrassonografia renal, urografia excretora, tomografia computadorizada e cintilografia renal s�o os m�todos de imagem utilizados para o diagn�stico. Casos individuais de situa��es anat�micas complexas, como a ectopia renal cruzada, requerem estrat�gias especiais de exame, e a tomografia computadorizada parece ser o m�todo de imagem mais confi�vel. A abordagem laparosc�pica � op��o vi�vel para tratar esta anomalia, com todas as vantagens da cirurgia minimamente invasiva.
CONCLUS�O: Observamos, nesta revis�o, que mesmo em paciente assintom�tico � necess�rio o seu acompanhamento com o estudo ecogr�fico ou tomogr�fico, devido � gravidade das poss�veis complica��es da malforma��o.


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S�NDROME DE LERICHE ASSOCIADA A ARCADA DE RIOLAN POR OCLUS�O DA AORTA INFRARRENAL: RELATO DE CASO E REVIS�O DA LITERATURA.

M�rcio Lu�s Duarte; Jael Brasil Alc�ntara Ferreira; Gustavo Marques de Souza; Augusto Cezar Queiroz Melo; And Yara Particelli Gelmini; Felipe Nunes Figueiras; Elcio Roberto Duarte

Irmandade da Santa Casa da Miseric�rdia de Santos - Santos, SP, Brasil
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INTRODU��O: A s�ndrome de Leriche � a obstru��o tromb�tica da bifurca��o a�rtica e das art�rias il�acas, tendo sido definida pelo cirurgi�o franc�s Ren� Leriche. � uma condi��o rara que acomete geralmente homens mais velhos, como resultado da aterosclerose. A complexidade das les�es vasculares na aorta recomenda cuidados multidisciplinares para trat�-la por revasculariza��o cir�rgica. No entanto, deve-se levar em conta a substancial morbidade perioperat�ria. Os sintomas s�o de isquemia das extremidades distais inferiores, como claudica��o, paraparesia, hipoestesia, palidez e hipotermia. Pode, tamb�m, causar impot�ncia nos indiv�duos do sexo masculino. Os pacientes apresentam boas chances de recupera��o com a terap�utica interdisciplinar, mesmo se as art�rias renais forem acometidas, sendo que a avalia��o do suprimento de sangue arterial tem de ser inclu�do no diagn�stico de insufici�ncia renal aguda associada a an�ria. Se houver uma perfus�o residual m�nima, que pode ser o suficiente para a manuten��o da sua integridade estrutural, h� uma possibilidade real de uma restitui��o da fun��o renal ap�s a revasculariza��o bem sucedida. Em pacientes com oclus�o da aorta abdominal ou oclus�o femoroil�aca, a circula��o colateral para as extremidades inferiores pode ter origem em ramos da aorta abdominal ou na art�ria tor�cica interna, dependendo do n�vel da oclus�o. � importante identificar a origem desta circula��o durante procedimentos de diagn�stico, especialmente em pacientes que podem precisar submeter-se a cirurgia de revasculariza��o coron�ria, pois nos casos em que a maior parte da circula��o colateral se origina na art�ria tor�cica interna, utilizando-se a art�ria coron�ria como enxerto, pode levar a isquemia aguda das extremidades inferiores. A reconstru��o da bifurca��o aortoil�aca totalmente obstru�da por endoluminais mostra-se vi�vel e segura, com excelentes resultados cl�nicos em m�dio prazo.
DISCUSS�O: A arcada de Riolan fornece uma anastomose entre os territ�rios das art�rias mesent�ricas superior e inferior e s� � claramente vis�vel na arteriografia quando um obst�culo estiver presente em uma das suas extremidades, ou quando est� sendo utilizada para a revasculariza��o dos membros inferiores. A descoberta de uma arcada de Riolan dilatada apresenta um problema hemodin�mico quando a continuidade de uma art�ria digestiva deve ser restabelecida. A angiografia � considerada padr�o ouro na imaginologia vascular, mas � invasiva. Com isso, proporciona ao cirurgi�o uma indica��o do estado da circula��o espl�ncnica, e ele pode, ent�o, tomar as precau��es necess�rias para evitar qualquer risco de desenvolvimento p�s-operat�rio de necrose do c�lon esquerdo. A resson�ncia magn�tica (RM) e a tomografia computadorizada (TC) s�o m�todos que podem obter imagens de grande qualidade do sistema vascular sem serem invasivos, tanto para fornecer uma descri��o completa e precisa da morfologia da aorta subjacente, a localiza��o da estenose, a presen�a de doen�a oclusiva nas art�rias viscerais, o grau de fluxo colateral, quanto a delimita��o dos vasos distais e as art�rias pass�veis da coloca��o de endopr�tese. A RM deve ser utilizada em pacientes com insufici�ncia renal com agentes de contraste paramagn�ticos n�o nefrot�xicos, tendo em vista que permite a classifica��o do grau de oclus�o da aorta justarrenal, infrarrenal e craniana � origem da art�ria mesent�rica inferior. A angio-RM � uma ferramenta poderosa para a imagem da aorta e art�rias perif�ricas. Embora com contraste, a angio-RM est� se tornando o principal m�todo para avalia��o de doen�as vasculares e pode tornar-se o �nico m�todo no futuro, afinal, � um m�todo n�o invasivo de sucesso, mesmo em complexas doen�as vasculares. Futuros desenvolvimentos t�cnicos que levam � aquisi��o de imagem mais r�pida, bem como agentes de contraste melhores prometem melhorar ainda mais a qualidade da imagem.
CONCLUS�O: Com a evolu��o dos m�todos de diagn�stico por imagem, apesar de a arteriografia ainda ser o padr�o ouro, constitui-se em um m�todo invasivo, e m�todos n�o invasivos como a TC e a RM est�o apresentando bons resultados, levando ao uso deles em detrimento da arteriografia para o diagn�stico e, at� mesmo, o planejamento terap�utico.


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PARACOCCIDIOIDOMICOSE DUODENAL COM ACOMETIMENTO LINFONODAL NO PACIENTE IMUNOSSUPRIMIDO.

Carlos Eduardo Endoh Ougo Tavares; Rafael Ogasawara Ferreira; Decio Prando Moura; Adriano de Oliveira Pinto; Guilherme Ara�jo Marcolin; Emanuel G�is J�nior; Adriel Figueredo da Silva; Diego Marlon Pissinati Pessoa

Hospital Evang�lico de Londrina - Londrina, PR, Brasil
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A paracoccidioidomicose � a infec��o f�ngica sist�mica de maior preval�ncia na Am�rica Latina, conhecida tamb�m como blastomicose sul-americana ou mol�stia de Lutz-Splendore-Almeida. Estimou-se a incid�ncia anual de doen�a entre 1 a 3 por 100.000 habitantes de �reas end�micas da Am�rica Latina. A maioria dos casos de comprometimento intestinal da paracoccidioidomicose apresenta-se em um contexto de doen�a sist�mica. Infec��o oportunista por Paracoccidioidomicosis brasiliensis, possivelmente por reativa��o de foco latente do fundo, vem sendo diagnosticada esporadicamente em pacientes imunodeprimidos, incluindo casos de linfoma, leucemia mieloide ou transplante renal. Relatamos, neste caso, paracoccidioidomicose duodenal com comprometimento linfonodal mesenterial e retroperitoneal, com apresenta��o cl�nica incomum, sem acometimento pulmonar, em um paciente imunossuprimido por transplante de rim, enfatizando aspectos tomogr�ficos. Devido � sua preval�ncia, o diagn�stico de paracoccidioidomicose abdominal deve ser considerado em todo paciente imunossuprimido. Sobreposi��o de achados tomogr�ficos entre a paracoccidioidomicose duodenal e linfonodal e outras patologias retroperitoneais torna o diagn�stico incaracter�stico, podendo simular tanto les�es neopl�sicas como infecciosas cr�nicas, sendo muitas vezes indistingu�veis da tuberculose O diagn�stico precoce � essencial para a institui��o da terapia antif�ngica no tempo adequado no paciente imunossuprimido, fazendo da radiologia parte importante para o diagn�stico. O relato acrescenta-se ao n�mero relativamente reduzido dos anotados na literatura m�dica.


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DOEN�A DE CAROLI: RELATO DE CASO.

Rafael Estruzani Neves; Guilherme Ara�jo Marcolin; Bruno Ramos Caldeira; Adriano de Oliveira Pinto; Decio Prando Moura; Rafael Ogasawara Ferreira; Adriel Figueredo da Silva; Diego Marlon Pissinati Pessoa

Hospital Evang�lico/MP Diagn�sticos - Londrina, PR, Brasil
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A doen�a de Caroli � uma malforma��o cong�nita autoss�mica recessiva que consiste em dilata��es multifocais dos ductos biliares intra-hep�ticos, sem acometimento da �rvore biliar extra-hep�tica. A dilata��o multifocal pode ser difusa, afetando toda a �rvore biliar intrahep�tica, ou pode estar confinada a parte do f�gado. A doen�a de Caroli faz parte do espectro de doen�as c�sticas da �rvore biliar, classificada por Todani em cinco tipos, estando ela classificada como tipo 5 de Todani, no qual os cistos s�o exclusivamente intra-hep�ticos, 10% dos casos. Existe uma associa��o com anomalias renais, como o rim esponjoso-medular e doen�as renais polic�sticas autoss�micas dominantes e recessivas. Descrevemos o caso de uma paciente do sexo feminino, 20 anos, que deu entrada no servi�o com quadro febril e dor em flanco esquerdo irradiada para regi�o inguinal esquerda. Sem altera��es ao exame f�sico. Exames laboratoriais de entrada evidenciaram leucocit�ria e hemat�ria. Durante a investiga��o foi realizada ultrassonografia abdominal, em que se observou ureterolit�ase � esquerda. Como achado adicional, foi evidenciada tamb�m importante dilata��o da �rvore biliar intra-hep�tica, sem dilata��o do hepatocol�doco. Prosseguida investiga��o com tomografia computadorizada de abdome, que evidenciou f�gado de dimens�es aumentadas e importante dilata��o c�stica da �rvore biliar intra-hep�tica, observando-se ramos portais de permeio (central dot sign), compat�vel com doen�a de Caroli. Os rins apresentavam estrias lineares nas medulas/pir�mides renais durante a fase excretora do exame (paintbrush sign), compat�vel com rim esponjoso medular. A paciente foi submetida a ureterorenolitotripsia e antibioticoterapia, evoluindo sem demais intercorr�ncias durante a interna��o. A doen�a de Caroli � habitualmente diagnosticada na segunda d�cada de vida, por�m em alguns casos pode permanecer assintom�tica por longos per�odos, sendo diagnosticada acidentalmente durante investiga��o por outras queixas. Apesar de rara, � importante seu reconhecimento pelo fato de suas complica��es acarretarem significativa morbimortalidade, tais como c�lculos na via biliar intra-hep�tica, colangites de repeti��o, abscessos hep�ticos e risco aumentado para colangiocarcinoma.


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CARACTERIZA��O RADIOL�GICA DA MUCOCELE DO AP�NDICE.

Carlos Eduardo Endoh Ougo Tavares; Rafael Ogasawara Ferreira; Decio Prando Moura; Adriel Figueredo da Silva; Guilherme Ara�jo Marcolin; Adriano de Oliveira Pinto; Diego Marlon Pissinati Pessoa; Marcela Rodrigues Vazzoller

Hospital Evang�lico de Londrina - Londrina, PR, Brasil
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Mucocele � uma les�o incomum do ap�ndice que ocorre em 0,2% a 0,4% das apendicectomias realizadas, caracterizada por ac�mulo de subst�ncia mucoide dentro do ap�ndice, como uma sequela de comprometimento luminal, geralmente por tecido fibroso. Ela pode se apresentar sob a forma benigna, como a mucocele simples e o cistadenoma mucinoso, ou na forma maligna, como o cistadenocarcinoma mucinoso. Neste artigo reportamos dois casos que foram submetidos a tomografia computadorizada de abdome devido a desconforto em baixo ventre, que vinha piorando nas �ltimas semanas. As tomografias revelaram acentuada dilata��o do ap�ndice cecal, apresentando conte�do com densidade de partes moles no seu interior. N�o havia espessamento da parede do ap�ndice, realces an�malos ou altera��es inflamat�rias da gordura mesenterial adjacente. Os pacientes foram submetidos a laparotomias exploradoras, sendo que os anatomopatol�gicos de ambos mostraram tratar-se de mucoceles do ap�ndice. O objetivo deste artigo � fazer uma breve revis�o da literatura, bem como ressaltar como os recursos imaginol�gicos podem ajudar o cirurgi�o no pr�-operat�rio, uma vez que a realiza��o de bi�psias � controversa, devido ao risco de dissemina��o peritoneal de poss�veis c�lulas neopl�sicas, o que poderia ocasionar o pseudomixoma peritoneii, que � a pior complica��o da mucocele de ap�ndice.


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ANOMALIAS DO DESENVOLVIMENTO RENAL.

Daniel Shen Kuan Wu; Ivan Barraviera Masselli; Bruno Maur�cio Rodrigues de Oliveira; Jos� Eduardo Mour�o Santos; David Carlos Shigueoka; S�rgio Aron Ajzen

Unifesp - S�o Paulo, SP, Brasil
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Anomalias cong�nitas renais representam um extenso grupo de desordens resultantes do desenvolvimento anormal dos rins. Estas est�o associadas a cerca de 30% a 50% dos casos de doen�a renal cr�nica em crian�as. As modalidades de diagn�stico por imagem s�o essenciais para a completa avalia��o de tais anomalias. Portanto, � fundamental ao m�dico radiologista conhecer tais dist�rbios do desenvolvimento urin�rio, a fim de indicar o m�todo de imagem mais adequado e identificar as caracter�sticas destas anomalias. Dessa forma, este trabalho tem por objetivo demonstrar de maneira did�tica e sistem�tica os diferentes tipos de anomalias renais a partir de imagens do pr�prio arquivo dos autores, incluindo estudos contrastados, ultrassonografia, tomografia computadorizada e resson�ncia magn�tica. S�o abordados, inicialmente, os processos de embriog�nese renal direcionado � melhor compreens�o dos principais dist�rbios do desenvolvimento renal. A partir da�, ser�o classificadas tais anomalias em n�mero (agenesia), rota��o, posi��o (ectopias cruzadas, rim p�lvico), forma (rins em ferradura e em panqueca) e diferencia��o (hipoplasia), apresentando a modalidade diagn�stica mais adequada para a avalia��o de cada caso, caracterizando seus benef�cios, limita��es e particularidades.


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CISTO DE MORGAGNI SIMULANDO CISTO MESENT�RICO.

Bruno Ramos Caldeira; Guilherme Ara�jo Marcolin; Rafael Estruzani Neves; Adriano de Oliveira Pinto; Decio Prando Moura; Rafael Ogasawara Ferreira; Adriel Figueredo da Silva; Ant�nio Celso Busnardo

Hospital Evang�lico/MP Diagn�sticos - Londrina, PR, Brasil
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Cistos de Morgagni correspondem a 10% a 20% das massas anexiais. Surgem em torno do ligamento largo e s�o remanescentes parameson�fricos, meson�fricos ou mesoteliais, acometendo mulheres na 3� e 4� d�cadas de vida. A maior parte dos casos � assintom�tica, podendo ocorrer dor p�lvica se a massa for volumosa. O seu ta-manho m�dio ao diagn�stico � de 8 cm. S�o estruturas de morfologia simples que est�o pr�ximas, por�m separadas dos ov�rios, sendo esse o elemento chave para aventar o diagn�stico. Complica��es s�o descritas como tor��o e ruptura do cisto e, apesar de rara, transforma��o neopl�sica (maligna e benigna). Relatamos o caso de uma paciente de 13 anos que deu entrada no servi�o apresentando dor e distens�o abdominal de intensidade progressiva h� 40 dias. Ao exame f�sico apresentava distens�o abdominal, com massa palp�vel em mesog�strio/hipog�strio. Realizou-se ultrassonografia abdominal total, a qual demonstrou volumosa forma��o c�stica com conte�do l�quido homogeneamente anecoico, unilocular, intra-abdominal nas regi�es meso/hipog�strica, sem �reas de espessamento, nodula��es parietais ou vasculariza��o interna ao Doppler. A tomografia computadorizada de abdome evidenciou forma��o c�stica de paredes finas e lisas, medindo 18 cm � 16 cm � 6 cm, situada na linha m�dia e se estendendo desde a regi�o epig�strica at� o hipogastro, determinando efeito de massa sobre os �rg�os intra-abdominais. � laparatomia observou-se grande massa c�stica originando-se da tuba uterina direita e estendendo-se ao abdome superior, sendo realizada ex�rese do cisto. O cisto de Morgagni, achado raro, pode permanecer assintom�tico por longos per�odos de tempo, sendo diagnosticado acidentalmente durante investiga��o por outras queixas. Sua apar�ncia radiogr�fica � de dif�cil diferencia��o da de importantes diagn�sticos como cistoadenomas serosos, cistos de ov�rio simples, cistos de inclus�o peritoneal e hidrossalpinge, ratificando a import�ncia de seu reconhecimento em face de um achado incidental caracter�stico ou de degenera��o neopl�sica.


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DOEN�A DE WHIPPLE COM COMPROMETIMENTO MULTISSIST�MICO: UM CASO INCOMUM DE APRESENTA��O.

Jaqueline Hoffmann; Nicoli Martina Testoni; Ana Paula Pscheidt Ramos; Daniel Goulart Morais

Hospital Santa Isabe -Ecomax - Blumenau, SC, Brasil
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A doen�a de Whipple � uma doen�a rara e multissist�mica causada pelo bacilo Gram positivo Tropheryma whippelii, da fam�lia Actinobacteria, ordem Actinomycetales. Acomete cerca de oito vezes mais homens do que mulheres e tem seu pico de incid�ncia na quinta d�cada de vida. A apresenta��o cl�nica cl�ssica inclui artropatia, perda de peso, diarreia e dor abdominal, e menos frequentemente, febre, adenopatia e hepatoesplenomegalia. Por ser uma doen�a com diversas formas de apresenta��o, frequentemente � diagnosticada tardiamente. Apresentamos um caso de um homem branco, 43 anos, com hist�ria de diarreia cr�nica e in�cio recente de sintomas neurol�gicos e sist�micos, como diplopia, confus�o mental e febre. Na investiga��o etiol�gica, o diagn�stico foi proposto em exames de imagem. A resson�ncia magn�tica do enc�falo demonstrou les�es expansivas focais, sofrendo impregna��o intensa e homog�nea, com padr�o nodular, mais evidente na regi�o do hipot�lamo, am�gdalas e ventr�culos laterais na regi�o dos forames de Monro e giro do c�ngulo. As tomografias de t�rax e abdome evidenciaram adenomegalias mediastinais, em cadeias cel�acas e retroperitoneais. Exames de laborat�rio demonstraram leucocitose com desvio para a esquerda, sorologias negativas, liquor sem altera��es e provas inflamat�rias elevadas. O diagn�stico foi confirmado no exame anatomopatol�gico da bi�psia excisional de linfonodo mesent�rico. Os autores apresentam o caso para discuss�o dos achados de imagem cl�ssicos e n�o cl�ssicos no acometimento de diversos sistemas pela doen�a de Whipple, bem como a abordagem clinicorradiol�gica na diferencia��o dos principais diagn�sticos diferenciais, como tuberculose, sarcoidose e linfoma prim�rio.


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HEMATOMA ESPONT�NEO DO M�SCULO RETO ABDOMINAL SIMULANDO MASSA P�LVICA.

Jaqueline Hoffmann; Nicoli Martina Testoni; Daniel Goulart Morais; Marcos Sandrini De Toni

Hospital Santa Isabel-Ecomax - Blumenau, SC, Brasil
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O hematoma espont�neo do m�sculo reto abdominal � uma entidade cl�nica pouco frequente e representa um ac�mulo de sangue dentro da bainha do m�sculo por ruptura dos vasos epig�stricos ou da pr�pria musculatura. Por ser incomum, frequentemente tem seu diagn�stico dificultado por simular muitas vezes condi��es intra-abdominais de urg�ncia e levando a interven��es cir�rgicas desnecess�rias. Aparece normalmente em pacientes em uso de anticoagulantes, podendo tamb�m estar relacionados a esfor�o f�sico vigoroso, v�mitos, tosse, p�s-operat�rios, doen�as musculares degenerativas e do col�geno, hipertens�o arterial, insufici�ncia card�aca, gravidez e parto, distens�o abdominal e ascite. A incid�ncia � maior no sexo feminino, com predom�nio na regi�o infraumbilical, e na faixa et�ria entre 17 e 83 anos. O quadro cl�nico deve ser diferenciado de causas de abdome agudo, sendo o ultrassom abdominal e a tomografia computadorizada os exames de imagem mais efetivos no diagn�stico, embora sonograficamente esses hematomas possam ser confundidos com tumores ou cole��es intra-abdominais. Na tomografia computadorizada se apresentam como uma massa espontaneamente hiperdensa, geralmente heterog�nea e sem realce significativo ao meio de contrate, em contiguidade com o m�sculo reto abdominal afetado, poupando o m�sculo reto abdominal contralateral. Apresentamos um caso de paciente masculino, 66 anos, transplantado renal h� 30 dias, internado em unidade de terapia intensiva por quadro s�ptico, que em exame de ultrassonografia de rotina para avalia��o do enxerto renal foi identificada volumosa massa p�lvica heterog�nea, sem elucida��o de sua origem pelo m�todo. Realizada tomografia computadorizada da pelve, que mostrou volumosa massa com �reas de densidade l�quida e de partes moles, sem realce significativo ao meio de contraste, medindo 170 � 80 � 60 mm, com efeito de massa deslocando lateralmente a bexiga e o reto e em �ntimo contato com a bainha esquerda do m�sculo reto abdominal. Atenta-se para o fato que este paciente realizava exames ultrassonogr�ficos seriados para controle p�s-transplante renal, sem evid�ncias de les�o p�lvica nos estudos anteriores. Frente � hist�ria cl�nica de interven��o cir�rgica pr�via e quadro s�ptico do paciente, a principal hip�tese levantada foi cole��o infectada intra-abdominal, por�m, mediante an�lise cuidadosa dos planos de clivagem da massa se observou origem na musculatura reto abdominal.


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ARTERITE DE TAKAYASU: RELATO DE CASO.

Tiago Pedrosa Tavares; Andr�ia Rolim Soares; Nath�lia de Aguiar Vidigal; Wanderval Moreira; Renata Lopes Furletti Caldeira Diniz; Em�lia Guerra Pinto Coelho Motta; Marcelo Almeida Ribeiro; Laura Filgueiras Mour�o Ramos

Instituto de Pesquisa e P�s-Gradua��o da Faculdade de Ci�ncias M�dicas de Minas Gerais/Hospital Mater Dei - Belo Horizonte, MG Brasil
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A arterite de Takayasu (AT) � uma rara doen�a inflamat�ria cr�nica de causa desconhecida que envolve art�rias de grande e m�dio calibre, dentre as quais se destacam a aorta e seus principais ramos. Ocorre uma inflama��o granulomatosa transmural que pode causar estenose, oclus�o, dilata��o e at� aneurismas nos vasos envolvidos. A incid�n-cia � maior em mulheres asi�ticas em idade f�rtil. O diagn�stico cl�nico pode ser dif�cil e frequentemente aventado por achados casuais. A mensura��o da atividade da AT � usualmente feita por marcadores cl�nicos (queixas sist�micas e sinais de isquemia) e por marcadores laboratoriais de inflama��o (VHS e PCR). Dentre os exames de imagem para diagn�stico e seguimento, destaca-se o uso da tomografia computadorizada de alta resolu��o (TCAR) com contraste intravenoso, al�m da angiorresson�ncia, cujos estudos indicam promissora aplicabilidade para monitoramento da atividade inflamat�ria da AT, atrav�s da verifica��o do grau de edema na parede dos vasos acometidos. A arteriografia tem sua indica��o apenas em situa��es especiais. O tratamento � realizado nas fases de atividade da doen�a com corticosteroides e imunossupressores. Relata-se aqui o caso de uma jovem paciente previamente hipertensa internada em maio de 2013 para investiga��o de anemia e perda ponderal de causa desconhecida. Foi submetida a TCAR, que evidenciou importante espessamento parietal de toda a aorta abdominal, principalmente da art�ria mesent�rica superior proximal, levando � hip�tese diagn�stica de arterite de Takayasu. Exames laboratoriais evidenciaram a anemia, al�m de aumento da VHS e PCR. O tratamento da AT foi institu�do com pulso de metilprednisolona e ciclofosfamida, com melhora sintom�tica do quadro e alta para seguimento ambulatorial.


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CISTOS DE TARLOV COMO DIAGN�STICO DIFERENCIAL DE MASSA P�LVICA C�STICA.

Jaqueline Hoffmann; Nicoli Martina Testoni; Marcos Sandrini De Toni; Luis Fernando Schneider Camargo; Aurelio Luis Zimmermann; Leonardo Valentim

Hospital Santa Isabel-Ecomax - Blumenau, SC, Brasil
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O cisto de Tarlov ou cisto perineural sacral � uma dilata��o contendo l�quido cefalorraquidiano proveniente do espa�o subaracnoideo, devido a uma comunica��o em sistema valvular, surgindo no espa�o perineural, na jun��o da raiz posterior com o g�nglio espinhal, extradural. Tem etiopatogenia incerta, que pode envolver desde uma anomalia cong�nita, trauma, hemorragia subaracnoidea at� mesmo um fator iatrog�nico. Predomina no sexo feminino na faixa et�ria entre 34 e 63 anos, com preval�ncia estimada na popula��o de 4,5%. Podem ser m�ltiplos, bilaterais e ter varia��es de tamanhos e extens�es. Quando se estendem pelo forame neural ocupando posi��o anterior ao sacro, podem configurar verdadeiras massas p�lvicas e t�m diagn�stico diferencial com les�es c�sticas em �rg�os p�lvicos e outras massas do espa�o pr�-sacro, como teratomas, cordomas e cistos dermoides. S�o frequentemente assintom�ticos, por�m, dependendo do tamanho, podem comprimir estruturas nervosas e/ou �sseas adjacentes. Dentre as manifesta��es de comprometimento radicular, podem apresentar dor em membros inferiores, regi�o perineal, altera��es esfincterianas, d�ficit motor, disestesias, hipoestesias, lombalgia e sacralgia isoladas. Os m�todos diagn�sticos envolvem neuroimagem da coluna lombossacra, mas atentando para melhor estudo da regi�o sacra. O exame de escolha � a resson�ncia magn�tica. O tratamento depende dos sintomas, do tamanho e efeitos do cisto perineural e pode ser cl�nico, que tem como finalidade analgesia, enquanto o cir�rgico traz como op��es o esvaziamento do cisto ou sua retirada atrav�s de laminectomia. Apresentamos um caso de paciente do sexo feminino, 55 anos, que veio ao servi�o para realiza��o de tomografia computadorizada do abdome para estadiamento de melanoma ocular. Foram identificadas tr�s massas p�lvicas, bem delimitadas, com conte�do l�quido, sem realce ao meio de contraste, medindo aproximadamente 45 � 43 mm, 41 � 38 mm e 27 � 20 mm, localizadas na regi�o pr�-sacra. Por tratarse de mulher de meia idade e pela hist�ria de neoplasia, foram levantados diversos diagn�sticos diferenciais de massas p�lvicas, por�m, com an�lise detalhada da imagem, notava-se clara comunica��o com o canal vertebral e protrus�o das les�es c�sticas atrav�s dos forames sacrais superiores que se apresentavam alargados, o que tornava evidente o diagn�stico incidental de cistos de Tarlov.


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A RESSON�NCIA (RM) DA PELVE E A ENDOMETRIOSE: AS LOCALIDADES E ACOMETIMENTOS T�PICOS QUE TODO RADIOLOGISTA DEVE CONHECER.

Joanna Brayner Dutra; Ada Oliveira Almeida; Andrea Farias de Melo; Eduardo Just Costa Silva; Mariana Vila Nova Pontual

IMIP - Recife, PE, Brasil
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A endometriose possui como substrato patol�gico a presen�a de tecido endometrial funcionante, caracterizado pelo estroma e por gl�ndulas, em local fora da cavidade endometrial e da musculatura uterina. Sua etiologia � multifatorial e n�o bem definida, sendo mais aceita a teoria que defende a endometriose como implanta��o metast�tica de fluxo menstrual retr�grado, e apresenta como quadro cl�nico usual a dor p�lvica cr�nica e a infertilidade. Este ensaio iconogr�fico prop�e a an�lise de estudos de resson�ncias da pelve nos planos e sequ�ncias usuais realizados no Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (IMIP), com imagens sugestivas de endometriose e breve discuss�o sobre o tema proposto. No estudo de imagem por resson�ncia, a endometriose apresenta tr�s formas de acometimento: ovariano, peritoneal e profundo. O endometrioma (endometriose ovariana) � o acometimento da endometriose mais comum e seu padr�o de imagem usual � caracterizado como les�o ovariana homog�nea, que pode apresentar septa��es, com sinal hiperintenso nas sequ�ncias ponderadas em T1 e predominantemente hipointenso no T2; a adi��o de sequ�ncias em T1 com supress�o de gordura auxilia o diagn�stico desta patologia, por destacar seu hipersinal e suprimir o alto sinal da gordura. A endometriose peritoneal decorre da rea��o inflamat�ria do organismo aos focos de sangramento nas reflex�es peritoneais, fundo de saco e sobre o �tero, sendo identificada como foco hiperintenso nas imagens ponderadas em T1 com supress�o de gordura. Por fim, a endometriose profunda acomete o espa�o retroperitoneal, causando ades�es nesta topografia e podendo apresentar, ademais, n�dulos isointensos em T1 e hipointensos em T2 na proje��o da ader�ncia. Diante da relev�ncia cl�nica da endometriose na idade reprodutiva da mulher e de seus achados t�picos na resson�ncia de pelve, o ensaio torna-se de valor did�tico e educacional para a pr�tica radiol�gica.


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CISTO DE �RACO INFECTADO: DIAGN�STICO DIFERENCIAL NO ABDOME AGUDO INFLAMAT�RIO.

Nat�ssia Batista Genova; Bianca Maragno; Ma�ra Costa Nunes Andrade Leite; Norma Caroline de Mendon�a Furtado Montenegro; Maria Augusta Pacheco Figueiredo; Andr� Volani Morganti; C�cero Aur�lio Sinisgalli J�nior

Hospital S�o Luiz Jabaquara - S�o Paulo, SP, Brasil
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DESCRI��O SUCINTA DO PROP�SITO DO RELATO: Descrever os aspectos clinicorradiol�gicos do cisto de �raco infectado e sua import�ncia nos diagn�sticos diferenciais de abdome agudo, salientando sua baixa frequ�ncia e manifesta��es cl�nicas pouco espec�ficas.
HIST�RIA CL�NICA: Paciente de 3 anos de idade, masculino, com dor abdominal hipog�strica, febre e inapet�ncia h� 2 dias. Ultrassonografia abdominal evidenciou forma��o c�stica com conte�do heterog�neo, anteriormente � bexiga, na linha mediana, com aumento da capta��o de fluxo ao Doppler colorido, notando-se ainda pequena quantidade de l�quido livre na cavidade p�lvica. Dentre os diagn�sticos, foi considerada uma poss�vel apendicite complicada, visto que, dentre as possibilidades, ser a patologia mais comum para o caso. O paciente foi submetido a cirurgia, que diagnosticou cisto de �raco infectado. Diagn�stico: Cisto de �raco infectado.
DESCRI��O RESUMIDA DO CASO: O �raco � uma estrutura fetal, remanescente do alantoide, que se estende da c�pula vesical � cicatriz umbilical e ap�s o nascimento se oblitera. Caso persista, pode ocasionar v�rias anormalidades, das quais podem se manifestar como abdome agudo cir�rgico. As anormalidades cong�nitas do �raco s�o raras e os remanescentes do �raco podem representar um dilema diagn�stico e terap�utico. A sua baixa frequ�ncia e manifesta��es cl�nicas pouco espec�ficas fazem com que sejam confundidas com outras afec��es mais comuns, simulando abdome agudo. O cisto de �raco corresponde a 30% das anomalias uracais, estando presente como massa palp�vel ou abscesso, na linha mediana, desde o hipog�strio at� a regi�o periumbilical. Na maioria das vezes � assintom�tico, diagnosticado na vig�ncia de complica��es infecciosas, que ocorre em cerca de 23% dos casos. O cisto de �raco infectado � mais comum no adulto, sendo o organismo respons�vel mais frequente o Staphylococcus aureus. A presen�a de sinais flog�sticos na regi�o periumbilical e/ou hipog�strio, febre, massa palp�vel, deve alertar o m�dico quanto a este diagn�stico. A confirma��o � feita por exame de imagem, destacando-se a import�ncia da ultra-sonografia, que tem acerto diagn�stico de 90% ao revelar uma cavidade preenchida por l�quido ao n�vel do hipog�strio na linha m�dia, geralmente com espessamento parietal, componente de tecidos moles e ecogenicidade mista. A tomografia computadorizada serve para delinear melhor a extens�o e a rela��o com estruturas vizinhas, para o planejamento cir�rgico. As principais complica��es do cisto de �raco infectado s�o ruptura para os tecidos pr�-peritoneais, ruptura para a cavidade peritoneal, envolvimento inflamat�rio do intestino adjacente e forma��o de f�stula ent�rica, al�m de complica��o tardia como adenocarcinoma. O tratamento depende dos sintomas. Nas crian�as com cistos pequenos e assintom�ticos preconiza-se vigil�ncia, e nos adultos defende-se uma abordagem terap�utica faseada, com drenagem percut�nea e posteriormente excis�o cir�rgica ap�s resolu��o da inflama��o.


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NEUROBLASTOMA ADRENAL E CARCINOMA ADRENOCORTICAL: UM DIAGN�STICO DIFERENCIAL IMPORTANTE NA REGI�O SUL DO BRASIL.

Bruno Mauricio Pedrazzani1; Daniel Sakuno2; Tiago Machado Paraizo2; Gabriela Caus Fernandes Luiz1

1. Hospital Pequeno Pr�ncipe - Curitiba, PR
2. Santa Casa de Miseric�rdia de Ponta Grossa - Ponta Grossa, PR, Brasil
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INTRODU��O: As massas que acometem as gl�ndulas adrenais possuem um diagn�stico diferencial extenso, podendo ser classificadas em prim�rias ou secund�rias, benignas ou malignas, corticais ou medulares e funcionantes ou n�o-funcionantes. O neuroblastoma � um tumor maligno com origem de c�lulas embrion�rias precursoras do sistema nervoso simp�tico, tendo como principal �rg�o afetado a gl�ndula adrenal. Corresponde � terceira neoplasia mais comum na pediatria, ficando atr�s apenas da leucemia e dos tumores do sistema nervoso central. Representa 10% das neoplasias na inf�ncia, e pela sua natureza agressiva, conta com 15% das neoplasias letais na inf�ncia. O carcinoma adrenocortical � um tumor maligno raro, agressivo e de progn�stico reservado. Possui uma incid�ncia estimada em um a dois casos por um milh�o de habitantes por ano, sendo end�mico na Regi�o Sul do Brasil, com incid�ncia estimada para as crian�as, nesta regi�o, de 10 a 15 vezes maior que a incid�ncia mundial. Dentre as neoplasias da gl�ndula adrenal em pediatria, o neuroblastoma certamente � uma hip�tese diagn�stica importante devido a sua preval�ncia e gravidade. Por�m, na Regi�o Sul do Brasil, tamb�m se deve incluir no diagn�stico diferencial o carcinoma adrenocortical, por ser end�mico e pelo seu progn�stico reservado. Por estes motivos, a diferencia��o entre essas duas patologias s�o de suma import�ncia para o diagn�stico correto. O objetivo deste estudo e apresentar as diferen�as radiol�gicas, em associa��o com os dados cl�nicos e laboratoriais, dos dois tumores acima citados, sendo o neuroblastoma uma entidade comum dentre as neoplasias adrenais e o carcinoma adrenocortical, uma patologia rara, por�m end�mica em nossa regi�o de estudo.
DESCRI��O: Foi realizado um estudo retrospectivo de imagens radiol�gicas em associa��o com os dados cl�nicos e laboratoriais de casos de neuroblastoma e carcinoma adrenocortical em pacientes do Hospital Pequeno Pr�ncipe de Curitiba, PR, apresentando suas diferen�as essenciais para o diagn�stico correto.


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MALFORMA��O UTERINA RELACIONADA � S�NDROME DE HERLYN-WERNER-WUNDERLICH.

Bernardo Corr�a de Almeida Teixeira; Charles Alfred Grander Pedrozo; Evelyn Kruetzmann Iurk; Camilo Dallagnol; Walmir Walmor Ferreira Filho; Arildo Corr�a Teixeira; Jaime Kulak Junior; Mauricio Zapparoli

Hospital de Cl�nicas da UFPR - Curitiba, PR, Brasil
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INTRODU��O: Anomalias dos ductos m�llerianos s�o malforma��es anat�micas cong�nitas presentes em 5% a 6% das mulheres. Elas resultam de uma falha no desenvolvimento ou na fus�o dos ductos m�llerianos ou falha na reabsor��o do septo uterino. A s�ndrome de Herlyn-Werner-Wunderlich (SHWW) � uma rara malforma��o que envolve �tero didelfo, hemivagina obstru�da e agenesia renal ipsilateral. Costuma se manifestar ap�s a menarca com dor p�lvica remitente e massa p�lvica palp�vel devido ao hematocolpo. Relatamos os aspectos de imagem na ultrassonografia e resson�ncia magn�tica, assim como os achados intraoperat�rios da doen�a.
DESCRI��O: Paciente do sexo feminino, 16 anos, desde os quatro anos apresentando infec��o do trato urin�rio de repeti��o, realizou tomografia computadorizada aos 14 anos, na qual foram identificados rim �nico � esquerda e estrutura tubular com l�quido no interior em situa��o paramediana sugestiva de �tero didelfo. Queixa de dor suprap�bica e em regi�o lombar de forte intensidade, sem fator desencadeante, associada a n�useas e v�mitos, que iniciou aos seis anos de idade e que se tornou mais intensa a partir dos 13 anos. Ao exame bimanual, �tero aumentado de volume � direita e doloroso e �tero � esquerda n�o palp�vel. Havia sido submetida a tentativa de ressec��o de septo vaginal previamente, sem sucesso. A ecografia e a resson�ncia magn�tica evidenciaram �tero apresentando duas cavidades aparentemente separadas, com volumoso hematom�trio direito de 200 ml em corno aparentemente n�o comunicante com a vagina, colo uterino �nico de aspecto habitual ligado a corno esquerdo com pequenas dimens�es, cavidade vaginal sem altera��es. Existia ainda moderada quantidade de l�quido livre na cavidade p�lvica, provavelmente relacionada a fluxo menstrual retr�grado. Submetida a cirurgia exploradora, confirmando os achados dos exames de imagem, foi feita ressec��o do corno direito n�o comunicante, procedimento realizado sem intercorr�ncias.
DISCUSS�O: A tr�ade de achados constitu�da por septo hemivaginal, �tero didelfo e agenesia renal ipsilateral comp�e classicamente a SHWW, por�m existe um espectro de apresenta��o das malforma��es. A dor p�lvica relatada pela paciente costuma ser o sintoma inicial e a queixa principal na maioria dos casos, al�m de a massa p�lvica dolorosa, originada pelo hematom�trio, ser um achado frequente. O diagn�stico precoce � um desafio que pode evitar complica��es como endometriose e infertilidade. A avalia��o por imagem normalmente se inicia pelo ultrassom, que revela aus�ncia renal associada a malforma��o uterina. Entretanto, a visualiza��o do septo vaginal, assim como uma avalia��o mais f�cil do colo uterino, podem ser feitas pela resson�ncia magn�tica com gel vaginal, pois muitas vezes o exame endovaginal n�o pode ser empregado devido � idade da paciente.


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HEMATOMA DE PAREDE DE DELGADO: RELATO DE CASO.

Dalton Wiggers Medeiros; Alcides Hiromitsu Yamakawa Junior; Renata Bussolo Heinzen; Luiz Fernando Bernadini Ulyssea; Erick Janderson de Souza Alves; Mauricio Fabro; Barbara Blaese Klitzke Boettger; Luiz Pedro Souza Junior

Hospital Santa Catarina - Blumenau, SC, Brasil
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Trata-se de um assunto pouco abordado na literatura, por�m muito relevante devido ao desafio diagn�stico e terap�utico. A terapia anticoagulante oral � a principal causa de hematoma espont�neo de intestino delgado e a tomografia computadorizada � o principal m�todo de imagem para o diagn�stico precoce e correto dos hematomas intramurais, guiando o tratamento e evitando a abordagem cir�rgica desnecess�ria. O relato se baseia em paciente do sexo feminino, 42 anos, portadora de s�ndrome do anticorpo antifosfolip�dio, com hist�ria de eventos tromboemb�licos e em uso de terapia anticoagulante oral. Procurou a emerg�ncia com quadro de dor abdominal de forte intensidade, principalmente em flanco esquerdo. A ultra-sonografia demonstrou espessamento de al�a de delgado, e a tomografia, al�m deste achado, evidenciou dilata��o dos segmentos a montante e edema no mesent�rio adjacente a al�a espessada. Optou-se pela interna��o e tratamento conservador, com suspens�o tempor�ria da anticoagula��o oral. A paciente apresentou melhora cl�nica e a tomografia de seguimento demonstrou resolu��o completa dos achados.


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CISTO DE DUPLICA��O ESOF�GICO: RELATO DE CASO.

Liseane Vieira Lisboa; Joana Eggler Dembogurski; Larissa Martins Schmitz; L�via Maria M.V. Martins; Luciana Lacerda Burigo Trindade; Rodrigo Bordin Trindade; Guilherme Nogueira Schincariol Vicente; Ana Paula Hilariano Maximiano

Lamina Medicina Diagn�stica - Florian�polis, SC, Brasil
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Duplica��es do trato gastrintestinal s�o malforma��es cong�nitas incomuns. Por defini��o, s�o les�es com parede muscular lisa, revestidas por mucosa gastrintestinal. O local mais comum de apresenta��o � o �leo, seguido do es�fago, que corresponde a cerca de 25% dos casos. O cisto de duplica��o esof�gico frequentemente localiza-se ao n�vel do es�fago distal, � direita. Devido ao car�ter assintom�tico desta malforma��o no te�o distal do es�fago, o diagn�stico pode ser tardio e costuma ocorrer como achado incidental em radiografia de t�rax de rotina. O presente relato de caso � de uma paciente de 54 anos, que foi encaminhada ao servi�o de radiologia devido a disfagia prolongada. Foi realizada seriografia contrastada de es�fago, que evidenciou defeito de enchimento regular da por��o terminal anterior do es�fago, com margens c�ncavas, sugerindo forma��o expansiva benigna. Entre os principais diagn�sticos diferenciais de les�o expansiva benigna da parede esof�gica incluem-se o cisto de duplica��o esof�gica e o leiomioma. A paciente prosseguiu investiga��o com endoscopia digestiva alta, que apresentou �rea abaulada no es�fago distal sugestiva de compress�o extr�nseca ou les�o submucosa. A tomografia computadorizada do t�rax evidenciou forma��o c�stica no mediastino posterior, causando compress�o sobre a parede anterior do es�fago distal e jun��o gastroesof�gica. Foi realizada cirurgia com anatomopatol�gico, que levou ao diagn�stico de cisto de duplica��o esof�gico.


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PAPILOMA UROTELIAL DE BEXIGA: ASPECTOS TOMOGR�FICOS E DE RESSON�NCIA MAGN�TICA.

Bernardo Corr�a de Almeida Teixeira; Pedro Vin�cius Staziaki; Jonathas Eduardo do Vale Martins; Bruno Marino Schiocchet Monarim; Mathias Bohn Bornhausen; Diego Adrian Pucci de Araujo; Ana Fl�via Cardoso Buarque Costa; Mauricio Zapparoli

Hospital de Cl�nicas da UFPR - Curitiba, PR, Brasil
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INTRODU��O: O papiloma urotelial � uma neoplasia urotelial n�o invasiva benigna caracterizada por les�es exof�ticas. A neoplasia perfaz de 1% a 4% dos tumores de bexiga e tende a ocorrer em pacientes mais novos, com uma propor��o de quase dois casos em pacientes masculinos para cada caso feminino. O sintoma principal � hemat�ria. Relatamos aqui um caso de um papiloma urotelial em um paciente masculino de 11 anos, junto com os achados de imagem em tomografia computadorizada (TC) e resson�ncia magn�tica (RM). Os aspectos histopatol�gicos da les�o tamb�m s�o demonstrados.
DESCRI��O: Paciente masculino de 11 anos, previamente h�gido, apresentou-se no servi�o de urologia com abaulamento em regi�o de hipog�strio e hist�ria de hemat�ria indolor em moderada quantidade h� 2 semanas. Realizada TC, que revelou n�dulo ovalado e homog�neo com realce pelo meio de contraste, medindo cerca de 2,5 cm no maior eixo, localizado pr�ximo ao �stio ureteral direito, sem sinais de obstru��o do mesmo. A RM mostrou que a les�o apresentava formato mais irregular, por�m aparentemente restrito � camada submucosa da bexiga, sinais intermedi�rios em T1 e T2, assim como realce pelo meio de contraste paramagn�tico. Os aspectos de imagem eram compat�veis com neoplasia prim�ria, por�m inespec�ficos, e a possibilidade de neoplasia maligna n�o podia ser afastada. Foi ent�o submetido a cistoscopia com bi�psia de les�o vesical, que revelou les�o vegetante em parede lateral direita da bexiga de aspecto franjado. Exame histopatol�gico mostrou tecido de aspecto exof�tico em franja com n�cleos fibrovasculares, compat�vel com papiloma urotelial.
DISCUSS�O: A maioria dos papilomas uroteliais est� localizada nas paredes posteriores ou laterais da bexiga, pr�ximo aos orif�cios ureterais ou na uretra. As les�es s�o geralmente diminutas em tamanho e �nicas em quantidade, embora les�es multifocais possam estar presentes. Setenta por cento dos pacientes t�m tumores superficiais, com um curso cl�nico prolongado por m�ltiplas recorr�ncias que respondem a ressec��o local, por�m sem evolu��o para les�o maligna. Vinte por cento dos tumores s�o agressivos e 12% v�o a �bito por c�ncer de bexiga. A apar�ncia do papiloma urotelial em exames de imagem foi pouco descrita at� hoje. No caso acima, a imagem do papiloma se assemelha com carcinoma urotelial. O carcinoma urotelial na TC apresenta-se como uma massa intraluminal nodular ou papilar ou como um espessamento focal de parede. J� a RM consegue distinguir as camadas da bexiga. Em T1 e T2 o tumor tem sinal intermedi�rio e apresenta realce pelo meio de contraste. Uma aquisi��o tardia ap�s a inje��o de contraste com a bexiga repleta pelo mesmo pode ser �til na melhor delinea��o da les�o. Especificamente, � muito importante relatar os aspectos de imagem dessa les�o, dada a raridade da descri��o radiol�gica na literatura m�dica, a qual se assemelha a outras les�es neopl�sicas da bexiga.


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OBSTRU��O INTESTINAL POR BOLUS ALIMENTAR MIMETIZANDO COLELIT�ASE NA RADIOGRAFIA SIMPLES DO ABDOME.

Liseane Vieira Lisboa; Rodrigo Bordin Trindade; Larissa Martins Schmitz; Joana Eggler Dembogurski; Luciana Lacerda Burigo Trindade; L�via Maria M.V. Martins; Mariana de Oliveira Silvestre; Ana Paula Hilariano Maximiano

Lamina Medicina Diagn�stica - Florian�polis, SC, Brasil
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O bolus alimentar � por alguns autores considerado como um dos tipos de bezoar, j� que a sua diferencia��o est� apenas no tempo de forma��o da massa. � considerado causa rara de obstru��o intestinal por corpo estranho. A obstru��o por bolus alimentar ocorre devido a erros de mastiga��o, ingesta copiosa do alimento, cirurgias g�stricas pr�vias e altera��es na anatomia e motilidade intestinal. O diagn�stico pr�-operat�rio � dif�cil se n�o houver hist�ria cl�nica t�pica ou suspeita cl�nica, e na maioria das vezes � definido durante ato operat�rio ou procedimento invasivo (endoscopia digestiva). O tratamento inclui a dilui��o por endoscopia, digest�o enzim�tica, ordenha do intestino delgado, enterectomia ou enterotomia. No caso em quest�o, a paciente, portadora de doen�a de Alzheimer, procurou pronto-atendimento apresentando quadro de dor abdominal inespec�fica, associada a n�useas, v�mitos e distens�o abdominal de in�cio h� 12 horas, aproximadamente. A radiografia de abdome revelou distens�o de al�as intestinais, com forma��o de n�veis hidroa�reos em diversos planos, associada a v�rias imagens ovalares densas com centro radiolucente localizadas no hipoc�ndrio direito, muito sugestivas de colelit�ase. O exame foi complementado com tomografia computadorizada, que mostrou ves�cula biliar hidr�pica, sem evid�ncia de c�lculos radiopacos no interior. As imagens ovalares preenchiam o bulbo duodenal (simulando colelit�ase na radiografia simples), e tamb�m estavam dispersas no interior de al�as intestinais delgadas. A paciente apresentava hist�ria de ingest�o de mel�o diariamente no caf� da manh�, e no dia anterior havia preparado sozinha sua alimenta��o. Foi submetida a endoscopia digestiva alta, que confirmou a presen�a de bolus alimentar formado por sementes de mel�o. Foram realizados drenagem com soro fisiol�gico e tratamento cl�nico com sonda nasog�strica de al�vio, sem intercorr�ncias, durante tr�s dias, com melhora dos sintomas e alta hospitalar.


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SARCOMA EMBRION�RIO INDIFERENCIADO DO F�GADO: RELATO DE CASO.

Jaqueline Hoffmann; Nicoli Martina Testoni; Marcos Sandrini De Toni; Heloisa Ramos

Hospital Santa Isabel-Ecomax - Blumenau, SC, Brasil
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O sarcoma embrion�rio indiferenciado do f�gado � uma entidade rara, de etiopatogenia ainda desconhecida, que acomete principalmente crian�as acima dos cinco anos de idade, sem apresentar predile��o por sexo, ocupando o terceiro lugar em frequ�ncia entre os tumores hep�ticos prim�rios. Seu aspecto macrosc�pico consiste, caracteristicamente, de grande massa hep�tica com maior componente s�lido e �reas c�sticas de permeio. Microscopicamente, � composto de c�lulas fusiformes indiferenciadas entremeadas por matriz mixoide. Os aspectos radiol�gicos na ultra-sonografia (US) e na tomografia computadorizada (TC) variam entre imagens s�lidas e c�sticas. O achado de imagem mais caracter�stico � o de massa �nica, grande, bem delimitada, localizada no lobo direito do f�gado. A US demonstra massa predominantemente s�lida e ecog�nica, com componente menor de apar�ncia c�stica. Na TC a massa assume caracter�stica predominantemente c�stica, com algumas �reas s�lidas na sua periferia ou adjacente a septos internos, que real�am com o meio de contraste. Curiosamente, a TC superestima o componente c�stico da les�o, sendo a US um m�todo mais fidedigno na demonstra��o da consist�ncia do tumor. Clinicamente, a maioria dos casos apresenta-se como massa abdominal palp�vel, por vezes dolorosa, na regi�o epig�strica ou no hipoc�ndrio direito, de r�pido crescimento, sendo que febre e perda de peso podem estar presentes. As provas de fun��o hep�tica geralmente apresentam n�veis dentro dos padr�es de normalidade e n�o h� eleva��o s�rica dos n�veis de alfa-fetoprote�na. O diagn�stico pode ser presumido baseando-se na idade do paciente, no n�vel de alfafetoprote�na e nas caracter�sticas de imagem. Deve ser realizado diagn�stico diferencial com massas hep�ticas solit�rias que podem apresentar componentes c�sticos na TC e na resson�ncia magn�tica. O tratamento inclui ressec��o cir�rgica, quimioterapia e radioterapia, por�m, o tumor apresenta mau progn�stico. Apresentamos um caso de paciente masculino de 4 anos, com aumento do volume abdominal notado pela m�e, em curto per�odo de tempo, sem outras queixas. Realizou TC do abdome como exame inicial, em que foi identificada massa medindo 148 � 130 � 98 mm, heterog�nea, de contornos lobulados e bem definidos, com �reas c�sticas no seu interior e realce do componente s�lido pelo meio de contraste, situada no lobo direito do f�gado e desviando posteroinferiormente o rim direito. Prosseguiu-se a investiga��o atrav�s de bi�psia incisional da massa, que demonstrou ao estudo anatomopatol�gico tratar-se de sarcoma fusocelular indiferenciado com extensas �reas mixoides, e na sequ�ncia foi realizado estudo por imuno-histoqu�mica, que especificou o diagn�stico para sarcoma embrion�rio indiferenciado do f�gado.


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COLANGIOCARCINOMA EM CISTO DE COL�DOCO: UTILIDADE DA PET CT.

Thiago Krieger Bento da Silva1; Rodrigo Moreira Bello1; Clarice Sprinz1; Felipe Alba Scortegagna2; Marjana Reis Lima2

1. HMD - Porto Alegre, RS
2. PUCRS - Porto Alegre, RS, Brasil
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INTRODU��O: Cisto de col�doco � uma dilata��o cong�nita rara dos ductos biliares. A incid�ncia estimada em pa�ses ocidentais varia entre 1:100.000 e 1:150.000, ocorrendo mais em mulheres com propor��o estimada em 4:1. Se n�o houver excis�o do cisto, uma alta incid�ncia de colangiocarcinoma � reportada (20% a 30%). Apresentamos um caso de colangiocarcinoma em cisto de col�doco em paciente adulto que apresentava met�stase hep�tica cujo s�tio prim�rio foi detectado apenas por PET CT.
RELATO DE CASO: Paciente masculino, 49 anos, h�gido, apresentando n�dulo no lobo direito hep�tico. A bi�psia guiada por ultrassonografia demonstrou tratar-se de adenocarcinoma metast�tico. Foi realizada PET CT, que demonstrou capta��o isolada em pequena les�o no interior de cisto de col�doco. Posterior-mente, a an�lise histol�gica confirmou tratar-se de colangiocarcinoma.
DISCUSS�O: Embora a maioria dos cistos seja diagnosticada na inf�ncia, at� 20% a 30% s�o descobertos no adulto, como achado incidental ou por se tornarem sintom�ticos. A cl�ssica tr�ade de icter�cia, dor e massa abdominal � vista na minoria dos pacientes. Na maioria dos casos a ultrassonografia � suficiente para o diagn�stico do cisto, sendo visualizada massa com densidade l�quida e graus variados de dilata��o intra-hep�tica. Estudos por tomografia computadorizada e resson�ncia magn�tica s�o indicados no pr�-operat�rio para avaliar a rela��o com estruturas adjacentes e na suspeita de malignidade. As complica��es do cisto de col�doco s�o resultado da estase biliar e incluem colangite, lit�ase biliar, cirrose e hipertens�o portal. Colangiocarcinoma � uma complica��o tem�vel, atribu�da � irrita��o cr�nica da mucosa, com incid�ncia entre 10% e 30%. Espessamento da mucosa ou presen�a de massa vascularizada no cisto s�o altamente sugestivos de malignidade. Nestes pacientes, a PET CT com fluorodeoxiglicose pode detectar tumores precoces e revelar met�stases n�o suspeitadas, implicando mudan�as na conduta. Em raz�o do alto e persistente risco de colangiocarcinoma, a excis�o dos cistos extra-hep�ticos com anastomose bilioent�rica � o tratamento de escolha mesmo na aus�ncia de sintomas.
CONCLUS�O: Cisto de col�doco � causa rara de doen�a biliar. O aumento do risco de malignidade indica interven��o precoce. O estudo por imagem tem papel fundamental na caracteriza��o, localiza��o e estadiamento do colangiocarcinoma. A PET CT tem o potencial de identificar met�stases extra-hep�ticas e localizar o s�tio prim�rio nos casos em que este � indefinido por exames convencionais, podendo aumentar a sensibilidade e a especificidade de achados pouco expressivos nestes estudos. No caso relatado foi identificada, primeiramente, les�o metast�tica, e o estudo da doen�a por PET CT localizou o s�tio prim�rio no interior do cisto de col�doco. Assim, a import�ncia did�tica deste trabalho � melhorar a sensibilidade diagn�stica de estudos anat�micos por imagem, utilizando-os em conjunto com um estudo funcional como a PET CT.


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PARAGANGLIOMAS ABDOMINAIS: AVALIA��O POR IMAGEM.

N�via Abadia Maciel de Melo Matias; Paula Myllane Fernandes dos Santos Silva; Fernanda Marinho de Moura; Mayra Veloso Soares; Adriana Lofrano Alves Porto

Hospital Universit�rio de Bras�lia - Bras�lia, DF, Brasil
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Feocromocitomas e paragangliomas s�o tumores derivados do sistema nervoso simp�tico e parassimp�tico. Os paragangliomas associados ao sistema simp�tico s�o usualmente funcionantes e mais frequentemente t�m origem abdominal, nos corpos de Zuckerkandl, de localiza��o para-a�rtica, junto � origem da art�ria mesent�rica inferior. Os paragangliomas extra-adrenais correspondem a 15% dos feocromocitomas em adultos e 30% dos feocromocitomas em crian�as. Preferencialmente, ocorrem em adultos, entre a quarta e quinta d�cada de vida, sem predile��o por g�nero. Podem ser funcionais em metade dos casos, quando os pacientes apresentam sintomas tais como sudorese, palpita��es, cefaleia e hipertens�o, relacionados ao excesso de secre��o de catecolaminas. Podem estar presentes em at� 0,05% a 0,1% dos pacientes com hipertens�o arterial refrat�ria a tratamento cl�nico. As suas peculiaridades de hipersecre��o de catecolaminas, al�m da origem familiar em at� 30% dos casos e a possibilidade de multiplicidade de les�es, fazem da sua suspei��o diagn�stica e da avalia��o por imagem passos muito importantes e indispens�veis na caracteriza��o pr�-operat�ria. Estes tumores s�o, em sua maioria, benignos, tendo a cirurgia como conduta curativa. No entanto, o momento operat�rio pode determinar modifica��es hemodin�micas decorrentes da hipersecre��o de catecolaminas, que, no contexto de etiologia n�o suspeitada de paraganglioma, podem ter efeitos catastr�ficos, o que refor�a ainda mais a import�ncia de se reconhecer as caracter�sticas relacionadas a esta doen�a na proped�utica de investiga��o tumoral. O objetivo deste trabalho � avaliar os principais aspectos morfol�gicos e metab�licos que conduzem ao diagn�stico de paragangliomas paraa�rticos abdominais nos estudos de tomografia computadorizada, resson�ncia magn�tica e 18F-FDG PET/CT, baseados em tr�s casos confirmados, um dos quais bilateral e com recidiva confirmada e documentada, um ano ap�s a interven��o cir�rgica.


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LES�ES ESTENOSANTES ESOF�GICAS: DIAGN�STICOS DIFERENCIAIS E SEUS PADR�ES RADIOL�GICOS.

Fernando Morbeck Almeida Coelho; Luiz Felipe Sias Franco; Gil Vicente Brand�o Marques Porto; Tulio Cesar Rego Gomes; Rafael Seiji Kubo; Danilo Travassos Martins; Wagner Moraes Barros; Gladstone Mattar

Hospital Heli�polis - S�o Paulo, SP, Brasil
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Estenoses esof�gicas s�o bastante frequentes no nosso meio. Podem denotar desde causas simples, como a mais comum delas, refluxo esofagog�strico, at� causas mais complexas, como neoplasias malignas. Outras etiologias comuns de estenoses esof�gicas s�o es�fago de Barrett, ingest�o de drogas, tentativas de suic�dio, radioterapia, entre outros. Essas constri��es esof�gicas podem ser avaliadas por exame contrastado com b�rio. Dessa forma, o radiologista exerce importante papel na avalia��o e diagn�stico dessas patologias, pois o padr�o de imagem radiol�gico associado � hist�ria cl�nica ajudam a chegar ao diagn�stico correto e precoce. Portanto, o radiologista deve estar familiarizado com os diversos padr�es de estenoses esof�gicas. O objetivo deste ensaio iconogr�fico � demonstrar as v�rias patologias que causam estenoses esof�gicas por meio do exame contrastado com b�rio. Para isto, realizamos uma revis�o da literatura e levantamento de casos do arquivo do Hospital Heli�polis para ilustrar essas altera��es.


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DOEN�A DE ROSAI-DORFMAN COM ACOMETIMENTO RENAL: RELATO DE CASO.

Mario de Melo Galv�o Filho; Diogo Figueiredo Guedes D'Amorim; Luiz de Abreu Junior; Lucas Rios Torres

Hospital S�o Luiz/Grupo Fleury - S�o Paulo, SP, Brasil
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A doen�a de Rosai-Dorfman, tamb�m denominada histiocitose sinusal com linfadenopatia maci�a, � uma desordem rara e benigna, de etiologia desconhecida, caracterizando-se pela superprodu��o de histi�citos que se acumulam nos n�dulos linf�ticos. Acomete principalmente indiv�duos jovens, podendo haver comprometimento extranodal, por�m o envolvimento dos rins � raro. No presente trabalho relatamos o caso de uma paciente de 38 anos, sexo feminino, com diagn�stico histol�gico de doen�a de Rosai-Dorfman com acometimento renal, em que foram revistos achados cl�nicos, laboratoriais e radiol�gicos. Apresentamos tamb�m uma revis�o bibliogr�fica sobre o tema, abordando os aspectos mais relevantes de apresenta��o incomum. A paciente apresentou dor no hipoc�ndrio direito, associada a dispneia e astenia, evoluindo com piora progressiva. Foram realizadas tomografia computadorizada e resson�ncia magn�tica, que revelaram aumento volum�trico dos polos inferiores de ambos os rins, � custa de massas homog�neas, sem acometimento de estruturas adjacentes, associado a linfonodomegalias retroperitoneais. Os achados laboratoriais revelaram anemia com padr�o de doen�a cr�nica, linfopenia e aumento de provas de atividade inflamat�ria. Foi realizada bi�psia por videolaparoscopia, com exame anatomopatol�gico compat�vel com doen�a de Rosai-Dorfman.


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ANATOMIA E PATOLOGIA DO DIAFRAGMA EM CRIAN�AS: UMA AVALIA��O MULTIMODAL.

Eduardo Portela de Oliveira; Ulysses dos Santos Torres; Ellen Marques Freitas; Fernanda Del Campo Braojos Braga; Marianna Angelo Palmejani; Mariana Ribeiro Rodero Cardoso; Antonio Soares Souza

Hospital de Base da Faculdade de Medicina de S�o Jos� do Rio Preto - S�o Jos� do Rio Preto, SP, Brasil
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INTRODU��O: O diafragma � um septo musculofibroso com forma de domo que separa a cavidade tor�cica da abdominal, sendo considerado um marco anat�mico no estudo radiol�gico. Em crian�as, pode apresentar-se patologicamente com vari�veis graus de anormalidade e amplo grau de envolvimento dos �rg�os adjacentes, de forma cong�nita ou adquirida. Entre as anormalidades que afetam o diafragma, as cong�nitas n�o s�o infrequentes e incluem: aplasia, hipoplasia, diafragma acess�rio, eventra��o e h�rnias, algumas das quais podem apresentar consider�vel taxa de mortalidade. A paralisia diafragm�tica pode ser uma patologia adquirida e � muito bem avaliada pela ultrassonografia. Os traumas e tumores prim�rios do diafragma em crian�as s�o incomuns e podem demandar avalia��o imaginol�gica com m�ltiplos m�todos. Dessa forma, o conhecimento adequado da anatomia do diafragma e de sua rela��o com as estruturas adjacentes � fundamental para a sua avalia��o apropriada e, consequentemente, para a produ��o de um relat�rio radiol�gico ideal.
DESCRI��O SUCINTA DO MATERIAL APRESENTADO: Ser�o apresentados estudos radiol�gicos de resson�ncia magn�tica, tomografia computadorizada, ultrassonografia, radiografia e exames contrastados abordando o aspecto normal do diafragma por esses diferentes m�todos, apresentando varia��es anat�micas e discutindo os achados de imagem relacionados ao espectro de patologias que acometem o diafragma em crian�as.


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TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DAS GL�NDULAS ADRENAIS: ASPECTOS T�CNICOS E INTERPRETATIVOS.

Karenn Barros Bezerra; Fernanda Marinho de Moura; Mayra Veloso Soares; Adriana Lofrano Alves Porto; Diogo Mariz Vasconcelos; Danilo Aguiar Feitosa Lima; Juliana Salviano Mendonca Lopes; Juliana Sena Gon�alves

Hospital Universit�rio de Bras�lia - Bras�lia, DF, Brasil
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A tomografia computadorizada � a principal ferramenta por imagem dentre o arsenal dispon�vel para avalia��o por imagem das gl�ndulas adrenais. Atrav�s da caracteriza��o tomogr�fica dos achados morfol�gicos, hemodin�micos e da atenua��o dos tumores adrenais � poss�vel diferenciar adenomas de n�o adenomas, embora de maneira n�o patognom�nica, com um desempenho �timo diagn�stico. Considerando-se ainda a elevada incid�ncia de incidentalomas adrenais, muitos dos quais sem relev�ncia cl�nica e de natureza benigna, a import�ncia da caracteriza��o adequada da natureza das les�es adrenais torna-se ainda maior. O objetivo deste trabalho � revisar os aspectos t�cnicos relacionados � realiza��o dos exames tomogr�ficos dedicados para a avalia��o adrenal, e ilustrar, atrav�s de casos dos arquivos do Hospital Universit�rio de Bras�lia e pessoal dos autores, o racioc�nio diagn�stico que permite diferenciar as les�es adrenais entre adenomas e n�o adenomas. Exemplos de outros tumores adrenais, dentre eles carcinoma, linfoma, met�stase, feocromocitoma e ganglioneuroma, s�o tamb�m trazidos para ilustrar a multiplicidade de les�es que podem comprometer esta estrutura, e a import�ncia do apuro t�cnico na realiza��o do exame direcionado para a avalia��o adrenal.


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LES�ES C�STICAS E A CLASSIFICA��O DE BOSNIAK: TUTORIAL PARA OS RESIDENTES.

Fernanda Marinho de Moura; Douglas Ramos Fonseca; Janio Agostinho de Deus; Mayra Veloso Soares; Juliana Salviano Mendonca Lopes; Karenn Barros Bezerra; Danilo Aguiar Feitosa Lima

Hospital Universit�rio de Bras�lia - Bras�lia, DF, Brasil
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As les�es c�sticas renais s�o achados prevalentes nos exames tomogr�ficos abdominais, muitas vezes, inclusive, representando incidentalomas. Em algumas ocasi�es, no entanto, estas les�es n�o correspondem apenas a cistos simples, que dispensam seguimento, e tratam-se de les�es complexas, com maior ou menor suspei��o para malignidade. Entender as caracter�sticas tomogr�ficas que diferenciam os cistos simples e complexos, e os complexos entre si, � de fundamental import�ncia para o adequado seguimento e tratamento destas les�es. O objetivo deste trabalho � mostrar as caracter�sticas tomogr�ficas que separam os cistos simples e complexos, e demonstrar, por meio de imagens tomogr�ficas, os diversos tipos de les�es c�sticas, segundo a classifica��o de Bosniak. Foram avaliados casos do arquivo de imagens do Hospital Universit�rio de Bras�lia e pessoal dos autores, e selecionados exames tomogr�ficos de cistos caracter�sticos dos tipos I, II, IIF, III e IV da classifica��o de Bosniak, analisada aqui de forma did�tica e sistem�tica. Em algumas das les�es tomogr�ficas dos tipos III e IV, abordadas cirurgicamente, s�o demonstrados tamb�m o aspecto p�s-operat�rio da nefrectomia parcial ou nodulectomia (cirurgia poupadora de n�frons) e algumas das potenciais complica��es destes procedimentos. A correta classifica��o dos tipos de les�es c�sticas renais � grande relev�ncia na pratica cl�nica, por determinar a conduta a ser tomada caso a caso, e o papel do radiologista � fundamental neste contexto. Entender as diferen�as entre cada um dos tipos de cistos renais, portanto, minimiza a chance de condutas equivocadamente apoiadas em interpreta��es imprecisas, e que podem determinar subestima��o ou superestima��o, em �ltima an�lise, dos riscos de malignidade destas les�es.


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H�RNIAS DE PAREDE ABDOMINAL: ENSAIO ICONOGR�FICO.

Fernanda Marinho de Moura; Andreia Alves Ferreira; Janio Agostinho de Deus; Mayra Veloso Soares; Diogo Mariz Vasconcelos; Juliana Salviano Mendonca Lopes

Hospital Universit�rio de Bras�lia - Bras�lia, DF, Brasil
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H�rnia � a protrus�o de uma estrutura atrav�s de um defeito da parede abdominal e pode ter origem espont�nea ou secund�ria. H�rnias de parede abdominal s�o muito comuns, com uma preval�ncia estimada, nos EUA, de 1,5%, e s�o realizadas, no mundo, aproximadamente 700 mil corre��es cir�rgicas ao ano. A alta frequ�ncia das h�rnias na popula��o mais idosa e suas poss�veis complica��es tornam esta doen�a importante do ponto de vista m�dico e socioecon�mico. O diagn�stico das h�rnias de parede abdominal usualmente � cl�nico, por�m, em casos de dificuldade diagn�stica, principalmente em pacientes obesos, com dor ou cicatrizes abdominais, um exame de imagem torna-se essencial para um correto diagn�stico. No passado eram utilizadas radiografias convencionais e contrastadas, hoje, estes m�todos foram substitu�dos por ultrassonografia e, sobretudo, tomografia computadorizada (TC). O m�todo de escolha para a avalia��o da h�rnia � a TC multislice, por permitir avalia��o precisa do conte�do herni�rio e a detec��o precoce de poss�veis complica��es. As h�rnias podem ser classificadas de acordo com sua origem anat�mica e conte�do em: defeitos da parede anterolateral - ventrais, umbilicais e Spiegel; defeitos da parede posterior - Grynflett-Lesshaft e Petit; interparietal - Richter e Littr�; p�lvicas - inguinal, femoral, ci�tica e obturat�ria; e incisionais. Neste ensaio iconogr�fico foram selecionados pacientes avaliados no Hospital Universit�rio de Bras�lia, cujos achados tomogr�ficos representam os diversos tipos de h�rnia e algumas de suas complica��es mais frequentes. � fundamental que o radiologista saiba reconhecer a anatomia e as caracter�sticas tomogr�ficas das h�rnias de parede abdominal, a fim de estabelecer um correto diagn�stico.


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SCHWANNOMA G�STRICO: UM RARO TUMOR DE C�LULAS DE SCHWANN NO TRATO GASTRINTESTINAL.

Gilson de Oliveira Brasil; Thiago Jos� Moreira da Cunha; Lara S� de Paiva; Samuel Fortes Arantes da Silva

Hospital de C�ncer de Barretos - Barretos, SP, Brasil
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Schwannomas, tamb�m conhecidos como neurinomas ou neurilemomas, s�o neoplasias geralmente benignas, de crescimento lento, origin�rios em qualquer estrutura nervosa que possua uma bainha de c�lulas de Schwann. Em geral, essas neoplasias s�o mais comumente encontradas na calota craniana, nas c�lulas formadoras de mielina que envolve o oitavo nervo craniano, em uma condi��o chamada neurinoma vestibular. Em raros casos, podem acometer o trato gastrintestinal, geralmente no est�mago. Dados liter�rios sugerem que os schwannomas g�stricos representam 0,2% de todos os tumores g�stricos benignos. Neste relato, nos propomos a apresentar o caso de um paciente do sexo masculino de 54 anos de idade, com um tumor g�strico comprometendo as camadas submucosa e muscular, topograficamente relacionado � parede posteroinferior do corpo/antro g�strico. Com base em exames de imagens e sob a suspeita diagn�stica de um tumor estromal gastrintestinal, o paciente foi submetido a ressec��o videolaparosc�pica em cunha do antro g�strico. No p�s-operat�rio, para a surpresa da equipe, os resultados do histopatol�gico e imuno-histoqu�mica combinados confirmaram o diagn�stico de schwannoma g�strico. Embora schwannomas sejam universalmente benignos, no pr�-operat�rio s�o de dif�cil distin��o com tumores malignos, e a t�tulo de exemplo citamos os tumores estromais gastrintestinais. Em consequ�ncia disso, em geral o recomendado para esses casos � a ressec��o tumoral, mesmo que em pacientes assintom�ticos.


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SARCOMA MIELOIDE PRIM�RIO DE COL�DOCO.

Lara S� de Paiva; Thiago Jos� Moreira da Cunha; Gilson de Oliveira Brasil; Samuel Fortes Arantes da Silva

Hospital de C�ncer de Barretos - Barretos, SP, Brasil
E-mail: r

O sarcoma mieloide � um tumor extramedular, s�lido, composto de c�lulas imaturas precursoras da s�rie granuloc�tica. Usualmente ocorre como complica��o de leucemia mieloide aguda e mais raramente da leucemia mieloide cr�nica e outros dist�rbios mieloproliferativos. Pode preceder, suceder ou ocorrer na aus�ncia de leucemia mieloide aguda sist�mica. Apresentamos um caso raro de sarcoma mieloide prim�rio em vias biliares extra-hep�ticas em um paciente masculino de 45 anos, manifestando-se com icter�cia obstrutiva (bilirrubina total: 9,6 mg/dl; bilirrubina direta: 7,2 mg/dl; transaminase glut�mico-oxalac�tica: 161 UK; transaminase glut�mico-pir�vica: 80 UK; fosfatase alcalina: 183 U/l; gama-GT: 292 U/l). Ao exame de resson�ncia magn�tica (RM) observava-se espessamento conc�ntrico da parede do hepatocol�doco em seu ter�o m�dio, determinando estenose da via biliar com moderada a acentuada dilata��o a montante. A les�o apresentava hipossinal na sequ�ncia ponderada em T1, leve hipersinal em T2 e discreto realce homog�neo p�s-contraste. N�o havia linfonodomegalia associada. O paciente foi submetido a colangiopancreatografia retr�grada endosc�pica, que confirmou os achados da RM, sendo introduzida endopr�tese biliar no mesmo procedimento. Realizada gastroduodenopancreatectomia cef�lica, que confirmou o diagn�stico de sarcoma mieloide infiltrando o col�doco, em paciente sem diagn�stico de leucemia (hemograma e bi�psia de medula �ssea normais). No sexto m�s p�s-operat�rio foi diagnosticada recidiva neopl�sica local, tratada com quimioterapia, estando o paciente assintom�tico mais de dois anos ap�s. O principal diagn�stico diferencial baseado nos exames de imagem seria o colangiocarcinoma. Eventual diagn�stico pr�-operat�rio do sarcoma mieloide do col�doco levaria a tratamento com endopr�tese biliar e quimioterapia, entretanto, a localiza��o em geral inacess�vel para bi�psia resultou em diagn�stico p�soperat�rio na maioria dos casos relatados.


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CALCINOSE TUMORAL SECUND�RIA AVAN�ADA RELACIONADA A OSTEODISTROFIA RENAL E DI�LISE PROLONGADA: RELATO DE CASO.

Rafael Dahmer Rocha; Andr� Ricardo Girardi; Cristiane Rockenbach

Hospital Federal dos Servidores do Estado do Rio de Janeiro - Rio de Janeiro, RJ, Brasil
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INTRODU��O: A calcinose tumoral caracteriza-se por dep�sitos de cristais de c�lcio e fosfato, com envolvimento preferencial do tecido celular subcut�neo, regi�es periarticulares e bursas. A forma secund�ria, geralmente relacionada ao metabolismo do c�lcio, fosfato e paratorm�nio (PTH), tem como principais causas a insufici�ncia renal cr�nica, a terapia prolongada de di�lise e o hiperparatireoidismo secund�rio. O objetivo deste estudo � demonstrar esta forma incomum e avan�ada de apresenta��o, visto que muitas vezes o radiologista � o primeiro a suspeitar desse diagn�stico. Desse modo, podem-se evitar procedimentos diagn�sticos invasivos desnecess�rios, bem como instituir a terapia espec�fica o mais precoce poss�vel.
RELATO DE CASO: Paciente feminina, 53 anos, parda, portadora de insufici�ncia renal cr�nica, em realiza��o de di�lise peritoneal h� cinco anos. Internada devido a dor abdominal intensa. Hist�ria patol�gica pregressa de hipotireoidismo e trauma sobre o quadril direito em 2009, sem sinais de fratura. Sem outras comorbidades. Em uso de eritropoietina, calcitriol, entre outros medicamentos. Exames laboratoriais demonstraram aumento dos n�veis s�ricos de PTH, creatinina, ureia, f�sforo, fosfatase alcalina, leuc�citos e plaquetas, e redu��o dos n�veis de hemoglobina, c�lcio e magn�sio. Ao exame f�sico foi evidenciada massa palp�vel p�trea na regi�o inguinal direita. Tomografia computadorizada de abdome evidenciou: a) achados sugestivos de peritonite; b) rins de aspecto atr�fico; c) m�ltiplas forma��es ovaladas, com densidade heterog�nea, predominantemente c�lcica, algumas com forma��o de n�vel l�quido, n�o captantes de contraste, a grande maioria agrupada, medindo conjuntamente cerca de 12 cm no maior di�metro axial, localizadas na regi�o pubiana, predominando � direita. As referidas forma��es determinavam osteodestrui��o dos ramos isquiopubianos e iliopubianos e do acet�bulo deste lado, bem como do p�bis bilateralmente. Havia, tamb�m, altera��es similares nas articula��es sacroil�acas; d) redu��o e altera��o difusa da densidade �ssea dos corpos vertebrais visualizados, caracterizando o padr�o de rugger Jersey. Realizaram-se paracentese diagn�stica, antibioticoterapia e hemodi�lise. A paciente recebeu alta tr�s semanas ap�s, apresentando-se hemodinamicamente est�vel e com regress�o da leucocitose.
DISCUSS�O: A preval�ncia de calcinose tumoral secund�ria em pacientes submetidos a longos per�odos de hemodi�lise varia de 0,5% a 3,0%. A eleva��o do produto c�lcio versus fosfato parece ser um dos principais mecanismos etiol�gicos. As articula��es mais envolvidas s�o ombro, quadril e cotovelo. Os achados radiol�gicos caracter�sticos s�o: calcifica��es amorfas, multiloculadas, c�sticas, em localiza��o periarticular, podendo haver n�veis l�quido-l�quido e eros�o �ssea. Entre as alternativas terap�uticas, destacam-se restri��o diet�tica e quelantes de f�sforo, di�lise com baixa dosagem de c�lcio, ex�rese das massas, paratireoidectomia e transplante renal.


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ENDOMETRIOSE: ENSAIO ICONOGR�FICO.

Emanuela Kestering Vieira1; Fabio Lucio Stalhschmidt1; Bruna Maria Stofela Sarolli2; Roberta de Paula Prestes1; Rafael Sarmento do Amaral1; Ana Caroline Dariva Chula2; Sofia Cesar Durscki2; Juliana Thomazoni Pessoa Silva2

1. Hospital Universit�rio Cajuru - Curitiba, PR
2. X-Leme Diagn�stico por Imagem - Curitiba, PR, Brasil
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INTRODU��O: Endometriose � uma importante altera��o ginecol�gica que afeta primariamente mulheres em idade f�rtil. � definida como a presen�a de gl�ndulas e estroma endometrial fora da cavidade uterina, sendo designada como profunda quando h� invas�o subperitoneal maior que 5 mm. Pode ser assintom�tica ou apresentar-se como dismenorreia, dispareunia, dor p�lvica, sintomas urin�rios e infertilidade. Tem preval�ncia estimada entre 5% e 20%. Assim, faz-se necess�rio que os radiologistas estejam familiarizados com suas diversas formas de apresenta��o, a fim de realizar seu diagn�stico preciso.
M�TODOS: Neste artigo descreveremos achados de imagem de arquivo pr�prio em pacientes com endometriose nos exames de histerossalpingografia, ultrassom (US) e resson�ncia magn�tica (RM) realizados na cl�nica X-Leme, localizada em Curitiba, PR. 1. Endometrioma (endometriose intraovariana) - Tem apar�ncia vari�vel ao US. A maioria apresenta-se como les�o focal homog�nea e hipoecoica no ov�rio. Pode ser uni ou multilocular com septa��es finas ou espessas. Raramente � anecoico assemelhando-se a cisto ovariano funcional. Na RM apresenta-se como massa anexial com alta intensidade de sinal em T1 e hipossinal em T2. Uma caracter�stica t�pica � o sombreamento (shading - queda de sinal dentro da les�o) nas sequ�ncias ponderadas em T2, que representa a natureza cr�nica da les�o, com sangramentos c�clicos. O sombreamento pode variar de n�veis pendentes at� aus�ncia de sinal. 2. Endometriose tub�ria - Na histerossalpingografia � caracterizada por imagens diverticulares localizadas mais comumente na por��o inicial das tubas uterinas e de maneira bilateral, com aspecto moruliforme. Tamb�m pode causar dilata��o das tubas uterinas que apresentam hipersinal nas sequ�ncias ponderadas em T1 na RM e este pode ser o �nico achado em algumas mulheres com endometriose. 3. Endometriose profunda: 3a. Endometriose vesical - No US apresenta-se como n�dulo s�lido hipoecoico com contornos regulares ou irregulares aderido ao aspecto posterior do domo vesical, frequentemente na linha m�dia. Na RM, as les�es aparecem isointensas ao miom�trio nas imagens ponderadas em T1, hipointensas em T2 e real�am ap�s a inje��o de gadol�nio. Focos hiperintensos representando conte�do hemorr�gico podem ser vistos nas sequ�ncias ponderadas em T1. 3b. Endometriose intestinal - O segmento intestinal mais acometido � o retossigmoide. Os implantes geralmente ocorrem na serosa, por�m podem erodir atrav�s das camadas subserosas, com espessamento e fibrose da muscular pr�pria. Ades�o, estenose e obstru��o podem ocorrer devido a resposta inflamat�ria �s hemorragias c�clicas. 3c. Outros s�tios - Ligamentos uterinos, como o largo e o uterossacro, podem ser afetados pela endometriose, apresentando espessamento e nodularidade com hipointensidade de sinal nas sequ�ncias ponderadas em T2. Realce pelo contraste pode ocorrer devido a rea��o inflamat�ria ou fibrose. Pode haver envolvimento isolado da vagina ou at� de s�tios extraperitoneais, como a fossa isquiorretal e o nervo ci�tico. 4. Endometriose de parede abdominal - Comumente est� associada a cicatriz de cesariana pr�via. Ao US, tipicamente apresenta-se como massa hipoecoica, que pode ter apar�ncia s�lida e frequentemente com fluxo ao Doppler. Esporadicamente, pode ser c�stico. � RM, costuma ser iso a hiperintenso em rela��o � musculatura em T1 com supress�o de gordura e iso a hipertintenso em T2. Quando c�stico, apresenta hipersinal uniforme em T1 e baixo sinal em T2.


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ABORDAGEM DA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA NO DIAGN�STICO DE CORPOS ESTRANHOS INGERIDOS.

Carla Andries Cres Lyrio1; Thiago Jose Penachim1; Daniel Lahan Martins1; Patr�cia Cardia Prando1; Marco Alexandre Rodstein1; Luiz Carlos Donoso Scoppetta2; Adilson Prando1

1. Centro Radiol�gico Campinas - Campinas, SP
2. Cl�nica de Diagn�sticos - S�o Paulo, SP, Brasil
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OBJETIVO: Demonstrar, por meio de an�lise de imagens de tomografia computadorizada multislice abdominal e p�lvica, a presen�a de corpos estranhos ingeridos e suas complica��es, com base nas diferen�as de aspectos radiogr�ficos.
M�TODO: An�lise retrospectiva dos casos de ingest�o de corpos estranhos, como palito de dente, espinha de peixe, mat�ria vegetal (fitobezoares) e at� mesmo escova de dentes, no per�odo de janeiro de 2012 a junho de 2013, e a compara��o com dados da literatura espec�fica. Relatar complica��es, como abscessos, perfura��es e obstru��es do trato gastrintestinal.
RESULTADOS: Na amostra utilizada, o diagn�stico de todos os casos levantados foi realizado ap�s tomografia computadorizada multislice para investiga��o de dor abdominal inespec�fica sem hist�ria pr�via de ingest�o de corpo estranho pelo paciente.
CONCLUS�ES: O radiologista deve ser treinado especificamente para reconhecer as caracter�sticas da imagem de corpos estranhos, pois os sintomas da ingest�o s�o inespec�ficos e raramente o paciente a relata.
APLICA��ES: Usar os conhecimentos adquiridos na hora de analisar tomografia computadorizada abdominal e p�lvica em quadro de dores inespec�ficas, para reconhecer prontamente imagem de corpos estranhos ingeridos e evitar atrasos no diagn�stico e suas poss�veis complica��es.


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PLASMOCITOMA EXTRAMEDULAR RENAL E INTESTINAL SINCR�NICOS.

Samuel Fortes Arantes da Silva; Thiago Jos� Moreira da Cunha; Lara S� de Paiva; Gilson de Oliveira Brasil

Hospital de C�ncer de Barretos - Barretos, SP, Brasil
E-mail: r

O plasmocitoma extramedular � uma das apresenta��es das neoplasias de c�lulas plasm�ticas localizadas, que tem o mieloma m�ltiplo como principal representante. Das localiza��es extramedulares, a maior incid�ncia encontra-se na regi�o da cabe�a e pesco�o, sendo indistingu�vel de outras les�es infiltrativas. Relatamos um caso raro de plasmocitoma extramedular com acometimento renal e intestinal concomitantes, em um paciente do sexo masculino, 33 anos, com queixa de dor abdominal e lombar em c�lica h� tr�s meses, al�m de hematoquezia e perda ponderal de 10 kg em um m�s. Ao exame f�sico, notava-se dor � palpa��o do flanco esquerdo. Realizados enema opaco e colonoscopia, que evidenciaram les�o circunferencial e estenosante no c�lon sigmoide, com estudo histol�gico inconclusivo. Optou-se ent�o pela complementa��o diagn�stica com tomografia computadorizada do abdome total para estadiamento, em que se notaram espessamento parietal e intussuscep��o intestinal do c�lon sigmoide, associados a volumosa massa renal de aspecto neopl�sico no rim esquerdo. Foi proposto tratamento cir�rgico, tendo sido realizadas colectomia e nefrectomia esquerda. O diagn�stico anatomopatol�gico foi compat�vel com neoplasia maligna indiferenciada, sendo indicada imuno-histoqu�mica para elucida��o diagn�stica. O quadro morfol�gico e imuno-histoqu�mico (CD43+, CD138+, Ki-67+++/++++ e cadeia lambda positivo) favoreceram o diagn�stico de plasmocitoma anapl�sico, produtor de cadeia leve lambda de imunoglobulina.


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IMAGEM EM S�NDROME COLEST�TICA: ENSAIO PICTORIAL.

Juliana Thomazoni Pessoa Silva1; Fabio Lucio Stalhschmidt1; Roberta de Paula Prestes2; Rafael Sarmento do Amaral2; Sofia Cesar Durscki1; Emanuela Kestering Vieira2; Ana Caroline Dariva Chula1; Bruna Maria Stofela Sarolli1

1. X Leme - Curitiba, PR
2. Hospital Universit�rio Cajuru - Curitiba, PR, Brasil
E-mail:

A s�ndrome colest�tica � caracterizada pela dificuldade de drenagem do fluxo biliar, que pode estar presente desde os canal�culos biliares, entre os hepat�citos, at� o duodeno. A principal manifesta��o cl�nica � a icter�cia, podendo ser acompanhada de col�ria, hipocolia fecal e prurido. Laboratorialmente, s�o t�picas a hiperbilirrubinemia direta e a eleva��o importante de fosfatase alcalina (FA) e gama-glutamiltransferase (gama-GT). Geralmente, o primeiro exame solicitado � a ultrassonografia. A tomografia computadorizada � menos sens�vel na detec��o de c�lculos e lama biliar, sendo mais acurada na avalia��o de massas tumorais (biliares, hep�ticas ou pancre�ticas). Uma das principais ferramentas utilizadas na avalia��o das vias biliares � a colangiopancreatografia por resson�ncia magn�tica, que recentemente, no Brasil, utiliza sequ�ncias pesadas em T2 para demonstrar as estruturas com conte�do fluido est�tico, como tamb�m contrastes hepatoespec�ficos com excre��o biliar, adicionando informa��o funcional ao exame. Outros m�todos de imagem invasivos incluem a colangiografia endosc�pica retr�grada e a colangiografia transparieto-hep�tica, que podem, al�m de diagnosticar, oferecer terap�utica. As caracter�sticas da transi��o da por��o dilatada e da estenosada s�o um importante crit�rio a ser avaliado; um estreitamento abrupto � geralmente devido a tumor, c�lculo ou les�o iatrog�nica, enquanto o estreitamento c�nico � mais sugestivo de inflama��o, como colangite ou pancreatite. Tumores malignos tamb�m causam estenose exc�ntrica e massa dentro ou ao redor do ducto. As etiologias da s�ndrome colest�tica podem ser divididas em causas intra-hep�ticas (por exemplo, colangite esclerosante prim�ria, hepatites virais evoluindo com a forma colest�tica, cirrose biliar prim�ria) e extra-hep�ticas (por exemplo, coledocolit�ase, s�ndrome de Mirizzi, estenose biliar p�s-operat�ria, pancreatite cr�nica, colangite esclerosante prim�ria, neoplasias de vias biliares, p�ncreas e duodeno). O objetivo deste ensaio iconogr�fico � de apresentar os principais diagn�sticos diferenciais desta prevalente s�ndrome atrav�s de casos do arquivo pr�prio dos autores.


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VEIA RENAL ESQUERDA RETROA�RTICA: IMPORT�NCIA DOS M�TODOS DE IMAGEM EM SEU DIAGN�STICO E IMPLICA��ES M�DICO-LEGAIS.

Gleison Teixeira de Abreu; Ovidio Carlos Carneiro Villela; Fernanda Marcia Lelis Ribeiro; Fabio Pessoa Araujo; Lucas Pinheiro dos Santos; Eugenio Braz Correa; Clarisse Rodrigues Pereira; Vinicius Moreira Lagoas

Hospital M�rcio Cunha-FSFX-Feluma - Ipatinga, MG, Brasil
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Nas �ltimas d�cadas, as descobertas de variantes anat�micas da veia cava inferior (VCI) tornaram-se frequentes na pesquisa diagn�stica do radiologista, e isto se aplica em decorr�ncia do advento de exames de imagem n�o invasivos como a tomografia computadorizada (TC) e a resson�ncia magn�tica. Estas varia��es anat�micas s�o frequentemente assintom�ticas e no passado eram diagnosticadas em estudos de necr�psias. Os modernos m�todos de imagem que os radiologistas disp�em em sua rotina permitiram um crescente reconhecimento delas na realiza��o dos exames. Hoje, estima-se que entre 0,07% e 8,7% da popula��o mundial tenha algum tipo de anomalia do desenvolvimento da VCI. Relatamos o caso de paciente do sexo masculino, 34 anos, v�tima de trauma por proj�til de arma de fogo, que atingiu a coluna vertebral, o qual foi submetido a exame de TC de abdome total com contraste intravenoso. Al�m dos achados decorrentes do trauma, ap�s reconstru��es multiplanares, observou-se presen�a de veia renal retroa�rtica que drena para a veia cava inferior. A veia renal esquerda retroa�rtica � a anomalia cong�nita da VCI mais frequente. O seu conhecimento � essencial para se fazer o diagn�stico diferencial com massas retroperitoneais ou adenopatias, al�m de alertar o cirurgi�o e o angiografista de causas potenciais de complica��es operat�rias, devendo ser levada em considera��o nos procedimentos cir�rgicos realizados no retroperit�neo. Das anomalias venosas de VCI, s�o descritas na literatura: a veia cava dupla, a disgenesia da veia cava, a transposi��o da veia cava, a veia cava �nica � esquerda, a veia renal esquerda em forma de anel ao redor da aorta e a veia renal esquerda retroa�rtica. O desenvolvimento normal implica em uma veia renal esquerda �nica na vida extrauterina, em situa��o pr�-a�rtica. A TC abdominal com contraste intravenoso, ap�s reformata��o no plano axial e reconstru��o volum�trica, demonstra a presen�a de componente retroa�rtico da veia renal esquerda, desembocando na VCI. Assim como as demais varia��es acima descritas, o diagn�stico pr�-operat�rio (principalmente em doadores renais) e pr�-cateteriza��o � essencial, visando evitar surpresas desagrad�veis nos procedimentos. Dessa forma, � fundamental que o radiologista e o cirurgi�o vascular reconhe�am nos exames pr�-operat�rios as imagens destas altera��es, pela grande influ�ncia no planejamento cir�rgico e preven��o de acidentes graves relacionados �s les�es destes grandes troncos venosos, dada a sua complexidade anat�mica e import�ncia m�dico-legal inerente ao seu diagn�stico.


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LES�O RENAL NO TRAUMA ABDOMINAL FECHADO: REVIS�O DA LITERATURA COM CASOS ILUSTRATIVOS.

M�rcio Lu�s Duarte1; Jael Brasil Alc�ntara Ferreira1; Daniella Brasil Sol�rzano1; Douglas Domingues de Matos2; Fabr�cia Tanaka Delcaro3; Elcio Roberto Duarte1

1. Irmandade da Santa Casa da Miseric�rdia de Santos - Santos, SP
2. Webimagemm - S�o Paulo, SP
3. Tomovale - S�o Jos� dos Campos, SP, Brasil
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INTRODU��O: Les�es renais s�o vistas em aproximadamente 8% a 10% dos pacientes com ferimentos abdominais abertos ou fechados. Em cerca de 80% a 90% dos casos, s�o traumas fechados. Les�es renais graves est�o comumente associadas a les�es de outros �rg�os, ocorrendo em 80% dos traumas penetrantes e 75% dos traumas fechados. A hemat�ria est� presente em mais de 95% dos casos de trauma renal. Por�m, a aus�ncia de hemat�ria n�o � traduzida pela aus�ncia de les�o renal significativa. Sua aus�ncia � relatada em cerca de 24% dos pacientes com trombose da art�ria renal e em um ter�o das les�es da jun��o ureterop�lvica (JUP). Crian�as com trauma contuso e hemat�ria devem ser submetidas a exames radiol�gicos, independentemente da press�o arterial ou do grau de hemat�ria.
DISCUSS�O: A tomografia computadorizada (TC) tem substitu�do a urografia excretora como a principal modalidade de avalia��o das les�es renais, sendo mais sens�vel e espec�fica. A TC demonstra precisamente a lacera��o renal, ajudando a determinar a presen�a e localiza��o do hematoma renal com ou sem extravasamento arterial e indicar a presen�a de extravasamento urin�rio ou de segmentos desvascularizados de par�nquima renal. Com a classifica��o, a TC determina a necessidade de interven��o cir�rgica ou n�o. � necess�ria a avalia��o cont�nua dos rins atrav�s da TC, sendo que a t�cnica requer a inje��o de contraste intravenoso, sendo a fase p�s-contraste mais bem realizada quando feita tr�s minutos ap�s a inje��o. A ultrassonografia � um bom m�todo para detectar l�quido na cavidade abdominal em pacientes v�timas de trauma abdominal fechado, mas � limitada quando comparada � TC na avalia��o do par�nquima renal. Para a conduta, existe a necessidade de classifica��o dos traumas atrav�s dos exames de imagem, que podem ser assim definidos, segundo Kawashima: I - Contus�o microsc�pica ou hemat�ria grosseira. Presen�a de hematoma sub-capsular n�o expansivo sem lacera��o parenquimatosa. Constituem 75% a 85% de todas as les�es renais. Tratamento conservador. II - Hematoma n�o expansivo para a regi�o perirrenal, estando confinado ao retroperit�nio. Presen�a de lacera��o importante atrav�s do c�rtex que se estende para a medula ou para o sistema coletor, com ou sem extravasamento de urina. Pode haver, na TC, extravasamento do contraste nas fases tardias. Compreendem cerca de 10% de todas as les�es renais. Tratamento conservador. III - Presen�a de m�ltiplas lacera��es renais, incluindo a pelve renal e o sistema coletor, al�m de les�es vasculares que envolvem o ped�culo renal, conduzindo a hemorragia extensiva e sangramento arterial ativo. Excre��o do contraste da TC severamente prejudicada. A nefrectomia pode ser evitada se o tratamento for realizado nas primeiras 12 horas. Representam 5% de todas as les�es renais. IV - Les�o da jun��o ureterop�lvica (raro), sendo classificada em transec��o completa (avuls�o) e ruptura (lacera��o incompleta) - diferenciadas pela presen�a de contraste no ureter distal � jun��o ureterop�lvica na TC ou urografia excretora. Avuls�o: tratamento cir�rgico. Lacera��o: tratamento conservador ou coloca��o de stent. Hemat�ria ausente em um ter�o dos pacientes.
CONCLUS�O: A TC desempenha papel importante na avalia��o dos pacientes com les�es renais, facilitando a classifica��o radiol�gica das les�es traum�ticas renais, direcionando e facilitando o tratamento de forma precoce do paciente. O ultrassom � um bom m�todo para detectar l�quido na cavidade abdominal em pacientes v�timas de trauma abdominal fechado, por�m limitado em rela��o � TC na avalia��o do par�nquima renal.


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COLOCA��O DE SHUNT PORTOSSIST�MICO INTRA-HEP�TICO DIRETO (DIPS) NA S�NDROME DE BUDD-CHIARI ATRAV�S DE PUN��O PERCUT�NEA DIRETA SIMULT�NEA DAS VEIAS PORTA E CAVA INFERIOR: RELATO DE TR�S CASOS.

Luciano Folador; Leandro Armani Scaffaro

Hospital de Cl�nicas de Porto Alegre - Porto Alegre, RS, Brasil
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INTRODU��O: A s�ndrome de Budd-Chiari (SBC) caracteriza-se por obstru��o do fluxo das veias hep�ticas em algum n�vel, desde v�nulas hep�ticas at� a jun��o da veia cava inferior (VCI) com o �trio direito. As estrat�gias de tratamento para SBC consistem na anticoagula��o, na angioplastia de veias hep�ticas e na descompress�o da hipertens�o portal pela cria��o de um shunt portossist�mico transjugular (TIPS). Trata-se de uma anastomose n�o cir�rgica que cria uma comunica��o entre um ramo portal intra-hep�tico e uma veia hep�tica, atrav�s do par�nquima do �rg�o, mantida pela coloca��o de uma pr�tese met�lica. Durante o procedimento, o acesso ao ramo portal � realizado por pun��o trans-hep�tica a partir do posicionamento da agulha em uma das veias hep�ticas. Entretanto, na SBC h� oclus�o dessas veias, tornando o procedimento mais complexo. Recentemente, Boyvat e colaboradores descreveram uma t�cnica alternativa para minimizar as dificuldades do procedimento na SBC, denominada shunt portossist�mico intra-hep�tico direto (DIPS - direct intrahepatic portosystemic shunt), que consiste na pun��o direta percut�nea simult�nea da veia porta e da VCI, seguida de captura do fio-guia pelo acesso transjugular.
OBJETIVO: Relatar a cria��o de DIPS em tr�s pacientes com SBC.
M�TODOS: Os tr�s pacientes (31 anos, feminino; 27 anos, masculino; 16 anos, masculino) apresentavam SBC com trombose das veias hep�ticas causada por trombofilia por defici�ncia de fator V, e foram indicados ao tratamento devido a ascite refrat�ria ao tratamento cl�nico. Descri��o da t�cnica: Pun��o da veia jugular interna direita, com coloca��o de introdutor 10-F, mantido na por��o intra-hep�tica da VCI. Ap�s, percut�nea trans-hep�tica do ramo direito da veia porta sob orienta��o ecogr�fica com agulha Chiba 18-G, seguida de progress�o da agulha at� a VCI, mantendo-se a mesma angula��o. Ap�s, � passado fio-guia teflonado, que � resgatado pelo acesso jugular atrav�s de cateter-la�o. Com a sa�da do fio-guia pelo acesso jugular, segue-se o procedimento do TIPS conforme a sequ�ncia convencional.
RESULTADOS: Todos os procedimentos foram realizados com sucesso. Durante o per�odo do seguimento (20, 10 e 1 meses, respectivamente) todos pacientes continuaram com seus shunts p�rvios e apresentaram resolu��o ou importante redu��o da ascite, sem complica��es adicionais.
CONCLUS�O: A t�cnica alternativa DIPS em pacientes com SBC promove adequada implanta��o do shunt, sem complica��es adicionais e com resultados satisfat�rios.


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EMBOLIZA��O INTRA-ARTERIAL NO TRATAMENTO DO CARCINOMA HEPATOCELULAR IRRESSEC�VEL: COMPARA��O ENTRE PVA E ME COMO AGENTE EMBOLIZANTE.

Luciano Folador; Leandro Armani Scaffaro; Lu�s C�sar Fonseca; Geraldo Machado Filho

Hospital de Cl�nicas de Porto Alegre - Porto Alegre, RS, Brasil
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INTRODU��O: O tratamento intra-arterial (TIA) tem sido op��o amplamente utilizada no tratamento paliativo do carcinoma hepatocelular (CHC) em pacientes com doen�a intermedi�ria. As op��es de TIA s�o baseadas na interrup��o do fluxo sangu�neo tumoral por agentes embolizantes (emboliza��o intra-arterial - TAE), ou mesmo com associa��o de quimioter�picos com emuls�o de lipiodol (quimioemboliza��o convencional - cTACE) ou com uso de microesferas (MEs) carregadas (drug-eluting beads DEB-TACE). At� o momento, persistem d�vidas na literatura em rela��o ao melhor esquema de TIA, de modo que n�o h� consenso ou defini��o do benef�cio dos m�todos referidos.
OBJETIVOS: Comparar os �ndices de sobrevida em 12, 18, 24, 36 e 48 meses dos pacientes submetidos a TAE no nosso Servi�o com dados da literatura em rela��o a cTACE ou DEB-TACE.
MATERIAL E M�TODOS: Estudo retrospectivo de 80 pacientes com diagn�stico de CHC baseado nos crit�rios da Diretriz da AASLD entre junho de 2008 e dezembro de 2012 em nossa institui��o. TAE foi realizada atrav�s de cateterismo superseletivo seguida de emboliza��o com PVA com tamanho de 100-300 micra ou ME de 100-300 micra, dependendo da disponibilidade desses produtos. Taxas de sobrevida foram baseadas na curva de Kaplan-Meier.
RESULTADOS: 48 pacientes foram tratados com PVA e 32 com emboliza��o arterial com MEs. N�o havia diferen�as entre os grupos no baseline no que concerne a idade, sexo, est�gio de BCLC, escore de Child-Pugh e caracter�sticas tumorais. As taxas de sobrevida em 12, 18, 24 e 48 meses foram 97,9, 88,8, 78,9, 53,4 e 21,4% no grupo PVA-TAE, e 100, 92,9, 76,6, 58,8 e 58% no grupo ME-TAE, n�o havendo diferen�as significativas entre os dois grupos (p = 0,734). Os �ndices de sobrevida obtidos s�o semelhantes aos relatados na literatura, tanto com cTACE quanto com DEB-TACE.
CONCLUS�O: TIA atrav�s de TAE com PVA ou ME na nossa institui��o resultou em �ndices de sobrevida semelhantes.


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F�STULAS PERIANAIS: ENSAIO PICT�RICO.

Rodolfo Elias Diniz Silva de Carvalho; Carolina Corcino Maia; �rika Martins Baima; Liliana Prata Souza; Lucas Tadeu Oliveira Menezes Mac�do; Danielle Albani Coelho; Francisco Homero Coelho; Maria Angela Santos Nothaft

Multiscan Imagem e Diagn�stico - Vit�ria, ES, Brasil
E-mail:

F�stula perianal (FP) � a conex�o entre o canal anal e a pele do per�neo. � uma afec��o incomum, com preval�ncia de 0,01%, entretanto, causa grande morbidade ao paciente. Acomete, principalmente, adultos jovens (homens 2:1 mulher). A forma de apresenta��o mais comum � a sa�da de secre��o na regi�o perineal (65%), mas dor local tamb�m � frequente. Acredita-se que at� 90% das FPs sejam secund�rias a infec��o, obstru��o e drenagem ineficaz das gl�ndulas anais (hip�tese criptoglandular). Os outros 10% dos casos resultam de outras causas, como doen�a de Crohn, tuberculose, diverticulite, infec��o p�lvica, trauma, c�ncer anorretal ou radioterapia. A resson�ncia magn�tica (RM) da pelve � o m�todo de escolha para avalia��o pr�operat�ria de FP, devido � sua habilidade de demonstrar pequenos abscessos e trajetos fistulosos secund�rios, ambos fatores que contribuem para alta taxa de recorr�ncia p�s-operat�ria. Al�m disso, a RM pode ser usada para determinar as rela��es anat�micas da f�stula e predizer a probabilidade de incontin�ncia fecal p�s-operat�ria. A RM tem alta acur�cia para detec��o de FP (100% de sensibilidade e 86% de especificidade) e abscessos (96% de sensibilidade e 97% de especificidade). A atual classifica��o das FPs, descrita por Parks et al. e modificada por Morris et al., conhecida como Classifica��o do Hospital Universit�rio de St. James, � baseada na anatomia radiol�gica da pelve na RM. Tal classifica��o baseia-se na rela��o do trajeto fistuloso com o complexo esfincteriano, integridade do esf�ncter anal externo, presen�a de trajetos secund�rios ou abscessos e extens�o cranial para a pelve. Grau 1 � uma f�stula interesfincteriana simples, que surge do canal anal, penetra o esf�ncter interno, se estende do espa�o interesfincteriano at� a pele sem envolver o esf�ncter externo, sem trajeto secund�rio ou abscesso. Grau 2 � interesfincteriana complicada por abscesso ou trajeto secund�rio. Grau 3 � uma f�stula transesfincteriana que surge do canal anal, penetra ambos os esf�ncteres, se estende pelas fossas isquiorretais/anais at� a pele, sem abscesso ou trajeto secund�rio. Grau 4 � transesfincteriana complicada por abscesso ou trajeto secund�rio. Grau 5 � uma f�stula acima do m�sculo elevador do �nus, que surge do canal anal, penetra ambos os esf�ncteres, ascende para o espa�o supraelevador, onde forma abscesso, descende de novo e se exterioriza na pele. O prop�sito do ensaio pict�rico � demonstrar, atrav�s exames de RM da pelve realizados neste servi�o nos �ltimos anos, os principais tipos de f�stula perianal e suas complica��es, como forma��o de abscesso e trajetos fistulosos secund�rios. Tal ensaio justifica-se pelo fato de que radiologistas devem estar familiarizados com os achados imaginol�gicos das f�stulas perianais, visto a grande a morbidade que tal afec��o acarreta, tornando-se capazes de fornecer informa��es que permitam tratamento cir�rgico preciso, a fim de recorr�ncia e complica��es p�s-cir�rgicas, notadamente incontin�ncia fecal.


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ENDOMETRIOSE PROFUNDA.

Carolina Corcino Maia; Rodolfo Elias Diniz Silva de Carvalho; Liliana Prata Souza; �rika Martins Baima; Lucas Tadeu Oliveira Menezes Mac�do; Ana Luiza Corcino Maia; Danielle Albani Coelho; Maria Angela Santos Nothaft

Multiscan Imagem e Diagn�stico - Vit�ria, ES, Brasil
E-mail:

Endometriose � uma afec��o ginecol�gica de grande morbidade, definida como presen�a de gl�ndulas endometriais ect�picas e estroma fora do �tero, afetando at� 10% das mulheres na idade reprodutiva. Endometriose profunda � definida como invas�o subperitoneal por les�es endometri�ticas que excedem 5 mm de profundidade. Acomete principalmente a regi�o retrocervical, ligamentos uterossacros, reto, septo retovaginal, vagina e trato urin�rio. � comumente associada a dismenorreia, dispareunia, dor p�lvica e infertilidade. A teoria metast�tica � a mais aceita para explicar a etiologia da endometriose. Postula que a endometriose resulta de fluxo menstrual retr�grado com gl�ndulas endometriais vi�veis que se depositam sobre o perit�nio e �rg�os p�lvicos. A teoria da metaplasia cel�mica sugere que c�lulas peritoneais diferenciam-se em c�lulas endometriais, uma vez que ambas derivam do epit�lio cel�mico. J� a teoria de indu��o combina as primeiras duas para explicar a etiologia da endometriose. Resson�ncia magn�tica (RM) da pelve � um m�todo com alta acur�cia diagn�stica para endometriose, fornecendo informa��es para o tratamento dos focos endometri�ticos profundos. Implantes endometri�ticos podem apresentar diferentes caracter�sticas imaginol�gicas, dependendo da es-trutura acometida, do tempo de evolu��o da doen�a e do grau de fibrose associado. Implantes nos ligamentos uterossacros, por exemplo, aparecer�o como les�es hipointensas nas imagens ponderadas em T2, com margens irregulares ou espiculadas, devido � presen�a de fibrose. Les�es no reto manifestam-se como espessamento parietal hipointenso nas sequ�ncias em T2, acometendo primeiramente a muscular pr�pria. Pequenos focos hiperintensos em T2, que representam gl�ndulas endometriais ect�picas dilatadas, podem ser observados em associa��o com as les�es j� descritas. Nas imagens ponderadas em T1 com satura��o de gordura, pequenos focos hiperintensos que denotam conte�do hem�tico podem ser encontrados, auxiliando no diagn�stico. Mesmo n�o sendo caracterizada como endometriose profunda, vale ressaltar que a presen�a de massa anexial com alto sinal em T1 e intensidade de sinal abaixo da de l�quido nas imagens em T2, sugerem a presen�a de endometrioma com especificidade maior que 90%. Tubas uterinas dilatadas e com hipersinal em T1 com satura��o de gordura (hematossalpinge) s�o sugestivas de endometriose. O prop�sito do ensaio pict�rico � demonstrar, atrav�s exames de RM da pelve realizados neste servi�o nos dois �ltimos anos, os principais achados imaginol�gicos da endometriose profunda acometendo os compartimentos p�lvicos anterior, m�dio e posterior. Justifica-se pelo fato de que radiologistas devem estar familiarizados com os achados da endometriose profunda em suas diversas localiza��es, para fornecerem informa��es que permitam adequado tratamento, visando principalmente o controle da dor p�lvica e a preserva��o da fertilidade.


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ANGIOSSARCOMA DE GL�NDULA ADRENAL: UM DIAGN�STICO DIFERENCIAL A SER INCLU�DO NAS MASSAS DA ADRENAL.

Mariane Rodrigues Wanderley1; Alair Augusto Sarmet Moreira Damas dos Santos2; Giorge Pereira Sampaio3; Leonardo Zibetti Sganzerla3; Jos� Roberto Barquette3

1. Universidade Federal do Acre - Rio Branco, AC
2. Universidade Federal Fluminense - Niter�i, RJ
3. Hospital de Cl�nicas de Niter�i - Niter�i, RJ, Brasil
E-mail:

O angiossarcoma de gl�ndula adrenal � um tumor extremamente raro, sendo relatado na literatura nacional apenas um caso desta neoplasia, ocorrido em 1999, na cidade de Londrina, Paran�. � uma neoplasia de r�pido desenvolvimento, alta malignidade e p�ssimo progn�stico. Paciente do sexo masculino, com 62 anos de idade, procurou o servi�o de urg�ncia e emerg�ncia do Hospital de Cl�nicas de Niter�i, Estado do Rio de Janeiro, com queixas de dor abdominal e diarreia. Foi realizada tomografia computadorizada (TC) de t�rax e abdome em aparelho multidetector de 64 canais, com infus�o de contraste intravenoso. Foi evidenciada, na TC de abdome, volumosa forma��o expansiva na gl�ndula adrenal direita, com densidade heterog�nea e realce complexo ao meio de contraste. Na TC de t�rax foram visualizados n�dulos pulmonares hipervascularizados, bem como infiltrado em vidro fosco em ambos os �pices, l�ngula e lobo inferior direito do pulm�o. O paciente foi submetido a ressec��o da massa na adrenal e os achados anatomopatol�gicos foram de neoplasia maligna pouco diferenciada com presen�a de extensas �reas de hemorragia e necrose. A imuno-histoqu�mica demonstrou imunorreatividade para anticorpos anticitoqueratinas pan, ant�geno epitelial de membrana, sinaptofisina, citoqueratina 7, Ki67, CD31 e vimentina, confirmando o diagn�stico de angiossarcoma epitelioide de gl�ndula adrenal. Os tumores malignos prim�rios da suprarrenal s�o uma patologia pouco frequente, representando entre 0,05% e 0,2% de todos os tumores. Dentre estas neoplasias, o angiossarcoma de adrenal � extremamente raro, n�o sendo mencionado na maioria dos trabalhos referentes � gl�ndula suprarrenal. Os angiossarcomas s�o neoplasias endoteliais malignas que ocorrem em ambos os sexos, mais frequentes em adultos entre a sexta e s�tima d�cada de vida. Os s�tios neopl�sicos mais comuns s�o pele, tecidos moles, mama e f�gado, sendo extremamente raro na adrenal. Os casos descritos na literatura, prim�rios da adrenal, relatam uma preval�ncia maior em indiv�duos do sexo masculino, descrevendo massas entre 6 e 10 cm em sua maior dimens�o, visualizadas na TC de abdome. Essas les�es de gl�ndula adrenal s�o agressivas e t�m um maior risco de met�stases precoces, assim como recorr�ncia local. Na TC, os tumores geralmente t�m grandes dimens�es, apresentamse como massas de tecidos moles de margens imprecisas ou bem definidas. Podem tamb�m ser evidenciadas, � TC, les�es heterog�neas, hipodensas, contendo �reas de necrose, com transi��o s�lidoc�stica comumente presente. O sintoma predominante � a dor abdominal, podendo haver quadros completamente assintom�ticos. Os tumores n�o funcionantes s�o de maior frequ�ncia, apresentando achados histopatol�gicos t�picos, como les�o c�stica, de conte�do hemorr�gico, imuno-histoqu�mica revelando positividade para os marcadores CD34, vimentina, ant�geno relacionado ao fator VIII, citoqueratinas, ant�geno epitelial de membrana. O angiossarcoma de adrenal deve ser considerado no diagn�stico diferencial das les�es nesta topografia, como les�o hipervascularizada e que cursa com met�stases tamb�m hipervascularizadas. O tratamento cir�rgico representa a �nica possibilidade curativa desta entidade. Mesmo que o tumor esteja restrito � gl�ndula adrenal, � recomend�vel a remo��o conjunta da gl�ndula, tecido mole adjacente, linfonodos pr�ximos � veia cava, para erradicar qualquer s�tio de potencial microinfiltra��o do tumor. A quimioterapia deve ser considerada em casos de met�stases a dist�ncia. Recentemente, experimentos com inibidores angiog�nicos t�m se mostrado promissores.


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HISTEROSSALPINGOGRAFIA: ENSAIO ICONOGR�FICO DE 140 CASOS.

Camila Grasiele Lopes Silva; Paulo Biaso Villar do Valle; Claudia Cristina Camis�o; Ester Moraes Labrunie; Fernanda Calixto Abdalla; Luciana Emery Siqueira Pinto

Casa de Sa�de S�o Jos� - Rio de Janeiro, RJ, Brasil
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INTRODU��O: A histerossalpingografia, al�m de sua indica��o prim�ria, a pesquisa da infertilidade, permite a avalia��o das patologias da cavidade uterina, desde as malforma��es cong�nitas at� patologias como p�lipos endometriais e adenomiose. � o m�todo de elei��o para a verifica��o da permeabilidade tub�ria. Ademais, � utilizada como ferramenta na desobstru��o de trompas, podendo exercer um papel terap�utico.
OBJETIVO: Descrever as diversas patologias ginecol�gicas encontradas, causadoras ou n�o da infertilidade, correlacionando-as com o percentual de trompas p�rvias ou n�o p�rvias, enfatizando os m�ltiplos aspectos das imagens em cada uma delas.
MATERIAIS E M�TODOS: Estudo retrospectivo do tipo coorte, de 140 casos, com an�lise de 1.418 imagens, no per�odo de janeiro a junho de 2013, em institui��o privada com maternidade, utilizando equipamento telecomandado digitalizado e administra��o de contraste espec�fico atrav�s de sonda de Foley na maioria das pacientes.
RESULTADOS E CONCLUS�O: Foram relacionadas anormalidades da cavidade uterina e patologias ginecol�gicas detectadas pelo m�todo, tais como �tero lobulado, globoso, arqueado, unicorno, leiomioma, hidrossalpinge e adenomiose. Correlacionadas com o resultado de prova de Cotte, em que, das 140 pacientes estudadas, 91 (65%) apresentaram Cotte positivo bilateral (grupo I), 31 pacientes (22%) apresentaram Cotte positivo em uma �nica trompa (grupo II) e 18 pacientes (13%) tiveram Cotte negativo bilateral (grupo III). As anormalidades ginecol�gicas foram encontradas em 7% do grupo I, 32% do grupo II e 55% do grupo III. Demonstramos, neste ensaio, diversas patologias, cujo conhecimento de seus aspectos � de grande valor para o diagn�stico adequado.


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PARACOCCIDIOIDOMICOSE VISCERAL: O PAPEL DO DIAGN�STICO POR IMAGEM.

Michelle Meloni; Waldinei Merces Rodrigues; Carlos Camilo Neto; Mariana Gomes Giraldi; Rafael Scalon Carminatti; Mar�lia Leme Fercondini; Cristiane Scalon Carminatti; Paulo Dantas Rolim

Faculdade de Medicina de Jundia� - Jundia�, SP, Brasil
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A paracoccidioidomicose � uma doen�a f�ngica sist�mica causada pelo Paracoccidioides brasiliensis, fungo dim�rfico encontrado nas Am�ricas do Sul e Central. A porta de entrada mais frequente � o trato respirat�rio superior, e sua dissemina��o para outros locais ocorre por vias hematog�nica e linf�tica. Qualquer �rg�o do corpo pode ser acometido, sendo as manifesta��es radiol�gicas mais importantes observadas nos pulm�es, linfonodos, suprarrenais, ossos, tubo digestivo e sistema nervoso. Dessa forma, � importante lev�-la em considera��o como diagn�stico diferencial de doen�as infecciosas e outras doen�as linfoproliferativas. Os m�todos de imagem s�o de grande aux�lio para a caracteriza��o das les�es, sendo os achados radiogr�ficos, ultrassonogr�ficos e tomogr�ficos essenciais. Este relato de caso � sobre uma paciente do sexo feminino, 20 anos de idade, branca, sem comorbidades conhecidas, que se apresentou com linfonodomegalia cervical e febre vespertina (38�C) h� dois meses. Ao exame f�sico de entrada apresentou icter�cia leve, linfonodomegalia cervical e les�es na face tipo p�pulas eritematocrostosas. Foi realizado ultrassom (US) cervical, que demonstrou linfonodos aumentados nos s�tios II e III direitos e esquerdos, os maiores medindo 1,4 cm e 1,0 cm, nos menores eixos. O US abdominal mostrou linfonodomegalia retroperitoneal e no hilo hep�tico medindo at� 3,3 cm, esplenomegalia, ves�cula biliar contra�da e ascite. A tomografia computadorizada (TC) do abdome mostrou importante hepatomegalia, esplenomegalia, linfonodomegalia retroperitoneal e l�quido livre intraperitoneal, e a do t�rax mostrou linfonodos aumentados na regi�o paratraqueal direita, para�rtica e regi�es hilares. A bi�psia da linfonodomegalia cervical demonstrou achados morfol�gicos sugestivos de paracoccidioidomicose. A paraccoccidioidomiciose � doen�a sist�mica end�mica no Brasil. O pulm�o � o �rg�o mais acometido e outras apresenta��es s�o incomuns. As les�es ganglionares ocorrem principalmente na periferia e no abdome, e a forma intestinal no jejuno, �leo e c�lon. A forma visceral predomina no f�gado e ba�o, as les�es do sistema nervoso central s�o raras e aparecem nos indiv�duos j� com les�es em outros �rg�os. Nos ossos, se caracteriza por les�es l�ticas sem rea��o escler�tica, predominando nos ossos longos e clav�culas. Quando na suprarrenal, pode haver insufici�ncia adrenal prim�ria, sendo o US e a TC importantes para sua caracteriza��o. Numa fase mais aguda h� aumento difuso da gl�ndula, uni ou bilateral, pela necrose caseosa, com realce mais perif�rico do contraste na TC. Numa fase cr�nica, h� atrofia e calcifica��o da gl�ndula. O diagn�stico do acometimento extrapulmonar da paracoccidioidomicose se torna cada vez mais acurado com a maior utiliza��o e incremento dos m�todos de imagem. Os achados podem ser incaracter�sticos ou n�o patognom�nicos, por�m, hist�ria cl�nica e local end�mico devem ser considerados no diagn�stico diferencial.


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TUMOR ESTROMAL GASTRINTESTINAL (GIST) DO EST�MAGO: ASPECTOS � TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA E RESSON�NCIA MAGN�TICA.

Milena Morais Rego1; Livia Oliveira Antunes1; Gustavo Federico Jauregui1; Edgard Viana Neto1; Jo�o Picolo2

1. CMNG - Rio de Janeiro, RJ
2. Oncotrat - Rio de Janeiro, RJ, Brasil
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DESCRI��O SUCINTA DO PROP�SITO DO RELATO: Apresentamos um caso de tumor estromal gastrintestinal (GIST) do est�mago c-Kit positivo, documentado por tomografia computadorizada e resson�ncia magn�tica, extra�do cirurgicamente e confirmado por imuno-histoqu�mica. Trata-se de um tumor gastrintestinal raro, representando 2,2% dos tumores g�stricos malignos. Neste caso apresentou-se como uma volumosa forma��o exof�tica na parede anterolateral do corpo g�strico. N�o foram encontrados registros de imagens semelhantes na literatura pesquisada. Hist�ria Cl�nica: Paciente do sexo masculino, 59 anos, referiu que h� quatro anos iniciou epis�dios espor�dicos de hemat�mese, sendo submetido a endoscopia digestiva alta durante as crises, com resultado normal. Relatou que tratou apenas com sulfato ferroso o quadro de anemia que se instalava. Diagn�stico: Tumor estromal gastrintestinal do est�mago.
DISCUSS�O RESUMIDA DO CASO: Acreditavase que a maioria dos tumores mesenquimais gastrintestinais era proveniente da musculatura lisa, e recentemente foi esclarecido que esta neoplasia constitui uma entidade bem definida (origem nas c�lulas intersticiais de Cajal e express�o da prote�na Kit). A identifica��o da prote�na Kit � um elemento chave na confirma��o do diagn�stico e melhora a expectativa cl�nica de sobrevida com o emprego do imatinibe (um bloqueador do receptor tirosinaquinase). GISTs geralmente s�o tumores grandes, circunscritos, heterog�neos, com �reas centrais de necrose e localizados principalmente na parede do est�mago. Apesar do seu tamanho, raramente obstruem v�sceras e apresentam grande propens�o a met�stases para f�gado e perit�nio.


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RELATO DE CASO: TUBERCULOSE CONG�NITA.

Paola Isabel Silva Barros; J�lio C�sar Dur�es Dornas; Ismael Henrique Soares Melo; Aline Pimentel Amaro; Marcela Ferreira Nicoliello; Renata de Oliveira Moreira; Reginaldo Figueiredo; Jo�o Paulo Kawaoka Matushita

HC-UFMG - Belo Horizonte, MG, Brasil
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INTRODU��O: A tuberculose � uma doen�a frequente no mundo todo, tendo como agente etiol�gico o Mycobacterium tuberculosis. Entretanto, a tuberculose cong�nita � uma forma rara da doen�a, com incid�ncia muitas vezes subestimada. A transmiss�o ocorre por via hematog�nica, aspira��o ou degluti��o do material infectado. O acometimento � sist�mico, sendo comum encontrar les�es hep�ticas, pulmonares e linfonodais. Destaca-se a alta letalidade desta patologia (50% dos casos), principalmente quando diagnosticada tardiamente. Manifesta-se clinicamente com febre, dispneia, hepatoesplenomegalia e adenopatia. O diagn�stico � confirmado pelo estudo histopatol�gico.
RELATO DE CASO: Lactente do sexo masculino, com 3 meses e 20 dias de vida, hist�ria de febre h� 1 m�s. Evoluiu com linfonodos cervicais aumentados, distens�o abdominal dolorosa, irritabilidade e v�mitos. Ao exame f�sico, detectaram-se linfadenomegalia cervical e hepatoesplenomegalia. Paciente nascido pr�-termo, com peso adequado para idade gestacional e Apgar 8/9. A m�e foi a �bito ap�s o parto, com quadro n�o esclarecido de febre, v�mitos, rebaixamento do n�vel de consci�ncia e cefaleia. A avalia��o ultrassonogr�fica abdominal do lactente revelou hepatoesplenomegalia, com f�gado e ba�o apresentando m�ltiplos focos milim�tricos hipoecog�nicos e hiperecog�nicos (sugestivos de calcifica��es), al�m de linfonodos de dimens�es aumentadas, com calcifica��es perif�ricas, localizados em cadeias periportal, pancreatoduodenal e no retroperit�nio. O estudo tomogr�fico computadorizado do cr�nio, t�rax e abdome mostrou, respectivamente, linfadenomegalia cervical, mediastinal e abdominal difusa, com calcifica��es perif�ricas; �reas de consolida��o, atenua��o em vidro fosco e n�dulos esparsos hiperatenuantes nos pulm�es; e hepatoesplenomegalia com calcifica��es parenquimatosas. A bi�psia de linfonodo cervical revelou granulomas com c�lulas gigantes e necrose caseosa central. Ocorreu resposta satisfat�ria � terap�utica espec�fica institu�da.
CONCLUS�O: A import�ncia do tema deve-se � alta letalidade da patologia, o que torna imperioso o diagn�stico precoce da tuberculose cong�nita.


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INJ�RIA N�O ACIDENTAL EM CRIAN�AS: ENSAIO ICONOGR�FICO.

Paulo Marcio Borges Daniel; Fernanda de Fran�a Scovino; Bruno Mauricio Pedrazzani; Ana Paula Minguetti; Rafael Sarmento do Amaral; Adilson Girotto Narciso de Oliveira

X-LEME - Curitiba, PR, Brasil
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INTRODU��O: Segundo dados do Minist�rio da Sa�de do Brasil, as causas externas, como viol�ncia e acidentes, s�o as principais respons�veis pela morte de crian�as a partir do segundo ano de vida, correspondendo aos �ndices mais altos de mortalidade na inf�ncia, adolesc�ncia e no adulto jovem. Diante dessa importante epidemiologia, tornam-se essenciais a familiariza��o com as situa��es de viol�ncia e o preparo dos profissionais de sa�de para a identifica��o precisa do risco para os maus tratos.
MATERIAL: Apresentam-se imagens de pacientes atendidos no pronto-atendimento de um hospital infantil de refer�ncia e submetidos a rotina radiol�gica para maus tratos neste mesmo servi�o.
DISCUSS�O: Embora a ocorr�ncia de maus tratos a crian�as seja crescente e transcenda fronteiras raciais, culturais, religiosas e socioecon�micas, suas estat�sticas de incid�ncia mant�m-se subestimadas pela falta de treinamento de alguns profissionais em reconhecer as supostas v�timas e porque grande parte delas n�o � levada para atendimento m�dico, al�m da dificuldade em se obter uma hist�ria consistente advinda de uma crian�a pequena. Ap�s les�es cut�neas e contus�es, as fraturas ocupam o segundo lugar em achados em maus tratos a crian�as. Assim, o diagn�stico por imagens adquire um importante papel na identifica��o precoce dos maus tratos, sendo seus principais achados descritos e ilustrados neste ensaio. O radiologista deve identificar estes achados sugestivos de abuso, distingui-los de outras patologias e de variantes do normal e estimar a "idade" da les�o.


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TUMOR S�LIDO PSEUDOPAPILAR DO P�NCREAS: RELATO DE CASO E REVIS�O DA LITERATURA.

Izabella de Campos Carvalho Lopes; James de Brito Corr�a; Bruna Vila�a de Carvalho; Em�lia Guerra Pinto Coelho Motta; Laura Filgueiras Mour�o Ramos; Marcelo Almeida Ribeiro; Renata Lopes Furletti Caldeira Diniz; Wanderval Moreira

Instituto de Pesquisa e P�s-Gradua��o da FCM-UFMG/Hospital Mater Dei - Belo Horizonte, MG, Brasil
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INTRODU��O: O tumor s�lido pseudopapilar do p�ncreas (TSPP), tamb�m conhecido como tumor s�lido-c�stico, s�lido-papilar, c�sticopapilar ou tumor de Frantz, � uma neoplasia rara do p�ncreas, ocorrendo em 0,17% a 2,7% dos tumores n�o end�crinos do p�ncreas. � uma entidade que tem sido cada vez mais descrita na literatura em fun��o do maior conhecimento da doen�a e da maior uniformidade de conceitua��o nos �ltimos anos. � encontrado na maioria dos casos em adolescentes do sexo feminino, sendo considerado uma neoplasia com pequeno grau de malignidade, com bom progn�stico, desde que pass�vel de ressec��o cir�rgica completa, o que � poss�vel na maioria dos casos. O objetivo do presente estudo � relatar um caso de TSPP submetido a ressec��o cir�rgica e apresentar revis�o da literatura dos principais achados cl�nicos e imaginol�gicos.
DESCRI��O: Paciente de 19 anos, sexo feminino, previamente h�gida, admitida com quadro de dor � ingest�o alimentar h� cerca de um m�s, sem perda de peso ou v�mitos. A ultrassonografia do abdome evidenciou a presen�a de massa em quadrante superior direito, com cerca de 8 cm. Realizou tomografia computadorizada que confirmou o achado, com massa retroperitoneal bem delimitada com cerca de 8 cm, anterior � veia cava e vasos renais, sem definir plano com processo uncinado, comprimindo duodeno e gerando dilata��o g�strica a montante. Marcadores tumorais normais. Proped�utica n�o mostrou evid�ncias de dissemina��o. Foi submetida a ressec��o de tumor retroperitoneal, linfadenectomia retroperitoneal e pancreatectomia parcial. Procedimento sem intercorr�ncias. Os achados histol�gicos e imuno-histoqu�micos suportavam o diagn�stico de um tumor pseudopapilar s�lido-c�stico do p�ncreas.
DISCUSS�O: A origem do TSPP �, sem d�vida, grande motivo de controv�rsia. A maioria dos casos diagnosticados tem sido encontrada em mulheres jovens, na segunda e terceira d�cadas de vida. As c�lulas neopl�sicas apresentam receptores de progesterona e a forma beta dos receptores de estrog�nio, sugerindo um papel desses horm�nios no desenvolvimento deste tumor. Os achados cl�nicos s�o vagos e podem incluir dor abdominal leve e saciedade precoce. Devido ao seu crescimento lento e � car�ncia ou inespecificidade de manifesta��es cl�nicas, no momento do diagn�stico, os tumores, comumente, apresentam grandes dimens�es, geralmente maiores do que 10 cm. A despeito disso, � rara a invas�o de estruturas vasculares ou biliares, o que torna a ressec��o poss�vel na maioria dos pacientes. A ressec��o cir�rgica � o melhor tratamento para o TSPP, sendo na maioria das vezes o �nico tratamento suficiente, com margens negativas e na aus�ncia de met�stases. Enfatiza-se a raridade do caso e a necessidade de se considerar o TSPP no diagn�stico diferencial de massa abdominal em pacientes jovens.


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PARACOCCIDIOIDOMICOSE DISSEMINADA COM MASSA RETROPERITONEAL EM CRIAN�A: RELATO DE CASO.

Leonardo Galeazzi Stoppa; Marcela Ferreira Nicoliello; Fabio Rodrigues de Roma; Ana Luiza Diniz Dur�es Pereira; Vin�cius Alves de Lara dos Santos; Samuel de Almeida Silva; Jo�o Paulo Kawaoka Matushita; Reginaldo Figueiredo

Hospital das Cl�nicas da UFMG - Belo Horizonte, MG, Brasil
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A paracoccidioidomicose � uma doen�a infecciosa sist�mica causada pelo fungo Paracoccidioides brasiliensis. A via prim�ria de infec��o � a inalat�ria, mas pode haver dissemina��o hematog�nica. A forma cr�nica do adulto � a mais comum, sobretudo entre 30 e 50 anos, acometendo preferencialmente o pulm�o. Mais rara � a forma aguda/subaguda ou juvenil, a qual se apresenta, em ordem de frequ�ncia, pela presen�a de linfadenomegalia, manifesta��es digestivas, hepatoesplenomegalia, envolvimento osteoarticular e les�es cut�neas. Relata-se o caso de um menino de 11 anos, residente em zona urbana de Minas Gerais, com hist�ria de dor abdominal em c�lica periumbilical, acompanhada de v�mitos e febre, com dura��o aproximada de tr�s meses, al�m de perda ponderal antecedendo estes sintomas. Hist�ria pregressa sem particularidades. Ao exame f�sico apresentava linfonodomegalia generalizada, distens�o abdominal e massa palp�vel no quadrante inferior esquerdo do abdome. O estudo tomogr�fico do abdome mostrou linfonodos mesent�ricos e retroperitoneais aumentados de tamanho, alguns confluentes e formando aglomerados, sobretudo na raiz mesent�rica. Alguns linfonodos apresentavam necrose central. No estudo tomogr�fico do t�rax foram observadas linfonodomegalias axilares, mediastinais e hilares. Realizou-se bi�psia de linfonodo cervical, cujo resultado diagnosticou paracoccidioidomicose. O estudo anatomopatol�gico demonstrou intensa prolifera��o de estruturas anulares com microesporos perif�ricos ("roda de leme"), al�m de tecido linfoide remanescente com padr�o reativo com forma��o de granulomas e c�lulas gigantes. O paciente foi submetido a tratamento com anfotericina B por 10 dias e sulfametoxazol-trimetoprim, evoluindo com melhora da dor abdominal, redu��o dos linfonodos � palpa��o e diminui��o da distens�o abdominal. A raridade da doen�a na inf�ncia, bem como o padr�o radiol�gico incomum de apresenta��o da paracoccidioidomicose, chamam a aten��o neste caso. O conhecimento desta variante da doen�a � �til para se estabelecer diagn�stico diferencial e tratamento adequado.


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CORRELA��O AN�TOMO-RADIOL�GICA DE FIBROSE HEP�TICA CONG�NITA: RELATO DE CASO.

Daniel Macedo Severo de Lucena; Laecio Leitao Batista; Eolo Santana Albuquerque; Marina Feitosa Soares; Anne Carine de Lima; Gustavo Henrique Bezerra Avelino; Elaine Fernanda Tavares de Souza; Bruno Perez Guedes Pereira

Universidade Federal de Pernambuco - Recife, PE, Brasil
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INTRODU��O: A fibrose hep�tica cong�nita � uma doen�a autoss�mica recessiva rara, incidindo em adolescentes e adultos jovens, caracterizada por altera��o na forma��o da placa ductal, ramifica��o intra-hep�tica das veias portais e fibrose progressiva dos tratos portais. Pode estar associada a doen�a polic�stica renal, doen�a de Caroli e s�ndrome de Joubert. O tratamento n�o modifica a doen�a, mas sim as manifesta��es cl�nicas, e informa��es sobre o progn�stico ainda n�o s�o precisas na literatura. Radiologicamente, observam-se sinais de hipertens�o portal, caracterizados por esplenomegalia e circula��o colateral, podendo tamb�m se manifestar com padr�es de doen�a colest�tica, de forma mista ou tardia. Diante da instala��o de cirrose avan�ada, o transplante hep�tico � o tratamento definitivo.
RELATO DE CASO: Homem de 17 anos, com hist�ria de icter�cia, col�ria, diarreia sanguinolenta e febre, associadas a perda de 5 kg em tr�s meses. Exames sorol�gicos para hepatites virais e esquistossomose negativos. Realizada ultrassonografia, que evidenciou sinais de hepatopatia cr�nica fibrosante, com hipertens�o portal, circula��o colateral e esplenomegalia, achados ratificados por tomografia computadorizada. Realizou-se tamb�m colangiorresson�ncia, que demonstrou, al�m dos achados j� descritos, afilamento do hepatocol�doco em cerca de 2,0 cm de sua extens�o. Prosseguiu-se com bi�psia hep�tica, cujo resultado definiu fibrose hep�tica cong�nita.
DISCUSS�O: A fibrose hep�tica cong�nita � uma patologia rara. No entanto, seu diagn�stico precoce � essencial no manejo de futuras complica��es. Nas regi�es end�micas da esquistossomose, deve ser lembrada como importante diagn�stico diferencial, em pacientes jovens.


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DOR ABDOMINAL A ESCLARECER: ESPECTRO DE DOEN�AS AL�M DA APENDICITE E DA DIVERTICULITE.

Daniel Zambuzzi Naufel; Lucas Delgado Oliveira; Ariane Bazanelli Buck; Thiago Jos� Penachim; Daniel Lahan Martins; Marco Alexandre Rod-stein; Patricia Cardia Prando; Adilson Prando

Centro Radiol�gico Campinas/Hospital Vera Cruz - Campinas, SP, Brasil
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As dores abdominais, embora representem sintomas relacionados a um amplo espectro de doen�as, s�o justificativas gen�ricas constantes para requisi��o em regime de urg�ncia de exames de tomografia computadorizada abdominal (TCA). Muito embora os achados de apendicite e diverticulite agudas sejam os mais frequentemente encontrados, v�rias outras doen�as abdominais agudas podem ser encontradas, tendo o radiologista, em alguma delas, papel importante na determina��o do tratamento cir�rgico ou conservador. Ser�o demonstrados, de forma pr�tica e por interm�dio de um ensaio pict�rico, os achados tomogr�ficos da apendicite aguda, diverticulite, apendagite epiploica, infarto omental, paniculite e isquemia mesent�ricas, e algumas complica��es abdominais relacionadas a doen�as neopl�sicas. Os demais diagn�sticos diferenciais destas entidades ser�o tamb�m discutidos. Todos os pacientes foram examinados em car�ter de urg�ncia no Departamento de Radiologia de nossa Institui��o, nos anos de 2012 e 2013.


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S�NDROME DA "ROLHA" BILIAR ASSOCIADA A HEMORRAGIA DA ADRENAL: RELATO DE CASO.

Anne Carine de Lima; Gustavo Henrique Bezerra Avelino; Eduardo Just Costa Silva; Marina Feitosa Soares; Daniel Macedo Severo de Lucena; Elaine Fernanda Tavares de Souza; Eolo Santana Albuquerque; Laecio Leitao Batista

Universidade Federal de Pernambuco - Recife, PE, Brasil
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INTRODU��O: O objetivo deste trabalho � relatar o diagn�stico e a evolu��o ultrassonogr�fica de um rec�m-nascido (RN) com quadro de infec��o neonatal inespec�fica, que evoluiu com hemorragia adrenal, plaquetopenia, hemorragia digestiva (caracterizada por res�duo g�strico sanguinolento), associada a dilata��o de vias biliares intra-hep�ticas determinada pela presen�a de material s�lido, amorfo, no col�doco distal, configurando-se o quadro de s�ndrome da "rolha" biliar.
RELATO DE CASO: Rec�m-nascido do sexo masculino, nascido a termo, com quadro de infec��o neonatal inespec�fica, apresentou no terceiro dia de vida plaquetopenia, hemorragia digestiva (caracterizada por res�duo g�strico sanguinolento). O exame ultrassonogr�fico mostrou uma massa hiperecog�nica na loja adrenal direita. Ao longo do tempo, houve modifica��o do seu padr�o ultrassonogr�fico, passando a iso-hipoecoico durante observa��o de tr�s semanas, com redu��o de sua dimens�o. Paralelamente, e durante o seguimento do paciente, foi flagrada dilata��o de vias biliares intra-hep�ticas, determinada pela presen�a de material s�lido, amorfo, medindo 0,4 cm, no col�doco. Uma semana depois, o material ecog�nico desapareceu, bem como a dilata��o da �rvore biliar. N�o houve nenhum achado cl�nico ou ultrassonogr�fico indicativo de neuroblastoma neonatal. A evolu��o cl�nica foi benigna.
DISCUSS�O: A s�ndrome da rolha biliar � uma causa incomum de icter�cia em neonatos e � definida como a obstru��o de ductos biliares extra-hep�ticos por "lama" biliar em crian�as sem anomalias anat�micas, defeitos cong�nitos ou enzim�ticos da bile, ou les�es hepatocelulares. Pode estar associada a hem�lise maci�a (incompatibilidade Rh), a absor��o de hematomas (hemorragias intra-abdominais, intracraniana ou retroperitoneal), a aumento da circula��o entero-hep�tica, ou ap�s uso prolongado de antibi�ticos. Por sua vez, a hemorragia n�o traum�tica da adrenal tamb�m � um evento incomum em RN nascido a termo. Suas causas s�o divididas em cinco categorias: estresse neonatal, di�tese hemorr�gica ou coagulopatia, tumores adrenais e doen�as idiop�ticas. A ultrassonografia � o m�todo de escolha em RN para a avalia��o inicial e seguimento da icter�cia obstrutiva (neste caso, por "rolha" biliar) e massas abdominais (como hematoma adrenal e seu principal diagn�stico diferencial - neuroblastoma neonatal), devido ao tamanho do paciente, � dimens�o relativamente grande da gl�ndula adrenal nessa faixa et�ria e � aus�ncia de radia��o ionizante do m�todo.


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PSEUDOANEURISMA DE ART�RIA UTERINA DIREITA.

Thaianne da Cunha Alves; Jezreel Corr�a da Costa; Gabriel de Deus Vieira; Nat�lia Nogueira Vieira; Alessandra Yukari Yamagishi; Adryane Mendes do Nascimento; Bruna Eduarda Alencar da Silva

Faculdade S�o Lucas - Porto Velho, RO, Brasil
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INTRODU��O: O pseudoaneurisma ou falso aneurisma consiste de uma dilata��o segmentar do vaso, caracterizada pela perda de continuidade das tr�s camadas da parede arterial na forma��o do saco aneurism�tico. As principais causas s�o traumatismos, infec��es, processos cir�rgicos e neoplasias. O pseudoaneurisma da art�ria uterina (PAU) � uma causa rara de hemorragia p�s-parto, geralmente associado � les�o de um vaso uterino ap�s cirurgias ginecol�gicas.
DESCRI��O: Paciente feminina, 58 anos, relatou dor p�lvica persistente, localizada em fossa il�aca direita, hist�ria pr�via de parto cesariano h� 20 anos. Referiu que realizou exame de ultrassonografia, apresentando uma massa parauterina direita. Na resson�ncia magn�tica com contraste, foi visualizada uma massa com sinal heterog�neo em todas as sequ�ncias, morfologia ovalada, parauterina direita, de 6,5 � 7,0 � 8,0 cm, com arquitetura interna de aspecto lamelado, apresentando realce intenso oval na por��o central, semelhante a vaso, comprimindo a bexiga. J� a tomografia computadorizada com contraste e reconstru��o tridimensional demonstrou uma imagem compat�vel com pseudoaneurisma da art�ria uterina direita.
DISCUSS�O: O PAU � uma complica��o rara que ocorre tardiamente em cirurgias p�lvicas. Sua etiologia est� ligada a les�o vascular causada por traumas locais. Ao se realizar procedimentos como cesariana e cirurgias abortivas, pode ocorrer lacera��o da �ntima de vasos, que extravasam sangue para os tecidos circunjacentes formando uma bolsa perivascular que se comunica com o vaso lesado. Dependendo da press�o intramural e do tamanho desta cole��o sangu�nea, pode haver ruptura deste pseudoaneurisma. Os principais sintomas apresentados pelas pacientes s�o dor p�lvica, metrorragia ou hemorragias intensas tardiamente no p�s-parto. O exame de imagem padr�o ouro para o diagn�stico � a arteriografia. Outro m�todo eficaz � a ultrassonografia com Doppler, com sensibilidade e especificidade de 95%. O tratamento de escolha � a emboliza��o da art�ria, procedimento com baixos riscos, altos �ndices de controle das hemorragias e conserva��o da fertilidade.


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ASPECTOS RADIOL�GICOS DA DOEN�A DE CROHN NA ENTEROTOMOGRAFIA.

Gustavo Bittencourt Camilo; Celso Estev�o de Oliveira; Dequitier Carvalho Machado; Let�cia da Silva Lacerda; �rsula David Alves; Mauricio Rodrigues Freitas; Rodrigo Lucas Passos de Souza; Romulo Varella de Oliveira

Hospital Universit�rio Pedro Ernesto-HUPE/UERJ - Rio de Janeiro, RJ, Brasil
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A doen�a de Crohn � uma doen�a inflamat�ria sist�mica cr�nica que faz parte do grupo das doen�as inflamat�rias intestinas. S�o caracter�sticos o padr�o segmentar e a possibilidade do envolvimento de todo o trato gastrintestinal, com predile��o pelo intestino delgado, particularmente o �leo terminal, e o c�lon ascendente. Um problema comumente enfrentado no seguimento dos pacientes acometidos pela doen�a � a grande dificuldade para detec��o do envolvimento do intestino delgado, sobretudo de jejuno e �leo, a partir de m�todos endosc�picos, como a colonoscopia, grande parte pelo grande comprimento deste segmento intestinal, e radiol�gicos cl�ssicos, como o enema opaco e a enterografia, pela interposi��o de al�as. Al�m disso, esses m�todos fornecem apenas dados relacionados com altera��es superficiais na mucosa do segmento envolvido, n�o permitindo a avalia��o adequada de achados intramurais e extraluminais. Diante destas limita��es, a enterografia por tomografia computadorizada ou enterotomografia (entero-TC) vem se tornando a principal alternativa na avalia��o do envolvimento do intestino delgado. Os aparelhos de tomografia multidetectores trouxeram grandes avan�os quanto � resolu��o espacial das imagens e, juntamente com boas t�cnicas de distens�o luminal atrav�s do uso de agentes de contraste negativo, permitem a identifica��o de achados de comprometimento pela atividade da doen�a, bem como de altera��es relacionadas a altera��es fibr�ticas ou de complica��es. Al�m do conhecimento dos protocolos utilizados para aquisi��o de imagens utilizando a t�cnica de entero-TC, � fundamental que os radiologistas estejam aptos a identificar os principais achados encontrados no envolvimento gastrintestinal pela doen�a de Crohn. Foram analisados, retrospectivamente, dez pacientes portadores de doen�a de Crohn submetidos a estudos de entero-TC em aparelho multidetector de 64 canais com uso de solu��o de polietilenoglicol como contraste oral negativo, realizados em hospital-escola no Rio de Janeiro, oito deles apresentando dados t�picos de envolvimento do intestino delgado pela doen�a. Ser�o descritos os principais achados decorrentes do processo inflamat�rio agudo, como espessamento parietal, estratifica��o das camadas, densifica��o e prolifera��o da gordura do mesent�rio e ingurgitamento vascular, bem como de altera��es fibr�ticas, com perda da estratifica��o das camadas e estenoses, al�m da ocorr�ncia de complica��es, incluindo obstru��o intestinal e forma��o de f�stulas e abscessos.


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DIAGN�STICO TOMOGR�FICO COMPUTADORIZADO DE CORPO ESTRANHO LOCALIZADO NO C�LON E DE APAR�NCIA N�O USUAL: RELATO DE CASO.

Paula Terra Martins Almeida Amaral1; Ana Maria Magalh�es Valle Cundari1; Carlos Eduardo Franco Loiola2; Mario Marcos Lukschal Barbosa3; Wilson Campos Tavares Junior4; Breno Rabelo Carvalho Silva1; Mauro Castro Carvalo1

1. Universidade de Ita�na - Ita�na, MG
2. Hospital Manoel Gon�alves - Ita�na, MG
3. Hospital S�o Jos� - Conselhiero Lafaiete, MG
4. Hospital das Cl�nicas da UFMG - Belo Horizonte, MG, Brasil
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INTRODU��O: Apresenta-se caso cl�nico de corpo estranho (CE) de caracter�sticas n�o usuais � tomografia computadorizada multidetectores (TC), originando perfura��o intestinal da transi��o dos c�lons descendente e sigmoide e hip�tese cl�nica de diverticulite. O estudo tomogr�fico computadorizado foi decisivo para determinar tanto o diagn�stico quanto o tipo de CE ingerido. Cerca de 80% dos CEs ingeridos n�o causam intercorr�ncias, sendo eliminados em torno de uma semana e raramente originam perfura��o (1%). A impacta��o � mais frequente nos dois ter�os inferiores do es�fago, seguido do est�mago e da faringe. Duodeno e v�lvula ileocecal s�o acometidos em 2% dos casos. A real incid�ncia de CE no intestino grosso � dif�cil de ser avaliada devido �s caracter�sticas anat�micas. Os CEs mais encontrados s�o espinhas de peixe (27%), ossos bovinos (23%), moedas (12%), ossos de galinha (4%) e outros (8%).
DESCRI��O: Paciente masculino, 36 anos, apendicectomizado e queixando dor abdominal difusa com 11 dias de evolu��o. Relatou piora recente da dor e localiza��o na fossa il�aca esquerda (FIE), associada a febre e hiporexia. Apresentou hemograma com leucocitose discreta sem desvio � esquerda e exame de urina rotina normal. Ao exame f�sico, apresentou-se est�vel, abdome doloroso em FIE e piora � descompress�o. Aventada suspeita de diverticulite, foi iniciada antibioticoterapia (ciprofloxacina) e submetido a TC de abdome e pelve, que mostrou sinais compat�veis com CE. Questionado pelo radiologista, o paciente relatou ingest�o de peixe pr�ximo ao in�cio dos sintomas. Foi realizada TC de peixe Hoplias malabaricus para compara��o de suas caracter�sticas radiol�gicas com as do CE identificado. O paciente se manteve est�vel e optou-se por tratamento cl�nico sem interven��o cir�rgica.
DISCUSS�O: Ao contr�rio das altera��es esperadas � TC no quadro de diverticulite, o exame mostrou aumento heterog�neo e irregular da densidade do tecido adiposo peric�lico na borda mesent�rica da transi��o dos c�lons descendente e sigmoide, onde foi observada estrutura linear de coeficientes de atenua��o intermedi�rios entre tecido adiposo e �gua, associado a m�nima quantidade de ar no tecido peric�lico espessado, e interpretado como CE. As caracter�sticas analisadas do CE (hipodensidade; forma retil�nea; 4,3 cm de comprimento e 0,3 cm de espessura) n�o foram compat�veis � TC do peixe. Portanto, dentre outras possibilidades, foi sugerida ingest�o de CE de madeira (palito de dente), principalmente devido �s dimens�es e configura��o apresentadas. A densidade se mostrou compat�vel apenas quando uma nova s�rie de imagens tomogr�ficas computadorizadas foi realizada, incluindo palitos em seu estado natural (secos) e hidratados em graus vari�veis.
CONCLUS�O: O diagn�stico de perfura��o intestinal por CE est� relacionado � experi�ncia do radiologista, tornando-se desafiante devido �s densidades e dimens�es vari�veis e ainda podendo ser ocultado por conte�do intestinal, ar ou fluidos superpostos.


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ABDOME AGUDO: COMO O USO DO CONTRASTE VENOSO NOS EXAMES DE TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA PODE AJUDAR NO DIAGN�STICO E NO PLANEJAMENTO TERAP�UTICO?

Marcelo Pereira Chaves; Marcio Naylor D'Avila Garcez; Beatriz da Cunha Raymundo

Hospital Estadual Carlos Chagas - Rio de Janeiro, RJ, Brasil
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A dor abdominal � uma das principais causas de atendimento em servi�os de emerg�ncia. A sua avalia��o pode ser um desafio, j� que muitas vezes os sintomas dos pacientes s�o inespec�ficos e o exame f�sico pode n�o identificar a etiologia da dor com precis�o. Nesta avalia��o, o uso tomografia computadoriza com contraste venoso pode ser fundamental tanto no diagn�stico quanto nas informa��es adicionais que podemos oferecer ao m�dico assistente para que seja tomada uma conduta, seja cl�nica ou cir�rgica. O nosso objetivo � realizar uma revis�o sobre a avalia��o da dor abdominal na emerg�ncia, incluindo uma an�lise sobre como o uso do contraste venoso pode ser �til na decis�o da conduta cl�nica ou cir�rgica, como, por exemplo, a escolha do melhor m�todo de acesso � cavidade, defini��es anat�micas para evitar iatrogenias, entre outros, mostrando casos em que a utiliza��o do contraste venoso foi importante n�o somente no diagn�stico, como tamb�m no planejamento terap�utico, na identifica��o de complica��es relacionadas � doen�a de base e na condu��o da abordagem nos casos cir�rgicos.


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ABDOME AGUDO NA GESTA��O POR PERFURA��O DO DIVERT�CULO DE MECKEL: UM RELATO DE CASO.

Lucia Antunes Chagas1; Dequitier Carvalho Machado1; Gustavo Bitten-court Camilo1; Celso Estev�o de Oliveira1; Carlos Alberto Bas�lio de Oliveira2; Mauro Freire3; Luciana Nogueira de Ara�jo1; Helo�sa Maria Pereira Freitas3

1. Hospital Universit�rio Pedro Ernesto-HUPE/UERJ - Rio de Janeiro, RJ
2. Laborat�rio Bioneo - Duque de Caxias - RJ
3. Hospital de Cl�nicas M�rio Lioni - Duque de Caxias, RJ, Brasil
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O divert�culo de Meckel � a anomalia cong�nita mais comum do trato gastrintestinal, ocorrendo em 2% a 3% da popula��o. � um divert�culo verdadeiro, que pode conter mucosas intestinal, g�strica, entre outras. Localiza-se no bordo antimesent�rico do �leo e em 75% dos casos est� a 100 cm da v�lvula ileocecal. O divert�culo � geralmente assintom�tico, sendo na maioria das vezes diagnosticado devido �s suas complica��es, as quais s�o mais comuns no sexo masculino e na inf�ncia e incluem, mais frequentemente, hemorragia (32%), diverticulite (22%), obstru��o intestinal (35%), perfura��o (1%), al�m de outras como �lcera p�ptica, invers�o diverticular, intussuscep��o, volvo, tor��o, enterite, neoplasia de divert�culo. A perfura��o � complica��o rara que se manifesta atrav�s de quadro cl�nico de abdome agudo, e destacam-se, entre suas causas: diverticulite, trauma, ulcera��o, tumor ou les�o por corpo estranho. O abdome agudo durante a gesta��o tem, como suas principais causas, complica��es obst�tricas. As causas n�o obst�tricas, al�m de raras, s�o de dif�cil diagn�stico cl�nico, principalmente pelo aumento do volume uterino e distor��o da anatomia local. Entre as suas causas mais comuns encontram-se apendicite aguda, doen�a biliar, obstru��o intestinal, pancreatite e trauma. Apresentamos o caso de uma gestante de 34 semanas, com dor abdominal de in�cio agudo, primariamente diagnosticada e tratada como infec��o do trato urin�rio, que evoluiu com piora da dor e distens�o abdominal importante. Tomografia computadorizada de abdome e pelve revelou acentuada distens�o do est�mago e al�as de intestino delgado, com n�veis hidroa�reos, pneumatose intestinal al�m de pneumoperit�nio. A paciente foi submetida a laparotomia exploradora com identifica��o de peritonite fecal e estrutura tubular em fundo cego com �rea de perfura��o, sugestiva de divert�culo de Meckel, cujo diagn�stico foi confirmado por exame histopatol�gico. Foi procedida cesariana de urg�ncia, com retirada do feto em boas condi��es cl�nicas. A paciente foi encaminhada ao centro de terapia intensiva, desenvolveu quadro de choque s�ptico de origem abdominal, e recebeu alta uma semana depois.


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URETERITE C�STICA, COMPLICA��O INCOMUM DE LIT�ASE URIN�RIA, POR�M COM ASPECTOS IMAGINOL�GICOS CARACTER�STICOS: RELATO DE CASO.

Lucas Tadeu Oliveira Menezes Mac�do; Rodolfo Elias Diniz Silva de Carvalho; Carolina Corcino Maia; Liliana Prata Souza; �rika Martins Baima; Ana Luiza Corcino Maia; Richard Volpato; Francisco Homero Coelho

Multiscan Imagem e Diagn�stico - Vit�ria, ES, Brasil
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Mulher, 30 anos, com hist�ria nefrolit�ase h� tr�s anos, procedimento cir�rgico pr�vio nas vias urin�rias, encaminhada pelo urologista para investiga��o tomogr�fica de c�lica renal. Tomografia computadoriza (TC) de abdome evidenciou c�lculos coraliformes preenchendo a pelve e os grupamentos calicinais do rim direito, com dilata��o calicinal, sobretudo no ter�o renal superior. Observaram-se ainda pequena dilata��o e discreto espessamento da pelve renal e dos ter�os superior e m�dio do ureter direito, com m�ltiplos diminutos focos de falha de enchimento no ureter. Os achados tomogr�ficos caracterizaram presen�a de ureterite c�stica. Ureterite c�stica � uma rara entidade benigna de origem inflamat�ria, caracterizada por m�ltiplos e pequenos defeitos c�sticos na superf�cie do ureter. Histologicamente se manifesta como �reas de metaplasia e invagina��o do urot�lio, formando os ninhos de Von Brunn, que com o cont�nuo estimulo inflamat�rio apresenta uma degenera��o l�quida e evolui para sua forma vis�vel, o cisto maduro. Est� associada a irrita��o cr�nica, tendo como principais causas nefrolit�ase e infec��es do trato urin�rio. Tuberculose e esquistossomose tamb�m foram descritas como causas. H� relatos de caso que associam a hemorragia induzida por medicamento ou por choque s�ptico como outras poss�veis causas. Acomete a maioria das vezes a popula��o adulta e � geralmente assintom�tica, sendo um achado em exames radiol�gicos ou endosc�picos, por�m infrequentemente associada a complica��es como c�lica renal, hemat�ria, hidronefrose e calcifica��o. Radiologicamente se apresentam como �reas numerosas e pequenas (2-3 mm) de falhas de enchimento, c�sticas, bem definidas, com apar�ncia hemisf�rica, que podem ocorrer em qualquer parte do urot�lio, mas predominando no ter�o superior do ureter, geralmente unilaterais, mas com casos bilaterais frequentemente descritos. Entre os diagn�sticos diferenciais est�o inclu�dos c�lculos radiolucentes, bolhas de ar, carcinoma de c�lulas transicionais, met�stases, fibrose e p�lipos. Quando a imagem n�o � conclusiva, deve ser usada a ureteroscopia com bi�psia para estudo anatomopatol�gico. Seu tratamento consiste na elimina��o do processo inflamat�rio causador.


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DIVERTICULITE AGUDA COMPLICADA: QUANDO INDICAR A DRENAGEM PERCUT�NEA GUIADA POR IMAGEM? - ENSAIO PICT�RICO.

Janaina Johnsson1; Alexandre Fligelman Kanas2; Bruno Barcelos da N�brega1; Luiz Carlos Donoso Scoppetta1; Hugo Alexandre S�crates de Castro1; Raphael Sandes Solha1; Frederico Rocha Henriques Ramos1; Ricardo Miguel Costa de Freitas1

1. Hospital S�o Camilo - S�o Paulo, SP
2. Faculdade de Medicina da Universidade de S�o Paulo - S�o Paulo, SP, Brasil
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INTRODU��O: A drenagem percut�nea de abscessos abdominais e p�lvicos � uma op��o terap�utica na abordagem de pacientes com diverticulite aguda complicada. Os m�todos de imagem mais utilizados para orienta��o da drenagem percut�nea s�o a ultrassonografia e a tomografia computadorizada. As vias mais comuns de acesso percut�neo s�o: a transabdominal anterior e lateral, a transgl�tea ou a trans-vaginal.
OBJETIVOS: Descrever os achados tomogr�ficos da diverticulite aguda complicada e dos seus diagn�sticos diferenciais em nove pacientes submetidos a drenagem percut�nea de cole��es abdominais e p�lvicas, entre fevereiro e julho de 2013 pela equipe de radiologia intervencionista da institui��o.
DISCUSS�O: A drenagem percut�nea guiada por imagem promove redu��o parcial ou total do tamanho do abscesso peridiverticular com di�metro maior do que 4 cm em pacientes com diverticulite aguda complicada (est�gio II da classifica��o de Hinchey). Este procedimento minimamente invasivo � parte integrante da terap�utica da diverticulite aguda e permite ao cirurgi�o a programa��o de um procedimento eletivo, em tempo �nico, com menor morbidade em rela��o aos procedimentos cir�rgicos de emerg�ncia.
CONCLUS�O DA APRESENTA��O: Ao radiologista � importante identificar os crit�rios imaginol�gicos da diverticulite aguda complicada e de seus diagn�sticos diferenciais. Tais crit�rios auxiliam no reconhecimento do melhor momento para indicar a drenagem percut�nea guiada por imagem.


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DIVERT�CULO VESICOURACAL DIAGNOSTICADO POR URETROCISTOGRAFIA RETR�GRADA/MICCIONAL: RELATO DE CASO.

Geraldo Souza Pinho Alves; Renato Norberto Zangiacomo; Rodrigo Valad�o Negri; Danilo Monteiro de Melo Henklain; Matheus Lobo Camilo; Cecilia Pe�anha Bogado Fassbender; Renato de Nova Friburgo Caggiano; Gladstone Mattar

Hospital do Servidor P�blico do Estado de S�o Paulo - S�o Paulo, SP, Brasil
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INTRODU��O: O objetivo deste relato � descrever um caso de divert�culo vesicouracal diagnosticado por uretrocistografia retr�grada e miccional. As imagens foram revisadas a partir do arquivo digital de imagens. Obteve-se a autoriza��o do paciente para utiliz�-las no relato.
DESCRI��O SUCINTA: Paciente de 82 anos, sexo masculino, apresentou queixa de dis�ria e hemat�ria. Portador de aumento do volume prost�tico. Foi submetido a uretrocistografia retr�grada e miccional, que evidenciaram presen�a de sacula��o/divert�culo em parede anterossuperior da bexiga, sugestiva de remanescente do �raco.
DISCUSS�O RESUMIDA: O �raco � uma estrutura da linha m�dia do abdome, extra-peritoneal, que se estende da c�pula anterior da bexiga at� o umbigo. � um remanescente do alantoide, que se n�o involuir adequadamente poder� causar transtornos cong�nitos ou adquiridos que n�o s�o frequentes. Pode manifestar-se com sinais e sintomas inespec�ficos abdominais e urin�rios, levando a um diagn�stico cl�nico e de imagem dif�cil. As anomalias do �raco se dividem em: pat�ncia do �raco (50%), cisto uracal (30%), seio do �raco (15%) e divert�culo v�sico-uracal (5%). No caso espec�fico de divert�culo vesicouracal, o �raco se comunica com a c�pula da bexiga. As complica��es mais frequentes s�o as infec��es. Na quase totalidade dos casos, � necess�ria a correla��o com a anatomopatologia e deve-se proceder a sua ressec��o, devido ao risco de desenvolvimento de neoplasia. As neoplasias s�o raras e em 90% s�o adenocarcinomas que se originam da extremidade da bexiga e crescem para o espa�o perivesical, levando muitas vezes � d�vida diagn�stica com neoplasia prim�ria de bexiga.


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CORRELA��O RADIOL�GICO-ENDOSC�PICA DE F�STULA BILIOENT�RICA M�LTIPLA: RELATO DE CASO.

Daniel Macedo Severo de Lucena; Eduardo Just Costa Silva; Elaine Fernanda Tavares de Souza; Marina Feitosa Soares; Laecio Leitao Batista; Eolo Santana Albuquerque; Bruno Perez Guedes Pereira; Luana Barros de Lima

Universidade Federal de Pernambuco - Recife, PE, Brasil
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INTRODU��O: A utiliza��o de m�todos de imagem para colelit�ase e suas complica��es tem melhorado dramaticamente a resolu��o de casos complexos. A ultrassonografia � o m�todo de escolha para detec��o de c�lculos de ves�cula biliar. Apesar de a colelit�ase habitualmente n�o desenvolver sintomas ou complica��es, a c�lica biliar, quando ocorre, � devida � obstru��o transit�ria do ducto c�stico pelo c�lculo. No entanto, complica��es podem ocorrer, como colecistite, pancreatite, duodenite, s�ndrome de Mirizzi, al�m perfura��o vesicular com consequente f�stula ent�rica por necessidade.
RELATO DE CASO: Mulher, 79 anos, com hist�ria de n�useas, constipa��o e dor em baixo ventre h� 15 dias, que se localizou na fossa il�aca esquerda h� 7 dias. Estudo tomogr�fico mostrou ves�cula biliar de paredes espessadas e l�quido pericolec�stico, contendo g�s em seu interior, notando-se dois trajetos fistulosos comunicando-a com flexura hep�tica do c�lon e segunda por��o do duodeno. Tamb�m havia aerobilia e material com atenua��o de partes moles de morfologia arredondada ocupando e distendendo a luz do segmento proximal do c�lon sigmoide. Seguiu-se a investiga��o com ultrassonografia, que evidenciou n�dulo ecog�nico com sombra ac�stica posterior na topografia do c�lon sigmoide, sugestivo de c�lculo. A partir deste resultado, sugeriu-se a complementa��o diagn�stica com endoscopia digestiva alta e colonoscopia. A primeira evidenciou orif�cio fistuloso com sa�da de secre��o esverdeada e fecaloide, e na segunda n�o houve progress�o do aparelho, sendo o fator obstrutivo um c�lculo biliar que oclu�a mais de 90% do l�men col�nico na topografia do sigmoide.
DISCUSS�O: Colelit�ase pode complicar com f�stula bilioent�rica. Esta perfura��o pode ser classificada em tr�s tipos: perfura��o aguda para dentro da cavidade peritoneal, subaguda com abscesso pericolec�stico (forma mais comum), e cr�nica com f�stula colecistoent�rica. Mais comumente, as f�stulas ocorrem do fundo vesicular para o duodeno, por�m v�rios trajetos s�o poss�veis. Este relato descreve, pois, dois trajetos fistulosos - duodeno e flexura hep�tica - em um mesmo paciente. A ultrassonografia � um m�todo pouco explorado pelos cl�nicos para estudo do tubo digest�rio, apesar da ampla literatura dando suporte a essa aplica��o. Espessamentos parietais, altera��es do peristaltismo e compressibilidade, bem como avalia��o dos par�metros dopplervelocim�tricos, s�o ferramentas poderosas para o diagn�stico de doen�as do tubo digest�rio. Na ultrassonografia e tomografia computadorizada, um defeito focal na parede � o achado mais espec�fico para perfura��o, mas n�o � sempre visualizado. Este caso ilustra uma situa��o incomum na qual a ultrassonografia foi utilizada para caracterizar uma les�o intraluminal que se mostrava inespec�fica na tomografia.


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DOEN�A DE VON HIPPEL-LINDAU COM VOLUMOSO CISTO PANCRE�TICO E HEMANGIOBLASTOMAS CEREBELAR E ESPINHAL.

Bruno Perez Guedes Pereira; Eduardo Just Costa Silva; Eolo Santana Albuquerque; Laecio Leitao Batista; Marina Feitosa Soares; Luana Barros de Lima; Daniel Macedo Severo de Lucena; Anne Elise Nogueira Gadelha

Universidade Federal de Pernambuco - Recife, PE, Brasil
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INTRODU��O: A doen�a de Von Hippel-Lindau (dVHL) � um transtorno heredit�rio raro de transmiss�o autoss�mica dominante provocado por muta��es no gene VHL e caracterizado pela presen�a de les�es c�sticas e tumorais acometendo m�ltiplos �rg�os, como f�gado, p�ncreas, rins, retina,cerebelo e medula.
RELATO DE CASO: Mulher de 62 anos de idade, apresentou quadro de dor e distens�o abdominais progressivas num per�odo de seis anos, agravando-se h� dois meses. Foi submetida a tomografia computadorizada com contrastes intravenoso e oral, que evidenciou cistose pancre�tica difusa, incluindo um volumoso cisto na cabe�a do p�ncreas. Al�m disso, identificou-se um n�dulo hipervascular intradural no n�vel de L2, sugestivo de hemangioblastoma medular. Posteriormente, uma resson�ncia magn�tica do neuroeixo e do abdome confirmou tais achados e tamb�m flagrou uma segunda les�o sugestiva de hemangioblastoma, situada no hemisf�rio cerebelar esquerdo. Foi realizada pun��o do maior cisto pancre�tico, com al�vio dos sintomas. A an�lise do material demonstrou baixos n�veis de amilase e CEA.
DISCUSS�O: As les�es t�picas da s�ndrome incluem hemangioblastomas de retina e do sistema nervoso central, al�m de carcinoma de c�lulas renais, feocromocitomas e cistos pancre�ticos. Os exames de imagem t�m um papel fundamental no acompanhamento das les�es e na determina��o do seu risco de maligniza��o. Os crit�rios diagn�sticos da dVHL s�o: mais de um hemangioblastoma do sistema nervoso central, a presen�a simult�nea de um hemangioblastoma de sistema nervoso central e uma manifesta��o visceral da doen�a, ou a presen�a de qualquer manifesta��o da doen�a em pacientes com hist�ria familiar positiva.


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SINDROME DE RENDU-OSLER-WEBER.

Luiz Otavio Freitas Maia Junior; Adriana Paula Maltez Hassan; Douglas Neves Gon�alves Dias; Cassio Neves Gon�alves Dias; Fernanda Leite Barros

Climag-Cl�nica de Diagn�stico por Imagem - Tim�teo, MG, Brasil
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A telangiectasia hemorr�gica heredit�ria, ou s�ndrome de Rendu-Osler-Weber, � uma rara displasia fibrovascular, sist�mica, que tem como defeito b�sico uma altera��o da l�mina el�stica e camada muscular da parede dos vasos sangu�neos, o que torna a parede vascular vulner�vel a traumatismos e rupturas, provocando sangramentos em pele e mucosas. Apresenta heran�a autoss�mica dominante. A doen�a apresenta transmiss�o autoss�mica dominante, embora, em cerca de 20% dos casos, n�o exista hist�rico familiar. A sua incid�ncia na popula��o � de 1-2/100.000 e possui distribui��o homog�nea entre ra�a e sexo. � caracterizada por epistaxes de repeti��o, telangiectasias mucocut�neas, malforma��es arteriovenosas viscerais e hist�ria familiar positiva. A epistaxe costuma ser a primeira e a principal manifesta��o. Est� associada a malforma��es arteriovenosas em v�rios �rg�os. S�o poss�veis complica��es hematol�gicas, neurol�gicas, pulmonares, dermatol�gicas e de trato gastrintestinal. A terapia � de suporte e de preven��o de complica��es. O diagn�stico � feito seguindo os crit�rios de Cura�ao: telangiectasias em face, m�os e cavidade oral; epistaxes recorrentes; malforma��es arteriovenosas com comprometimento visceral; hist�rico familiar. O diagn�stico � confirmado na presen�a de pelo menos tr�s destas manifesta��es.
RELATO DE CASO: Paciente de 23 anos de idade, sexo masculino, faiodermo. Ap�s realizar radiografia de t�rax, evidenciando n�dulos pulmonares bilateralmente, procurou servi�o de imaginologia para complementar e investigar achados posteriores. Atualmente est� em acompanhamento multidisciplinar (cl�nica m�dica e otorrinolaringologia). Ainda foi evidenciada, ao exame f�sico, a presen�a de hemangiomas faciais e em membros superiores (telangiectasias).


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PNEUMATOSE INTESTINAL.

Luiz Otavio Freitas Maia Junior; Adriana Paula Maltez Hassan; Douglas Neves Gon�alves Dias; Cassio Neves Gon�alves Dias; Fernanda Leite Barros

Climag-Cl�nica de Diagn�stico por Imagem - Tim�teo, MG, Brasil
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Pneumatose intestinal � uma condi��o m�rbida rara, que se constitui pela presen�a de g�s no interior da parede intestinal. Sua incid�ncia � desconhecida, pois a maioria dos pacientes apresenta-se sem sintomas cl�nicos, mas em outros, pode significar condi��o cl�nica grave, como isquemia intestinal, e exigir tratamento agressivo de emerg�ncia. Pode ser encontrada tanto em crian�as quanto em adultos, por�m a maioria dos casos em crian�as � secund�ria a enterocolite necrotizante, doen�a que se apresenta com alta mortalidade. A patog�nese n�o � claramente conhecida, no entanto, o car�ter multifatorial � sugerido, incluindo causas mec�nicas, infecciosas e autoimunes. O diagn�stico pode ser estabelecido por exames de imagem, como radiografia simples, estudo contrastado, ultrassonografia, tomografia computadorizada, resson�ncia magn�tica e colonoscopia. Em rela��o �s complica��es, essas ocorrem em aproximadamente 3% dos pacientes, incluindo obstru��o intestinal, v�lvulo, intussuscep��o, perfura��o e hemorragia. A experi�ncia com a pneumatose intestinal permite a identifica��o de grupos cl�nicos de pacientes em que a les�o surge de forma espont�nea e para a qual o tratamento � conservador; em outros grupos a etiologia da doen�a pode ser determinada e, nesses, o progn�stico � mais reservado. Por fim, em pacientes assintom�ticos o tratamento conservador deve ser institu�do, por outro lado, nos casos de perfura��o intestinal, isquemia do segmento c�lico comprometido e obstru��o intestinal o tratamento cir�rgico deve ser ponderado.
RELATO DE CASO: Paciente de 48 anos, sexo feminino, faioderma, natural de Contagem, MG, queixando-se dor abdominal difusa inespec�fica de moderada intensidade, com aumento de prote�na C reativa, submetida a investiga��o proped�utica do aparelho digestivo com endoscopia digestiva alta e baixa, antes de realizar exames de imagens complementares.


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TROMBOSE PORTAL AP�S ESPLENECTOMIA.

Camila Bohrer Bolsson; Andr� Frizon; Paulo Rog�rio Novack; Marcelo Demamann Andres

Hospital de Caridade de Iju� - Iju�, RS, Brasil
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INTRODU��O: A veia porta � respons�vel por 60% a 70% do fluxo sangu�neo hep�tico e sua obstru��o por trombo � a principal causa de hipertens�o portal pr�-hep�tica. As principais causas de trombose da veia porta (TrVP) s�o: cirrose (25%), s�ndrome de Banti, sepse intraabdominal, doen�as trombog�nicas, incluindo tromboses p�s-cir�rgicas, trauma e pancreatite. A TrVP ap�s esplenectomia � um evento raro, com uma incid�ncia de 0,2% a 6%, sendo mais comum nas doen�as hematol�gicas preexistentes. O objetivo deste estudo � relatar o caso de TrVP ap�s esplenectomia em paciente com anemia hemol�tica.
DESCRI��O DO RELATO DE CASO: Paciente de 20 anos, portador de anemia hemol�tica autoimune, foi submetido a esplenectomia por refratariedade ao tratamento cl�nico. No 11� dia p�s-operat�rio evoluiu com dor abdominal em hipoc�ndrio direito irradiada para dorso e test�culos. Foi realizado ultrassom (US) de abdome, que demonstrou veia porta levemente ect�sica com material ecog�nico no seu interior, sem vasculariza��o ao estudo Doppler e m�nima ascite. Para melhor avalia��o por imagem, optou-se pela realiza��o de angiotomografia (TC), que evidenciou veia porta no limite superior da normalidade apresentando trombo mural fixo ao longo de toda sua extens�o, desde o coto cir�rgico at� a por��o intra-hep�tica, compat�vel com trombose aguda maci�a. Observou-se tamb�m leve edema nas regi�es centrais do par�nquima hep�tico, principalmente para-hilar. Ap�s o diagn�stico, o paciente foi anticoagulado e permanece sintom�tico at� o 21� dia de p�s-operat�rio.
DISCUSS�O: A fisiologia da TrVP ap�s esplenectomia n�o � totalmente esclarecida, mas acredita-se que tenha rela��o com a hipercoagulabilidade e estase do sistema esplenicoportal. Pode surgir a partir de seis dias at� tr�s anos ap�s a cirurgia, manifestando-se por dor abdominal com ou sem febre. Estudos da literatura sugerem considerar como rotina o uso do US Doppler no p�s-operat�rio desses pacientes, sendo considerado o m�todo de escolha na avalia��o (90% de sensibilidade e especificidade). A TC e a resson�ncia magn�tica s�o �teis no estudo das colaterais portossist�micas. Ao US, identifica-se material ecog�nico na luz da veia porta, podendo ser, de acordo com seu est�gio evolutivo, anecoico ou hipoecoico quando recentes ou hiperecoico quando antigo. Ao Doppler colorido, a trombose se apresenta como falha parcial ou total de enchimento da cor, e aus�ncia de fluxo ao Doppler espectral. Desta forma, a suspeita cl�nica de TrVP deve ser considerada para os pacientes com doen�as hematol�gicas submetidos a esplenectomia, sendo que alguns autores prop�em US de rotina para esses pacientes no p�s-operat�rio, pois uma vez que o diagn�stico � identificado, a tromb�lise ou terapia anticoagulante s�o obrigat�rias.


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TOR��O DE DIVET�CULO DE MECKEL NO ABDOME AGUDO.

Camila Bohrer Bolsson; Andr� Frizon; Paulo Rog�rio Novack; Marcelo Demamann Andres

Hospital de Caridade de Iju� - Iju�, RS, Brasil
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INTRODU��O: O divert�culo de Meckel � a anomalia cong�nita mais comum do trato gastrintestinal, resultante da falha na regress�o ou absor��o incompleta do ducto onfalomesent�rico. Est� presente em 2% a 3% da popula��o, com a mesma frequ�ncia em ambos os sexos, por�m as complica��es s�o mais comuns em pacientes do sexo masculino e com menos de 10 anos de idade. O objetivo deste estudo � descrever os achados cl�nicos e de imagem em um paciente com quadro de obstru��o intestinal por tor��o do divert�culo de Meckel.
DESCRI��O DO RELATO DE CASO: Paciente do sexo masculino, 9 anos, chegou � emerg�ncia do Hospital de Caridade de Iju� por dor abdominal difusa, n�useas e v�mitos h� tr�s dias, sem febre. Exames laboratoriais sem altera��es significativas. Realizada ultrassonografia (US) abdominal, que evidenciou: acentuada distens�o l�quida de al�as de delgado; edema da gordura mesent�rica e linfonodomegalias na fossa il�aca direita; e l�quido livre em moderada quantidade no abdome; o ap�ndice cecal n�o identificado. Optou-se pela realiza��o de tomografia computadorizada (TC) com contraste, que demonstrou: dilata��o de al�as de delgado com n�veis hidroa�reos e alguns focos de g�s intraparietal; pequeno segmento de �leo distal com calibre preservado; na fossa il�aca direita, local de obstru��o do intestino delgado, observaram-se densifica��o da gordura mesent�rica e linfonodomegalias; e l�quido livre na cavidade abdominal. Diante do diagn�stico de abdome agudo obstrutivo, foi realizada laparotomia, que identificou obstru��o intestinal por tor��o do divert�culo de Meckel. Procedeu-se a retirada do divert�culo e apendicectomia.
DISCUSS�O: O divert�culo de Meckel � sintom�tico em apenas 25% dos casos, mais frequentemente relacionado a hemorragia secund�ria a �lcera p�ptica (mucosa g�strica heterot�pica), seguida de obstru��o intestinal. Nos exames de imagem aparece como uma estrutura tubular em fundo cego que se comunica com o l�men intes-tinal no quadrante inferior direito, podendo conter em seu interior l�quido, ar, enter�litos ou material fecal. A TC tem grande valor na avalia��o de pacientes com obstru��o intestinal, embora nem sempre possa determinar a causa, pois os achados s�o superpon�veis �s demais causas obstrutivas, entre elas as ader�ncias intestinais. A ressec��o laparosc�pica na maioria das vezes � eficaz e menos invasiva do que a laparotomia tradicional. Desta forma, o diagn�stico pr�-operat�rio de um divert�culo de Meckel complicado pode ser um desafio, pois seus achados cl�nicos e de imagem podem coincidir com outras causas inflamat�rias/obstrutivas do abdome, por isso o conhecimento das caracter�sticas embriol�gicas, cl�nicas e radiol�gicas pode auxiliar no diagn�stico precoce e orienta��o terap�utica.


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S�NDROME HETEROT�XICA (ISOMERISMO ESQUERDO).

Daniel Goulart Morais; Heloisa Ramos; Nicoli Martina Testoni; Guilherme Beduschi; Jaqueline Hoffmann

Hospital Santa Isabel-Ecomax - Blumenau, SC, Brasil
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Relato de caso de uma paciente de 63 anos que compareceu ao servi�o de radiologia para estadiamento de neoplasia de es�fago para realiza��o de exame de tomografia computadorizada de t�rax e abdome. Observou-se posi��o an�mala dos �rg�os s�lidos, altera��o na morfologia dos pulm�es, al�m de variantes dos vasos. O f�gado localizava-se na linha m�dia, o fundo g�strico no hipoc�ndrio direito. O ba�o era formado por in�meros n�dulos (poliesplenismo) e localizava-se no hipoc�ndrio direito. A veia cava inferior localizava-se � esquerda da aorta e continuava-se atrav�s da veia hemi�zigos, sem se comunicar com as veias hep�ticas. Os pulm�es eram bilobados (isomerismo esquerdo), a veia subcl�via direita apresentava trajeto retroesof�gico e as art�rias car�tidas comuns originavam-se de ramo �nico. As s�ndromes heterot�xicas (ou situs amb�guos) compreendem as anormalidades no posicionamento visceral caracterizadas como uma varia��o entre o situs solitus e situs inversus. A proposta de divis�o das s�ndromes heterot�xicas naquelas que envolvem asplenia (isomerismo direito) e poliesplenia (isomerismo esquerdo) pode se tornar complexa para o radiologista, uma vez que os espectros de altera��es destes subtipos podem se sobrepor. A avalia��o de crit�rios como a posi��o atrial, da drenagem venosa abaixo do diafragma em rela��o � linha m�dia, da aorta em rela��o � linha m�dia, a posi��o g�strica e a presen�a de m� rota��o, posi��o do f�gado e ves�cula biliar, do �pice card�aco, al�m da presen�a, aspecto e n�mero de ba�os s�o importantes na caracteriza��o destas. Al�m disso, a presen�a de pulm�es trilobados ou bilobados, incluindo a presen�a ou aus�ncia de pequenas fissuras bilaterais, devem ser levadas em considera��o. Embora reconhecida geralmente da inf�ncia, as s�ndromes heterot�xicas, quando n�o associadas a severas altera��es card�acas, podem ser descobertas na vida adulta como achado incidental. As altera��es que caracterizam a s�ndrome heterot�xica associada a poliesplenismo (isomerismo esquerdo) e o seu reconhecimento s�o importantes para poss�veis planejamentos cir�rgicos.


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MUCOCELE DO AP�NDICE.

Bruno Nocrato Loiola; Clariana Mattos Lima; Jos� Augusto Carvalho de Rezende

Confer�ncia S�o Jos� do Ava� - Itaperuna, RJ, Brasil
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Mucocele do ap�ndice � um termo usado para descrever a dilata��o do ap�ndice vermiforme por ac�mulo anormal de muco. S�o tr�s causas principais: adenoma mucinoso do ap�ndice, adenocarcinoma do ap�ndice e hiperplasia focal ou difusa da mucosa com reten��o de muco. � uma patologia rara, com incid�ncia em apendicectomias de 0,1% a 0,4%. H� aumento da sua incid�ncia a partir da sexta d�cada de vida e maior frequ�ncia em mulheres. Pode ser resultante de estenose inflamat�ria (secund�ria a apendicite), carcinoma do ap�ndice e do ceco, fecalitos, endometrioma, p�lipos e tumor carcinoide. Os sinais e sintomas s�o escassos, e por isso o diagn�stico � muitas vezes intraoperat�rio ou atrav�s de explora��o radiol�gica acidental. O sintoma mais comum � a dor na fossa il�aca direita, presente em at� 64% dos pacientes, mas pode haver tamb�m massa palp�vel na fossa il�aca direita, altera��es do tr�nsito intestinal e anemia. Na suspeita de mucocele, a radiografia simples do abdome pode ser normal ou apresentar opacidade na fossa il�aca direita, que pode estar circundada por calcifica��o (� rara, mas aumenta a especificidade do diagn�stico). No enema baritado h� um n�o preenchimento do ap�ndice pelo meio de contraste e uma endenta��o medial sobre o ceco, sugerindo um processo extr�nseco ou extramucoso. No ultrassom (US) e na tomografia computadorizada (TC) a mucocele tem aspecto vari�vel, dependendo do seu conte�do. H� distens�o do ap�ndice com caracter�stica c�stica at� les�o com densidade de partes moles na TC ou com conte�do espesso, com debris e septos no US. A calcifica��o perif�rica ou no l�men, se existir, � mais bem vista na TC. Na resson�ncia magn�tica, nas imagens ponderadas em T1, o conte�do pode ter alto sinal. A import�ncia do diagn�stico pr�-operat�rio reside no fato de alertar o cirurgi�o para a manipula��o cuidadosa da les�o, evitando a ruptura de uma mucocele, e assim o desenvolvimento do pseudomixoma peritoneal. Tal complica��o pode ocorrer no caso de mucocele maligna e consiste em resposta inflamat�ria severa e ascite, com p�ssimo progn�stico. O diagn�stico diferencial da mucocele deve ser feito com o cisto ovariano, hidrossalpinge, apendicite, abscesso abdominal, neoplasias c�sticas ovarianas, cistos de duplica��o intestinal ou mesent�ricos e os tumores mesenquimais. O tratamento consiste em apendicectomia se a les�o for benigna e hemicolectomia direita, se maligna.


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CISTO DO �RACO INFECTADO.

Aurelio Luis Zimmermann; Luis Fernando Schneider Camargo; Leonardo Valentim; Henrique Sandrini Cascaes; Jamile Leda Spessato; Jessica Raquel Holz

Hospital Santa Isabel - Blumenau, SC, Brasil
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Neste trabalho ser� relatado o caso de um paciente masculino de 23 anos, com quadro de dor abdominal de longa dada, que veio ao nosso servi�o realizar tomografia de abdome total. O exame demonstrou cole��o com g�s no interior localizada na linha m�dia, em �ntimo contato e sem planos de clivagem com o teto da bexiga, determinando espessamento dessa regi�o, com trajeto que se dirigia para a cicatriz umbilical, sugestiva de cisto de �raco infectado. As anomalias cong�nitas do �raco s�o raras, com uma incid�ncia de 2:300.000 em crian�as e de 1:5.000 em adultos. O cisto forma-se quando o l�men do �raco � preenchido e distendido por descama��o epitelial e degenera��o. Como existe frequentemente conex�o com a bexiga, a infec��o bacteriana pode ocorrer. Os cistos infectados s�o mais comuns no adulto, sendo o organismo respons�vel mais frequente o Staphylococcus aureus. O cisto do �raco infectado pode drenar para a bexiga ou para o umbigo, ou intermitentemente para ambos os lados, de que resulta o chamado seio alternante. Esses cistos s�o mais comuns no ter�o inferior do �raco, junto � bexiga, e s�o habitualmente assintom�ticos. A infec��o constitui a complica��o mais frequente, ocorrendo em 23% dos casos. As complica��es do cisto do �raco infectado s�o: a) ruptura para os tecidos pr�-peritoneais; b) ruptura para a cavidade peritoneal; c) envolvimento inflamat�rio do intestino adjacente e forma��o de f�stula ent�rica; d) adenocarcinoma (complica��o tardia). O diagn�stico diferencial entre adenocarcinoma do �raco e remanescente do �raco infectado � dif�cil. O adenocarcinoma do �raco � tipicamente silencioso, devido � sua localiza��o extraperitoneal, at� uma fase avan�ada de doen�a metast�tica ou de invas�o local. O diagn�stico de cisto do �raco � dado por ecografia, tomografia computadorizada, ou cistoscopia. A ecografia, por si s�, � diagn�stica em mais de 90% dos casos. Revela uma cavidade preenchida por l�quido ao n�vel do hipog�strio na linha m�dia. Os cistos do �raco infectados revelam espessamento da parede com componente de tecidos moles e ecogenicidade mista na ecografia. A tomografia computadorizada serve para delinear melhor a extens�o e a rela��o do cisto com as estruturas vizinhas. A tomografia demonstra uma atenua��o do conte�do do cisto infectado maior do que a da �gua. A urografia intravenosa n�o � necess�ria para o diagn�stico, uma vez que a maioria destes pacientes n�o revela patologia urin�ria associada. A cistoscopia, pelo contr�rio, � �til no diagn�stico, visto que demonstra, habitualmente, uma �rea de mucosa eritematosa e edema ao n�vel da c�pula vesical. O caso exposto chama a aten��o para uma patologia n�o muito frequente no dia-a-dia do radiologista, que pode passar despercebida pela sua cl�nica insidiosa. Atrav�s deste caso procurou-se mostrar os principais aspectos e caracter�sticas, tendo como objetivo facilitar seu diagn�stico no dia-a-dia do m�dico radiologista.


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IMPORT�NCIA DA SERIOGRAFIA NO P�S-OPERAT�RIO DA CIRURGIA BARI�TRICA.

Renato Norberto Zangiacomo; Danilo Monteiro de Melo Henklain; Demise Lucena Rodrigues; Fernando Rebechi; Tatiane Cantarelli Rodrigues; Sergio Elias Nassar De Marchi; Fernanda Sasaki Verg�lio; Renato de Nova Friburgo Caggiano

IAMSPE - S�o Paulo, SP, Brasil
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INTRODU��O: A obesidade � problema mundial, com elevada taxa de preval�ncia em todas as idades. Com a baixa taxa de sucesso ap�s medidas cl�nicas para a obesidade, os procedimentos cir�rgicos desempenham um importante papel neste contexto. Dentro da nomenclatura "cirurgia bari�trica" � englobada uma s�rie de procedimentos como banda g�strica ajust�vel, gastroplastia vertical, gastroplastia com reconstru��o em T de Roux (cirurgia de Fobi-Capella) e deriva��o biliopancre�tica com desvio duodenal (cirurgia de Scopinaro), cada qual com caracter�sticas radiol�gicas e complica��es espec�ficas.
DISCUSS�O: O presente estudo tem como objetivo demonstrar as altera��es anat�micas esperadas e poss�veis complica��es das principais t�cnicas cir�rgicas bari�tricas atrav�s de revis�o dos casos avaliados pela seriografia (es�fago-est�mago-duodeno) no Departamento de Radiologia e Diagn�stico por Imagem dos autores. O estudo da seriografia � de grande aux�lio no seguimento de pacientes submetidos a procedimentos cir�rgicos do trato digestivo, mas para tal � necess�rio que o radiologista tenha conhecimento das t�cnicas cir�rgicas empregadas e saiba diferenciar as altera��es esperadas das complica��es comuns.
CONCLUS�O: Apesar do desenvolvimento de novos m�todos de diagn�stico, o estudo da seriografia ainda � de grande aux�lio no seguimento de pacientes submetidos a procedimentos cir�rgicos do trato digestivo, principalmente por ser um m�todo de baixo custo, com menor dose de radia��o comparado � tomografia computadorizada e poucas contraindica��es. Desta forma, � necess�rio que o radiologista tenha conhecimento das t�cnicas cir�rgicas empregadas e saiba diferenciar as altera��es esperadas das complica��es comuns.


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O PAPEL DA ULTRASSONOGRAFIA P�S-NATAL NOS DIST�RBIOS DA DIFERENCIA��O SEXUAL.

Bruna Fl�via Campos Ces�rio; Paulo Marcus Vianna Franca; Ana Luiza Souza Lima; Andr� Coelho Barros; Vin�cius Alves de Lara dos Santos; Maria Francisca Tereza Freire Filgueiras; Reginaldo Figueiredo; Jo�o Paulo Kawaoka Matushita

Hospital das Cl�nicas da UFMG - Belo Horizonte, MG, Brasil
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Os dist�rbios da diferencia��o sexual (DDSs) s�o caracterizados por desenvolvimento sexual at�pico, causado por anormalidades cromoss�micas, gonadais ou anat�micas da genit�lia e �rg�os internos. Acometem cerca de 1% a 2% dos nascidos vivos, em variados graus, podendo ser reconhecidos na avalia��o pr�-natal, logo ap�s o nascimento ou mais tardiamente. O desenvolvimento sexual normal envolve complexo mecanismo iniciado nos cromossomos, determinando o fen�tipo masculino ou feminino, a partir de uma regi�o chamada SRY, localizada no cromossomo Y, que estimula o desenvolvimento dos test�culos. A produ��o de testosterona pelos mesmos estimula o desenvolvimento das estruturas de Wolff e o horm�nio antim�lleriano impede o desenvolvimento das estruturas femininas. A diferencia��o masculina est� completa por volta das 12 semanas de gesta��o, sendo seguida do desenvolvimento do p�nis e da descida dos test�culos para a bolsa escrotal. Embora haja controv�rsia, o sexo feminino se desenvolve na falta desses fatores. A nova classifica��o dos DDSs da Sociedade Americana de Endocrinologia Pedi�trica os divide em tr�s grupos: anormalidades cromoss�micas (num�ricas), anormalidades 46,XY (desenvolvimento gonadal, testicular e/ou comprometimento da s�ntese/a��o da testosterona) e anormalidades 46,XX (anormalidades gonadais ou excesso de est�mulo androg�nico). � importante salientar que h� quase sempre sobreposi��o entre esses grupos. A apresenta��o cl�nica dos DDSs � variada e inclui neonatos que apresentam test�culos n�o palp�veis bilateralmente, hiposp�dias, vagina curta com seio urogenital e h�rnia inguinal com g�nada em crian�a do fen�tipo feminino. Em cerca de 4% a 7% desses beb�s h� genit�lia amb�gua, sendo o sexo indeterminado ao nascimento. Crian�as mais velhas podem apresentar ambiguidade genital, puberdade atrasada ou incompleta, viriliza��o feminina e amenorreia prim�ria. Deve-se sempre obter hist�ria familiar e obst�trica completa, incluindo exposi��o materna a drogas e toxinas. A avalia��o ultrassonogr�fica � de extrema import�ncia em todos os casos, pois permite localiza��o e avalia��o anat�mica das g�nadas. � de fundamental import�ncia tentar caracterizar ov�rios, usualmente apresentando m�ltiplas estruturas c�sticas (fol�culos) e os test�culos, estruturas ovoides, homog�neas, hipo ou hiperecoicas. A sua localiza��o ect�pica, na regi�o inguinal, perineal ou anal, pode ajudar no diagn�stico. O �tero deve ser avaliado e caracterizado, lembrando-se das altera��es morfol�gicas normais da inf�ncia. Os rins e as adrenais podem apresentar altera��es, vista a origem embriol�gica comum dessas estruturas. O diagn�stico final depende de caracter�sticas cl�nicas, laboratoriais e de imagem, sendo a determina��o do sexo decidida em fun��o dessas vari�veis e com participa��o dos familiares na decis�o. No presente trabalho discutiremos alguns casos de DDS, com �nfase na avalia��o por ultrassom.


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ANGIORRESSON�NCIA MAGN�TICA NAS ANOMALIAS VASCULARES ABDOMINAIS.

Adonis Manzella1; Gustavo Vieira Andrade1; Filipe Arag�o Felix2; Gustavo Henrique Bezerra Avelino1; Marina Feitosa Soares1; Paulo Borba Filho1

1. Universidade Federal de Pernambuco - Recife, PE
2. Instituto Materno-Infantil de Pernambuco - Recife, PE, Brasil
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O objetivo deste ensaio � discutir e ilustrar algumas altera��es mais comuns, bem como condi��es raras envolvendo os vasos abdominais em que o diagn�stico foi poss�vel atrav�s de angiorresson�ncia magn�tica (ARM). Nas �ltimas d�cadas a ARM surgiu como uma t�cnica poderosa para avalia��o de estruturas vasculares, propiciando angiogramas de alta qualidade, sobretudo nos casos de patologias de grandes vasos. A ARM com contraste � um procedimento relativamente n�o invasivo e seguro. Nesta exibi��o s�o demonstrados os achados de ARM em uma s�rie de casos da experi�ncia e arquivo pr�prio dos autores, incluindo estenose, displasia e aneurisma da art�ria renal, aneurisma da aorta abdominal, dissec��o a�rtica, arterite de Takayasu, f�stula mesentericoportal, atresia do segmento infrarrenal da veia cava inferior e hipertens�o porta. A ARM demonstrou ser �til na avalia��o de patologias complexas da aorta abdominal, veia cava inferior, art�rias renais, assim como da veia porta e da veia mesent�rica, e uma crescente literatura refor�a a sua efic�cia comparada com a angiografia convencional, como nos casos ilustrados neste ensaio pict�rico.


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PATOLOGIAS AGUDAS DO C�LON: ACHADOS TOMOGR�FICOS DO C�LON NA EMERG�NCIA E SUAS COMPLICA��ES.

Lara Marinho Reis; Andr� de Queiroz Pereira da Silva; Luiz Eduardo Barreto; Natalia Sacchi Campozana; Maria Eugenia Durante Areas; Monica Amadio Piazza Jacobs; Luiz Carlos Donoso Scoppetta

Hospital S�o Camilo - S�o Paulo, SP, Brasil
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O diagn�stico diferencial de condi��es patol�gicas que afetam o c�lon de maneira aguda � amplo, incluindo desde patologias benignas e autolimitadas, nas quais a interven��o cir�rgica pode n�o ser indicada, at� doen�as de alta morbimortalidade e que necessitam de cirurgia de urg�ncia. Devido � variedade de diagn�sticos com apresenta��es cl�nicas precoces similares, a utiliza��o de m�todos diagn�sticos por imagem se faz necess�ria, na tentativa de determinar a etiologia precocemente, evitando complica��es. A tomografia computadorizada de abdome � um m�todo de imagem bastante utilizado na avalia��o de pacientes com dor abdominal aguda, com boa acur�cia e custo-benef�cio. Em rela��o �s patologias agudas do c�lon, apresenta boa sensibilidade na detec��o de les�es e suas complica��es. Apresentamos alguns casos de patologias agudas do c�lon, diagnosticadas em exames de tomografia computadorizada multidetectores de 64 canais com protocolos vari�veis de acordo com a hip�tese diagn�stica, incluindo: neoplasia de c�lon sigmoide com perfura��o e pneumoperit�nio, diverticulite aguda e suas complica��es, s�ndrome de Ogilvie, colites, apendagite, tiflite neutrop�nica, apendicites e fecaloma.


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MULHER DE 61 ANOS COM �LEO BILIAR: RELATO DE CASO.

Renata Furtado Alencar; �rico Roberto Reis; Ma�ra Falc�o Poncell; Rainier Luz Reis

Hospital Oswaldo de Freitas - Recife, PE, Brasil
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INTRODU��O: �leo biliar � uma causa incomum de obstru��o intestinal mec�nica, sendo respons�vel por 1% a 4% do total dos casos de obstru��o intestinal. Trata-se de uma complica��o de colecistopatia calculosa devido a uma comunica��o an�mala entre a via biliar e o trato gastrintestinal, com migra��o de um ou mais c�lculos de grandes dimens�es para os segmentos intestinais. Esse c�lculo prossegue no trajeto intestinal at� encontrar um ponto a partir do qual n�o consegue mais progredir, provocando obstru��o.
DESCRI��O DO M�TODO: Relatamos o caso de paciente do sexo feminino, 61 anos, com quadro de abdome agudo obstrutivo. � tomografia computadorizada (TC) de abdome total foi visualizadas f�stula colecistoduodenal, aerobilia e impacta��o de c�lculo biliar medindo aproximadamente 3 cm no �leo distal, ocasionando obstru��o intestinal. A paciente foi submetida a enterectomia segmentar do �leo para retirada do c�lculo.
DISCUSS�O: Como achados radiol�gicos pode-se observar sinais de obstru��o intestinal e o c�lculo migrado na radiografia simples. Por�m, a TC � o exame mais apropriado para investigar o local de obstru��o intestinal, determinar a sua causa e revelar poss�veis complica��es. Al�m disso, um dos sinais da tr�ade de Rigler, a aerobilia, pode ser facilmente identificado na TC, assim como outros sinais de f�stula colecistoent�rica, geralmente associados a processo inflamat�rio de aspecto cr�nico.� mais comum a colecistite aguda ser complicada com f�stula colecistoduodenal com migra��o de c�lculo maior que 2 cm para o delgado e sua impacta��o na v�lvula ileocecal e obstru��o intestinal. � mais prevalente em idosos, acometendo quatro mulheres para cada homem e de mortalidade elevada, especialmente pela faixa et�ria acometida e pelo diagn�stico dif�cil e tardio.
CONCLUS�O: O diagn�stico precoce do �leo biliar � relevante, pois se associa a altas taxas de morbidade e mortalidade, sendo seu tratamento eminentemente cir�rgico. Este caso ilustra uma etiologia incomum de obstru��o intestinal, com o objetivo de atentar os radiologistas para este diagn�stico.


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TROMBOSE DAS VEIAS PORTA, MESENT�RICA SUPERIOR E ESPL�NICA: RELATO DE CASO E REVIS�O DA LITERATURA.

Julian Catalan; Alcides Hiromitsu Yamakawa Junior; Dalton Wiggers Medeiros; Erick Janderson de Souza Alves; Luiz Fernando Bernadini Ulyssea; Renata Bussolo Heinzen; Luiz Pedro Souza Junior; Barbara Blaese Klitzke Boettger

Hospital Santa Catarina - Blumenau, SC, Brasil
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A isquemia mesent�rica representa uma emerg�ncia cir�rgica, sendo o diagn�stico precoce um desafio cl�nico e radiol�gico. Tem como causas principais a embolia arterial cardiog�nica, a trombose arterial, a trombose venosa mesent�rica e a isquemia mesent�rica n�o oclusiva. Trombose ou embolia da art�ria mesent�rica superior ocorrem em 60% a 80% dos casos, por�m a trombose venosa � respons�vel por cerca de 5% a 10% dos eventos de isquemia mesent�rica. A maioria das causas de trombose venosa s�o estados pr�-tromb�ticos devidos a desordens da coagula��o herdadas ou adquiridas, c�ncer, condi��es inflamat�rias intra-abdominais, p�s-operat�rio, cirrose e hipertens�o portal. A apresenta��o cl�nica cl�ssica � dor abdominal no mesog�strio, sudorese, n�useas, v�mitos e diarreia s�o comuns. Com o decorrer do tempo ocorrem sinais de irrita��o peritoneal, distens�o abdominal e at� peritonite generalizada. Neste relato de caso descrevemos uma paciente com quadro de dor abdominal h� 15 dias com v�rias consultas e passagens no pronto-socorro. Foi realizada tomografia computadorizada, que evidenciou trombose das veias porta, mesent�rica e espl�nica. Realizamos tamb�m uma revis�o da literatura, descrevendo as caracter�sticas, complica��es e os achados radiol�gicos.


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RELATO DE CASO: HEPATOCARCINOMA S�LIDO-C�STICO, UMA APRESENTA��O AT�PICA EM PACIENTE JOVEM CLINICAMENTE SEM HEPATOPATIA.

Marina Martini Costa; Leandro Dinato Dutra; Otto Wolf Maciel; Pedro Henrique Teixeira Junqueira; Taciana Finomeno Orsini; Gabriela Aiello Fernandes; Alexandre Peroni Borges

Pr�ton - Campinas, SP, Brasil
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INTRODU��O: O hepatocarcinoma � um tumor epidemiologicamente significante em todo o mundo, pois � o tumor prim�rio maligno mais comum do f�gado. � a sexta causa de c�ncer mais comum e a terceira causa de morte por c�ncer. Em cerca de 80% dos casos ele se desenvolve em f�gados cirr�ticos, sendo que ao menos 10% dos pacientes com cirrose v�o evoluir com essa afec��o. O aspecto de imagem, associado a hist�ria e sinais de hepatopatia cr�nica, � bastante espec�fico para permitir um diagn�stico preciso, sem que haja necessidade de comprova��o anatomopatol�gica quando a les�o preenche crit�rios espec�ficos de diagn�stico. Entretanto, � importante consider�-lo como diagn�stico diferencial em pacientes sem hist�ria de hepatopatia cr�nica e em apresenta��es radiol�gicas at�picas.
RELATO DE CASO: Relatamos um caso de uma paciente do sexo feminino, de 28 anos, em seguimento irregular de pequeno n�dulo hep�tico, diagnosticado de forma incidental durante colecistectomia laparosc�pica, com r�pida evolu��o para massa hep�tica s�lido-cistica. Foi encaminhada ao nosso servi�o para a realiza��o de resson�ncia magn�tica, que evidenciou les�o heterog�nea caracterizada por m�ltiplas imagens s�lido-c�sticas agrupadas, com restri��o � difus�o, realce heterog�neo, irregular e perif�rico ap�s administra��o do contraste paramagn�tico, acometendo os segmentos hep�ticos II, III, IV, V e VIII. N�o foram evidenciados sinais de hepatopatia cr�nica ao m�todo, tendo como principal diagn�stico cistoadenocarcinoma. A paciente foi submetida a cirurgia aberta, realizada hepatectomia parcial e a pe�a cir�rgica enviada ao instituto de anatomia patol�gica. Confirmou-se diagn�stico de hepatocarcinoma c�stico associado a fibrose do par�nquima adjacente.
DISCUSS�O: A apresenta��o c�stica do hepatocarcinoma � extremamente rara, com menos de 10 casos descritos na literatura. Nesses casos a les�o acometia f�gados n�o cirr�ticos e exibia aspecto multilocular. Este caso desperta interesse cl�nico e radiol�gico, pela sua morbimortalidade, raridade e distanciar-se dos aspectos convencionais de apresenta��o, dificultando as suspeitas diagn�sticas, sendo poss�vel seu diagn�stico preciso apenas com o exame anatomopatol�gico.


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OS BENEF�CIOS DA AVALIA��O DOS ENDOLEAKS COM ANGIOTOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA UTILIZANDO T�CNICA MULTIF�SICA E ALTA RESOLU��O TEMPORAL COM RECONSTRU��O ITERATIVA.

Taciana Finomeno Orsini; Leandro Dinato Dutra; Otto Wolf Maciel; Pedro Henrique Teixeira Junqueira; Marina Martini Costa; Gabriela Aiello Fernandes; Alexandre Peroni Borges

Pr�ton - Campinas, SP, Brasil
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INTRODU��O: A corre��o de aneurismas de aorta tem como m�todo de escolha a cirurgia endovascular com endopr�teses, no entanto, a complica��o mais comum � o endoleak, que ocorre em at� 45% dos casos. A correta avalia��o desta complica��o � fundamental na decis�o terap�utica, devido ao risco de expans�o aneurism�tica e rotura. A angiotomografia � considerada por v�rios autores como padr�o ouro para a detec��o n�o invasiva de endoleaks.
OBJETIVO: Avaliar a experi�ncia inicial, a viabilidade e o desempenho diagn�stico da angiotomografia computadorizada com protocolo de alta resolu��o temporal com 8 fases de baixa dose e reconstru��o iterativa (iDose 4) ap�s corre��o de aneurisma a�rtico por t�cnica endovascular, em compara��o ao estudo angiotomogr�fico tradicional trif�sico.
MATERIAL E M�TODO: Foi realizado estudo retrospectivo de 10 pacientes portadores de aneurisma da aorta tratados com endopr�tese, de novembro de 2012 a abril de 2013. Os exames foram realizados em um tom�grafo Philips Brilliance de 64 canais utilizando bomba injetora Medtron AG, com volume de contraste organoiodado n�o i�nico de 60 ml, injetado � velocidade de 5,0 ml/s, seguido de bolus de soro fisiol�gico de 100 ml. Protocolo de 80 kV e 120 mAs, pitch de 1,078, composto por 8 fases de 3 segundos cada, com faixa de varredura de 27 cm, p�s processamento utilizando reconstru��o interativa iDose 4. Foi realizado estudo comparativo avaliando a presen�a ou n�o de endoleak e sua classifica��o, assim como a compara��o com a dose total em mSV deste protocolo com o estudo trif�sico convencional antes utilizado em nosso servi�o.
RESULTADOS: A angiotomografia com t�cnica multif�sica de alta resolu��o temporal com reconstru��o iterativa demonstrou ser mais consp�cua na detec��o e classifica��o do endoleak do que o estudo trif�sico convencional. Seguindo os princ�pios ALARA, a dose de radia��o total � reduzida em aproximadamente 50% em rela��o ao exame convencional, e apesar do aumento no n�vel de ru�do n�o houve preju�zo na qualidade diagn�stica das imagens. Al�m disso, o volume de contraste utilizado � menor.


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CARACTER�STICAS DO TUMOR S�LIDO PSEUDOPAPILAR DO P�NCREAS PELOS DIFERENTES M�TODOS DE IMAGEM: RELATO DE CASO.

D�cio Farias Novaes Junior; Clarissa Lima Loureiro; Waldinei Merces Rodrigues; Paulo Dantas Rolim; Cristiane Scalon Carminatti; Rafael Scalon Carminatti; Michelle Meloni; Mar�lia Leme Fercondini

Faculdade de Medicina de Jundia� - Jundia�, SP, Brasil
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O tumor s�lido pseudopapilar do p�ncreas � uma neoplasia rara, descrita em 1959 por Frantz, que o denominou de "tumor papilar do p�ncreas". Em 1996, a Organiza��o Mundial da Sa�de considerou como consenso o termo tumor s�lido pseudopapilar do p�ncreas. Sin�nimos incluem tumor s�lido e c�stico, neoplasia epitelial s�lido e papilar, neoplasia papilar-c�stica, neoplasia epitelial papilar c�stica, tumor papilar-c�stica, e tumor Frantz. O tumor s�lido pseudopapilar do p�ncreas � uma neoplasia com baixo potencial de malignidade, geralmente diagnosticada em mulheres jovens, com m�dia de idade de 22 a 24 anos. A apresenta��o cl�nica mais comum � dor abdominal, seguida de massa abdominal palp�vel. N�o raramente, o diagn�stico � feito incidentalmente em exames realizados por outros motivos. Tal les�o pode acometer qualquer por��o do p�ncreas, com maior frequ�ncia na regi�o caudal, mais comumente deslocando e comprimindo as estruturas adjacentes sem invadi-las. Esse tumor � normalmente ovoide, encapsulado, com tamanho m�dio de 6,0 a 10,0 cm, e � constitu�do por uma mistura de componentes s�lidos, c�sticos e hemorr�gicos. Tanto a c�psula quanto a hemorragia intratumoral s�o sinais importantes para o diagn�stico. Apesar do baixo potencial de malignidade, a ressec��o cir�rgica � o tratamento mais indicado, e quando completa, promove um progn�stico favor�vel. Relatamos um caso de tumor de Frantz submetido a ressec��o cir�rgica, com o objetivo de enfatizar a raridade do caso, suas caracter�sticas nos diferentes m�todos de imagem e a necessidade de consider�-lo no diagn�stico diferencial de massa abdominal em pacientes jovens.


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EMERG�NCIAS ONCOL�GICAS NA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA: COMPLICA��ES ABDOMINAIS.

Renata de Oliveira e Silva Brenner1; Cinthia Denise Ortega1; Mariana Attie Akl1; Lorena Elaine Amorim Pinto1; Marcelo Jorge Dantas Marques1; Fernanda Ramos Carneiro1; Andrea de Souza Aranha1; Manoel de Souza Rocha2

1. ICESP - S�o Paulo, SP
2. Departamento de Radiologia da Faculdade de Medicina da Universidade de S�o Paulo - S�o Paulo, SP, Brasil
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OBJETIVOS: Ilustrar os diagn�sticos diferenciais e os achados de imagem frequentemente associados com as principais queixas abdominais de pacientes oncol�gicos na emerg�ncia. Demonstrar a import�ncia da tomografia computadorizada na avalia��o dos casos de emerg�ncias abdominais em oncologia e mostrar como os achados tomogr�ficos guiam a decis�o cl�nica.
M�TODO: Demonstra��o das principais complica��es abdominais que levam o paciente oncol�gico � sala de emerg�ncia. Revis�o dos achados frequentes e infrequentes na tomografia de pacientes com diferentes tipos de c�ncer e descompensa��o cl�nica aguda. Discuss�o breve dos protocolos utilizados na tomografia computadorizada e suas limita��es no contexto da emerg�ncia cl�nica.
CONCLUS�O: Com este trabalho, o radiologista deve familiarizar-se com os principais achados tomogr�ficos de emerg�ncias abdominais nos pacientes oncol�gicos, incluindo casos incomuns, e conhecer a ampla utilidade da tomografia computadorizada e suas limita��es no contexto da emerg�ncia abdominal oncol�gica.


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ARTEFATOS DE SUSCETIBILIDADE MAGN�TICA POR USO ORAL DE SULFATO FERROSO: RELATO DE DOIS CASOS.

Cl�udia Martina de Ara�jo Duarte; Severino Aires de Araujo Neto; Carlos Fernando de Mello J�nior; Kleber de Castro Guerra; Bruno Augusto de Brito Gomes; Henrique de Almeida Franca; Carollyne Dantas de Oliveira; �talo Jos� Ara�jo Silveira de S�

Universidade Federal da Para�ba - Jo�o Pessoa, PB, Brasil
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INTRODU��O: A resson�ncia magn�tica est� sujeita a v�rios tipos de artefatos cuja repercuss�o pode comprometer a qualidade e interpreta��o das imagens. Artefatos de suscetibilidade magn�tica ocorrem frequentemente relacionados � presen�a de materiais met�licos como clipes cir�rgicos, fragmentos de proj�teis ou pr�teses ortop�dicas. Casos de artefatos gerados por medicamentos de administra��o oral s�o raros e sua proje��o intraluminar pode gerar confus�es diagn�sticas. Sup�e-se que estes artefatos estejam atenuados ou ausentes em aparelhos de baixo campo. Os autores descrevem artefatos intestinais em exames de resson�ncia magn�tica (RM) de baixo campo (0,35 T) do abdome em dois pacientes com enfermidades diversas, tratados com suplementa��o oral de sulfato ferroso.
DESCRI��O SUCINTA: Caso 1 - Paciente de 31 anos, sexo feminino, com hist�rico de tumor ovariano em acompanhamento, submeteu-se a RM de abdome inferior com contraste para investiga��o de dor abdominal. Caso 2 - Paciente de 74 anos, sexo feminino, com hist�rico de tumor de reto em acompanhamento, realizou exame de RM de abdome total sem contraste para investiga��o de dor abdominal. Em ambos os casos as imagens revelaram �reas difusas de hipointensidade intraluminar ao longo de quase todo o col�n e, em menor grau, de algumas al�as delgadas. A hipointensidade extrapolava os limites parietais e, no caso 2, chegava a borrar as margens da parede abdominal anterior junto ao c�lon transverso. Os artefatos hipointensos estavam associados a estrias hiperintensas distorcidas perif�ricas (paralelas � parede intestinal), que chamaram a aten��o para a possibilidade de artefatos de suscetibilidade magn�tica. Ambas as pacientes foram posteriormente inquiridas sobre uso de medica��o e alegaram usar suplemento de ferro (Combiron�, 120 mg/dia).
DISCUSS�O: Artefatos por sulfato ferroso e outras subst�ncias como a magnetita j� foram referidos na literatura, mas s�o escassos. N�o h�, por�m, relatos descritos em aparelhos de baixo campo, o que torna particular o presente trabalho. Nos casos descritos, examinados por um mesmo radiologista, os achados n�o ofereceram dificuldades diagn�sticas. Por�m, relatos na literatura concluem que a constata��o dos artefatos pode gerar confus�o no diagn�stico do processo patol�gico. Os casos suscitam o fato de que, apesar de o uso do suplemento diet�tico de ferro ser comum na popula��o geral, o achado de artefatos por eles causados na RM � raro. H� possibilidades de que dosagens equivocadas ou mesmo dist�rbios absortivos intestinais possam contribuir para tal. Questiona-se tamb�m o consenso de que os artefatos em aparelhos de baixo campo s�o atenuados, posto que a intensidade dos artefatos aqui descritos n�o � menor que as relatadas na literatura.


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GIST NO TRATO GASTRINTESTINAL: ASPECTOS RADIOL�GICOS.

Rafael Seiji Kubo; Ricardo Torres Urban; Fabricius Andre Traple; Thiago Oliveira Guimar�es; Leandro Soares Lamenha; Jos� Henrique Junior; Alfredo Enzo Filho; S�rgio Furlan

Hospital Heli�polis - S�o Paulo, SP, Brasil
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INTRODU��O: O GIST (sigla em ingl�s para gastrointestinal stromal tumors) tem sua origem relacionada �s c�lulas intersticiais de Cajal. Compreende a maioria dos tumores mesenquimais do trato digestivo e constitui 5% de todos os sarcomas. Trata-se de um tipo de tumor que ocorre sobretudo no est�mago, mas que pode ocorrer em qualquer parte do trato gastrintestinal. Embora relativamente raro, esse tipo de tumor vem sendo cada vez mais conhecido e diagnosticado pelos m�dicos, sobretudo devido aos avan�os nos exames de imagens. Apresenta sintomas variados, dependendo do local de acometimento, sendo que muitas vezes essa � incaracter�stica e pouco exuberante. Ao exame de imagem, trata-se de massa de crescimento caracteristicamente exof�tico, heterog�nea ao meio de contraste, e hipervascular. Al�m de a radiologia diagn�stica ajudar na detec��o do GIST, tamb�m podem ser realizadas bi�psia percut�nea guiada por tomografia computadorizada para obten��o do diagn�stico cito e histopatol�gico, e avalia��o imuno-histoqu�mica da massa em quest�o. O exame tomogr�fico possui excelente desempenho para avalia��o de les�es hep�ticas e peritoneais (locais mais comuns de les�es metast�ticas). Dessa forma, o exame tomogr�fico figura entre os mais importantes para avalia��o do GIST.
DISCUSS�O: O objetivo deste trabalho � demonstrar de maneira sucinta os principais aspectos radiol�gicos do GIST. Para isso, realizamos revis�o abrangente da literatura, bem como levantamento de casos do arquivo do nosso hospital para ilustra��o desses casos.


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RELATO DE CASO: LINFOMA DE HODGKIN PULMONAR SECUND�RIO EM HOMEM DE 30 ANOS.

Alessandra Furtado de Souza Alves; Alexandre Lemos da Silva; Fabiano Franco Monteiro Prado; Rafaela Rabelo Maciel

Santa Casa de Misericordia de Belo Horizonte - Belo Horizonte, MG, Brasil
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O linfoma de Hodgkin (LH) apresentou uma incid�ncia no Brasil, em 2009, de 1.600 casos registrados para o sexo masculino e 1.270 para o sexo feminino. Pode ocorrer em qualquer faixa et�ria, por�m � mais comum entre os adultos jovens de 15 a 40 anos. � uma doen�a que se origina dos g�nglios linf�ticos e, no caso de linfoma secund�rio pulmonar, pode resultar de extens�o direta de linfonodos mediastinais ou de dissemina��o linf�tica ou hematog�nica de s�tios distantes. O risco de desenvolver o LH aumenta em imunocomprometidos, usu�rios de imunossupressores e hist�ria familiar positiva. O envolvimento linfomatoso pulmonar � em geral assintom�tico, e quando sintomas ocorrem, eles em geral s�o inespec�ficos e de dif�cil diagn�stico. Este relato de caso trata-se de paciente do sexo masculino, de 30 anos, pardo, motorista, sem comorbidades e sem hist�ria familiar de c�ncer; que evoluiu com fraqueza, dispneia aos esfor�os, perda de peso e estado consumptivo em um ano. Posteriormente, apresentou tosse e febre e foi tratado com medica��o tuberculost�tica, por duas vezes, sem melhora cl�nica. Foi internado no hospital, onde foi investigado atrav�s de tomografia de t�rax, que mostrou linfonodomegalias mediastinais e opacidades nodulares centrolobulares e confluentes, consolida��es e espessamentos de septos interlobulares, espessamento nodular cissural, mais evidentes em lobos pulmonares superiores. Posteriormente, realizou bi�psia de linfonodo mediastinal, que evidenciou LH do tipo esclerose nodular. Fez tomografias de abdome e pelve para estadiamento, apresentando hepatomegalia acentuada por prov�vel infiltra��o secund�ria, e iniciou programa��o para tratamento oncol�gico.


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MELANOMA METAST�TICO EM VES�CULA BILIAR: RELATO DE CASO.

Bruno Marino Schiocchet Monarim; Camilo Dallagnol; Gustavo Rengel dos Santos; Walmir Walmor Ferreira Filho; Bernardo Corr�a de Almeida Teixeira; Ariston Felipe Codato Ferreira; Fernando de Andrade Vellozo; S�rgio Ossamu Ioshii

Hospital de Cl�nicas da UFPR - Curitiba, PR, Brasil
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INTRODU��O: Tumores metast�ticos em ves�cula biliar s�o raros, sendo o melanoma a neoplasia que mais comumente est� envolvida. Apresentaremos um caso de envolvimento metast�tico em ves�cula biliar sem sintomas relacionados detectado por m�todos de imagem.
DESCRI��O: Paciente masculino, de 54 anos, apresentou-se com adenomegalias supraclavicular e inguinal. Realizada ultrassonografia (US) de regi�o inguinal, com evid�ncia de m�ltiplas linfonodomegalias confluentes, com fluxo exuberante ao Doppler, com at� 7 cm de di�metro, e hipoecogenicidade no interior, compat�vel com necrose. Realizada bi�psia de linfonodo supraclavicular, evidenciando melanoma metast�tico. Ao exame f�sico n�o havia evid�ncia de les�o melanoc�tica sugestiva de foco prim�rio. Tomografia computadorizada (TC) de t�rax normal. TC de abdome e pelve com imagens compat�veis com linfonodomegalia retroperitoneal, p�lvica e inguinal, com realce pelo meio de contraste, e alguns linfonodos com necrose central; al�m disso, observaram-se les�es vegetantes em ves�cula biliar, com at� 1,4 cm e realce pelo meio de contraste.
DISCUSS�O: O melanoma � a neoplasia que mais comumente gera met�stases para a ves�cula biliar, pela sua ampla capacidade de dissemina��o hematog�nica. As met�stases podem ser encontradas em at� 15% de aut�psias de indiv�duos com melanoma disseminado, a grande maioria sem sintomas relacionados; entretanto, sintomas leves como dor em hipoc�ndrio direito e cl�nica semelhante a colecistite aguda podem ocorrer. Em nosso caso, embora controverso, h� a possibilidade de melanoma prim�rio da ves�cula biliar, uma vez que h� migra��o de c�lulas produtoras de melanina da crista neural para a ves�cula no per�odo embrion�rio; no entanto, a melhor possibilidade � a regress�o imunomediada da les�o prim�ria ap�s dissemina��o metast�tica. Infelizmente, mesmo a an�lise histol�gica � insuficiente na diferencia��o entre tumor prim�rio e metast�tico. As les�es apresentam-se, � US, como n�dulos intraluminais geralmente maiores do que 1 cm, im�veis, sem sombra ac�stica posterior, associados a espessamento parietal irregular. Na TC as les�es real�am ao contraste, enquanto na resson�ncia magn�tica encontramse les�es hiperintensas em T1, devido ao efeito paramagn�tico da melanina, e hipointensas em T2. Apesar dos conhecimentos e m�todos diagn�sticos dispon�veis, o melanoma em ves�cula biliar � uma condi��o pouco diagnosticada, geralmente oculta. O tratamento cir�rgico � indicado em pacientes com sintomas relacionados; a via cir�rgica e a conduta em pacientes assintom�ticos n�o s�o bem definidas.


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LES�O POLIPOIDE ESOF�GICA GIGANTE.

Mark Wanderley; Michael Silva dos Santos; Luiza Maes Manara; Jo�o Gabriel Nakka Strauch; Mariana Dem�trio Ribeiro; Roberta de Oliveira Magalh�es Carvalho; Bernardo Jos� Ferreira Neto; Luiz Felipe de Souza Nobre

HU-UFSC - Florian�polis, SC, Brasil
E-mail:

No dia 13/5/2013 foi internada, no Hospital Universit�rio da Universidade Federal de Santa Catarina, paciente de 52 anos, branca, agricultora, procedente do interior de Santa Catarina, por disfagia progressiva h� tr�s anos, com hist�ria pr�via de c�ncer de tireoide e pele, al�m de hist�ria familiar de diversas neoplasias malignas em parentes de primeiro e segundo graus. Trouxe exames de imagem realizados em outros servi�os nos sete meses pr�vios � admiss�o, incluindo tomografias computadorizadas (TCs) do t�rax, pesco�o e abdome, al�m de resson�ncia magn�tica (RM). O parecer dos radiologistas respons�veis indicou importante distens�o de todo o es�fago, com les�o polipoide heterog�nea, com conte�do de gordura e calcifica��es entremeadas, ocupando a luz do �rg�o em seu ter�o proximal. Realizada nova TC em 14/5/2013, que demonstrou les�o pediculada e heterog�nea, medindo 18,0 � 4,0 � 5,1 cm. Solicitou-se endoscopia digestiva alta (EDA) em 17/5/2013, que teve como conclus�o uma compress�o extr�nseca do es�fago. Realizado esofagograma em 20/5/2013, que evidenciou extensa imagem lacunar ampla e alongada, cujos aspectos foram consistentes com les�o submucosa, sugerindo grande p�lipo fibrovascular. Ap�s a realiza��o deste exame, foi solicitada nova EDA em 29/5/2013, que evidenciou grande p�lipo intraluminal, n�o observado em endoscopias pr�vias. Diante dos exames de imagem, a principal hip�tese diagn�stica foi p�lipo fibrovascular, sendo lipossarcoma de baixo grau o principal diagn�stico diferencial, tendo em vista a possibilidade de s�ndrome de Li-Fraumeni. Os p�lipos fibrovasculares s�o les�es esof�gicas raras e benignas, caracterizadas pelo desenvolvimento de massas intraluminais pedunculadas que podem alcan�ar grandes dimens�es. A remo��o cir�rgica dos p�lipos fibrovasculares � mandat�ria devido ao quadro sintom�tico progressivo e ao risco de um quadro de obstru��o respirat�ria e morte s�bita. A paciente aguarda programa��o cir�rgica.


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ASPECTOS DE IMAGEM NUM CASO DE BCGITE DISSEMINADA EM PACIENTE IMUNODEPRIMIDO GRAVE.

Walmir Walmor Ferreira Filho; Marco Antonio Sandrin; Ariston Felipe Codato Ferreira; Mathias Bohn Bornhausen; Diego Adrian Pucci de Araujo; Camilo Dallagnol; Rogerio Augusto Lima Guarneri; Mauricio Zapparoli

Hospital de Cl�nicas da UFPR - Curitiba, PR, Brasil
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INTRODU��O: Amplamente difundida no mundo todo, a vacina com a forma atenuada do bacilo de Calmette-Gu�rin (BCG) previne contra formas graves de tuberculose. Um amplo espectro de efeitos adversos relacionados � vacina j� foi relatado, sendo a mais grave das complica��es a BCGite disseminada, uma doen�a rara e estritamente relacionada a quadros de imunodefici�ncia.
DESCRI��O: Este trabalho tem por finalidade relatar o caso de um paciente masculino de seis meses com diagn�stico de SCID (severe combined immunodeficiency disease) e les�es disseminadas ap�s administra��o da vacina. Este paciente foi encaminhado ao Servi�o de Infectologia Pedi�trica por apresentar les�o papuloeritematosa no local da vacina, com drenagem de secre��o purulenta, que posteriormente ulcerou. Concomitantemente, apareceram les�es nodulares endurecidas em todos os segmentos corporais, al�m de febre. A suspeita de imunodefici�ncia prim�ria foi corroborada com a hist�ria pr�via de duas interna��es por epis�dios de pneumonia e otite m�dia aguda. Ao internamento, confirmou-se o diagn�stico de SCID, que posteriormente levou o paciente a um transplante de medula �ssea alog�nico aparentado. A investiga��o completa do paciente durante a sua perman�ncia no hospital mostrou, ao exame radiogr�fico, les�es osteol�ticas em membros inferiores e superiores, ossos da bacia, coluna vertebral, costelas e calota craniana. Estudos tomogr�ficos mostraram hepatomegalia, ba�o no limite superior de normalidade, les�es infecciosas hep�ticas, cole��es subcut�neas disseminadas, derrame pleural � direita, linfonodomegalias retroperitoneais, por�m, aus�ncia de linfonodomegalias mediastinais. Exame anatomopatol�gico de diversas bi�psias dos n�dulos subcut�neos e les�es osteol�ticas evidenciou a presen�a de caracter�sticas compat�veis com micobacteriose.
DISCUSS�O: A integra��o entre a cl�nica m�dica, a anatomia patol�gica e a radiologia foi imprescind�vel para firmar o diagn�stico e definir a conduta quanto ao paciente em quest�o. Ap�s o sucesso do transplante de medula �ssea e a terapia com diversos antimicrobianos, exames posteriores mostraram regress�o de muitas les�es osteol�ticas, subcut�neas e hep�ticas.


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POSICIONAMENTO DE DRENOS E SONDAS: ARTIGO DE REVIS�O.

Rafael Seiji Kubo; Ricardo Torres Urban; Jose Henrique Junior; S�rgio Furlan; Leandro Soares Lamenha; Fabricius Andre Traple; Fernando Morbeck Almeida Coelho; Rafael Marques Franco

Hospital Heli�polis - S�o Paulo, SP, Brasil
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INTRODU��O: Drenos e sondas fazem parte do cotidiano dos hospitais e s�o usados tanto em pacientes ambulatoriais quanto nos internados em unidades de terapia intensiva. Trata-se de aparelhos como sondas vesicais, tubos orotraqueais, cateteres duplo J, cateteres tor�cicos para drenagem de derrames pleurais, acessos venosos profundos, dentre outros. Para que funcionem corretamente, � fundamental ao m�dico saber a localiza��o exata desses materiais no corpo do paciente. Da� a import�ncia fundamental dos exames de imagem, principalmente raios-x, tomografia computadorizada, ultrassom, para auxiliar nessa tarefa. Nesse contexto, o m�dico radiologista pode auxiliar seus colegas de outras �reas a localizar corretamente esses dispositivos.
DISCUSS�O: O objetivo deste trabalho � demonstrar de forma pr�tica e objetiva o correto posicionamento das sondas e drenos usados para terap�utica dos pacientes. Para isto, realizamos um levantamento da literatura, bem como esquemas simples e de f�cil entendimento para ilustra��o acerca do posicionamento desses dispositivos. Constam tamb�m casos do arquivo do nosso hospital para melhor ilustra��o.


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BARRA CRICOFAR�NGEA: DIAGN�STICO SIMPLES, POR�M NEGLIGENCIADO.

Mark Wanderley; Luiza Maes Manara; Michael Silva dos Santos; Rafael da Silva Nesi; Luiz Carlos Mattos Santos; Jo�o Gabriel Nakka Strauch; Mariana Dem�trio Ribeiro; Luiz Felipe de Souza Nobre

HU-UFSC - Florian�polis, SC, Brasil
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Barra, espasmo ou proemin�ncia cricofar�ngea � uma causa de disfagia alta pouco conhecida ou lembrada por cl�nicos, cirurgi�es e radiologistas. O diagn�stico pode ser feito atrav�s de esofagograma ou videodeglutograma. Descreve-se o caso de um paciente masculino de 58 anos, com dificuldade para deglutir h� cerca de um ano. O paciente havia sido submetido a diversos exames complementares, como endoscopia digestiva alta, laringoscopia direta e videodeglutograma, este �ltimo sugerindo les�o expansiva na regi�o posterior do es�fago superior. Foram realizados nova endoscopia digestiva alta, resson�ncia magn�tica do pesco�o e novo videodeglutograma, todos com achados habituais. A sensa��o de globofar�ngeo foi se agravando e o paciente foi encaminhado � psicoterapia. Numa �ltima tentativa, foi solicitado um esofagograma em nosso servi�o, que demonstrou protrus�o posterior na coluna de b�rio na altura de C5-C6 na incid�ncia em perfil do es�fago cervical, presente somente durante a degluti��o. A barra cricofar�ngea pode estar associada a refluxo gastroesof�gico, doen�as neurol�gicas ou musculares. O tratamento desta entidade pode ser feito com a inje��o de toxina botul�nica ou atrav�s da miotomia do m�sculo cricofar�ngeo


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RELATO DE CASO: �LEO BILIAR.

Louren�o Lopes Netto1; Jo�o Guilherme Boaretto Guimar�es1; Rafael de Castro Juliano1; Bruna Maria Stofela Sarolli2; Leticia Lomonaco Lopes3; Roberta de Paula Prestes2; Fabio Lucio Stalhschmidt1

1. Hospital Cruz Vermelha - Curitiba, PR
2. Hospital Cajuru - Curitiba, PR
3. Unoeste - Presidente Prudente, SP, Brasil
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�leo biliar � uma condi��o rara decorrente de complica��o da colecistopatia calculosa levando a obstru��o mec�nica do trato gastrintestinal, ocasionada por impacta��o de um ou mais c�lculos biliares. O desenvolvimento do �leo biliar se deve basicamente pela forma��o de f�stula colecistoent�rica, e por ela, ocorre a migra��o do c�lculo biliar para os segmentos intestinais. O c�lculo segue o trajeto intestinal at� encontrar um ponto em que n�o h� mais progress�o (o local mais comum � o �leo terminal), causando o quadro obstrutivo. Ocorre geralmente em pacientes idosos entre 70 e 80 anos, sendo mais comum em mulheres. O quadro cl�nico costuma ser inespec�fico, cursando com sintomas de obstru��o intestinal, podendo ser confundido com patologias intestinais inflamat�rias (como apendicite e diverticulite) ou isqu�micas. O tratamento � cir�rgico e deve ser institu�do precocemente, devido ao aumento significativo na morbimortalidade com a demora terap�utica. A necessidade de um diagn�stico precoce, aliada ao quadro cl�nico inespec�fico, ressalta a import�ncia do emprego de t�cnicas de diagn�stico por imagem. Nos exames radiol�gicos, o quadro cl�ssico � a tr�ade de Rigler, que consiste em obstru��o intestinal, aerobilia e c�lculo biliar ect�pico; a ultrassonografia pode evidenciar sinais de inflama��o e ar no interior da ves�cula biliar, bem como c�lculo no interior de al�a intestinal; a tomografia computadorizada � o m�todo mais indicado para observar o ponto de oclus�o, suas causas e poss�veis complica��es. O presente caso trata de um paciente do sexo masculino de 67 anos que apresentou, h� cinco dias, dor abdominal periumbilical com irradia��o para a fossa il�aca esquerda, n�useas, v�mitos e parada de elimina��o de gases e fezes. Inicialmente, foi aventada a hip�tese diagn�stica de diverticulite aguda. A tomografia foi o primeiro exame de imagem realizado e evidenciou aerobilia, espessamento da parede da ves�cula biliar associada a densifica��o da gordura pericolec�stica e distens�o do jejuno a montante de megac�lculo biliar, sendo ent�o diagnosticado �leo biliar, com posterior tratamento cir�rgico.


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HISTEROSSALPINGOGRAFIA: FALHAS DE ENCHIMENTO E ASPECTOS RADIOL�GICOS NO DIAGN�STICO DIFERENCIAL.

Ricardo Torres Urban; Rafael Seiji Kubo; Fabricius Andr� Traple; S�rgio Furlan; Leandro Soares Lamenha; Alfredo Enzo Filho; Rafael Marques Franco; Thiago Oliveira Guimar�es

Hospital Heli�polis - S�o Paulo, SP, Brasil
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INTRODU��O: Os anos se passaram e a histerossalpingografia ainda � um procedimento realizado com certa frequ�ncia em nosso meio. Geralmente indicado como um dos arsenais para investiga��o na infertilidade, realiza-se com o intuito de avaliar o canal cervical, a cavidade intrauterina, as tubas e a dispers�o do contraste pela cavidade intraperitoneal. Podem ser visualizados p�lipos, tumores, ader�ncias e malforma��es cong�nitas. � importante para o radiologista estar familiarizado com tais altera��es, para nortear o ginecologista no diagn�stico e proped�utica complementar para se chegar a um diagn�stico definitivo.
DISCUSS�O: O objetivo deste ensaio iconogr�fico � demonstrar os aspectos de imagem nos mais variados aspectos radiol�gicos ap�s o uso do meio de contraste, tais como p�lipos, mioma, bloqueio peritub�rio, laqueadura, �tero unicorno, �tero didelfo, persist�ncia do ducto de Gartner. Para isto realizamos uma revis�o abrangente da literatura, bem como levantamento de casos do arquivo do nosso hospital para ilustra��o de tais altera��es.


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RELATO DE CASO DE TUMOR DE WILMS METACR�NICO E REVIS�O DA LITERATURA.

Camilo Dallagnol; Bruno Marino Schiocchet Monarim; Daniel Dias da Silva Cavalheiro; Bernardo Corr�a de Almeida Teixeira; Ana Maria Gonzaga Teixeira Corso; Marina Portiolli Hoffmann; Jonathas Eduardo do Vale Martins; Marco Antonio Sandrin

Hospital de Cl�nicas da UFPR - Curitiba, PR, Brasil
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INTRODU��O: O tumor de Wilms � o tumor s�lido renal mais comum em crian�as, com preval�ncia de 0,01%. Normalmente apresenta-se como massa abdominal �nica e volumosa, de crescimento insidioso e oligossintom�tica. Hoje, com os avan�os da quimioterapia, melhor compreens�o do papel da radioterapia e melhor abordagem cir�rgica, a mortalidade reduziu de 90% para 10% a 20%. Um dos grandes desafios no tratamento, por�m, ainda s�o os tumores bilaterais, que ocorrem em at� 6% dos casos. Esses tumores podem ser sincr�nicos ao diagn�stico, ou metacr�nicos, apresentando-se como recorr�ncia tumoral no rim contralateral.
DESCRI��O: Apresentaremos o caso de uma crian�a do sexo feminino, de cinco anos, com diagn�stico de tumor de Wilms est�dio III em 2009. Apresentou-se, na �poca, com tumor s�lido volumoso, com aumento do volume abdominal. Realizou-se nefrectomia total � esquerda em mar�o de 2010. Ap�s quimioterapia, foi considerada em remiss�o, mantendo acompanhamento. Em mar�o de 2013 foi descoberta, em tomografia de controle, nova les�o s�lida, isodensa, no ter�o superior, medindo 2,1 cm e com discreto realce pelo meio de contraste em rim direito, caracterizando recidiva, tendo sido tratada como tumor metacr�nico. A paciente est� agora sob quimioterapia, aguardando redu��o da massa para a realiza��o de nefrectomia parcial.
DISCUSS�O: A maioria das recidivas deste tumor ocorre nos primeiros dois anos do diagn�stico. Desta forma, � necess�rio o controle radiol�gico da doen�a para se obter diagn�sticos precoces das recidivas, especialmente em pacientes previamente nefrectomizados, com rim �nico ou doen�a renal, em que o retardo no diagn�stico e no tratamento podem trazer perdas de fun��o renal significativas.


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DIVERTICULITE DE INTESTINO DELGADO: RELATO DE CASO.

Nathalia Guarienti Missima1; Ana Paula Chies Grando2; Gustavo Jardim Dallegrave1; Regis Augusto Reis Trindade1; Pedro Martins Bergoli1; Rubens Feij� de Andrade1; Wilson Madeira de Almeida1; Carlos Jader Feldman1

1. Hospital Ernesto Dornelles - Porto Alegre, RES
2. Instituto de Cardiologia - Porto Alegre, RS, Brasil
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INTRODU��O: A doen�a diverticular no intestino delgado � incomum e de grande import�ncia cl�nica, devido �s suas complica��es potenciais e � alta taxa de mortalidade nesse cen�rio. Dados os sintomas cl�nicos inespec�ficos, a tomografia computadorizada constitui-se ferramenta diagn�stica de grande valia para o diagn�stico desta patologia.
DESCRI��O DO MATERIAL: Paciente masculino, 63 anos, afebril, atendido na emerg�ncia hospitalar por dor abdominal difusa de in�cio h� 24 horas, acompanhada de n�useas. Exames complementares evidenciavam leucocitose e distens�o de al�as de c�lon descendente com pequeno n�vel hidroa�reo em fossa il�aca direita e aus�ncia de pneumoperit�nio � radiografia simples de abdome. � tomografia computadorizada abdominal observou-se uma forma��o diverticular oriunda de al�a intestinal delgada na regi�o do flanco esquerdo, associada a infiltrado edematoso circunjacente e espessamento parietal.
DISCUSS�O: Os divert�culos jejunoileais s�o encontrados em 1% a 2% da popula��o em geral, com apresenta��o na sexta ou s�tima d�cadas de vida. Geralmente s�o m�ltiplos e com localiza��o no jejuno proximal. Os divert�culos jejunoileais possuem etiologia desconhecida, mas est�o associados com condi��es que causam altera��es no peristaltismo intestinal e aumento da press�o intraluminal. Os divert�culos jejunoileais se desenvolvem devido a hernia��o de uma parede fina de mucosa atrav�s de defeitos na camada muscular. Na maioria das vezes s�o assintom�ticos, por�m, pode ocorrer m� absor��o devido � grande prolifera-��o bacteriana em seu interior. A associa��o com a doen�a diverticular col�nica ocorre em 35% a 75% dos casos. Devido aos sinais e sintomas cl�nicos inespec�ficos e � raridade desta patologia, o diagn�stico muitas vezes � demorado e dif�cil, sendo incidental ou realizado na ocasi�o das complica��es, que s�o raras e podem ter apresenta��es variadas, sendo as mais frequentes a diverticulite aguda, a suboclus�o intestinal e a diverticulite cr�nica com desenvolvimento de diverticulito. S�o relatados na literatura casos de hemorragia gastrintestinal devido � ruptura de malforma��o arteriovenosa cong�nita na submucosa do divert�culo, perfura��o com abscesso e posterior forma��o de f�stula do jejuno com o �leo e a parede abdominal, ou epis�dios de obstru��o intestinal secund�ria a v�lvulo, forma��o de estenoses ou impacta��o de um enter�lito. Em muitos casos, a tomografia computadorizada � essencial para definir o diagn�stico, sendo os achados similares aos da diverticulite col�nica: massa inflamat�ria contendo g�s e/ou res�duos fecais, espessamento da parede do segmento acometido com aumento da impregna��o pelo meio de contraste, distens�o e edema dos tecidos adjacentes com densifica��o da f�scia e da gordura mesent�rica. A diverticulite jejunal ocorre em aproximadamente 2% a 6% dos casos e possui alta taxa de mortalidade, o que torna necess�ria precis�o diagn�stica para uma pronta interven��o terap�utica.


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RELATO DE CASO DE OCLUS�O INTESTINAL POR BEZOAR.

Diego Adrian Pucci de Araujo; Mathias Bohn Bornhausen; Ariston Felipe Codato Ferreira; Walmir Walmor Ferreira Filho; Ana Maria Gonzaga Teixeira Corso; Camilo Dallagnol; Bruno Marino Schiocchet Monarim; Pedro Vin�cius Staziaki

Hospital de Cl�nicas da UFPR - Curitiba, PR, Brasil
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INTRODU��O: Bezoar � definido como o ac�mulo de corpos estranhos n�o digeridos ao longo do trato gastrintestinal, podendo cursar com quadros obstrutivos. Relataremos um caso com o objetivo de demonstrar a import�ncia da investiga��o etiol�gica completa de um quadro de oclus�o intestinal, associando m�todos de imagem e endosc�picos. No presente caso, a retossigmoidoscopia foi diagn�stica e terap�utica, evitando laparotomia de urg�ncia no quadro agudo.
DESCRI��O: Paciente de 86 anos, procurou atendimento de urg�ncia com queixa de dor abdominal e parada na elimina��o de gases e fezes com uma semana de evolu��o, com al�vio parcial dos sintomas ap�s enema glicerinado. Ao exame f�sico apresentava distens�o e dor � palpa��o abdominal, sem fezes ou massas palp�veis ao toque retal. O paciente tinha hist�ria de adenocarcinoma do reto m�dio diagnosticado dois anos antes do quadro atual, submetido a neoadjuv�ncia e posterior ressec��o transanal da cicatriz local, cujo anatomopatol�gico foi negativo para malignidade. Perdeu o seguimento ambulatorial ap�s alguns meses e n�o havia realizado nenhum exame endosc�pico de controle depois do tratamento. Foi internado para tratamento cl�nico da suboclus�o, por�m, em 24 horas, evoluiu com v�mitos copiosos e piora da dor. Solicitada tomografia do abdome para investiga��o etiol�gica, com identifica��o de redu��o do calibre do c�lon na jun��o retossigmoidiana, com fezes impactadas nesse n�vel. Optou-se por retossigmoidoscopia flex�vel, que mostrou les�o estenosante circunferencial no reto proximal, obstruindo parcialmente a luz, que estava completamente obstru�da por fecalitos extremamente endurecidos, com tamanhos muito semelhantes entre si. Eles foram retirados com pin�a de Dormia, o que deu vaz�o ampla ao conte�do col�nico, com al�vio imediato e completo dos sintomas. Devido ao achado da les�o estenosante, foi realizada retossigmoidectomia eletiva no mesmo internamento (anatomopatol�gico: adenocarcinoma T3N0). O laudo da tomografia foi posteriormente revisado pela radiologia, que sugeriu que a imagem das fezes impactadas no n�vel da subestenose fosse compat�vel com sementes de jabuticaba. Quando questionado, o paciente referiu ingest�o de jabuticabas em grande quantidade, sem retirada das sementes, al-guns dias antes do internamento.
DISCUSS�O: As neoplasias colorretais s�o causas frequentes de obstru��o col�nica, principalmente na popula��o idosa. O caso mostra a import�ncia da amplia��o dos diagn�sticos diferenciais dessa condi��o, bem como da possibilidade de associa��o de diversas causas.


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RELATO DE CASO - HISTIOCITOSE DE C�LULAS DE LANGERHANS: DOEN�A DE LETTERER-SIWE, IMPORT�NCIA DOS M�TODOS DE IMAGEM PARA O DIAGN�STICO PRECOCE.

Gilberto Ferreira de Carvalho; Carlos Heitor Alencar Santana; Hovanes Boyadjian; Luciana Vieira Farias; Ylana Mayra de Almeida Silveira; Bruno Braga Penha da Silva; Walmir Leite Pontes Filho; Jos� Carlos Godeiro Costa Junior

Hospital Ant�nio Prudente - Fortaleza, CE, Brasil
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Lactente do sexo feminino, in�cio do quadro aos tr�s meses de idade, com linfonodomegalias cervical e inguinal, tendo evolu�do em 45 dias com aumento e generaliza��o da adenopatia, hepatoesplenomegalia, palidez cutaneomucosa, tosse seca e dispneia (FR = 100 irpm). Foi, ent�o, iniciada investiga��o com diversos m�todos de imagem. Na ultrassonografia cervical e inguinal ficaram evidenciadas as adenopatias; nas radiografias de cr�nio, t�rax e extremidades foram observadas in�meras les�es osteol�ticas; nas tomografias computadorizadas do cr�nio, pesco�o, t�rax (tomografia computadorizada de alta resolu��o), abdome e pelve foram observadas, novamente, les�es �sseas l�ticas disseminadas, "em saca bocado", hepatoesplenomegalia, linfadenopatias generalizadas cervicais, inguinais, mediastinais e retroperitoneais, bem como les�es pulmonares c�sticas de tamanhos variados, predominando em lobos superiores. Foi, ent�o, realizada bi�psia excisional de linfonodo cervical com an�lise imuno-histoqu�mica, que confirmou a hip�tese cl�nica de histiocitose de c�lulas de Langerhans. Atrav�s dos dados cl�nicos, da faixa et�ria e da an�lise anatomopatol�gica, foi feito o diagn�stico da s�ndrome cl�nica de Letterer-Siwe, forma disseminada e de evolu��o mais grave da histiocitose X, acometendo lactentes e crian�as at� os dois anos. A histiocitose de c�lulas de Langerhans � uma doen�a rara com amplo espectro de apresenta��o cl�nica, desde les�o �ssea isolada a doen�a multissist�mica. Os achados de imagem n�o s�o patognom�nicos, sendo o diagn�stico definitivo estabelecido atrav�s de estudo anatomopatol�gico e imuno-histoqu�mico, por�m o radiologista deve estar apto para suspeitar dessa patologia em caso de imagens caracter�sticas.


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PADR�ES DA ESTEATOSE HEP�TICA CARACTERIZADOS ATRAV�S DE TC E RM.

Tatiane Cantarelli Rodrigues; Ana Carolina Castelo Branco Soares; Demise Lucena Rodrigues; Auro Augusto Junqueira C�rtes; Sergio Elias Nassar De Marchi; Carlos Felipe do Rego Barros Milito; Denis Szejnfeld; Eugenio Alves Vergueiro Leite

HSPE-FMO - S�o Paulo, SP, Brasil
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INTRODU��O: A esteatose hep�tica � uma anormalidade comum, com preval�ncia variando entre 15% e 95% dependendo da popula��o, caracterizando-se como um problema de sa�de p�blica. O padr�o para o diagn�stico � a bi�psia, mas este poder� ser feito de uma forma n�o invasiva atrav�s da ultrassonografia (US), tomografia computadorizada (TC) e resson�ncia magn�tica (RM) aplicando-se crit�rios estabelecidos. O diagn�stico baseado na imagem � em geral direto, mas o ac�mulo de lip�deos no hepat�cito pode se manifestar com padr�es estruturais n�o usuais que podem mimetizar neoplasia, doen�as inflamat�rias ou vasculares.
DISCUSS�O: Na TC o diagn�stico da esteatose pode ser feito se a atenua��o do f�gado � pelo menos 10 UH menor que a do ba�o. Em casos severos, as veias intra-hep�ticas podem aparecer hiperatenuantes em rela��o ao tecido gorduroso hep�tico. Na TC com contraste, a compara��o entre a atenua��o do f�gado e ba�o n�o � v�lida para o diagn�stico de esteatose. Na RM, a aquisi��o de imagens gradiente eco com chemical shift em fase e fora de fase � a t�cnica mais difundida para o diagn�stico da esteatose. A gordura poder� estar presente, se houver uma perda da intensidade do sinal na sequ�ncia "fora de fase" em rela��o � "em fase", e a quantidade de gordura poder� ser quantificada pelo grau de perda do sinal. As sequ�ncias com satura��o de gordura podem ser utilizadas, mas apresentam uma menor sensibilidade. O padr�o mais comum de acometimento � o difuso e relativamente homog�neo. Os padr�es menos comuns incluem dep�sitos focal, difuso com �rea focal de preserva��o, multifocal, perivascular e subcapsular.
CONCLUS�O: � necess�rio que o radiologista esteja familiarizado com as diferentes apresenta��es da esteatose hep�tica, uma doen�a epid�mica mundial, evitando-se confus�es diagn�sticas, bem como para monitorar a progress�o da doen�a e evitar suas complica��es, principalmente quanto ao risco da sua evolu��o para a cirrose hep�tica.


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TUMOR DE FRANTZ, UM ACHADO INCIDENTAL: RELATO DE CASO.

Tatiane Cantarelli Rodrigues; Fernando Rebechi; Julia Paula Oliveira Luz; Rodolfo Heitor Gomes Fernandes da Silva; Sergio Elias Nassar De Marchi; Marcelo Francisco Cintra Zagatti; Denis Szejnfeld; Eugenio Alves Vergueiro Leite

HSPE-FMO - S�o Paulo, SP, Brasil
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INTRODU��O: As neoplasias c�sticas pancre�ticas abrangem um grupo tumores representados pelo cistoadenoma seroso, cistoadenoma mucinoso, tumor mucinoso papilar intraductal e pelo tumor s�lido pseudopapilar (tumor de Frantz). Descrito pela primeira vez em 1959 por Frantz, foi, em 1996, renomeado pela Organiza��o Mundial da Sa�de como tumor s�lido pseudopapilar pela classifica��o internacional dos tumores ex�crinos do p�ncreas. � um tumor raro que representa de 0,1% a 2,7% de todos os tumores pancre�ticos, e que desde que foi descrito por Frantz, o n�mero de relatos deste tumor vem aumentando. Acomete principalmente mulheres da 2� � 4� d�cadas de vida, com manifesta��es cl�nicas inespec�ficas, geralmente apresenta baixo potencial de malignidade e progn�stico favor�vel, atingindo mais a cauda pancre�tica. Os pacientes, em geral, apresentam massas grandes, com di�metro m�ximo m�dio de 9,3 cm.
RELATO DE CASO: Relatamos um caso de uma paciente do sexo feminino, 43 anos, que deu entrada no pronto-socorro do servi�o com queixas respirat�rias, tendo sido submetida a tomografia de t�rax que evidenciou uma massa na cauda pancre�tica, hipodensa com foco de calcifica��o, apresentando realce progressivo e heterog�neo pelo meio de contraste, e que media no seu maior eixo 4,1 cm. Prosseguiu-se a investiga��o com resson�ncia magn�tica, a qual caracterizou a les�o como s�lido-c�stica, multisseptada, apresentando focos de hemorragia, restri��o � difus�o das mol�culas de �gua e realce da por��o s�lida.
DISCUSS�O: Os achados cl�ssicos de imagem na tomografia computadorizada s�o grandes massas bem delimitadas, com componente s�lido e c�stico vari�veis causados por degenera��o hemorr�gica. Calcifica��es e realce das �reas s�lidas podem estar presentes na periferia da les�o. A resson�ncia magn�tica mostra les�o bem definida com uma combina��o de alta e baixa intensidade de sinal nas sequ�ncias ponderadas em T1 e T2. �reas de alto sinal em T1 e baixo sinal em T2 podem ajudar a identificar produtos de degrada��o da hemoglobina e a diferenciar de outros tumores pancre�ticos. As sequ�ncias ponderadas em T2 mostram c�psula fibrosa, a qual � vista como um anel descont�nuo de baixo sinal, e as sequ�ncias din�micas p�s-contraste paramagn�tico mostram realce perif�rico precoce e heterog�neo da por��o s�lida com progressivo preenchimento. O tumor pseudopapilar do p�ncreas, apesar de raro, em geral tende a se manifestar com achados cl�ssicos de imagem. Desde que suas caracter�sticas foram descritas por Frantz, o reconhecimento desta entidade tem aumentado, demonstrando a import�ncia do conhecimento dos seus aspectos de imagem, que podem ser reconhecidas em tumores que se apresentam com dimens�es menores que o habitual, como no caso apresentado.


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DESAFIOS NA IDENTIFICA��O DOS ASPECTOS RADIOL�GICOS E COMPLICA��ES P�S-OPERAT�RIAS DA EXENTERA��O P�LVICA.

Maria Fernanda Borges Abreu1; Fernando Freitas Mota2; Mayra Ireno Mota2; Rafael Vilas Boas2; Gilson Caldeira de Souza Junior2

1. Santa Casa de Belo Horizonte - Belo Horizonte, MG
2. Hospital Dilson Godinho - Montes Claros, MG, Brasil
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Exentera��o p�lvica possui peculiaridades t�cnicas e radicalidade de ressec��o que promovem imagens inusitadas da anatomia p�lvica, dificultando a interpreta��o anat�mica e identifica��o das suas complica��es nos exames radiol�gicos. Este trabalho objetiva correlacionar os passos cir�rgicos e seus achados radiol�gicos na pelve exenterada, identificando as principais complica��es dessa modalidade operat�ria e as dificuldades encontradas na interpreta��o radiol�gica das mesmas. Os autores ilustram o trabalho com uma s�rie tomografias computadorizadas, resson�ncias magn�ticas e radiografias contrastadas, selecionadas atrav�s de revis�o de prontu�rios entre 2002 e 2009. Os pacientes foram abordados pelo mesmo cirurgi�o e os exames revisados por um �nico radiologista de servi�o de refer�ncia em oncoimagem. Os procedimentos cir�rgicos foram exentera��es parciais e totais com reconstru��es realizadas por prote��o p�lvica com tela ou transposi��o de al�as e omento, aliadas a colostomia simples ou �mida, divers�es urin�rias variadas (ureterostomia convencional, neobexiga e ureterostomia a Bricker ). Todos os pacientes foram submetidos a radioterapia pr�via. O esvaziamento p�lvico frequentemente se relaciona � presen�a de cole��es l�quidas ou at� mesmo hidroa�reas, por comunica��o com a ferida perineal, que frequentemente s�o confundidas com abscessos. A deisc�ncia do mecanismo de prote��o p�lvica pode levar a complica��es como f�stulas intestinais e at� encarceramento de al�as na ferida p�lvica, resultando em abdome agudo obstrutivo. Complica��es relacionadas �s divers�es urin�rias frequentemente encontradas s�o hidronefrose, estenose de ureterostomia ou deisc�ncia de bexiga. O espa�o pr�-sacral e o cruzamento com os vasos il�acos s�o sede freq�ente de fibrose, e a diferencia��o com recidiva tumoral pode se tornar um problema diagn�stico. Aus�ncia de referenciais anat�micos pela desestrutura��o da arquitetura p�lvica, dificuldade de reconhecimento do tipo de exentera��o realizado, aus�ncia de familiaridade com as t�cnicas de reconstru��es de tr�nsito urin�rio e intestinal s�o alguns dos empecilhos que podem dificultar a interpreta��o dos exames de imagem p�s-exentera��o p�lvica. A similaridade entre fibrose e recidiva tumoral e entre abscesso e cole��es p�s-operat�rias decorrentes do oco perineal pode levar a uma interpreta��o err�nea e interferir na conduta terap�utica. A singularidade do ato, aliada � perda de par�metros anat�micos usuais, exigem intera��o estreita entre radiologista e cirurgi�o, em que o conhecimento da extens�o da ressec��o, o tipo de reconstru��o de tr�nsito e os dados como tipo tumoral, radia��o pregressa e evolu��o cl�nica do paciente ser�o ferramentas adicionais na interpreta��o dos achados de imagem na pelve exenterada.


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AVALIA��O POR RESSON�NCIA MAGN�TICA DO C�NCER DE RETO: O QUE A T�CNICA DE ALTA RESOLU��O PODE ACRESCENTAR NO PLANEJAMENTO TERAP�UTICO.

Maria Fernanda Borges Abreu1; Fernando Freitas Mota2; Mayra Ireno Mota2; Rafael Vilas Boas2; Gilson Caldeira de Souza Junior2

1. Santa Casa de Belo Horizonte - Belo Horizonte, MG
2. Hospital Dilson Godinho - Montes Claros, MG, Brasil
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Quimioirradia��o neoadjuvante em pacientes com tumor em est�gio avan�ado foi um grande avan�o no tratamento do c�ncer retal. Resson�ncia magn�tica de alta resolu��o (RMAR) � exame de escolha para definir pacientes que se beneficiar�o da neoadjuv�ncia e os que ser�o primariamente abordados cirurgicamente. Os autores descrevem os par�metros avaliados � RMAR para estadiamento pr�-operat�rio do c�ncer retal, com ilustra��o sob a forma de ensaio iconogr�fico, utilizando imagens pr�prias dos autores. Localiza��o do tumor, est�gio T, margem de ressec��o circunferencial (MRC) e est�gio N devem ser informados pela RMAR para que o plano terap�utico seja definido. A resson�ncia permite ainda identificar a extens�o longitudinal e axial do tumor, e se este cresce com tend�ncia estenosante. A principal contribui��o da RMAR � a avalia��o da MRC, com acur�cia de 100%, de import�ncia progn�stica quanto ao comprometimento da margem de ressec��o oncol�gica e recidiva local. RMAR tem alta precis�o na detec��o de linfonodos mesorretais e p�lvicos, mas podem ser superestimados devido a linfonodomegalia reacional. RMAR � o m�todo de imagem mais adequado para avalia��o pr�-operat�ria do c�ncer retal. O grande impacto positivo da resson�ncia � a efic�cia deste m�todo em determinar os pacientes que dever�o receber tratamento neoadjuvante, sendo estes os que apresentam MRC comprometida e/ou met�stases linfonodal.


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VARICOCELE: UMA ABORDAGEM MULTIDISCIPLINAR.

Paulo Bruno Siepmann Trigo1; Rodrigo Faria Moreira2; Elisangela S� Martins3; Ana Paula Novaes2; Waldir Heringer Maymone2; Antonio Carlos Barbosa2; Gustavo Ferr�o2

1. Hospital Universit�rio Gaffr�e e Guinle - Rio de Janeiro, RJ
2. Hospital Riomar - Rio de Janeiro, RJ
3. Hospital RioMR -Rio de Janeiro, RJ, Brasil
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A varicocele ainda n�o possui um consenso terap�utico definitivo, muito embora seja motivo de solicita��o frequente de exames por imagem. Estudo realizado num hospital geral do Rio de Janeiro, com os casos compreendidos nos �ltimos 12 meses. O objetivo deste trabalho � propor uma estrat�gia multidisciplinar no seu tratamento. Dentre os mecanismos de forma��o da varicocele h� uma importante rela��o entre o aumento da temperatura escrotal, estase e refluxo dos metab�litos t�xicos, anomalia do eixo hipot�lamo-hipofis�rio e ainda fatores vasculares. � respons�vel por cerca de 35% das infertilidades prim�rias e 75% das secund�rias. A import�ncia da caracteriza��o da varicocele � principalmente em fun��o das suas consequ�ncias sobre os pacientes jovens, proporcionalmente aumentadas em rela��o ao tempo. Foi proposta uma classifica��o mediante os achados das varizes em rela��o ao test�culo, ecografia, Doppler e ainda flebografia. O objetivo do tratamento foi o controle anat�mico das varizes, melhorar a espermog�nese e o controle da dor. Em comum estava o questionamento: quem tratar e qual t�cnica utilizar? O estudo apresentar� como resultados a compara��o entre as t�cnicas e ainda as complica��es endovasculares obtidas. Concluiu-se que o melhor m�todo utilizado foi a emboliza��o retr�grada, apresentando uma efic�cia de 95%, sendo procedida a cirurgia nos casos em que o tratamento inicial n�o foi resolutivo.


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LES�ES ABDOMINAIS N�O NEOPL�SICAS QUE MIMETIZAM TUMORES.

Christiane Pena Cabral; Otavio Batista Lima; Monica Amadio Piazza Jacobs; Lucas Assad de Paula; Fernanda Ramos Carneiro; Cinthia Denise Ortega; Manoel de Souza Rocha

Icesp-Instituto do C�ncer do Estado de S�o Paulo / HC- FMUSP - S�o Paulo, SP, Brasil
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INTRODU��O: Achados radiol�gicos de diversas patologias benignas e s�ndromes cl�nicas podem simular les�es neopl�sicas abdominais. No contexto oncol�gico, o radiologista deve ser capaz de reconhecer esses diversos diagn�sticos, que alteram decisivamente o progn�stico desses pacientes, evitando assim proped�uticas e tratamentos desnecess�rios.
DESCRI��O: Ensaio iconogr�fico ilustrando os achados de imagem de resson�ncia magn�tica e tomografia computadorizada do abdome de les�es n�o neopl�sicas que podem simular doen�as malignas, ressaltando os principais aspectos radiol�gicos necess�rios para a elucida��o diagn�stica. S�o exemplos do nosso arquivo: Altera��es vasculares - n�dulos regenerativos no f�gado cirr�tico, s�ndrome de Buddy Chiari, pseudoles�es vasculares hep�ticas e peliosis hep�tica. Complica��es/altera��es p�s-tratamento - pseudocirrose ap�s quimioterapia em pacientes com met�stases de c�ncer de mama, gossipibomas, altera��es relacionadas com radioabla��o e quimioemboliza��o de tumores renais e hep�ticos, linfoceles. Inflamat�rios/infecciosos - diverticulite com f�stula para a bexiga urin�ria, doen�a inflamat�ria intestinal, fasciol�ase hepatobiliar, tuberculose peritoneal, pancreatite do sulco pancreatoduodenal. S�ndromes cl�nicas como: Erdheim-Chester e Rendu-Osler-Weber.


Temas Livres

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LIPOMATOSE INTESTINAL: RELATO DE CASO.

Natalia Bernardes Mello; Carolina F�o de Assis Mascarenhas; Paula Vieira Chavarry Duarte; Jos� In�cio Tito Jorge Filho; Kenia Fuly de Castro; Paula Medina Maciel Gomes; Cl�udio de Carvalho Rangel; Romulo Varella de Oliveira

Hospital Central da Pol�cia Militar do Rio de Janeiro - Rio de Janeiro, RJ, Brasil
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O termo lipomatose intestinal � empregado para descrever a presen�a de numerosos lipomas circunscritos no intestino. � uma doen�a rara, com poucos casos relatados na literatura m�dica. Os lipomas s�o encontrados isolados ou em v�rios segmentos, geralmente solit�rios e de tamanhos variados. O extenso envolvimento intestinal com m�ltiplas les�es � incomum. Podem ser encontrados em qualquer regi�o do trato gastrintestinal, tendo a seguinte distribui��o: est�mago, 5%; intestino delgado, 20% a 25%; intestino grosso, 65% a 75%; es�fago-duodeno, 10%; sendo a v�lvula ileocecal o segmento mais comumente afetado. N�o h� explica��o satisfat�ria para a etiologia da lipomatose intestinal. Alguns pacientes t�m historia familiar positiva, sugerindo que possa haver heran�a autoss�mica dominante. Geralmente acomete pacientes ap�s a quarta d�cada de vida. Os sintomas cl�nicos s�o raros (menos 33%), sendo a maioria dos casos assintom�tica e descoberta incidentalmente. A dor abdominal � o sintoma mais frequente, podendo ocorrer melena devido a intussuscep��o e ulcera��o dos lipomas. A gravidade dos sinais e sintomas est� atribu�da ao tamanho das les�es. Quando atingem um tamanho razo�vel, podem causar altera��o do h�bito intestinal, sangramento, dor abdominal ou obstru��o/intussuscep��o. Enema de b�rio, colonoscopia e tomografia computadorizada (TC) s�o consideradas importantes ferramentas para o diagn�stico, sendo a histopatologia o padr�o ouro para o diagn�stico. Devido a natureza benigna e aus�ncia de manifesta��es cl�nicas (70% dos casos), n�o h� habitualmente indica��o terap�utica nem necessidade de seguimento ou vigil�ncia. A decis�o para remo��o � baseada em crit�rios, incluindo a suspeita de malignidade e lipomas sintom�ticos, estabelecendo a abordagem cir�rgica adequada atrav�s das caracter�sticas de cada caso em particular. Relatamos o caso de uma paciente de 76 anos, sexo feminino, com queixa de diarreia cr�nica e enterorragia/melena, submetida a TC do abdome e pelve, colonoscopia e enterorresson�ncia. A TC revelou m�ltiplas massas homog�neas, bem definidas, com densidade de gordura, de variadas dimens�es, ocupando o intestino delgado, sendo a paciente diagnosticada com lipomatose no intestino delgado, e atrav�s dos outros m�todos citados acima, com doen�a inflamat�ria intestinal (doen�a de Crohn) e doen�a diverticular leve dos c�lons. As caracter�sticas das les�es lipomatosas ser�o minuciosamente detalhadas no trabalho.


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DIVERT�CULOS ESOF�GICOS: ENSAIO ICONOGR�FICO.

Luis Fernando Schneider Camargo; Leonardo Valentim; Aurelio Luis Zimmermann; Jaqueline Hoffmann; Guilherme Beduschi

Hospital Santa Isabel - Blumenau, SC, Brasil
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Os divert�culos esof�gicos s�o deformidades adquiridas que teoricamente n�o ocorrem durante a inf�ncia, raramente antes dos 40 anos e aumentam sua incid�ncia com a idade. Ocorrem principalmente em tr�s localidades do es�fago, sendo a localiza��o uma das principais formas de classific�-los. Outra forma de classifica��o seria quanto ao seu mecanismo de forma��o, podendo ser por puls�o, tra��o ou fraqueza da musculatura paraesof�gica. O divert�culo de Zenker, mais comum, ocorre pr�ximo � jun��o cricofar�ngea, na parede posterolateral do es�fago, tendo como etiologia a fraqueza da musculatura local (ponto de Killian). Consiste em um falso divert�culo, pois sua parede n�o apresenta camada muscular pr�pria, restringindo-se apenas a camada mucosa e submucosa. O divert�culo de tra��o ocorre principalmente na por��o m�dia do es�fago, tendo como principal etiologia processos cicatriciais de les�es tor�cicas que levam a fibrose dos tecidos periesof�gicos. O divert�culo de puls�o (epifr�nico) localiza-se logo acima da jun��o esofagog�strica, tendo como principal etiologia o aumento da press�o intraluminal do �rg�o por dist�rbios da motilidade esof�gica, podendo haver m�ltiplos divert�culos associados � les�o obstrutiva. Em grande parte dos casos, os divert�culos esof�gicos s�o achados incidentais, sendo o quadro assintom�tico. Divert�culos maiores podem causar sintomas obstrutivos e disf�gicos, tendo tamb�m como poss�veis complica��es refluxo, broncoaspira��o, perfura��o e fistuliza��o para o mediastino. O risco de carcinoma no interior do divert�culo � baixo, sendo inferior a 1%. O esofagograma, juntamente com o deglutograma, s�o os exames de escolha para investiga��o e diagn�stico do divert�culo de es�fago. Os achados radiol�gicos cl�ssicos s�o imagem de adi��o sacular com n�vel hidroa�reo no mediastino superior, na jun��o faringoesof�gica (divert�culo de Zenker), no ter�o m�dio do es�fago (tra��o) ou no es�fago distal (epifr�nico), que podem ser volumosos causando compress�o da parede esof�gica. Neste trabalho ser�o apresentados, em forma de relato de caso, os tr�s tipos mais comuns de divert�culo esof�gico (Zenker, tra��o e epifr�nico), juntamente com os principais achados de imagem no esofagograma, seus sintomas, complica��es e tratamentos mais utilizados na atualidade, tendo como grande objetivo aprimorar o conhecimento sobre esta patologia, aumentando assim a sensibilidade deste exame no diagn�stico de divert�culo esof�gico. Os casos fazem parte do arquivo de nosso servi�o, tendo sido realizado entre 2012 e 2013 pelos pr�prios autores do trabalho.


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MAPEAMENTO PR�-OPERAT�RIO DA ENDOMETRIOSE PROFUNDA INFILTRATIVA INTESTINAL.

Carlos Renato Ticianelli Terazaki; Cesar Rodrigo Trippia; Carlos Henrique Trippia; Maria Fernanda Sales Caboclo; Flavio Rinaldi; Wagner Peitl Miller; Francisco Gomes Castro

FUNEF-Hospital S�o Vicente - Curitiba, PR, Brasil
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A endometriose � uma doen�a ginecol�gica benigna caracterizada pela presen�a de tecido endometrial fora da cavidade uterina. A complexidade da doen�a � determinada pela sua variedade de apresenta��es cl�nicas, pela multifocalidade, pelo acometimento de s�tios extraginecol�gicos (principalmente o trato urin�rio e intestinal) e pela dificuldade no diagn�stico por imagem pr�-operat�rio e no tratamento cir�rgico. V�rios m�todos de imagem t�m sido utilizados para avaliar as les�es de endometriose profunda infiltrativa (EPI) no pr�-operat�rio, incluindo ultrassom transvaginal, resson�ncia magn�tica da pelve e ultrassonografia transretal. N�o importa qual exame seja realizado, o objetivo do estudo pr�-operat�rio � mapear completamente todos os implantes profundos da doen�a, principalmente os que afetam o sistema digest�rio e/ou do trato urin�rio. Especificamente para as les�es intestinais na EPI, a investiga��o por imagem pr�-operat�ria deve conter as seguintes informa��es: tamanho da les�o; profundidade da infiltra��o na parede intestinal; dist�ncia entre a les�o intestinal da EPI e a borda anal; porcentagem da circunfer�ncia intestinal acometida; presen�a de les�es intestinais de EPI multifocais/multic�ntricas. O mapeamento pr�-operat�rio da extens�o da doen�a � importante para decidir se a interven��o cir�rgica � indicada e para o planejamento da excis�o cir�rgica completa, uma vez que o sucesso do tratamento depende da remo��o cir�rgica radical. O objetivo deste artigo � demonstrar os pontos fundamentais que devem estar descritos nos laudos dos exames de imagem no rastreamento da endometriose profunda infiltrativa intestinal.


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RELATO DE CASO: RUPTURA BILATERAL DOS SISTEMAS COLETORES RENAIS DURANTE EXAME DE TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA COM CONTRASTE INTRAVENOSO.

Lara Marinho Reis; Andr� de Queiroz Pereira da Silva; Luiz Eduardo Barreto; Natalia Sacchi Campozana; Maria Eugenia Durante Areas; Monica Amadio Piazza Jacobs; Luiz Carlos Donoso Scoppetta

Hospital S�o Camilo - S�o Paulo, SP, Brasil
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A ruptura do sistema coletor � um evento raro, com potenciais complica��es como urinoma retroperitoneal, infec��o e sepse, forma��o de abscessos e consequente inj�ria do par�nquima renal. Em geral, esta condi��o se associa ao aumento da press�o no interior do sistema coletor e tem como causas malignidade, ureteronefrolit�ase, fibrose retroperitoneal idiop�tica, manipula��o iatrog�nica recente, trauma externo, reten��o urin�ria, condi��es degenerativas dos rins, urografia com compress�o externa e, ainda, as causas espont�neas. Relatamos um caso de ruptura espont�nea, bilateral e assintom�tica dos sistemas coletores, observada durante a fase tardia de aquisi��o das imagens tomogr�ficas, em paciente sem comorbidades e sem evid�ncia de c�lculos, destacando-se acentuada reple��o vesical no momento do exame, com volume estimado em 464 ml. Foi realizado tratamento conservador, e em tomografia de controle houve resolu��o dos sinais de ruptura. A ruptura dos sistemas coletores �, muitas vezes, subdiagnosticada devido � sua raridade. O diagn�stico pode ser realizado atrav�s de urografia excretora e, de forma mais precisa e detalhada, por tomografia computadorizada com contraste intravenoso. O tratamento � controverso, podendo ser cir�rgico ou conservador com cateter de deriva��o ("duplo J").


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VARIA��ES ANAT�MICAS DO TRONCO CEL�ACO E SISTEMA ARTERIAL HEP�TICO: UMA AN�LISE POR TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA MULTIDETECTORES.

Henrique de Almeida Franca; Severino Aires de Araujo Neto; Carlos Fernando de Mello J�nior; Eul�mpio Jos� da Silva Neto; Gustavo Ramalho Pessoa Negromonte; Caio Cesar Nuto Leite Fran�a; Anne Diniz Maia; Leonardo Guilherme Cabral Paiva

UFPB - Jo�o Pessoa, PB, Brasil
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M�dicos frequentemente encontram varia��es anat�micas que podem dificultar o planejamento pr�-operat�rio ou laudos diagn�sticos. Assim, torna-se importante um conhecimento adequado das varia��es mais frequentes que afetam uma popula��o. O trabalho prop�e o estudo radiol�gico das varia��es do tronco cel�aco, assim como seu comprimento, di�metro e dist�ncia para a art�ria mesent�rica superior, e do sistema arterial hep�tico. O estudo � do tipo retrospectivo com base na an�lise de tomografias computadorizadas de 44 pacientes. O comprimento do tronco cel�aco, o di�metro, assim como a dist�ncia entre tronco cel�aco e art�ria mesent�rica superior, foram medidos pela t�cnica de proje��o de intensidade m�xima (MIP). O padr�o de varia��o do tronco cel�aco e sistema arterial hep�tico foi analisado por reconstru��o 3D em volume rendering e imagens multiplanares. A an�lise estat�stica foi realizada pelo programa SPSS. Entre as 44 tomografias, 39 (91%) troncos cel�acos foram classificadas como anatomia normal, 3 (6,8%) foram tronco hepatoespl�nico e 1 (2,2%) foi tronco hepatog�strico. A m�dia de comprimento do tronco cel�aco foi 2,25 cm, sendo o maior 4,1 cm e o menor 1,1 cm, mediana de 2,35 cm. O calibre m�dio do tronco cel�aco foi 0,7 cm, sendo o maior 1 cm e o menor 0,5 cm, mediana de 0,7 cm. A dist�ncia m�dia entre o tronco cel�aco e art�ria mesent�rica superior foi 1,2 cm, sendo a maior 2,3 cm e a menor 0,8 cm, mediana de 1,1 cm. O sistema arterial hep�tico variou em 22,7% dos casos, sendo 34 casos com anatomia normal e 10 casos com varia��o anat�mica. A varia��o anat�mica mais encontrada foi a localiza��o an�mala da art�ria hep�tica direita (AHD), que ocorreu em 6 casos (13,6%), e desses 6 casos, a AHD veio da mesent�rica em 3 casos (6,8%), em 2 casos (4,5%) veio do tronco cel�aco e em 1 caso (2,3%) da art�ria hep�tica comum. A art�ria hep�tica esquerda (AHE) variou em 3 casos (6,8%), saindo em 2 (4,5%) casos da art�ria hep�tica comum e em 1 (2,3%) caso da art�ria g�strica esquerda. Houve correla��o positiva significativa de moderada magnitude entre o comprimento (2,39 � 0,63) e o di�metro (0,7; P75-P25 = 0,7) do tronco cel�aco, rho = 0,443, n = 39, p = 0,005, de modo que o aumento do comprimento do tronco est� correlacionado com o aumento do di�metro do tronco cel�aco. N�o houve associa��o significativa entre varia��o do tronco cel�aco e varia��o da art�ria hep�tica pr�pria, p = 0,96. Diante dos resultados, as varia��es do tronco cel�aco e seu di�metro est�o de acordo com a literatura mundial. O sistema arterial hep�tico, assim como comprimento do tronco cel�aco e seu di�metro, variaram com a literatura pesquisada, por�m, essa diferen�a pode ser associada a diferentes popula��es de estudo. A correla��o estatisticamente significante entre o comprimento do tronco cel�aco e seu di�metro possibilita ajuda na escolha do melhor stent a ser utilizado, que possua um comprimento e calibre proporcional a cada paciente e evite, assim, iatrogenias durante o ato cir�rgico, como ruptura de tronco cel�aco e stent curto e incapaz para manter o tronco p�rvio.

Como saber se eu estou grávida mesmo tomando anticoncepcional?

Se a mulher achar que está grávida, mas ainda estiver tomando a pílula, ela deverá realizar um teste de gravidez o mais rápido possível. Caso o resultado seja positivo, deve-se interromper o uso do anticoncepcional e consultar o ginecologista para acompanhamento.

Qual é o melhor anticoncepcional para ganhar corpo?

Uma das opções mais recomendadas para atletas é o implante de etonogestrel, que dura três anos, com a ressalva de que em algumas pacientes pode causar sangramento menstrual excessivo ou escapes esporádicos, por isso recomenda-se esse método nas mulheres com baixo fluxo.

Quais as mudanças que o anticoncepcional causa no corpo?

O aumento de peso pode surgir quando as alterações hormonais provocadas pela pílula levam ao aumento da vontade de comer. Além disso, algumas pílulas anticoncepcionais, também podem causar retenção de líquidos devido ao acúmulo de sódio e potássio nos tecidos corporais, provocando aumento do peso corporal.

Qual anticoncepcional que emagrece e limpa a pele?

Trata-se de Belara, da Janssen-Cilag, que alia a elevada eficácia contraceptiva (99,7%) a benefícios extras como o não aumento de peso e a redução da oleosidade da pele e cabelos.