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Pré-visualização | Página 5 de 25de práticas a ser adotado exaustiva e mecanicamente. A estruturação do texto em “fundamento” e “práticas” tem por fim estimular o exercício de re- flexão das práticas a serem adotadas, de maneira tal que se adaptem à estrutura, à realidade e ao estágio do ciclo de vida da organização. As motivações para adoção ou não de determinada prática devem estar devidamente claras e fundamentadas pelos tomadores de decisão, de tal modo que permitam avaliação por suas partes interessadas. Convém enfatizar a importância dos princípios básicos da boa governança corporativa, pois estão por trás dos fundamentos e das práticas deste Código e aplicam-se a qualquer tipo de organização, independentemente de porte, natureza jurídica ou tipo de controle. Se as melhores práticas podem não ser aplicáveis a todos os casos, os princípios o são, formando o alicerce sobre o qual se de- senvolve a boa governança. Sem a presença da ética, no entanto, o conjunto das boas práticas de governança pode não ser suficiente para evitar os desvios comportamentais e suas consequências danosas à empresa, a seus sócios, e à sociedade em geral. A ética se consolida na aplicação diária de valores e princípios claros, coerentemente exercitados por sócios, administradores, executivos, funcionários e terceiros. 19Instituto Brasileiro de Governança Corporativa A atuação ética dos indivíduos permite que as melhores práticas conduzam as organizações à boa governança, reduzindo suas chances de fracasso e aumentando as de sucesso. 4. Estrutura do Código Além das premissas fundamentais e das definições de governança corporativa e dos seus princípios bási- cos, o conteúdo deste Código está distribuído em cinco capítulos: 1. Sócios; 2. Conselho de administração; 3. Diretoria; 4. Órgãos de fiscalização e controle; e 5. Conduta e conflito de interesses. Os quatro primeiros capítulos apresentam fundamentos e práticas para os órgãos que compõem o sistema de governança das organizações (Figura 1), enquanto o último trata de padrões de conduta e comportamen- to aplicáveis a um ou mais agentes. Nele também são propostas políticas e práticas destinadas a evitar e administrar conflitos de interesses e o uso indevido de ativos e informações relativas à organização. * O profissional da secretaria de governança não é administrador, apesar de inserido junto aos demais órgãos do âmbito dos administradores. Figura 1 – Contexto e estrutura do sistema de governança corporativa Conselho de Administração Sócios ADMINISTRADORES Diretor-Presidente C. Auditoria Conselho Fiscal REGULAMENTAÇÃO (COMPULSÓRIA E FACULTATIVA) Auditoria Independente Auditoria Interna Secretaria de Governança* Diretores Comitês 20 Código das Melhores Práticas de Governança Corporativa - 5ª Edição II Definição de Governança Corporativa Governança corporativa é o sistema pelo qual as empresas e demais organizações são dirigidas, monitoradas e incentivadas, envolvendo os relacionamentos entre sócios, conselho de adminis- tração, diretoria, órgãos de fiscalização e controle e demais partes interessadas. As boas práticas de governança corporativa convertem princípios básicos em recomendações objetivas, alinhando interesses com a finalidade de preservar e otimizar o valor econômico de longo prazo da organização, facilitando seu acesso a recursos e contribuindo para a qualidade da gestão da organização, sua longevidade e o bem comum. III Princípios Básicos de Governança Corporativa Os princípios básicos de governança corporativa permeiam, em maior ou menor grau, todas as práticas do Código, e sua adequada adoção resulta em um clima de confiança tanto internamen- te como nas relações com terceiros. Transparência Consiste no desejo de disponibilizar para as partes interessadas as informações que sejam de seu interesse e não apenas aquelas impostas por disposições de leis ou regulamentos. Não deve Definição e Princípios de Governança Corporativa Definição e Princípios de Governanca Cor orativa 21Instituto Brasileiro de Governança Corporativa restringir-se ao desempenho econômico-financeiro, contemplando também os demais fatores (inclusive intangíveis) que norteiam a ação gerencial e que conduzem à preservação e à otimi- zação do valor da organização. Equidade Caracteriza-se pelo tratamento justo e isonômico de todos os sócios e demais partes in- teressadas (stakeholders), levando em consideração seus direitos, deveres, necessidades, interesses e expectativas. Prestação de Contas (accountability) Os agentes de governança7 devem prestar contas de sua atuação de modo claro, conciso, com- preensível e tempestivo, assumindo integralmente as consequências de seus atos e omissões e atuando com diligência e responsabilidade no âmbito dos seus papeis. Responsabilidade Corporativa Os agentes de governança devem zelar pela viabilidade econômico-financeira das organizações, reduzir as externalidades8 negativas de seus negócios e suas operações e aumentar as positivas, levando em consideração, no seu modelo de negócios, os diversos capitais (financeiro, manufa- turado, intelectual, humano, social, ambiental, reputacional, etc.) no curto, médio e longo prazos. 7 As práticas deste Código se aplicam aos agentes de governança, ou seja, os indivíduos e órgãos envolvidos no sistema de governança, tais como: sócios, administradores (conselheiros de administração e executivos), conselheiros fiscais, auditores etc. 8 Efeitos de uma transação que incidem sobre terceiros que não consentiram ou dela não participaram não completamente refletidos nos preços. Podem ser positivas ou negativas. 23Instituto Brasileiro de Governança Corporativa 1 SÓCIOS 1.1 Conceito “uma ação, um voto” Fundamento A estrutura aderente ao princípio “uma ação é igual a um voto” é a que mais promove o alinhamento de interesses entre todos os sócios9. Em tais estruturas, o poder político, repre- sentado pelo direito de voto, será sempre proporcional aos direitos econômicos derivados da propriedade das ações. Exceções devem ser evitadas, mas a flexibilidade pode ser admitida, considerando-se o potencial benefício da presença de acionistas de referência para o desem- penho e visão de longo prazo das companhias, cuidando para evitar assimetrias indevidas e incluindo salvaguardas que mitiguem ou compensem eventual desalinhamento. Nos casos em que houver o afastamento do princípio “uma ação, um voto”, é fundamental que o estatuto/contrato social preveja regras e condições para a extinção de tais assimetrias em horizonte de tempo determinado (sunset clause), especialmente nas empresas de capital aberto. Sócios 9 Sócios ou acionistas são as pessoas físicas ou jurídicas que contribuem para a formação da organização. No caso das empresas, detêm a propriedade do capital social. 24 Sócios Código das Melhores Práticas de Governança Corporativa - 5ª Edição Nas companhias em que os acionistas avaliem ser conveniente adotar estruturas em que não exista essa simetria entre direitos políticos e econômicos, é fundamental que seja garantido o tratamento equitativo a todos os sócios. Isto é, proporcional à sua participação na contribuição ao capital social, em relação aos direitos econômicos e em qualquer evento relevante, como seria o caso de transferência de controle ou de reorganizações societárias. Práticas a) Cada ação ou quota deve dar direito a um voto. b) A decisão pela adoção de estruturas que se afastem desse marco, ou seja, em que o direito de voto não é proporcional à participação dos sócios no capital, deve: i. ser tomada pelo conjunto dos sócios (incluindo aqueles titulares de ações ou quotas sem direito a voto), avaliando se esse eventual desalinhamento de interesses poderá Quais os cinco capítulos do Código de Melhores Práticas de governança corporativa?1 PROPRIEDADE. 1.1 Propriedade – sócios. ... . 2 CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO. 2.1 Conselho de Administração. ... . 3 GESTÃO. 3.1 Atribuições. ... . 4 AUDITORIA INDEPENDENTE. 4.1 Auditoria Independente. ... . 5 CONSELHO FISCAL. 5.1 Conselho Fiscal. ... . 6 CONDUTA E CONFLITO DE INTERESSES. ... . 1.1 Propriedade – sócios 3. ... . 1.2 Conceito “uma ação = um voto”. Quais são as melhores práticas de governança corporativa?5 boas práticas de governança corporativa. Qualificação e fortalecimento desde o topo. Uma boa forma de garantir o sucesso de uma estratégia de governança está na qualificação da diretoria da empresa quanto aos seus princípios. ... . Priorização da ética e integridade. ... . Cultura de compliance. ... . Foco na transparência. ... . Gestão de riscos.. Qual o princípio básico do Código de boas de melhores práticas de governança corporativa?As boas práticas de governança corporativa convertem princípios básicos em recomendações objetivas, alinhando interesses com a finalidade de preservar e otimizar o valor econômico de longo prazo da organização, facilitando seu acesso a recursos e contribuindo para a qualidade da gestão da organização, sua longevidade e ...
Quais são os 6 pilares da governança corporativa?Os 6 pilares da gestão corporativa são a Propriedade (representada pelos sócios), o Conselho de Administração, a Gestão, a Auditoria Independente, o Conselho Fiscal e, por fim, a Conduta e o Conflito de Interesses.
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