Como os atletas que apresentam deficiência visual conseguem se orientar dentro de campo?

BI,B2, B3) 

1. Regras básicas
1.1 O regulamento actual da IAAF (International Amateur Athletic Federation) será aplicado em todos os casos, excepto nas adições e modificações especificadas abaixo.
1.2 Havendo qualquer dúvida sobre o regulamento da IBSA, prevalecerá a versão em inglês.
2. Aptidão para competição
2.1 Estarão aptas para a competição da IBSA as categorias desportivas definidas como B1, B2 e B3, na secção 3, abaixo.
3. Classificação
B1: De nenhuma percepção luminosa em ambos os olhos até à percepção de luz, mas incapacidade de reconhecer o formato de uma mão a qualquer distância ou direcção.
B2: Da capacidade em reconhecer a forma de uma mão até à acuidade visual de 2/60 e/ou campo visual inferior a 5 graus.
B3: Da acuidade visual de 2/60 à acuidade visual de 6/60 e/ou campo visual de mais de 5 graus e menos de 20 graus.
Todas as classificações devem considerar ambos os olhos, com melhor correcção (isto é, todos os atletas que usarem lentes de contacto ou lentes correctivas deverão usá-las para classificação, mesmo que não pretendam usá-las para competir).
4. Modificações nas instalações e equipamentos
4.1 Para a classe B1
Atletas da classe B1 devem utilizar óculos escuros ou um substituto apropriado em todas as provas de pista ao ar livre ou coberta, incluindo os 1500m. Os óculos escuros ou substitutos devem ser aprovados pelo oficial técnico responsável. Os óculos, uma vez aprovados, devem estar disponíveis para verificação a qualquer momento. Quando não estiver a competir, o atleta pode remover os óculos escuros ou substitui-los.
Sinais acústicos são permitidos para atletas desta classe, conforme especificado nestas regras. Entretanto, não é permitida qualquer modificação visual na instalação existente, além de ajustes nas linhas de marcação da partida e da zona de passagem e transmissão, como descrito adiante.
Nas provas de atletas B1, onde são utilizadas informações sonoras (exemplo, salto em comprimento, triplo salto e salto em altura), deve ser exigido silêncio total dos espectadores.
NOTA: Sempre que possível e com a finalidade de garantir silêncio, as provas nas quais a informação sonora utilizada não devem acontecer simultaneamente com outras provas de corrida.
4.2 Para a classe B2
Permite-se modificação visual na instalação existente (por exemplo, com cal, cones, bandeiras, etc.). Sinais acústicos também podem ser utilizados.
4.3 Para a classe B3
O regulamento da IAAF será seguido na íntegra, excepto nas modificações abaixo.
4.4 Atletas cegos-surdos
A IBSA reconhece as necessidades especiais de atletas cegos-surdos encorajando e facilitando a participação dos mesmos em suas competições. Em caso de participação de atletas cegos-surdos numa competição da IBSA, algumas modificações nas regras podem ser necessárias. Tais modificações apenas serão permitidas com aprovação anterior de um oficial responsável da IBSA. A princípio, não será permitida qualquer modificação na regra que coloque em desvantagem outro atleta.
4.5 Em competições principais recomenda-se a utilização de câmaras de vídeo para gravar todas as trocas, nas estafetas.
5. Provas
As provas reconhecidas pelo programa de competição da IBSA são as seguintes:
5.1 Provas de pista
Classe B1 Classe B2 Classe B3
100 m (M/F) 100 m (M/F) 100 m (M/F)
200 m (M/F) 200 m (M/F) 200 m (M/F)
400 m (M/F) 400 m (M/F) 400 m (M/F)
800 m (M/F) 800 m (M/F) 800 m (M/F)
1.500 m (M/F) 1.500 m (M/F) 1.500 m (M/F)
5.000 m (M/F) 5.000 m (M/F) 5.000 m (M/F)
10.000 m (M/F) 10.000 m (M/F) 10.000 m (M/F)
Maratona  (M/F) Maratona  (M/F) Maratona  (M/F)
5.1.1 Provas de estafetas
Estafeta 4 x 100 m (M/F)
Estafeta 4 x 400 m (M/F)
5.2 Provas de campo

Classe B1 Classe B2 Classe B3

Salto em Comprimento (M/F)
Triplo Salto (M/F)
Salto em Altura (M/F)
Lançamento do Disco
Lançamento do Dardo (M/F)
Lançamento do Peso (M/F)

Salto em Comprimento (M/F)
Triplo Salto (M/F)
Salto em Altura (M/F)
Lançamento do Disco (M/F)
Lançamento do Dardo (M/F)
Lançamento do Peso (M/F)

Salto em Comprimento (M/F)
Triplo Salto (M/F)
Salto em Altura (M/F)
Lançamento do Disco (M/F)
Lançamento do Dardo (M/F)
Lançamento do Peso (M/F)


5.2.1 Peso dos implementos

Os pesos dos implementos a serem utilizados nas provas de lançamento serão os seguintes:

Disco Dardo Peso
Masculino 2.0 kg 800 gr 7.26 kg
Feminino 1.o Kg 600 gr 4.o kg

5.3 Provas combinadas

Classe B1 Classe B2 Classe B3
Pentatlo (M/F) Pentatlo (M/F) Pentatlo (M/F)

O Pentatlo para homens é constituído por cinco provas, que serão realizadas em um dia de competição, na seguinte ordem:

  • Salto em comprimento

  • Lançamento do dardo

  • 100 m

  • Lançamento do disco

  • 1500 m

O Pentatlo para mulheres é constituído por cinco provas, que serão realizadas em um dia de competição, na seguinte ordem:
  • Salto em distância
  • Arremesso de peso
  • 100 m rasos
  • Lançamento de disco
  • 800 m rasos
     
5.3.1 A pontuação será calculada através das tabelas de pontos da IAAF. Para as provas femininas de lançamento do disco e 100 m, a pontuação deve ser calculada usando as tabelas no Apêndice A.
5.4 Competições nas categorias menores
5.4.1 Haverá duas categorias por idade:
A Categoria Júnior incluirá qualquer atleta com idade inferior a 14 anos, completos até o dia 31 de Dezembro, no ano da competição.
A Categoria Intermediária incluirá qualquer atleta com mais de 14 anos e menos de17 anos, completos até o dia 31 de Dezembro, no ano da competição.
As provas reconhecidas para as categorias menores são:

Categoria Júnior Categoria Intermediária
60 m
300 m
600 m

Salto em comprimento

Arremesso de bola (150 gr)
Lançamento do peso (3 kg)
Estafeta (4 x 60 m)
100 m
400 m
800 m
1500 m
Salto em comprimento
Salto em altura
Lançamento do dardo (600 gr)
Lançamento do peso (5 kg masc.; 4 kg fem.)
Estafeta (4 x 200 m)

NOTA: Recomenda-se, para a organização das provas de categorias de menores, que se faça uma selecção prévia das provas que irão ocorrer, tendo em conta as circunstâncias próprias da competição e as necessidades individuais de cada atleta.
5.4.2 Arremesso de bola
Apesar da substituição do dardo pela bola, todas as regras da IAAF, relativas ao lançamento do dardo, serão aplicadas para a condução desta prova. A medição de cada arremesso deve ser feita a partir da marca mais próxima, feita pela queda da bola, em relação ao lançador.
5.5 Provas de pista coberta
As provas indoor, reconhecidas pela IBSA para homens e mulheres, serão as seguintes:

Provas de Pista Provas de Campo
60 m
200 m
400 m
800 m
1500 m
5000 m

Salto em comprimento
Salto em altura
Triplo salto
Arremesso de peso


II. Regras de Competição

6. Acesso à área de competição
6.1 Atletas acompanhantes e/ou guias
6.1.1 Apenas os guias ou atletas acompanhantes para os atletas B1 e B2 terão permissão de acompanhar os competidores até a pista ou área de salto e lançamento. Estas pessoas devem estar claramente identificadas por um colete, de cor laranja, fornecido pelo Comité Organizador. (ver 7.4.8).
6.1.2 Os competidores da classe B1, no salto em comprimento e triplo salto, poderão usar um guia para lhes dar informação acústica durante a corrida de aproximação, e para posicioná-los na pista de corrida.
6.1.3. Os atletas da classe B2 que participarão das provas de salto podem ser acompanhados, à área de competição por apenas uma pessoa, que pode servir como guia. Não será permitida a presença de outras pessoas na área de competição.
6.2 Limites de tempo para as provas de campo
6.2.1 Nas provas de campo onde os atletas necessitem de auxílio de guias, a contagem do tempo válido para a tentativa só será iniciada no momento em que o oficial responsável concluir que o atleta está devidamente orientado.
NOTA: Se o atleta perder a orientação ou solicitar nova orientação, o tempo será parado e apenas reiniciado (com a inclusão de qualquer tempo decorrido já gravado), tão logo a orientação tenha sido completada.

7. Regras para as competições de corrida
7.1. 100 m para a classe B1
7.1.1 Competições Internacionais
A prova de 100 m para a classe B1, nos Campeonatos Mundiais e nos Jogos Paraolímpicos, bem como em outras competições internacionais, deve ser organizada tendo por base o posicionamento inicial de 4 atletas com seus respectivos guias, incluindo todas as séries preliminares, semi-finais e finais (As especificações até a regra 7.2 também são aplicadas para as competições de base).
7.1.2 Outras competições
Para outros níveis de competição, para competições de categorias menores e competições de desenvolvimento em particular, esta prova pode ser organizada, de modo alternativo, através de corridas individuais por tempo. O resultado será determinado pelo ranking dos tempos conquistados.
7.1.3 Provas de 100 m com mais de 6 participantes, realizadas através de corridas individuais por tempo, deverão ser organizadas na forma de fase de classificação e fase final. Os 6 melhores tempos da fase classificatória disputarão a fase final.
7.1.4. A ordem de corrida dos atletas deve ser determinada, na primeira fase, por sorteio. Entretanto, por ocasião da fase final, a ordem dos corredores será modificada com o mais veloz largando em último lugar, o segundo mais veloz em penúltimo lugar e assim sucessivamente.
7.1.5. Em caso de empate no primeiro lugar, os atletas empatados competirão novamente se for viável. Caso isto não seja possível, o resultado de empate permanecerá.
7.1.6. Um velocista da classe B1 na prova de corrida individual por tempo poderá utilizar o auxílio de não mais do que dois guias, um dos quais deve permanecer atrás da linha de chegada. Não há restrição para o posicionamento do outro guia (caso seja necessário), mas este não deverá atravessar a linha de chegada na frente do atleta. É de responsabilidade do guia, assegurar que o atleta esteja correctamente orientado na partida e guiá-lo durante toda a corrida.
7.1.7. O velocista B1 também pode utilizar de um atleta guia em competições baseadas em corridas individuais por tempo.
7.1.8 Uma nova tentativa só poderá ser solicitada quando circunstâncias fora do controle do atleta ou guia (como uma equipe adversária) interferir no desempenho do atleta.
7.2    200 m – 800 m para a classe B1
7.2.1 Atletas da classe B1 correm acompanhados por um guia. Cada corredor terá direito a duas pistas, uma para si e outra para o guia. Essa área constituir-se-á na “pista” de competição, e ambos, corredor e guia, deverão permanecer dentro dela, do início ao final da prova. O atleta poderá optar por correr do lado de fora ou do lado de dentro da pista, em relação ao guia. Fica a cargo equipa decidir sobre o posicionamento; porém essa decisão não afectará a colocação na pista ou na linha de partida.
7.2.2 As linhas de partida, numa partida escalonada, serão as mesmas da IAAF, marcadas pelas pistas 1, 3, 5, 7, etc. Essas linhas devem ser prolongadas transversalmente às pistas da IAAF de número 2, 4, 6, 8, respectivamente, usando-se fita adesiva da mesma cor que as usadas nas marcações da IAAF.

7.3 Classe B2

7.3.1 Os atletas B2 terão direito a duas pistas (para eles e para seus guias) e devem correr dentro das mesmas; nos 800 m devem iniciar a corrida dentro da mesma pista. Quando duas pistas estão destinadas a um atleta B2 e seu guia, as condições da pista, aplicadas nessa classe, encontram-se na regra 7.2.

7.3.2 O atleta da classe B2 pode optar por usar um guia durante qualquer prova de pista. Se essa opção for feita, serão seguidas as regras aplicadas à classe B1.

7.4 Métodos de condução

7.4.1 Sugere-se que os atletas tragam seus próprios guias para a competição. Entretanto, os organizadores providenciarão um guia, desde que a necessidade seja indicada, com antecedência, na ficha de inscrição (juntamente com detalhes específicos do tipo de condução necessário).
7.4.2 Na competição, atleta e guia serão considerados uma equipa.

7.4.3 Assim que o atleta cego cruzar a linha de chegada, o guia deve estar necessariamente atrás dele.

7.4.4 O método de condução é da escolha do atleta. Este pode optar por ser guiado via cotovelo, ou com um cordão, ou ainda correr livre. Além disso, o corredor pode receber orientações verbais do guia.
Bicicletas ou outros meios mecânicos de transporte não podem ser utilizados por guias.
7.4.5 Em nenhum momento o guia pode arrastar o atleta ou impedi-lo a ir adiante com um empurrão. Qualquer infracção nesse sentido conduzirá à desclassificação do atleta.
7.4.6 Utilizando ou não uma corda, como método de condução, o atleta e o guia não deverão estar separados por mais de 0.5 m de distância, em nenhum momento da prova.
NOTA: Quando situações acidentais ou extraordinárias induzirem à violação da condição acima será de inteira responsabilidade do oficial técnico da IBSA decidir a favor ou contra a desclassificação do atleta. Os princípios utilizados para tomar tal decisão incluirão uma consideração sobre algum perigo passado ou desvantagem sofrida por outro competidor, na mesma prova.
7.4.7 Para as corridas de pista em médias e longas distâncias (acima de 400 m) serão permitidos dois guias. Permite-se apenas uma troca de guia para cada corredor. A troca (substituição) deve ocorrer sem prejudicar os demais corredores e deve ser realizada apenas na recta da partida.
A intenção da troca de guias deverá ser notificada antecipadamente ao juiz (fiscal) de pista e ao oficial técnico da IBSA. Os oficiais técnicos determinarão as condições da substituição e comunicá-las-ão, antecipadamente, aos competidores.
7.4.8 Os atletas guias devem vestir um colete cor de laranja, a fim de serem claramente diferenciados dos competidores. Tais coletes serão providenciados pelo Comité Organizador, após consulta e aprovação do oficial técnico da IBSA.
7.5 Blocos de largada
7.5.1 Competidores das classes B1 e B2 nas provas de 100-400 m poderão optar por partir com ou sem bloco, ou ainda partir de pé.
7.6 Prova de maratona
7.6.1. A prova da maratona será realizada com a participação de atletas das classes B1, B2 e B3, ao mesmo tempo.
7.6.2 Na maratona, os organizadores providenciarão números que distingam os participantes entre uma classe e outra (B1, B2 e/ou B3).
7.6.3 Competidores e guias devem receber assistência nos postos de alimentação.
NOTA: Os organizadores devem garantir que os oficiais estejam cientes dos problemas específicos da segurança, relacionados ao fornecimento de bebidas aos atletas cegos e portadores de visão sub-normal e, além disso, devem proporcionar um treino adequado a todos os assistentes envolvidos nesse processo.
7.6.4 A ordem final de chegada será determinada para as três classes.
7.6.5 Competidores das classes B1 e B2 podem optar por uma alternância de até 4 guias, mas a substituição deve ocorrer somente nos quilómetros 10, 20 e 30. Nenhum corredor pode ser acompanhado por mais de um guia ao mesmo tempo. Todos os guias que não estejam a acompanhar os atletas devem, necessariamente, deixar o percurso da prova.
NOTA: É recomendável que os organizadores da prova assegurem a realização desta, na íntegra, e em boas condições de luz natural.
7.7 Corridas de estafetas
7.7.1 As equipas de estafetas deverão ser compostas, no mínimo, por um atleta B1 e um B2. Além disso a equipa não deverá contar com mais do que um corredor B3.
7.7.2 Os atletas não terão de passar um testemunho.
7.7.3 Cada equipe de estafetas deverão ser colocadas em duas pistas.
7.7.4 Serão utilizadas as zonas de transmissão do IAAF. As linhas delimitantes da zona de passagem deverão ser aquelas usadas nas pistas 1, 3, 5 e 7. Será necessário estendê-las (inclusive a linha de partida) para dentro da pista adjacente, no sentido de cumprir o requerido na regra 7.7.3. A extensão da linha de partida e da linha que marca a passagem deve ser feita com fita adesiva da mesma cor que as linhas já existentes.
7.7.5 Estabelece-se uma transmissão bem sucedida quando, o atleta que está a chegar toca o corredor que está a sair, ainda dentro da zona de transmissão. O toque de transmissão pode acontecer entre guias ou atletas, sem restrição; à excepção, no entanto, das condições prescritas na regra 7.4, onde o guia deve estar atrás do atleta no momento da transmissão.
7.7.6 Uma vez que o atleta à espera saia da zona de transmissão, não deverá reingressar à mesma.
7.7.7 Será destinado um juiz por equipa de alternância para cada zona de transmissão.
7.7.8 Deverá ser destinado um guia para cada zona de transmissão, a fim de que auxilie na prova, o posicionamento de qualquer atleta B2 que tentar correr sem acompanhamento. O guia deverá permanecer em uma posição na qual não interfira no andamento da corrida.
7.7.9 A prova de estafeta 4x100 m será realizada, colocando-se cada equipa em duas pistas. As zonas de transmissão serão balizadas pelas pistas 1, 3, 5, 7, etc. (Ver regra 7.2).
7.10 A prova de estafeta 4x400 m será realizada, colocando-se cada equipa em duas pistas para a partida e a primeira volta, sendo a primeira passagem balizada pelas pistas 1, 3, 5, 7, etc.
7.7.11 As linhas de partida e a zona de transmissão deverão ser estendidas nas duas pistas adjacentes, usando-se fita da cor da marcação utilizada pela IAAF.
7.8 Etapas preliminares e finais
7.8.1 Se houver uma quantidade suficiente de inscritos, para todas as categorias e provas de pista, haverá etapas preliminares e finais.
7.8.2 Provas de pista deverão ter os seguintes números máximos de corredores (sem contar os guias):
Classe B1 Classe B2 Classe B3
100
200
400
800
1500
5000
10000
4#
4
4
4/5*
6
10
10
4
4
4
5*
8
10
10
8
8
8
8
10
20
20
Para provas de corrida individual por tempo, o máximo é 6
*Dependendo de ajustes na largada

7.8.3 As seguintes condições de classificação aplicar-se-ão às etapas preliminares e finais, excepto quando houver consentimento do oficial técnico da IBSA, nomeado para os campeonatos em questão:

100-400 m B1 e 100-400 m B2
5-8 Participantes Final composta por: 1º colocado das duas séries + os 2 perdedores com os melhores tempos da fase anterior.
9-12 Participantes Semi-final composta por: 1º e 2º colocados das três séries + os 4 perdedores com os melhores tempos da fase anterior. Final composta por: 1º colocado de cada semi-final + 2 perdedores com melhores tempos da fase anterior.
13-16 Participantes Semi-final composta por: 1º colocado das quatro séries + 4 perdedores com melhores tempos da fase anterior. Final composta por: 1º colocado de cada semi-final + 2 perdedores com melhores tempos da fase anterior.
100-1500 m B3
5-8 Participantes Final composta por: pelo 1º, 2º e 3º colocados das duas séries + os 2 perdedores com melhores tempos da fase anterior.
17-24 Participantes Semi-final composta por: 1º, 2º, 3º e 4º colocados das três séries + os 4 perdedores com melhores tempos da fase anterior. Final composta por: 1º, 2º e 3º colocados de cada semi-final + 2 perdedores com melhores tempos da fase anterior.
25-32 Participantes Semi-final composta por: 1º, 2º e 3º colocados das quatro séries + 4 perdedores com melhores tempos da fase anterior. Final composta por: 1º, 2º e 3º colocados de cada semi-final + os 2 perdedores com melhores tempos da fase anterior.
800 m B1 e B2 (colocando 5 atletas por série)
6-10 Participantes Final composta por: 1º e 2º colocados das duas séries + o perdedor com melhor tempo da fase anterior.
11-15 Participantes Semi-final composta por: 1º e 2º colocados das três séries + os 4 perdedores com melhores tempos da fase anterior. Final composta por: 1º e 2º colocados de cada semi-final + o perdedor com melhor tempo da fase anterior.
16-20 Participantes Semi-final composta por: 1º e 2º colocados das quatro séries + 2 perdedores com melhores tempos da fase anterior. Final composta por: 1º e 2º colocados de cada semi-final + o perdedor com melhor tempo da fase anterior.
1500 m B1 e B2
7-12 Participantes Final composta por: 1º e 2º colocados das duas séries + os 2 perdedores com os melhores tempos da fase anterior.
13-18 Participantes Semi-final composta por: 1º, 2º e 3º colocados das três séries + os 3 perdedores com melhores tempos da fase anterior. Final composta por: 1º e 2º colocados de cada semi-final + 2 perdedores com melhores tempos da fase anterior.
5000-10000 m B1 e B2
11-20 Participantes Final composta por: 1º, 2º e 3º colocados das duas séries + os 4 perdedores com os melhores tempos da fase anterior.
21-30 Participantes Final composta por: 1º e 2º colocados das três séries + os 4 perdedores com melhores tempos da fase anterior.
5000-10000 m B3
21-40 Participantes Final será composta por: 1º ao 8º colocados das duas séries + os 4 perdedores com os melhores tempos da fase anterior.
7.9 Cronometragem
7.9.1 Em virtude da dificuldade dos atletas das 3 categorias em visualizar os relógios colocados ao lado da pista, os técnicos poderão comunicar, nas corridas de 800m e acima, os tempos aos atletas, sendo essa comunicação feita de fora da pista.
8. Competição de saltos
8.1 Salto em comprimento e triplo

8.1.1 Acompanhantes e/ou guias poderão ser utilizados apenas para atletas das classes B1 e B2. Ver regra 6.1.

8.1.2 Para os atletas B1 e B2, a área de impulsão deverá consistir em um rectângulo de 1 m x 1,22 metro, o qual deve ser preparado (utilizando-se cal, areia luminosa, etc.) de modo que o atleta consiga deixar uma impressão nessa área, com seu pé de impulsão.

NOTA: Por razões de segurança, é recomendada uma distância mínima de 1,75 m, entre o eixo da pista de corrida e as bordas da área de queda. Se esta recomendação não puder ser cumprida, medidas de segurança adicionais poderão ser requisitadas pelo oficial técnico da IBSA, responsável pela prova.

8.1.3 A medição do comprimento do salto, nas classes B1 e B2, será realizada do ponto de queda na caixa de areia até a marca mais próxima, deixada pelo pé de impulsão. Quando um atleta iniciar o salto antes da área de impulsão, a medição deve ser realizada do ponto de queda na caixa de areia até a borda da área de impulsão mais distante da caixa.
8.1.4 Essa área diferenciada de impulsão funciona da mesma maneira que uma tábua de impulsão convencional (ou seja, não é permitido ao atleta saltar com qualquer parte do seu pé para além da borda da área de impulsão, mais próxima da caixa de areia).
NOTA: No salto triplo, as regras exigem que a impulsão e a queda na areia sejam realizadas dentro dos limites definidos pelo regulamento da IAAF, como salientado aqui. Não há nenhuma exigência que as fases intermediárias do salto aconteçam dentro dos limites do corredor de impulsão, contanto que o atleta caia com êxito na área destinada.
8.1.5 As distâncias mínimas entre a área de impulsão ou tábua e a caixa de areia devem ser as seguintes:

Salto em comprimento (B1,B2) 1 metro
Salto Triplo (B1) 9 metros
Salto Triplo (B2) 11 metros
Salto Triplo (B3) 11 metros

NOTA. As distâncias exactas da tábua à caixa de areia serão determinadas em cada competição, pela consulta ao oficial técnico da IBSA.
8.1.6 Caso algum atleta de salto em comprimento ou salto triplo requisite confirmação verbal do accionamento da contagem de tempo para sua tentativa, um oficial deverá se designado para fornecer tal informação.
8.2 Salto em altura
8.2.1 O saltador da classe B1 poderá tocar na fasquia a fim de se orientar antes da corrida de aproximação. Se ao fazer isso o atleta derrubar a fasquia, não será considerado como tentativa de salto.

8.2.2 Competidores das classes B1 e B2 poderão ter um guia para fornecer informação acústica. O guia deve posicionar-se num local onde não atrapalhe os oficiais da prova.

8.2.3 Saltadores da classe B2 poderão colocar um auxílio visual na fasquia. No entanto, tal procedimento deve ser aprovado pelo oficial técnico responsável.


9. Regra para competição de lançamentos
9.1 Acompanhantes e/ou guias poderão ser utilizados apenas para atletas das classes B1 e B2. Ver regra 6.1.
9.2 Atletas das classes B1 e B2, quando preparados, devem ser trazidos para o círculo de lançamentos ou pista, por um acompanhante.
9.3 Cabe ao acompanhante e/ou guia orientar o atleta dentro do círculo de lançamento ou na pista, antes de este tentar o lançamento. O acompanhante e/ou guia deverá sair da pista ou do círculo antes de o lançamento ser iniciado.
9.4 Orientação auditiva é permitida para os atletas das classes B1 e B2, antes, durante e após suas tentativas de lançamento.
9.5 Os atletas B1 e B2 poderão ser acompanhados para fora do círculo de lançamentos ou pista, somente após os juízes terem determinado a validade ou não da tentativa.
9.6 Se o juiz da prova determinar que um acompanhante (que está dando orientação auditiva) se encontra posicionado em local inapropriado, deve exigir que o mesmo se desloque desse local.

10. Regras para a competição de pentatlo
10.1 O Pentatlo deve ser realizado em um único dia na seguinte sequência de provas:
Homens:
salto em comprimento, lançamento do dardo, 100 m, lançamento do disco, 1500 m.
Mulheres:
salto em comprimento, lançamento do peso, 100 m, lançamento do disco, 800 m.
Serão utilizadas as tabelas de conversão da IAAF, excepto no caso das provas femininas do lançamento do disco e 100 m, para os quais serão utilizadas as tabelas do Apêndice A.

in http://www.terravista.pt/AguaAlto/4371/regat.htm

fonte da postagem http://deficienciavisual.com.sapo.pt/txt-regras%20atletismo.htm

Como os atletas que apresentam deficiência visual conseguem se orientar dentro de campo?

Como fazem para orientar os jogadores deficientes visuais durante as partidas?

Há, ainda, um guia (chamador) que fica atrás do gol adversário para orientar os atletas so seu time. Ele diz onde os jogadores devem se posicionar em campo e para onde devem chutar. O técnico e o goleiro também auxiliam em quadra.

Como são acompanhados os atletas com deficiência visual?

É permitido o uso de sinais sonoros e de um guia, que corre junto com o competidor para orientá-lo. Eles são unidos por uma corda presa às mãos, e o atleta deve estar sempre à frente. As modalidades para os competidores B3 seguem as mesmas regras do atletismo regular.

O que é necessário para um atleta com deficiência visual desenvolva suas capacidades esportivas?

É fundamental conhecer as dimensões (largura e comprimento) do local, percebendo os obstáculos, se houverem, e reconhecendo referências que possam auxiliar na orientação espacial (sons, cheiros ou luz em determinados pontos). Assim é possível criar, o mapa mental do ambiente, diminuindo o medo do imprevisto.

Como os atletas com maior grau de deficiência visual fazem as corridas?

Ciclismo. Os atletas com deficiência visual competem na modalidade tandem com um guia com visão na categoria B dos Jogos Paralímpicos. O piloto com visão fica na parte da frente e como copiloto, na parte de trás da bicicleta, fica a pessoa com deficiência visual.