Cvc brasil operadora e agência de viagens s.a. fundador

Guilherme Paulus, sócio-fundador da empresa, narrou sua trajetória nos negócios

Amanda Viana, Agência Ciesp de Notícias

Em uma época em que a indústria era o principal canal de oportunidades, os empresários Guilherme Paulus e Carlos Vicente Cerchiari, enxergaram além. Resolveram inovar e, em 1972, criaram aquela que se tornaria a maior operadora de turismo do país, a CVC.

Naquele tempo, a empresa era apenas uma pequena agência de viagens, mas já tinha ambição de crescer. Uma visão de futuro que estimulou o turismo nas diversas regiões do Brasil.

“Para realizarmos algo que faça a diferença, é preciso ter um projeto, um planejamento. E isto serve tanto para as pequenas quanto para as grandes empresas”, ensinou Guilherme Paulus, sócio-fundador da CVC, em sua participação no 11º Congresso Estadual de Empreendedorismo do Núcleo de Jovens Empreendedores (NJE) do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp). A palestra aconteceu na sexta-feira (05/09), em Santo André (SP).

Cvc brasil operadora e agência de viagens s.a. fundador

Guilherme Paulus: “Todos nós, desde que nascemos, somos empreendedores. Foto: Everton Amaro/Fiesp

“Para empreender, não existe idade específica. Empreender não é difícil. Nós vamos aprendendo com o passar do tempo, vamos trilhando caminhos”, afirmou Paulus.

Segundo o palestrante, empreender significa enxergar e realizar antes o que se torna óbvio depois. “Todos nós, desde que nascemos, somos empreendedores. Estamos sempre aprendendo, está dentro de nós. O difícil é descobrir o empreendedorismo em você mesmo, mas todos têm seus sonhos e o importante é tentar realizar cada um deles.”

Objetivos inovadores

Paulus contou que a CVC tem como objetivo tornar o turismo acessível a todos, oferecendo produtos, serviços e atendimento de qualidade a preços justos, “dedicando-se a realizar o sonho de cada cliente”.

De acordo com o palestrante, o empreendedorismo acompanha a história da empresa, que sempre se pautou nisso, ao inovar e expandir sua rede de negócios.

Atualmente líder na preferência dos brasileiros, a CVC, segundo Paulus, é conhecida por ser inovadora em produtos, com pacotes de valores acessíveis e promoções que agitam o mercado, além de ser pioneira em modalidade de parcelamento de venda e fretamentos de aeronaves para destinos sazonais.

O empresário vendeu a CVC em 2010. Hoje é dono da GJP, rede hoteleira com 21 empreendimentos nas principais cidades do país.

A CVC Corp é o novo nome da CVC desde o final de 2017 — a mudança foi por conta de uma mudança estrutural. Agora, a operadora de turismo controla seis unidades distintas de negócios.

Você, provavelmente, já ouviu falar da CVC, principalmente, nos últimos três anos. Trata-se da operadora e agência de viagens, fundada em 1972, no município de Santo André, em São Paulo, pelo empresário do ramo do turismo Guilherme Paulus — e comandada, atualmente, pelo fundo norte-americano Carlyle Group. De 2015 em diante, porém, a companhia tomou novos rumos — incorporou cinco novas empresas e passou a se chamar CVC Corp, tornando-se a maior do setor turístico na América Latina.

O novo nome foi exposto em dezembro de 2017 e representa a junção de seis unidades de negócios — e não mais empresas. São elas: a operadora CVC, marca com foco em viagens de férias e lazer; a Submarino Viagens, especializada em reservas de viagens on-line, para fins de lazer ou negócios; a Rextur Advance, uma das maiores consolidadoras de bilhetes aéreos do setor, que atua no segmento B2B com viagens corporativas; a Trend, focada em viagens corporativas e de lazer, distribuídas via agências independentes; a Experimento Intercâmbio Cultural, especializada em cursos no exterior e intercâmbio cultural; e a Visual Turismo, que atua no segmento de viagens de lazer, com enfoque em nichos como ecoturismo, viagens de lua de mel, resorts e hospedagens de charme e requinte.

"Deixamos de ser uma empresa que oferece pacotes de férias, passagens aéreas e hospedagem de hotel para nos tornarmos uma fornecedora completa de serviços", ressaltou o presidente da CVC, Luiz Eduardo Falco. Guilherme Paulus, por sua vez — que possui 7,1% das ações da operadora de turismo, tornando-se, desta forma, o maior acionista individual do negócio, além de integrar o Conselho de Administração da companhia — enfatizou: "A concorrência nos obrigou a ser mais ágeis, mais inteligentes, mais eficientes (...) Hoje, com a diversificação dos negócios em vários segmentos do turismo, quanto mais concorrência houver, mais esperto a gente vai ficar ".

Paulus também é Chairman do Grupo GJP, que controla a GJP Hotels & Resorts e a GJP Construtora e Incorporadora.

Sem disputa com as lojas físicas

Conforme o que divulgou o portal da Istoé Dinheiro, em artigo sobre as mudanças da CVC, publicado em março, de cada dez clientes que compram um pacote nas lojas de rua ou de shoppings, sete deles iniciam a consulta e a reserva pelo site da empresa. Segundo Falco, é por isso, que não existe sentido em "ficar rivalizando loja física e digital". Para ele, "é tudo uma coisa só".

A operadora fundada por Guilherme Paulus atua em 465 municípios brasileiros, "cobrindo menos de 10% do território nacional", escreveu a Istoé. A ideia do presidente Luiz Eduardo Falco para os próximos cincos anos é abrir 500 novas lojas, e testar novos formatos — como quiosques em corredores de shoppings e estandes móveis. Ainda, o plano é que 120 das 500 novas lojas sejam inauguradas até o final deste ano.

"Hoje, 60% da receita da CVC é gerada por vendas presenciais em lojas físicas, 30% pelo segmento corporativo e 10% provenientes dos demais canais, incluindo o site. O bom desempenho das lojas é atribuído, principalmente, às categorias tradicionais de viagens, como a de cruzeiros marítimos. Contra a maré da crise, as vendas nessa modalidade na temporada 2017/2018, que termina em março, cresceram 21%, com 124 mil turistas", publicou a Istoé Dinheiro, na época.

Aumento da oferta dos serviços adicionais, e tecnologia

De acordo com o executivo gestor da unidade CVC Lazer, Emerson Belan, quando os serviços adicionais — como locação de carro, venda de ingressos, seguro-viagem e passeios, que são chamados de "chicletinhos" na empresa — passaram a ser ofertados de forma mais intensa, o resultado foi um aumento de 40% no valor médio da venda. Eles geraram uma receita adicional de R$ 500 milhões em 2017.

A tecnologia, por sua vez, é um aspecto muito valorizado na CVC — levando em consideração o cenário mundial atual, não poderia ser diferente. A empresa fundada pelo empresário Guilherme Paulus possui um banco de dados com informações de clientes que cruza hábitos de consumo, bem como gasto médio, preferência de destinos e locais nunca visitados. Isso ajuda a sugerir ao consumidor o melhor pacote de serviços possível. Segundo Belan, "menos de 2% dos brasileiros falam uma segunda língua, 70% entram na loja sem saber para onde quer ir e mais de 90% nunca pisaram fora do Brasil".

Valorização de mercado

De acordo com o portal da Istoé Dinheiro, "desde que abriu o seu capital, em dezembro de 2013, os papéis da CVC valorizaram-se 311,4%. No mesmo período, o índice Ibovespa, o principal da bolsa brasileira, avançou apenas 64,6%. O valor de mercado da operadora de turismo mais do que dobrou no ano passado, quando as ações subiram 107%. Atualmente, a companhia vale R$ 8,1 bilhões - na época do IPO [Initial Public Offering ou Oferta Pública Inicial], seu valor era de R$ 2 bilhões".

O que também contribui para os números positivos é que, conforme a diretora de varejo da consultoria Nielsen, Daniela Toledo, os brasileiros estão, de forma gradual, voltando a comprar itens considerados não essenciais — como é o caso das viagens.

Próximos passos

"Os desafios se tornaram um grande aprendizado para que hoje pudéssemos comemorar os melhores resultados da história", afirmou Guilherme Paulus. Entretanto, isso não significa que a empresa está satisfeita e vai parar de focar em crescimento.

Conforme o presidente Falco declarou no início do ano, a ideia é seguir adquirindo outras corporações e cobrir novas áreas. "Estamos comprando duas empresas por ano, em média, e seguiremos nesse ritmo", disse ele, que completou — "ainda não atuamos no mercado de viagens de luxo e no de eventos, além de não estarmos com operações próprias fora do Brasil".

Website: https://www.cvc.com.br/

Qual a maior operadora de turismo do Brasil?

EMPRESAS
SEDE
NÚMERO DE EMPREGADOS
1) TAM
São Paulo (SP)
9.669
2) GOL
São Paulo (SP)
5.456
3) CVC
São Paulo (SP)
900
4) Flytour
São Paulo (SP)
996
Turismo no Brasil, maiores empresas turísticas operando no Brasilwww.portalbrasil.net › reportagens › turismo_no_brasil_maiores_empresasnull

O que significa a palavra CVC?

O Código de Verificação de Cartão, ou CVC*, é o código adicional impresso no verso do cartão de débito ou crédito. Na maioria dos cartões (Visa, MasterCard, cartões de bancos, etc.) é os últimos três dígitos impressos na faixa para assinatura localizada no verso do cartão.

O que aconteceu com a CVC turismo?

Maior operadora de viagens do país segue afetada por ataque de ransomware. A CVC, maior operadora de viagens do país, ainda luta contra os efeitos de um ataque de ransomware sofrido no dia 2 de outubro, com parte dos sistemas fora do ar.

Em qual ano a CVC iniciou suas atividades organizando apenas excursões rodoviárias a partir de Santo André?

Tudo começou no ano de 1972, quando os sócios Guilherme Paulus e Carlos Vicente Cerchiari decidiram criar a Agência de Viagens CVC, com sede na cidade de Santo André no ABC Paulista. A sigla CVC surgiu através das iniciais do nome de um dos sócios, Carlos Vicente Cerchiari.