É a parte que executa as instruções lógicas e aritméticas dos programas faz o papel do trabalhador que executa as ordens do gerente?

1 Para entender melhor o funcionamento interno de um computador, faremos uma analogia com um restaurante. Uma pessoa qua...

Para entender melhor o funcionamento interno de um computador, faremos uma analogia com um restaurante. Uma pessoa quando vai a um restaurante, inicialmente faz um pedido ao garçom. O garçom anota o pedido e o leva à cozinha do restaurante para que seja preparado o prato solicitado. Na cozinha, há uma fila de pedidos, todos armazenados de forma ordenada em bilhetinhos. Os cozinheiros preparam os pratos dos clientes e sempre checam os bilhetinhos com os pedidos para avançarem no seu trabalho. Ao terminar o prato do cliente, o cozinheiro o disponibiliza ao garçom. O garçom pega o prato pronto e o serve ao cliente. Nesse exemplo, podemos pensar no pedido como a entrada de dados no computador. O garçom seria o barramento que faz o papel de comunicação entre os componentes. O cozinheiro faz o papel de processador ao preparar o pedido do cliente. E por fim, os bilhetinhos com os pedidos seria a memória principal que o cozinheiro sempre consulta a fim de preparar os pratos.

3.3 Processador Como já dissemos, o processador é a parte central de um computador, funcionando como uma espécie de cérebro da máquina realizando cálculos, fazendo tarefas, transformações e manipulações de dados. De uma forma geral, tudo que fazemos em um computador, quem faz é o processador. Fisicamente, o processador, ou CPU (Central Processor Unit) como também é conhecido, é um chip eletrônico com milhões de componentes eletrônicos microscópicos chamados de transistores responsáveis por controlar os sinais elétricos existentes em um computador. A figura 3.2 mostra um processador típico.

Figura 3.2 – Fotografia de um processador.

A figura 3.3 esboça um diagrama simplificado das partes que compõem um processador. Um processador é composto basicamente por três partes:

60

3. COMPONENTES DE UM COMPUTADOR PERIFÉRICO

Unidade de Controle (UC) – é a parte do processador responsável pelo controle das ações a serem realizadas pelo computador. Faz o papel de gerente do processador, indica e fiscaliza o que deve ser feito e comanda os demais componentes do processador. Unidade Lógica Aritmética (ULA) – é a parte que executa as instruções lógicas e aritméticas dos programas. Faz o papel do trabalhador que executa as ordens do gerente. Registradores – é uma memória interna do processador utilizada para auxiliar a UC e a ULA no controle e na execução das instruções. Os registradores armazenam poucos dados, mas são memórias de grande velocidade de acesso por serem internas ao processador. Podemos pensar nos registradores como um bloco de notas bastante pequeno utilizado pelo gerente e pelo trabalhador a fim de auxiliá-los com informações para efetuarem suas respectivas tarefas. PROCESSADOR REGISTRO

ULA

UNIDADE DE CONTROLE

Figura 3.3 – Esquema simplificado de um processador.

Critérios para avaliação de desempenho e escolha de um processador Quando vamos comprar um computador é comum recebermos uma avalanche de informações do vendedor, com um monte de siglas e parâmetros que tem o intuito de informar a qualidade desse computador. Algumas dessas informações são relacionadas ao processador, de modo que é interessante decifrarmos o seu conteúdo para avaliarmos os diferentes tipos de processadores existentes no mercado. Apresentaremos alguns conceitos que devem ser observados em um processador do ponto de vista de parâmetros e tecnologia, sem abordar os modelos e as marcas existentes no mercado.

3. COMPONENTES DE UM COMPUTADOR PERIFÉRICO

61

O principal parâmetro utilizado para avaliar e comparar os processadores é a sua velocidade de processamento. Essa velocidade é expressa pela quantidade de instruções ser executadas em um segundo. Expressa pela unidade de frequência de unidade hertz (Hz), sendo também chamada de ciclo de clock. Da física, temos que um hertz significa um ciclo, ou oscilação, por segundo. A frequência também é observada quando um médico fala da frequência cardíaca, que é a medida do número de vezes que o coração bate por minuto. A frequência é uma volta, um ciclo ou uma batida por uma unidade de tempo. Se encontrarmos um valor de 100 Hz, teremos então 100 ciclos por segundo, ou melhor, 100 ações realizadas pelo processador por segundo. Logo, se um processador tem o ciclo de clock de 2,2 GHz, significa que esse processador é capaz de realizar 2,2 bilhões de ações por segundo. Quanto maior o valor do ciclo de clock, mais ações são executadas em um intervalo de tempo menor. Ou seja, quanto maior o ciclo de clock de um processador, melhor ele é. Outro parâmetro a ser observado na escolha de um processador é a quantidade de informação que pode ser lida da memória, ou seja, quantos bytes podem ser lidos e processados pela CPU de uma única vez. Podemos encontrar no mercado atual processadores de 32 bits e de 64 bits. Os processadores de 64 bits são mais recentes e, por lerem e processarem mais dados de uma única vez, são mais eficientes. Porém, ainda existe uma certa resistência em adotar os processadores de 64 bits em detrimento dos de 32 bits, principalmente porque alguns programas não foram feitos para serem executados nos processadores de 64 bits. Vários avanços tecnológicos surgiram com o objetivo de melhorar o desempenho dos processadores. A técnica do pipeline é um desses avanços, a qual é utilizada para acelerar a velocidade de operação do processador. O pipeline traz para o processador mais de uma instrução e cria uma fila de instruções que não são armazenadas na memória principal, mas sim no processador ou próximo a ele. Desse modo, há uma economia de tempo no acesso de instruções que estariam armazenadas na memória principal, o que melhora a utilização de recursos do processador e, portanto, aumenta a velocidade de processamento das instruções. Outra tecnologia que surgiu com o intuito de melhorar o desempenho de um processador é o hyperthreading. O hyperthreading é uma funcionalidade que permite um núcleo físico trabalhar como se fosse dois núcleos lógicos. Como explicamos anteriormente, um processador

62

3. COMPONENTES DE UM COMPUTADOR PERIFÉRICO

é um chip composto por componentes eletrônicos microscópicos. Quando dizemos que um processador tem um único núcleo físico, significa dizer que os componentes microscópicos do chip funcionam como um único processador, ou seja, com a tecnologia hyperthreading, conseguimos transformar um processador físico em dois processadores lógicos ou virtuais. Dessa forma, pode-se melhorar o desempenho de um processador físico, pois as tarefas ou instruções são executadas simultaneamente, uma em cada processador lógico, o que torna o processamento 20% mais rápido quando vários programas são executados ao mesmo tempo. Nos últimos anos, os fabricantes de processadores evoluíram bastante na construção de CPUs, desenvolvendo chips que contêm mais de um núcleo físico. Ou seja, dentro do mesmo chip os componentes eletrônicos microscópicos são divididos de forma a formarem mais de um processador. Inicialmente, foi desenvolvido processadores com dois núcleos físicos, de forma que seria possível dividir as tarefas entre os dois núcleos. Logo, se tal processador suportasse hyperthreading, então teríamos 4 núcleos lógicos. Atualmente, podemos encontrar processadores com 4 núcleos físicos, os chamados quadcore.

3.4 Memórias O termo memória em informática se refere aos componentes que armazenam dados no computador. Já vimos que a memória é essencial para o computador funcionar. De fato, não existe computador que funcione sem memória. Tanto as calculadoras mais simples quanto os computadores de última geração utilizam a memória para auxiliar o processador e armazenar informação. Como já vimos, temos essencialmente dois tipos de memórias num computador: a memória principal e a memória secundária. A memória principal é a memória que auxilia o processador no processamento dos dados. Já a memória secundária é destinada ao armazenamento definitivo de informações. Se o processador precisar de alguma informação localizada na memória secundária, então a informação deve ser recuperada e armazenada na memória principal, tornando-se assim acessível à CPU. Podemos concluir que, para que o processador possa efetuar alguma tarefa, os dados devem ficar alojados na memória principal. Assim, os programas em execução no computador, os arquivos de texto ou os de vídeo abertos, enfim, tudo o que depender do processador estará na memória principal.

3. COMPONENTES DE UM COMPUTADOR PERIFÉRICO

63

Basicamente, temos dois tipos de memória principal: a memória ROM e a memória RAM. ROM vem do inglês Ready-Only Memory e indica um tipo de memória em que os dados armazenados podem apenas ser lidos e não são perdidos se o computador for desligado. A memória ROM é geralmente utilizada para fornecer as instruções de inicialização do computador ao processador, o que chamamos de BIOS. A memória RAM armazena as informações dos programas em execução que falamos anteriormente. É a memória que efetivamente auxilia o processador para a realização de tarefas. Logo, deve ser uma memória capaz de fornecer e armazenar dados de forma eficiente. A sigla RAM reflete essa eficiência, pois vem do inglês Random Access Memory, indicando que a memória tem um acesso aleatório que permite fornecer dados gravados anteriormente independente da ordem e local onde foram gravados dentro da memória RAM. Uma característica marcante das memórias RAM é que elas são voláteis. Isso quer dizer que a memória RAM armazena dados temporariamente, de forma que se desligarmos o computador, as informações presentes nessa memória são perdidas. Por exemplo, se estivermos escrevendo um texto no computador e houver uma queda de energia, perderemos as informações do texto que não foram salvas na memória secundária. Fisicamente, a memória RAM consiste numa pequena placa de circuito, geralmente denominada de pente de memória. A figura 3.4 ilustra uma memória RAM.

Figura 3.4 – Fotografia de uma memória RAM.

A memória secundária pode armazenar grandes quantidades de dados de forma definitiva no computador e, às vezes, é chamada de memória de massa. Como não é uma memória que é acessada diretamente pelo processador, o seu acesso é bem mais lento quando comparado com a memória primária, como a ROM e a RAM. Alguns exemplos de memória secundária são o disco rígido e as unidades removíveis de CD-ROM, DVD e pen drive. O disco rígido, também conhecido como HD (Hard Disk), é a memória que utilizamos

64

3. COMPONENTES DE UM COMPUTADOR PERIFÉRICO

rotineiramente para armazenar as informações no computador e tem uma alta capacidade de armazenamento de dados (há HD’s com capacidade de até 2 TB). A figura 3.5 ilustra alguns exemplos de memória de massa e a tabela 3.4 mostra alguns valores típicos da capacidade de armazenamento dessas memórias.

Figura 3.5 – Fotografia de uma memória um disco rígido, CD-rom e pen drive.

Tabela 3.4 – Valores típicos de capacidade de armazenamento de memórias secundárias Memória

Capacidade de Armazenamento

HD Pen drive DVD CD-ROM Disquete

500 GB 8 GB 4,7 GB 600 MB 1,5MB

3.4.1 Tópicos avançados sobre memória É importante observar o requisito memória na hora de comprar um computador, pois a memória pode melhorar a performance e a capacidade da máquina. Na compra de um computador, devemos estar atentos às características da memória RAM, da memória cache e do disco rígido. Quanto maior for o tamanho da memória RAM, maior será a capacidade do computador armazenar informações a serem disponibilizadas para o processador, aumentando a eficácia do processamento dos dados. No entanto, a capacidade de armazenamento não é o único parâmetro a ser observado. É interessante também observar a frequência de operação da

3. COMPONENTES DE UM COMPUTADOR PERIFÉRICO

65

memória, medida em Hz (a medida típica está na casa de MHz). Essa frequência diz o quão rápida é a memória. Porém, deve-se observar se essa frequência é suportada pela placamãe, além da compatibilidade desta com a marca dos pentes de memória. Um aspecto relevante para a avaliação do desempenho de um computador é a verificação da memória cache. A memória cache é uma espécie de memória principal, tal como a memória RAM, com a característica de ser acoplada diretamente ao processador. É uma memória extremamente rápida e armazena os dados usados com maior frequência pela CPU, ou seja, a memória cache vem junto com o processador, permitindo um acesso mais rápido que o da memória RAM. A memória cache é dividida em níveis: a mais próxima do processador e chamada de L1, acrescentando um número para as mais distantes, como a L2. Para entender melhor o papel da memória cache no desempenho do computador, explicaremos o comportamento dos tipos de memória principal, com base na figura 3.6. As memórias cache L1 e L2 são bastante próximas da CPU, de forma que aumentam o desempenho por terem uma velocidade de acesso bastante alta. No entanto, são memórias com pouca capacidade de armazenamento de dados e bastante caras. Quando não há espaço para armazenamento de dados nas memórias cache, as informações são armazenadas na memória RAM. A memória RAM tem maior capacidade que a memória cache, porém tem menor velocidade para a disponibilização de dados, já que está mais afastado do processador, além de fornecer tais dados via barramento da máquina. Mesmo com maior capacidade de armazenamento, a memória RAM possui um limite de bytes que pode comportar, de modo que, ao atingi-lo, os dados são armazenados no disco rígido sob a forma de memória virtual. Essa memória virtual, também conhecida como área de swap, deve ser utilizada apenas em situações de necessidade, pois é um truque para manter todas as informações necessárias para o processamento carregadas em memória, armazenando-as no HD e, consequentemente, acarretando um processamento mais lento no computador. O ideal é que tenhamos altos valores para a capacidade da memória RAM e também para as memórias cache.

66

3. COMPONENTES DE UM COMPUTADOR PERIFÉRICO

Figura 3.6 – Comportamento dos tipos de memória principal.

Como vimos, o disco rígido também influi no desempenho do computador. Para avaliarmos o disco rígido, devemos observar a sua capacidade de armazenamento e a velocidade de acesso de leitura e escrita, medida em rpm (rotações por minuto). Quanto maior a capacidade de armazenamento, maior a quantidade de informações salvas de forma definitiva no computador. Discos rígidos com maiores velocidades de acesso são desejáveis, pois influi no desempenho do computador quando este necessita utilizar a memória virtual. Os valores mais comuns encontrados de velocidade de acesso para HDs é de 5.400 rpm, mas é possível encontrar valores de 7.200 rpm. Tabela 3.5 – Valores típicos de capacidade de armazenamento de memórias primárias Memória

Capacidade de Armazenamento

Velocidade

Cache L1 Cache L2 Cache L3 RAM HD

Geralmente entre 16KB e 128 KB 2 MB 6 MB 4 GB 500 GB

Muito rápida Muito rápida (mais lenta que a L1) Muito rápida (mais lenta que a L2) Rápida Lenta

3.5 Barramento e Placa-Mãe Já falamos anteriormente sobre o barramento, o qual corresponde aos caminhos internos do computador para que os dados sejam transportados de um componente para outro. Assim, quando o processador acessa alguma informação que está na memória, esta é transportada

3. COMPONENTES DE UM COMPUTADOR PERIFÉRICO

67

por um barramento. A informação que se encontra na memória RAM deve ser armazenada no disco rígido, ela é transferida também por um barramento. A figura 3.7 ilustra a ligação dos componentes de um computador pelos barramentos.

Figura 3.7 – Interligação dos componentes de um computador por barramentos.

Em um computador, o barramento fica na placa-mãe. A placa-mãe é o corpo do computador, pois é o local onde todos os componentes são conectados. Basicamente, a placa-mãe é uma placa de circuito com vários encaixes, conhecidos como slots, onde os componentes de um computador são encaixados. A figura 3.8 apresenta uma placa-mãe. A memória RAM, o HD, a CPU devem ser conectados à placa-mãe, a qual se encarrega de alimentar com energia e de permitir a comunicação dos componentes entre si. Os dispositivos de entrada e saída, que estudaremos neste capítulo, também são conectados à placa-mãe. Existe uma grande variedade de placas-mãe. O desenho do circuito e o formato podem ser bem diferentes para cada placa-mãe, afetando o modo como os componentes são encaixados. Logo, se você for montar um computador deve ficar atento ao modelo da placamãe e a compatibilidade deste modelo com os componentes a serem conectados, sobretudo a compatibilidade com o processador. O encaixe do processador (soquete) pode ser diferente, de acordo com o modelo da placa-mãe, de forma que, se o processador não for compatível, ele não pode ser conectado. Outro aspecto a ser observado numa placa-mãe é a velocidade do barramento, também medida em frequência, como por exemplo, 1333 MHz. A velocidade do barramento influi na comunicação de dados entre os componentes. Logo, quanto maior a velocidade de barramento da placa-mãe mais rápida uma informação é passada de um componente a outro. Por exemplo, se tivermos uma transferência de dados da memória para o processador, a informação chegará mais rápido num barramento de 1333 MHz do que se estivesse utilizando uma placa-mãe com barramento de 800 MHz. 68

3. COMPONENTES DE UM COMPUTADOR PERIFÉRICO

Figura 3.8 – Fotografia de uma placa-mãe.

Em um computador usual, como o Desktop, a placa-mãe é instalada no gabinete. O gabinete oferece uma estrutura para organizar e proteger os dispositivos de um computador, além de ser a parte que fica visível para os usuários.

Figura 3.9 – Gabinete.

3.4 Periféricos Até agora vimos os principais componentes de um computador: o processador, as memórias primária e secundária, e o barramento que fica na placa-mãe. Para utilizarmos um computador, precisamos também de outros dispositivos chamados de periféricos. Os periféricos são os dispositivos que permitem ao usuário se comunicar com o computador. Os

3. COMPONENTES DE UM COMPUTADOR PERIFÉRICO

69

periféricos podem ser classificados como dispositivos de entrada e saída. Os dispositivos de entrada são os periféricos que possibilitam que um usuário envie algum dado ou comando ao computador. Os dispositvos de saída são os periféricos pelo quais o computador retorna ao usuário uma resposta ou informação. Apresentaremos rapidamente os principais periféricos utilizados no computador.

3.4.1 Teclado O teclado é um dos principais dispositivos de entrada de um computador. O teclado possibilita a entrada manual de dados e comandos no computador por um usuário. O teclado se assemelha a uma máquina de escrever, contendo letras, números e símbolos localizados em partes distintas que chamamos de teclas. A figura 3.10 mostra um teclado, destacando algumas teclas especiais que são bastante utilizadas no computador.

Figura 3.10 – Teclado.

É muito importante que você entenda como funciona o teclado. E, para tal entendimento, é necessário saber o funcionamento de algumas teclas especiais. - Barra de espaço É utilizada para inserir um espaço vazio em um texto.

70

3. COMPONENTES DE UM COMPUTADOR PERIFÉRICO

- Tecla Enter É a tecla utilizada na finalização de uma instrução a fim de informar ao computador que a execute. A tecla Enter também é utilizada em editores de texto para mudar de linha. - Tecla Shift A tecla Shift é representada por uma seta grossa para cima, nos cantos inferiores esquerdo e direito do teclado. A tecla Shift funciona quando pressionada juntamente com outra tecla, apresentando dois comportamentos. Se a tecla Shift é pressionada junto a uma letra, essa letra será escrita na tela como letra maiúscula. Se a tecla Shift é pressionada juntamente com uma tecla que tem dois símbolos, como é o caso da tecla do número 5 que também tem o símbolo de % acima do número, o símbolo que está na parte superior da tecla é o que será escrito na tela. - Tecla Backspace É representada por uma seta apontando para a esquerda. O backspace tem a função de apagar o caractere à esquerda do cursor. - Tecla Caps Lock Essa tecla possui dois estados diferentes, identificados pela luz do led no canto direito superior do teclado. Se a luz do led estiver acesa, significa que a tecla Caps Lock está ativada, acarretando a todas as teclas de letras um comportamento igual aquele da tecla Shift pressionada, ou seja, as letras serão escritas como maiúsculas. Observe que esse comportamento só vale para as teclas de letras, não tendo o mesmo efeito para as teclas que têm dois símbolos. A luz do led apagada indica que a tecla Caps Lock está desativada e o comportamento do teclado é normal.

3. COMPONENTES DE UM COMPUTADOR PERIFÉRICO

71

- Tecla TAB A tecla TAB é utilizada para criar tabulações em edições de texto, avançando a um equivalente de 5 espaços, normalmente. Alguns softwares permitem o uso da tecla TAB para movimentar o cursor nas caixas de diálogo. - Tecla Delete A tecla Delete pode ser encontrada com o nome abreviado Del. Sua função é apagar um caractere posicionado à direita do cursor. - Tecla Esc A tecla Esc é utilizada para interromper uma tarefa ou um procedimento em execução. - Setas de direção As setas de direção servem para movimentar objetos na tela, como o próprio cursor ou figuras.

3.4.2 Mouse O mouse é um dispositivo de entrada que auxilia no comando do computador e de seus programas. É manuseado com uma mão e, quando movimentado, o cursor na tela do computador se move. É como uma extensão da mão do usuário que utilizamos para apontar objetos na tela do computador. O cursor é um indicador que aparece na tela, o qual mostra a posição que atenderá aos comandos do mouse. A figura 3.11 apresenta uma fotografia de um mouse. O mouse típico tem dois botões de controle em seu corpo, o botão da esquerda e o da direita. O botão da esquerda é utilizado para selecionar objetos, para abri-los ou para executá-los. A seleção de objetos é geralmente realizada pressionando-se o botão da esquerda uma única vez, o que chamamos de clique. Para a abertura do objeto ou execução, o mesmo botão esquerdo

72

3. COMPONENTES DE UM COMPUTADOR PERIFÉRICO

deve ser pressionado rapidamente duas vezes seguidas, o que é conhecido como duplo clique. Outra função do botão esquerdo é arrastar um objeto. Por exemplo, para arrastar um arquivo, deve-se selecioná-lo com o botão esquerdo e manter o botão pressionado. O ato de manter o botão esquerdo pressionado é uma forma de prender o arquivo ao cursor do mouse. Assim, você pode arrastar o arquivo para qualquer lugar da tela, liberando-o assim que o botão esquerdo for solto. O botão direito é utilizado para mostrar propriedades e características do item apontado pelo cursor. Nos mouses atuais, há também uma espécie de rodinha entre os botões esquerdo e direito que é frequentemente utilizado para rolar ou movimentar o conteúdo de uma janela.

Figura 3.11 – Mouse.

O cursor, além de indicar a posição associada ao mouse na tela do computador, também dá informações ao usuário. Na tabela é apresentado alguns tipos de cursor. Tabela 3.7 – Cursor de mouse Cursor

Significado

É o cursor padrão. Utilizado para apontar para objetos no computador, como arquivos e pastas. É um cursor que indica que não é possível selecionar ou executar o objeto. Cursor geralmente utilizado na navegação da Internet. Esse cursor informa que a posição apontada é um link de Internet.

3. COMPONENTES DE UM COMPUTADOR PERIFÉRICO

73

Esse cursor aparece quando o botão esquerdo é mantido pressionado, indicando que o objeto, arquivo ou pasta, pode ser arrastado. Esse cursor aparece em programas de edição de texto, indicando a posição atual onde o texto será escrito. Esse cursor indica que o programa utilizado está ocupado, pois uma tarefa está em execução. Esses cursores aparecem quando aproximamos o cursor de bordas de janelas, tabelas, figuras. Indica que o usuário pode ajustar o tamanho do objeto, realizando o arraste da borda para o tamanho desejado.

3.4.3 Monitor O monitor é um dos principais dispositivos de saída do computador. É a tela na qual são apresentadas as informações visuais ao usuário. É no monitor que o usuário pode ver o que acontece no sistema operacional ou nos programas. Também é no monitor que aparece o cursor do mouse. A figura 3.12 apresenta um monitor.

Figura 3.12 – Monitor.

Os monitores evoluíram bastante ao longo dos anos. Os primeiros monitores de computadores eram monocromáticos, com a típica tela com caracteres verdes. Não demorou muito para as cores surgirem nos monitores, utilizando a mesma tecnologia dos televisores com raios catódicos. Atualmente, os monitores utilizam a tecnologia LCD ou LED. Isso permite que sejam mais leves e econômicos do que os monitores mais antigos.

74

3. COMPONENTES DE UM COMPUTADOR PERIFÉRICO

3.4.4 Impressora A impressora é um dispositivo de saída do computador que permite a obtenção de cópias em papel de textos, gráficos, desenhos e outros trabalhos criados no computador.

Figura 3.13 – Impressora.

As primeiras impressoras, chamadas de impressoras matriciais, herdaram a mesma tecnologia das máquinas de escrever e utilizam uma fita com tinta para imprimir os caracteres. Atualmente, são utilizadas as impressoras a jato de tinta e a laser, que apresentam maior qualidade e velocidade de impressão em relação às primeiras impressoras.

3.4.5 Scanner O scanner é um dispositivo de entrada de dados no computador. É um aparelho que digitaliza a imagem. É como uma máquina de fotocópia que, em vez de copiar, torna cada ponto de imagem, fotografia ou texto em uma imagem digitalizada no computador.

Figura 3.14 – Scanner.

3. COMPONENTES DE UM COMPUTADOR PERIFÉRICO

75

Existem basicamente dois tipos de scanner: de mão e de mesa. O scanner de mão é um aparelho parecido com os leitores de código de barra que encontramos em supermercados. Eles são mais baratos e requerem que o usuário o mova sobre a imagem ou documento para digitalizar. Essa última característica associa o sucesso da digitalização com a habilidade do usuário em manejar o scanner, o que pode ser um inconveniente para leigos. O scanner de mesa, por sua vez, é um aparelho no qual a imagem ou documento a ser digitalizado é posto sobre uma superfície plana. O scanner de mesa se encarrega de realizar o movimento de varredura do documento ou imagem em sua superfície e digitalizá-lo. Atualmente, é muito comum ter a função do scanner de mesa numa impressora multifuncional. As impressoras multifuncionais agregam as funções de copiadoras, impressoras e scanners.

3.4.6 Modem O modem é um equipamento para permitir que um computador possa se conectar a outro computador ou a uma rede de computadores. Originalmente, o modem utilizava a linha telefônica para realizar a conexão. Nesse caso, falamos que a linha telefônica é o canal de transmissão para a conexão do computador. O nome modem vem de modulador/ demodulador, o que, de forma simplificada, é o ajuste dos dados antes de serem enviados e recebidos pelo computador. O modem é um dispositivo de entrada e saída. É dispositivo de entrada, pois o computador recebe dados, ou seja, por meio do modem entra informação no computador. Também é dispositivo de saída, já que o computador envia dados à rede ou a outro computador, ou seja, saem dados do computador. Os modems que utilizam a linha telefônica caíram em desuso em função da baixa velocidade que ofereciam. Hoje, temos modems que utilizam as tecnologias das redes celulares que permitem uma velocidade de transmissão considerável, em torno de 1 Mbps, além de oferecer mobilidade para o usuário.

76

3. COMPONENTES DE UM COMPUTADOR PERIFÉRICO

Figura 3.15 – Modem que utiliza a tecnologia 3G da rede celular.

3.4.6 Disquete, Pen drive e Unidade de DVD As memórias secundárias que estudamos, como o pen drive e a unidade de DVD são considerados periféricos do computador. Juntamente com a unidade de disquete, estes componentes são dispositivos de entrada e saída do computador. A unidade de disquete, já em desuso, tinha a mesma função de um pen drive: armazenar informações. Utilizava mídia magnética para o armazenamento. O seu desuso pode ser explicado pela baixa capacidade de armazenamento, chegando a poucos 1,44 Mbytes em um disquete de 3’’1/2.

Figura 3.16 – Unidade de disquete e disquete de 3’’1/2

Apesar do disquete não ser mais utilizado, a sua imagem é sempre associada ao salvamento de arquivos. Vários programas utilizam o ícone de um disquete para indicar o atalho de salvar arquivo. Ícone é uma figura pequena utilizada para representar um software ou um atalho.

3. COMPONENTES DE UM COMPUTADOR PERIFÉRICO

77

E a parte que executa as instruções lógicas e aritméticas dos programas?

A CPU (Unidade Central de Processamento, em português) é a parte de um computador que interpreta e executa as instruções de um programa (software). Ela é constituída basicamente de UC (Unidade de Controle), ULA (Unidade de Lógica e Aritmética) e Registradores.

Qual e a parte do processador que controla a execução de instruções?

São três as partes principais da CPU: Unidade de controle: busca a instrução da memória e decodifica-a. ALU (ou unidade aritmética e lógica): realiza operações aritméticas e booleanas. Registradores: memória rápida para guardar informações de controle, resultados intermediários.

Qual o componente do processador responsável pelas operações lógicas e aritméticas?

A ULA executa as principais operações lógicas e aritméticas do computador.

Faz o papel de gerente do processador?

Faz o papel de gerente do processador, indica e fiscaliza o que deve ser feito e comanda os demais componentes do processador. Unidade Lógica Aritmética (ULA) – é a parte que executa as instruções lógicas e aritméticas dos programas. Faz o papel do trabalhador que executa as ordens do gerente.