É passagem de substâncias líquidas pela membrana sem gasto de energia?

Difus�o

De que maneira a �gua que bebemos e os alimentos que ingerimos chegam at� as nossas c�lulas? Para responder essa pergunta � preciso entender como as subst�ncias transitam entre os compartimentos do nosso organismo. O n�vel mais b�sico de transporte de subst�ncias � difus�o e osmose, processos que ocorrem sem gasto de energia, com o soluto e/ou o solvente passando livremente atrav�s das membranas celulares.

Difus�o � o movimento aleat�rio e individual de part�culas, em uma mistura qualquer, a favor de seu gradiente de concentra��o - ou seja, da regi�o mais concentrada para a menos - e sem gasto de energia. Esse movimento, chamado de movimento browniano, faz com que as part�culas atinjam uma uniformidade de distribui��o por toda a extens�o dispon�vel, conferindo � mistura um estado de maior energia devido ao aumento da entropia. A difus�o pode acontecer em misturas s�lidas, l�quidas ou gasosas.

Figura 1. Difus�o de um corante em uma solu��o.

Nos organismos, o processo de difus�o � respons�vel pela passagem de subst�ncias atrav�s das membranas celulares, desde que a membrana seja perme�vel � subst�ncia. Nesse caso, uma subst�ncia mais concentrada no meio extracelular poder� passar por difus�o para o meio intracelular, igualando as concentra��es. Exemplo: o ar que chega aos pulm�es � rico em O2, e o sangue no interior dos alv�olos � pobre; portanto, como a membrana do alv�olo � perme�vel ao O2, ele se difunde, tornando iguais as concentra��es de O2 no sangue e no ar. O mesmo ocorre com o CO2, por�m no sentido oposto: o sangue alveolar � rico em CO2, e o ar � pobre; assim, o CO2 difunde-se para fora da corrente sangu�nea, igualando as concentra��es de CO2 do sangue e do ar. Importante: os processos de difus�o do O2 e do CO2 s�o independentes, ou seja, mesmo na aus�ncia de O2 ocorreria a difus�o de CO2 e vice-versa.

Observe a figura abaixo:

É passagem de substâncias líquidas pela membrana sem gasto de energia?

Figura 2. Modelo

Suponha que o tra�o lil�s no meio da figura seja uma membrana perme�vel, que a cor azul claro represente �gua e as esferas vermelhas representem uma subst�ncia qualquer. Nessa situa��o, � esquerda da membrana a concentra��o de esferas vermelhas � bastante superior, ou seja, h� um gradiente de concentra��o de esferas vermelhas. Como a membrana � perme�vel, poder� acontecer a difus�o.

É passagem de substâncias líquidas pela membrana sem gasto de energia?

Figura 3. Modelo de difus�o

Note que, na figura 3, a concentra��o de esferas vermelhas � igual nos dois lados da membrana. Esse estado de equil�brio � energeticamente favor�vel ao sistema, portanto o equil�brio permanecer�. Importante: um soluto est� em constante movimenta��o atrav�s da membrana (sendo ela perme�vel), sempre, independente de sua concentra��o; o que acontece � um equil�brio num�rico de part�culas: o mesmo n�mero que passa para um lado tamb�m passa paro o outro.

 Velocidade de difus�o

H� v�rios fatores que influenciam a velocidade da difus�o de um soluto atrav�s de uma membrana. Esses fatores s�o representados matematicamente pela equa��o da 1� Lei de Fick:

É passagem de substâncias líquidas pela membrana sem gasto de energia?

j: velocidade de difus�o (fluxo)
D: constante do meio
A: �rea de sec��o transversal dispon�vel
ΔC: varia��o de contra��o entre as zonas (gradiente de concentra��o)
Δx: dist�ncia entre as zonas (ou espessura da membrana)

Quanto maior a superf�cie dispon�vel e menor a espessura da membrana, maior ser� a velocidade de difus�o. Por essa raz�o, o intestino � um �timo �rg�o de absor��o, e os alv�olos possibilitam trocas gasosas muito r�pidas. Outro fator que influencia a velocidade de fluxo � o gradiente de concentra��o; quanto maior for, mais r�pido ser� o fluxo. A composi��o do meio, vari�vel para cada ambiente, tamb�m influencia no fluxo: a difus�o do O2 ocorre em velocidades diferentes no ar e na �gua, por exemplo.

 A velocidade de difus�o limita o tamanho das c�lulas

O tamanho dos organismos pode variar em at� oito ordens de magnitude. Suas c�lulas, no entanto, variam no m�ximo mil vezes (3 ordens de magnitude). Podemos encontrar na natureza c�lulas que variam em tamanho de 0,2 a 0,3 �m de di�metro (micoplasma) at� 80 a 120 m2 de di�metro (�vulo do ouri�o do mar). O que determina o volume m�ximo de uma c�lula � justamente a difus�o, que se torna limitante acima de determinado volume. A velocidade de difus�o em c�lulas maiores seria incompat�vel com a vida. O desenvolvimento de organismos pluricelulares grandes s� foi poss�vel gra�as ao desenvolvimento de �rg�os especializados em difus�o, como pulm�es, guelras, intestinos e principalmente o sistema circulat�rio de plantas e animais. Os �rg�os especializados em difus�o possuem uma grande �rea de superf�cie em rela��o ao seu volume, para que as trocas ocorram com maior efici�ncia. Os pulm�es, por exemplo, possuem uma superf�cie total de 50 a 100 m2 e, se desdobr�ssemos todas as vilosidades e microvilosidades do nosso intestino, seria poss�vel cobrir uma quadra de t�nis.

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Figura 45

Em pequenos vermes, a “circula��o” de nutrientes � feita atrav�s da difus�o c�lula a c�lula dos nutrientes. Seria poss�vel o homem ser do tamanho que � sem os �rg�os especializados em difus�o? Imagine o tempo que levaria para o oxig�nio se difundir por todas as c�lulas do nosso corpo se n�o existisse o sistema circulat�rio. Nossas c�lulas sofreriam necrose e a vida seria invi�vel.

 Permeabilidade das membranas celulares

As membranas celulares s�o formadas por uma bicamada fosfolip�dica que cont�m prote�nas embebidas. O interior das membranas � hidrof�bico, ao passo que suas superf�cies de contato s�o hidrof�licas. Por essa raz�o, as membranas possuem permeabilidade seletiva. Para difundir-se livremente pela membrana um soluto deve ser preferencialmente apolar, e seu tamanho deve ser compat�vel com o espa�o dispon�vel entre as mol�culas de fosfolip�deos da membrana. Algumas mol�culas polares, como a �gua, tamb�m conseguem se difundir livremente pela membrana. A figura abaixo mostra a rela��o entre algumas subst�ncias essenciais e a permeabilidade da membrana celular.

É passagem de substâncias líquidas pela membrana sem gasto de energia?

Qual o tipo de transporte de membrana em que há gasto de energia?

O transporte ativo é um tipo de transporte de moléculas pela membrana plasmática em que há gasto de energia pela célula. No caso do transporte ativo, o movimento das moléculas ocorre contra seus gradientes de concentração.

Quando uma substância passa através da membrana plasmática sem gasto de energia por parte?

O transporte passivo é o tipo de transporte de substâncias através da membrana plasmática que ocorre sem gasto de energia. Não há gasto de energia porque as substâncias deslocam-se naturalmente do meio mais concentrado para o menos concentrado, ou seja, a favor do gradiente de concentração.

Quais são os tipos de transporte através da membrana?

Confira os tipos de transportes que acontecem pela membrana celular:.
Difusão simples. ... .
Osmose. ... .
Difusão facilitada. ... .
Transporte ativo..

Qual é o processo que ocorre com gasto de energia?

O transporte ativo é o que ocorre através da membrana celular com gasto de energia. Nesse caso, o transporte de substâncias ocorre do local de menor para o de maior concentração. Ou seja, contra um gradiente de concentração.