Em quais modalidades o Brasil conquistou medalha de ouro nas Paralimpíadas?

O Brasil iniciou esta sexta-feira (27) com três medalhas na Paralimpíada de Tóquio (Japão). Disputando pela primeira vez os Jogos Paralímpicos, o brasiliense Wendell Belarmino se tornou o campeão na prova de 50 metros livre masculino S11 (cegueira), com o tempo de 26s03. As competições da modalidade acontecem no Centro Aquático de Tóquio, na capital japonesa.

Em quais modalidades o Brasil conquistou medalha de ouro nas Paralimpíadas?
Em quais modalidades o Brasil conquistou medalha de ouro nas Paralimpíadas?

— Comitê Paralímpico Brasileiro -ブラジルパラリンピック委員会 (@cpboficial) August 27, 2021

Já o paulista Gabriel Bandeira conquistou medalha de prata na prova de 200 metros livre da classe S14 (deficiência intelectual), com o tempo de 1min52s74. Esta é a segunda medalha de Bill nesta atual edição dos Jogos, pois ele já havia levado ouro na prova de 100 m borboleta da classe S14 (deficiência intelectual).

A primeira medalha individual no feminino na Paralimpíada veio com a pernambucana Maria Carolina Santiago na prova  dos 10 0m costas da classe S12 (baixa visão). Ela faturou o bronze com o tempo de 1min09s18.

Pódios

Atrás de Wendell Berlamino, medalhista de ouro nos 50 metros livre (S11),  ficou o chinês Dongdong Hua (26s18) com a prata, e o lituano Edgaras Matakas (26s38) com o bronze. O catarinense Matheus Rheine de Souza também competiu e ficou em sexto lugar. Ele alcançou a marca de 27s26.

Quem levou medalha de ouro na prova de 200 m (S14) foi o britânico Reece Dunn, batendo o recorde mundial, com 1min52s40. O bronze ficou com Viacheslav Emeliantsev, do Comitê Paralímpico Russo (RPC, sigla em inglês), com 1min55s58.

Nos 100m costas feminino (S12),  a britânica Hannah Russel se tornou a campeã olímpica, com o tempo de 1min8s44. Já Daria Pikalova, do RPC, colocou a medalha de prata no peito, terminando a prova com 1min8s76.

Daniel Dias fora do pódio

A prova de 50 m borboleta da classe S5 (deficiência físico-motora) foi a primeira que o multicampeão Daniel Dias não subiu ao pódio em Tóquio 2020. Ele terminou a disputa na sexta colocação, com tempo de 36s56. O paulista já garantiu dois bronzes em provas individuais: nos 100 metros livre da classe S5 (deficiência físico-motora) e nos 200 metros livre na classe S5 (deficiência físico-motora). Além disso, ele também disputou o revezamento 4x50 metros livre 20 pontos e ficou em terceiro lugar. Daniel Dias, de 33 anos, tem 27 medalhas na história das Paralimpíadas.

Outros resultados 

A paulista Esthefany Rodrigues e a potiguar Joana Neves disputaram a prova dos 50 m borboleta feminino da classe S5 (deficiência físico-motora). Joana foi a brasileira que mais chegou perto da medalha, encerrando sua participação em quatro lugar (45s33), enquanto Esthefany terminou a competição na sétima posição (46s49). Joana Neves já conquistou medalha de bronze em Tóquio 2020 na prova de 4x50 metros livre 20 pontos.

Em quais modalidades o Brasil conquistou medalha de ouro nas Paralimpíadas?

Nas disputas desta sexta-feira (27), país faturou um total de nove medalhas: seis no atletismo e três na natação. Houve estreantes no pódio e novo recorde paralímpico estabelecido.

Em quais modalidades o Brasil conquistou medalha de ouro nas Paralimpíadas?

Brasil conquista mais 9 medalhas nas Paralimpíadas de Tóquio

Nas Paralimpíadas de Tóquio, o Brasil conquistou nove medalhas, e a natação brilhou de novo.

O poder dessas medalhas. “É você ver que tudo deu certo. É você ver que todo o trabalho valeu a pena”, diz a nadadora Maria Carolina Santiago.

A pernambucana Maria Carolina é estreante em Paralimpíadas. Nos 100 metros costa para atletas com deficiência visual, ela levou o bronze.

Gabriel Bandeira, que tem deficiência intelectual, ganhou a segunda medalha nos Jogos. Depois do ouro nos 100 metros borboleta, a prata nos 200 metros livre. Por muito pouco, ele não repetiu a cor da medalha. Ficou só a 34 centésimos do primeiro colocado, o britânico Reece Dunn.

Os nadadores com deficiência visual demoram um pouco para saber em que posição chegaram na prova. Geralmente, o técnico, que está no bloco e enxerga, é quem dá a notícia. Mas no caso dos 50 metros livre, isso nem foi necessário.

Com as arquibancadas vazias e pelos gritos dos colegas na arquibancada, Wendell Belarmino, que é cego, percebeu que era campeão.

“Por conta das restrições da pandemia, eu consegui escutar o pessoal da delegação gritando e, dessa vez, não tive dúvida de qual posição que eu fui”, diz.

E o brasiliense de 23 anos promete não se desgrudar da conquista.

“Acho que eu vou passar uns quatro dias com a medalha. Tomar café, almoçar e jantar. Só não vou tomar banho para não estragar a fitinha”, brinca.

As outras seis medalhas brasileiras vieram do atletismo. Quatro de ouro.

A primeira prova, do primeiro dia do atletismo, o primeiro ouro. Primeira vez que o Hino Brasileiro toca no Estádio Nacional de Tóquio.

O responsável por tantas primeiras vezes foi Yeltsin Jacques. Cinco mil metros para cegos. Essa foi também a primeira medalha dele em Paralimpíadas.

Sensações revividas por Silvânia Costa, que conquistou o bicampeonato paralímpico no salto em distância, também para deficientes visuais.

O dia seguiu dourado mesmo quando anoiteceu. O estreante Wallace Santos bateu o recorde mundial no arremesso de peso, classe para lesionados medulares.

Na mesma modalidade, só que na prova para atletas com algum grau de paralisia cerebral, João Victor Teixeira foi bronze.

De todas as medalhas conquistadas no primeiro dia de atletismo, se havia uma nada surpreendente, esperada até, era a de Petrúcio Ferreira. Mas nem por isso essa conquista foi menos celebrada. Até porque festa é com o Petrúcio.

O bom humor vai da hora em que é apresentado ao visual vaqueiro do sertão depois de vencer. A forma que o paraibano recordista mundial encontrou para não se deixar abater.

“Por ligação, eu cheguei a falar com a minha mãe e acabei retribuindo com uma pergunta de volta para ela, para minha esposa: ‘Alguma vez, mãe, você me viu com medo? Alguma vez você me viu ter medo, desde criança? Nunca temi’”, disse o medalhista de ouro.

Petrúcio competiu machucado, mas bateu o recorde paralímpico dos 100 metros rasos. Na mesma classe, de amputados em membros superiores, o medo de Washington Júnior era não estar em Tóquio.

“Faltando dois dias para eu viajar aqui para o Japão, eu testei positivo. Achei que ia ficar fora”, contou.

Washington se recuperou da Covid a tempo de ganhar a primeira medalha da carreira e dividir o pódio com o amigo Petrúcio. O pódio, os passos, o palco.

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Quadro de medalhas.

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