Em qual ano a humanidade percebeu o risco ambiental global através da poluição?

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), Saúde Ambiental são todos aqueles aspectos da saúde humana, incluindo a qualidade de vida, que estão determinados por fatores físicos, químicos, biológicos, sociais e psicológicos no meio ambiente. Também se refere à teoria e prática de prevenir ou controlar tais fatores de risco que, potencialmente, possam prejudicar a saúde de gerações atuais e futuras (OMS, 1993).

O campo da saúde ambiental compreende a área da saúde pública, afeita ao conhecimento científico e à formulação de políticas públicas e às correspondentes intervenções (ações) relacionadas à interação entre a saúde humana e os fatores do meio ambiente natural e antrópico que a determinam, condicionam e influenciam, com vistas a melhorar a qualidade de vida do ser humano sob o ponto de vista da sustentabilidade (BRASIL, 2007).

De acordo com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), em 2015, 5,9 milhões de crianças com menos de cinco anos de idade morreram e as principais causas de morte de crianças em todo o mundo foram pneumonia, prematuridade, complicações relacionadas com o parto, sepse neonatal, anomalias congênitas, diarreia, traumatismos e malária. A maioria dessas doenças e condições é causada, ao menos parcialmente, pelo ambiente. Em 2012, estimou-se que 26% das mortes e 25% da carga de doença total em crianças menores de cinco anos poderiam ser evitadas pela redução dos riscos ambientais, como poluição do ar, contaminação da água e a falta de acesso aos serviços de saneamento básico, higiene e a exposição a substâncias químicas (OPAS, 2018).

As questões relacionadas à saúde ambiental, em âmbito mundial e também no Brasil, têm demandado um crescente e necessário empenho das instâncias governamentais para implementar ações de controle e prevenção dos riscos ambientais que impactam negativamente a saúde humana.

A Funasa, por sua experiência em mudar o cenário ambiental com ações de saneamento básico ao longo dos anos, ampliou seu olhar para as questões ambientais que interferem na saúde humana e passou a ter a competência de planejar, coordenar, supervisionar e monitorar a execução das atividades relativas à promoção da Saúde Ambiental.

Conforme estipulado no Decreto nº 8.867/2016, é atribuição da Funasa a formulação e implementação de ações de promoção e proteção à saúde relacionadas ao Subsistema de Vigilância em saúde Ambiental.

Nesse sentido, a Funasa, órgão executivo do Ministério da Saúde (MS), em cumprimento a sua missão institucional, possui todos os requisitos e atributos capazes de, sob orientação do MS, adotar medidas e executar ações de promoção da saúde ambiental, prevenção e controle dos fatores de riscos relacionados às doenças e outros agravos à saúde relacionadas ao meio ambiente.

Dessa forma compete à Funasa, por meio do Departamento de Saúde Ambiental (Desam), em conformidade com o Decreto nº 8.867/2016, planejar, coordenar, supervisionar e monitorar a execução das atividades relativas a:

I - formulação e implementação de ações de promoção e proteção à saúde ambiental, em consonância com a política do Subsistema Nacional de Vigilância em Saúde Ambiental;
II - controle da qualidade da água para consumo humano proveniente de sistemas de abastecimento público, conforme critérios e parâmetros estabelecidos pelo Ministério da Saúde;
III - apoio ao desenvolvimento de estudos e pesquisas na área de atuação da Funasa; e
IV - fomento à educação em saúde ambiental.

Atualmente, o Departamento de Saúde Ambiental (Desam) passou por uma reestruturação e está composto por três Coordenações:

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Em qual ano a humanidade percebeu o risco ambiental global através da poluição?

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ÉTICA, CIDADANIA E SUSTENTABILIDADE
Unidade IV
7 PLATAFORMA 2030 PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Em 2015, a ONU relacionou um total de 17 objetivos de desenvolvimento sustentável (ODS) e contou 
com o comprometimento de mais de 165 países para atuar de forma sustentável.
A figura 27 mostra os 17 ODS e seu conteúdo. Há um consenso entre os países participantes 
da conferência Rio+20, referente às políticas nacionais e atividades de cooperação internacional 
dessa estratégia.
3 Saúde e 
bem‑estar
2 Fome zero e 
agricultura 
sustentável
1 Erradicação da 
pobreza
Acabar com a pobreza 
em todas as suas 
formas, em todos os 
lugares
Acabar com a fome, 
alcançar a segurança 
alimentar e melhoria da 
nutrição e promover a 
agricultura sustentável
Assegurar uma vida 
saudável e promover 
o bem-estar para 
todos, em todas as 
idades
3 Saúde e 
bem‑estar
2 Fome zero e 
agricultura 
sustentável
4 Educação de 
qualidade
5 Igualdade de 
gênero 6 Água potável e saneamento
Assegurar a educação 
inclusiva e equitativa e 
de qualidade, e promover 
oportunidades de 
aprendizagem ao longo 
da vida 
para todos
Alcançar a igualdade 
de gênero e empoderar 
todas as mulheres e 
meninas
Garantir 
disponibilidade e 
manejo sustentável 
da água e 
saneamento para 
todos
3 Saúde e 
bem‑estar
2 Fome zero e 
agricultura 
sustentável
7 Energia acessível 
e limpa
8 Trabalho decente 
e crescimento 
econômico
9 Indústria, 
inovação e 
infraestrutura
Assegurar o acesso 
confiável, sustentável, 
moderno e a preço 
acessível à energia 
para todos
Promover o crescimento 
econômico sustentado, 
inclusivo e sustentável, 
emprego pleno e produtivo, 
e trabalho decente para 
todos
Construir 
infraestruturas 
resilientes, promover 
a industrialização 
inclusiva e 
sustentável e 
fomentar a inovação
3 Saúde e 
bem‑estar
2 Fome zero e 
agricultura 
sustentável
10 Redução das 
desigualdades 11 Cidades e comunidades 
sustentáveis
12 Consumo e 
produção 
responsáveis
Reduzir a desigualdade 
dentro dos países e 
entre eles
Tornar as cidades e 
os assentamentos 
humanos inclusivos, 
seguros, resilientes e 
sustentáveis
Assegurar padrões 
de produção e de 
consumo sustentáveis
14 Vida na água 15 Vida terrestre13 Ação contra 
a mudança 
global do clima
Tomar medidas 
urgentes para 
combater a mudança 
do clima e seus 
impactos
Conservar e usar 
sustentavelmente os 
oceanos, os mares e 
os recursos marinhos 
para o desenvolvimento 
sustentável
Proteger, recuperar e 
promover o uso sustentável 
dos ecossistemas terrestres, 
gerir de forma sustentável 
as florestas, combater a 
desertificação, deter e 
reverter a degradação da 
terra e deter a perda de 
biodiversidade
16 Paz, justiça e 
instituições 
eficazes
17 Parcerias e 
meios de 
implementação
Promover sociedades 
pacíficas e inclusivas 
para o desenvolvimento 
sustentável, proporcionar o 
acesso à justiça para todos 
e construir instituições 
eficazes, responsáveis e 
inclusivas em todos os 
níveis
Fortalecer os meios 
de implementação 
e revitalizar a 
parceria global para 
o desenvolvimento 
sustentável
Figura 27 – Os 17 ODS
Fonte: ONU (2020).
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Unidade IV
Esses objetivos se dividem em 169 metas e são avaliados de acordo com 300 indicadores.
Com a evolução do desenvolvimento sustentável, a ONU tem adotado um framework que, além de 
temático, prioriza diversos objetivos. Cada ODS aborda temas diferentes e estabelece metas. O conjunto 
mostra uma coerência integradora entre os três pilares do desenvolvimento sustentável, como já vimos: 
aspectos sociais, ambientais e econômicos. O alcance dessa agenda é imprescindível, devendo-se enfatizar 
sua aplicabilidade universal e considerar diferentes realidades, capacidades e níveis de desenvolvimento.
A tecnologia hoje pode melhorar a qualidade de vida da comunidade, usando os recursos naturais de 
forma inteligente e preservando o meio ambiente. A tecnologia da informação e comunicação, quando 
integrada às cidades e a outras tecnologias e práticas, fomenta o conceito de cidades inteligentes e 
sustentáveis (smart and sustainable cities).
Como a urbanização causa um forte impacto e os ODS são ambiciosos, urge a necessidade de 
procurar soluções para enfrentar desafios e atingir metas. O ODS 11, por exemplo, visa tornar as cidades 
e os assentamentos humanos inclusivos, seguros, resilientes e sustentáveis com várias estratégias: desde 
reduzir o impacto ambiental negativo per capita das cidades – prestando especial atenção à qualidade 
do ar, gestão de resíduos municipais e outros – até garantir o acesso de todos à habitação segura, 
adequada (a preço acessível) e aos serviços básicos, além de urbanizar favelas.
Existem múltiplas definições propostas pela comunidade internacional para uma cidade inteligente. 
Uma definição bastante objetiva é esta: “Uso de tecnologias de informação e comunicação para prover 
uma melhoria da qualidade de vida dos seus cidadãos, a um custo acessível e otimizando o uso dos 
recursos do nosso planeta” (LUZZI, 2017).
A tecnologia, portanto, é apenas um meio para alcançar o objetivo, e não o foco da discussão em 
comunidades inteligentes e sustentáveis.
7.1 Breve histórico do desenvolvimento sustentável
Por muito tempo, o ser humano buscou o crescimento econômico sem se preocupar com a escassez 
dos recursos naturais, trazendo impactos como degradação ambiental, poluição do ar, desigualdade 
social, entre outros. Assim surgiu o conceito de desenvolvimento social, com o intuito de amenizar ou 
mesmo extinguir esses problemas (QUEIROGA; MARTINS, 2015).
Para Meyer (2000), o desenvolvimento sustentável deve incorporar dois princípios:
1. Prioridade na satisfação das necessidades das camadas mais pobres da população.
2. Limitações do estado atual da tecnologia e da organização social no meio ambiente.
Além disso, para uma sociedade sustentável, é necessária a participação das universidades com 
sustentabilidade ambiental, social e política, com alinhamentos e ajustes ao longo do processo, a fim de 
contribuir com pesquisas científicas.
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ÉTICA, CIDADANIA E SUSTENTABILIDADE
Foi por volta de 1950 – quando a humanidade percebeu o risco ambiental global através da poluição 
nuclear – que surgiu a ideia de sustentabilidade, alertando-nos sobre riscos ambientais globais, e não 
apenas restritos por territórios. Outro sinal do problema foi o excesso do uso de pesticidas e inseticidas 
químicos. Eventos desse tipo impulsionaram um crescimento dos movimentos ambientalistas, que já se 
preocupavam com a crise ambiental e com o futuro (NASCIMENTO, 2012).
Para Queiroga e Martins (2015),
o desenvolvimento sustentável consiste, assim, naquele que permite a 
conservação dos ecossistemas e a preservação dos recursos naturais, bem 
como a preservação das diversidades genéticas e biológicas, enfatizando o 
crescimento e diminuindo a pobreza dos países subdesenvolvidos (p. 117).
7.1.1 CMED
A Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (CMED), formada pelo ONU na década 
de 1980, foi um grande passo para as teorias sobre desenvolvimento sustentável e o início das teorias 
para alcançá-lo. Suas principais finalidades eram:
• avaliar a situação do meio ambiente;
• examinar suas questões;
• formular propostas em nome do desenvolvimento sustentável;
• analisar a viabilidade e aplicabilidade de tais propostas, criando mecanismos de cooperação 
internacional entre países, ONGs, empresas e indivíduos, incentivando-os à luta por desenvolvimento 
sustentável e preservação ambiental.
O relatório mais importante da CMED, anterior à Agenda 21, foi lançado com o nome Nosso futuro 
comum e ficou conhecido como Relatório Brundtland – nome dado em homenagem à ex-primeira-ministra 
da Noruega Gro Harlem Brundtland, ícone do desenvolvimento sustentável e presidente do órgão na 
época. O relatório levantou questões críticas acerca da relação entre a humanidade e o meio ambiente.
O documento tinha como alvo governos nacionais e sugeria como progredir com o desenvolvimento

Em qual ano a humanidade percebeu o risco ambiental global?

A primeira percepção da humanidade sobre a questão ambiental e a existência de um risco ambiental em escala global, deu-se na década de 1950, com o experimento de armas nucleares, causando poluição nuclear.

Qual foi o marco histórico da degradação ambiental do mundo?

Foi a partir da revolução industrial que a poluição passou a constituir um problema para a humanidade. É lógico que já existiam exemplos de poluição anteriormente, em alguns casos até famosos (no Império Romano, por exemplo).

Porque a década de 70 foi importante para o meio ambiente?

A partir desta década, qualquer acidente ecológico passou a ter um espaço bem maior na mídia e as empresas responsabilizadas por eles começaram a ser vistas com maiores reservas pela população cada vez melhor informada em relação às questões ecológicas. 1970 – Abril.

Qual foi o marco mundial da história da proteção ambiental onde e quando ocorreu?

O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) foi criado após a primeira Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano realizada em Estocolmo, Suécia, de 5 a 16 de junho de 1972.