Estou sempre com fome deve ser alimentado o dedo que lambo logo ficará vermelho

Sentir fome é normal, uma pista do organismo de que precisamos de mais energia e nutrientes. Mas o que fazer quando ela domina boa parte do dia? Diversas razões fisiológicas, psicológicas e nutricionais podem estar por trás da sensação de barriga vazia.

"É esperado ficar com fome depois de muitas horas sem comer mas, se ela é precoce, precisamos investigar e fazer possíveis ajustes na dieta", aponta Clarissa Fujiwara, nutricionista da Abeso (Associação Brasileira para o Estudo da Síndrome Metabólica).

Conversamos com especialistas para entender os principais motivos para o apetite voraz e constante. Veja quais são e como resolver cada um deles.

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    Não é fome, é vontade de comer

    A dificuldade de separar a fome física da fome emocional é a campeã de citações pelos ouvidos nessa reportagem. A necessidade fisiológica de comer é progressiva, saciada com qualquer alimento que estiver disponível. Agora, se é um desejo repentino, intenso, e relacionado a um alimento específico, provavelmente estamos falando de vontade de comer. Raiva, frustração, tédio e ansiedade podem levar a essa situação. Leia mais

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    Falta de proteínas na dieta

    A proteína demora mais para ser digerida e, assim, promove saciedade. Como é importante para os músculos, o organismo se ressente da falta, daí a fome pode bater fora de hora. Vale incluir fontes desse nutriente em todas as refeições, incluindo lanchinhos: carnes magras,

    leite

    , ovos, queijos e leguminosas como

    feijão

    ,

    grão-de-bico

    , ervilha e companhia.

    Só cuidado com o exagero como estratégia para aplacar a fome, especialmente em uma dieta restritiva. O excesso de proteínas pode sobrecarregar o organismo e aumentar o teor de gorduras, pois várias fontes contêm também gordura saturada em sua composição.

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    Falta de frutas e verduras

    Elas têm fibras que atrasam a digestão e prolongam a sensação de barriga cheia. A recomendação de consumo é de 20 a 35 gramas ao dia, mas uma estimativa do IBGE diz que os brasileiros, em média, ficam nos 15g. Para aproveitar melhor o teor de fibras desses alimentos, coma com casca e prefira as versões menos processadas possíveis. Leia mais

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    Falta de água

    Para que as fibras cumpram seu papel, é fundamental que o consumo de água esteja adequado. Essa é uma medida individual, mas existe uma recomendação geral de 30ml por quilo de peso corporal.

    Se a pessoa não tem uma percepção do próprio corpo muito aguçada e toma pouco líquido ao dia, pode ainda confundir sede com fome. Uma dica é tomar um copo quando o desconforto bater. Fora isso, um corpo mais hidratado tem reações químicas e respostas hormonais melhores.

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    Falta de gordura

    É um efeito mais discreto, mas pode acontecer. A gordura, assim como a proteína, é digerida mais lentamente pelo organismo. Sua ingestão pode ainda elevar a produção de hormônios promotores da saciedade. Há fontes saudáveis desse macronutriente, como

    azeite

    , nozes, linhaça, castanhas,

    abacate

    e outros.

    Mas o consumo é limitado. De acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde), os lipídios devem representar 30% das calorias da dieta --e só 10% do total são das saturadas, presentes nas carnes e seus derivados,

    manteiga

    , laticínios, óleo de coco e muitos ultraprocessados.

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    Excesso de carboidratos refinados

    Embora o carboidrato seja uma fonte importante de energia, o exagero nas versões refinadas dele --pães e massas de farinha branca e doces-- está associado a mudanças no apetite. Primeiro, eles são absorvidos rapidamente pelo organismo, que, em resposta produz muita insulina, o hormônio que coloca esse açúcar todo para dentro das células.

    Essa alta súbita geralmente é seguida de uma queda na glicemia, que causa a fome. Estudos mostram ainda que o consumo regular de comidas ricas em açúcar está ligado a alterações na produção de hormônios que regulam o apetite, como a grelina e a leptina.

    Por último, vale lembrar que alimentos ricos em gordura e açúcar geram um estímulo excessivo do sistema de recompensa no cérebro. Quando comemos algo do tipo, nossa mente libera uma resposta muito prazerosa e, assim, queremos mais e mais daquilo.

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    O café da manhã está fazendo falta

    Não é uma regra, pois algumas pessoas realmente não sentem necessidade de fazer essa refeição e tudo bem. O problema é dispensá-la para ganhar tempo. Neste caso, a fome pode aparecer depois de maneira intensa, aumentando o tamanho do prato no almoço. Vale fazer o teste de montar um café da manhã bem estruturado, com carboidratos integrais, proteínas e gorduras para ver se o estômago fica mais sossegado.

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    Ficar muito tempo sem comer

    Assim como no caso do café, não há uma regra. Mas se a pessoa come num volume adequada em uma refeição e chega muito faminta na próxima, pode ser necessário incluir mais um lanchinho intermediário na dieta. Não é necessário cronometrar as refeições, pois o intervalo entre elas é individual, o ideal é observar as reações do corpo.

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    Privação de sono e estresse

    A falta de descanso tem efeito direto no comportamento compulsivo em relação à comida. Isso porque a privação de sono eleva a produção de grelina, hormônio que controla a fome. A ciência suspeita ainda que o cortisol, outro hormônio, liberado em situações de

    estresse

    como a falta de descanso, levaria ao aumento da fome.

    O estresse constante também pode estimular o apetite, tanto por alterar estes mecanismos fisiológicos de controle quanto por frequentemente ser um gatilho para o comer emocional, citado lá em cima.

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    Comer distraído

    Ao jantar, almoçar ou beliscar vendo TV, mexendo no celular ou lendo, a tendência é comer rápido, sem mastigar direito a comida. Isso atrapalha o envio de sinais de saciedade do intestino à cabeça. Além do paladar em si, estímulos visuais e olfativos ajudam na percepção de que o corpo está sendo alimentado.

    Ao trabalhar todos esses sentidos, a satisfação é mais duradoura. Por isso, na hora de comer, mastigue devagar, se concentrando nos sabores e texturas do alimento. Quanto mais variados eles forem, mais interessante será a experiência.

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    Condições de saúde

    Em pessoas com

    obesidade

    , há uma alteração na atividade do hipotálamo, estrutura do cérebro que regula, entre outros departamentos, o apetite.

    Algumas condições de saúde, como o diabetes tipo 2 descompensado e o hipertireoidismo, podem bagunçar a percepção de fome. A

    depressão

    , por sua vez, tanto aumenta quanto diminui a vontade de comer. Por último, certos medicamentos, como antidepressivos, antipsicóticos e corticosteroides também podem induzir a necessidade. Vale conversar com o médico.

Fonte: Alan Tiago Scaglione, nutricionista da Estima Nutrição, especialista em suplementação nutricional aplicada ao exercício pela USP (Universidade de São Paulo); Clarissa Casale Doimo, nutricionista pós-graduada em nutrição aplicada ao exercício pela USP; Clarissa Fujiwara, nutricionista mestre em ciências da saúde pela USP e membro da Abeso (Associação Brasileira para o Estudo da Síndrome Metabólica) e Renato Zilli, endocrinologista do Hospital Sírio Libanês, em SP.

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Repostas: Estas são todas as palavras que podem ser encontradas nesta categoria : INCÊNDIO.

Estou sempre com fome deve sempre se alimentar?

Esta condição significa que seu corpo tem um problema de energia. Você pode ficar com fome porque seu corpo pensa que precisa de mais combustível. Mas a verdadeira questão é que você tem problemas para transformar alimentos em combustível. Nesse caso, você também pode perder peso, urinar mais e se sentir mais cansado.