Faz mal não se lavar depois da relação?

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Em algumas regiões, a crença de que fazer uma ducha vaginal logo depois da relação sexual diminui os riscos de engravidar ainda persiste. No Quênia, por exemplo, uma pesquisa publicada este ano pela ONG Youth Changers, que tem o objetivo de promover a educação sexual no país, revelou que um número significativo de adolescentes acredita que lavar a vagina com Coca-cola e limão após o sexo impede a fecundação. De acordo com o ginecologista e obstetra Domingos Mantelli, a ideia não passa de um mito.

Faz mal não se lavar depois da relação?

“Duchas, sejam feitas com água, Coca-Cola, sabão ou qualquer outra substância não tem nenhuma eficiência como método contraceptivo”, explica Mantelli. “Depois da ejaculação, o esperma chega rapidamente ao fundo do canal vaginal e a inserção de líquido pode, inclusive, empurrá-lo mais para dentro, facilitando o trajeto”, diz.

O ginecologista alerta ainda para o risco que as duchas vaginais representam para a saúde reprodutiva. “Elas podem causar uma série de modificações na mucosa, aumentando o risco de infecções, de contrair doenças sexualmente transmissíveis, alterando o PH e a composição da flora e predispondo a região a infecções fúngicas, bacterianas, corrimentos e alterações severas. A vagina não precisa de nenhum produto de higiene. Ela se limpa por conta própria através de secreções e os micróbios que vivem nela ajudam a mantê-la saudável. A vulva, que fica na parte externa, pode ser lavada com água e sabão neutro”, diz Mantelli.

De acordo com o ginecologista, as duchas vaginais só devem ser realizadas se houver indicação médica: “Nunca deve ser algo rotineiro, mas, em algumas situações específicas, o médico pode recomendá-las, na maioria das vezes junto a outras medidas para regular uma alteração no PH vaginal. Mas apenas um especialista poderá analisar a situação caso a caso”, finaliza.

Descubra se coito interrompido previne IST e se é normal o órgão sexual ficar inchado

Você está na consulta ginecológica ou urológica e se lembra daquela dúvida que pintou no banheiro outro dia, mas desiste de perguntar por ser constrangedora - ou então por medo do médico achar óbvio demais. Entretanto, muitas vezes o questionamento que parece bobo pode ser o mais importante, indicando uma possível doença ou um comportamento inadequado. Pensando nisso, conversamos com profissionais e respondendo algumas dessas perguntas:

Diferenças discretas de volume entre os testículos e seios são consideradas normais. No caso dos seios, pode acontecer principalmente em mulheres porque, na puberdade, uma das mamas pode ter mais receptores de hormônio, levando a um crescimento maior. "Nos testículos isso ocorre geralmente por conta da variação no pequeno volume de líquido que se apresenta ao redor dos testículos", explica o urologista Mauro Pinheiro, do Departamento de Andrologia da Sociedade Brasileira de Urologia - regional Rio de Janeiro. Essas diferenças são preocupantes quando surgem subitamente, são muito grandes e/ou associadas à dor na região. "Nestes casos, deve-se suspeitar de processos inflamatórios, infecciosos ou até mesmo de câncer, e um médico urologista ou mastologista deve ser consultado."

"O atrito em excesso nos tecidos do pênis e vagina pode resultar em um edema, que é um discreto acúmulo de líquido nesses tecidos", explica o urologista Mauro. O resultado disso é um aspecto de "inchaço", que pode ocorrer devido a esse líquido acumulado. "O edema tende a reduzir e desaparecer algumas horas após o repouso", diz. Caso o problema persista, o indicado é procurar um médico.

As bombas penianas, muito utilizadas na Europa e Estados Unidos, são mecanismos que, acoplados ao pênis, produzem um vácuo que faz com que o sangue venoso reflita para dentro do pênis, em um processo semelhante ao da ereção. "A diferença é que, na ereção verdadeira, o sangue que preenche o pênis é arterial e não venoso", explica o urologista Mauro. Se utilizadas durante um período prolongado ou caso ocorra um vácuo muito forte, pode sim ocorrer um edema dos tecidos periféricos, visualizados como um "inchaço".

 Sim, é necessário, mas você não precisa sair correndo para o banheiro logo após o sexo. Higienizar o órgão sexual depois do ato ajuda a evitar principalmente infecções causadas por fungos, como a candidíase. Lavar o órgão após a relação sexual também ajuda a remover resíduos de sêmen e excesso de lubrificante do preservativo. Caso você não tenha usado preservativo, a higiene também serve para retirar o muco da lubrificação natural da vagina junto com resíduo de secreção espermática após a ejaculação - ambos ricos em substâncias que servem como meio de cultura para bactérias e fungos. "A flora bacteriana nos tecidos do pênis e vagina está aumentada após a relação sexual, principalmente quando próximo do período menstrual", afirma o urologista Mauro. Caso essa flora esteja modificada por conta de patologia prévia na mucosa do pênis ou vagina, há o risco de transmissão de ISTs. "A higiene pode ser feita até em poucas horas após a relação - não precisa ser imediatamente, porém não se deve deixar nunca para o dia seguinte."

Segundo o urologista Mauro, existe um reflexo após o orgasmo sexual, que desencadeia a contração de vários músculos da pelve, inclusive da bexiga e dos esfíncteres envolvidos na micção, podendo desencadear em alguns indivíduos um desejo de urinar logo após. "Urinar depois do sexo também é importante para limpar o canal urinário, diminuindo o risco de possíveis infecções por bactérias", ressalta a ginecologista Rita Géssia Patriani Rodrigues, do hospital São Luiz Itaim, em São Paulo.

Evolutivamente, os pelos pubianos existem para a proteção da região genital. Aparar os pelos é eventualmente recomendado para facilitar a higiene e evitar a umidade no local, que pode propiciar crescimento de fungos. "Isso porque na base do pelo há glândulas que produzem suor e gorduras para lubrificar e resfriar a pele, e essas podem causar um cheiro desagradável ou servir de alimento para germes, predispondo ao aparecimento de doenças de pele", completa o urologista Ravendra Muniz, do Núcleo de Urologia do Hospital Samaritano de São Paulo.

Se você tem uma higiene íntima adequada diariamente e seu órgão genital está saudável, a depilação não se faz necessária. Dessa forma, é importante manter a região sempre limpa e os pelos aparados quando necessário, para não dar margem ao acúmulo de fungos e bactérias nocivas. "A depilação total da região genital deve ser evitada devido ao risco de ferir uma pele que é muito fina e está próxima de uma flora bacteriana naturalmente maior que a de outros locais, apresentado, portanto, algum risco de infecção", afirma o urologista Mauro. O melhor seria apenas aparar os pelos, evitando depilar. Caso deseje, a depilação deve ser realizada com extremo cuidado e higiene.

Sim. "Se ocorrer qualquer fissura ou lesão no órgão sexual, sempre é necessário procurar um médico", alerta o urologista Mauro. Já o urologista Ravendra completa dizendo que as recomendações para esse caso são parecidas com as dadas para o depilação, inclusive com repouso ou abstinência sexual até que a ferida cicatrize completamente.

Os especialistas são categóricos: não. "O coito interrompido não protege a pessoa de absolutamente nada, nem mesmo do contágio do HIV e das hepatites", diz Mauro Pinheiro. Inclusive, o coito interrompido pode não deixar a pessoa completamente protegida da gravidez, no caso de relações heterossexuais. Dessa forma, a recomendação de colocar a camisinha antes do ato persiste. O risco de transmissão de ISTs com uso da camisinha apenas na hora da ejaculação é total, uma vez que a lubrificação vaginal e o líquido liberado pelo pênis antes da ejaculação também contém vírus e bactérias transmissoras de IST. Além disso, verrugas e feridas causadas por HPV, candidíase ou sífilis podem estar presentes na pele do pênis ou vagina, e o contato seria suficiente para transmissão. "Há também o risco de uma fissura ou ferida, levando ao contato de sangue com sangue", lembra o urologista Ravendra. Por isso, a camisinha deve ser colocada antes do início da relação e permanecer lá até o final.

O paciente em tratamento para infecções sexualmente transmissíveis curáveis, como o HPV, gonorreia e clamídia, deve manter abstinência sexual até a completa cicatrização ou remissão da IST. No caso de ISTs crônicas, como a Aids, o recomendado é sempre fazer sexo com preservativos. "É preferível ainda que essa pessoa seja avaliada por um médico - idealmente aquele que iniciou o tratamento - para que ele dê essa permissão", lembra o urologista Ravendra.

O que acontece se não se lavar depois da relação?

Durante o sexo, pode acontecer uma pressão sobre a uretra, e isso pode acabar levando pra lá bactérias que ficam, originalmente, no ânus. Isso aumenta a probabilidade de infecções como a cistite, que causa ardência ao fazer xixi, vontade de ir ao banheiro o tempo todo e outros sintomas.

Porque tem que lavar depois do sexo?

Lave a região genital Só não pode deixar de limpar! O motivo é simples: a flora bacteriana no pênis e na vagina aumenta significativamente após o orgasmo, podendo desencadear infecções causadas por fungos, como a candidíase. No caso dos homens, é preciso ter uma atenção especial.

O que não pode fazer depois do sexo?

5 coisas que você nunca deve fazer no pós-sexo.
Esquecer-se de fazer xixi..
Ensaboar suas partes íntimas..
Dormir em uma lingerie sexy..
Entrar em uma banheira de hidromassagem..
Usar um lenço umedecido..