Mapa das comunidades quilombolas do Tocantins

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Tocantinópolis

    | Publicado: Segunda, 07 de Agosto de 2017, 16h39 | Última atualização em Quinta, 10 de Agosto de 2017, 08h34

    Capa da cartilha sobre as comunidades quilombolas da região do Jalapão e Bico do PapagaioUm trabalho realizado com cartografia social por educadores e educandos do câmpus de Tocantinópolis trouxe o tema das comunidades quilombolas da região do Jalapão e Bico do Papagaio. A iniciativa resultou na produção de uma cartilha que contém os mapas destes territórios. A produção dos mapas tem a importância de documentar o território e garantir conquistas para as comunidades.

    O trabalho de cartografia social, fruto de uma pesquisa iniciada em 2012, é desenvolvida pela Organização não-Governamental (ONG) Alternativa para a Pequena Agricultura no Tocantins (APA-TO); pela UFT, através da professora Rejane Medeiros e pelas próprias comunidades quilombolas.

    Além disso, houve o lançamento de uma cartilha sobre agroecologia, produzida pela APA-TO em conjunto com comunidades camponesas do Tocantins. O objetivo da cartilha é de sistematizar experiências agroecológicas como também difundir técnicas alternativas para a produção de alimentos saudáveis.

    Oficina de Mapeamento Social e Agroecologia

    No último sábado (05), o auditório Vigilante Adão Ribeiro da Silva, do Câmpus de Tocantinópolis, sediou a Oficina sobre Mapeamento Social e Agroecologia, onde foram apresentadas as cartilhas de mapeamento social das comunidades quilombolas. A atividade, organizada pelo Curso de Educação do Campo: Artes e Música, integrou temas pertinentes às disciplinas que estão sendo ministradas neste semestre 2017/2.

    Mapa das comunidades quilombolas do Tocantins
    Oficina de Mapeamento e Agroecologia realizada no câmpus de Tocantinópolis (Foto: Maciel Cover)
    A Oficina teve a presença do professor Paulo Rogério Gonçalves, diretor da ONG APA-TO; da secretária Executiva da Coordenação de Comunidades Quilombolas do Tocantins, Maria Aparecida Ribeiro Sousa; da professora de Educação do Campo da UFT, Rejane Medeiros;  e dos acadêmicos Sirlene Mattos, Giovene Matos, Ana Claudia Matos, Euzivan Tavares da Silva e Keila Barbosa, discentes da Comunidade Quilombola de Mumbuca/Mateiros localizada na região do Jalapão que foram protagonistas na elaboração da cartografia social apresentada no evento.

    Segundo Maciel Cover, coordenador das atividades, a Oficina foi proveitosa para o curso de Educação do Campo, tendo em vista o diálogo que deve ser realizado com as comunidades rurais e a discussão dentro do paradigma da agroecologia. Os discentes falaram sobre sua relação com os temas da Agroecologia e Cartografia Social, articulando o que é trabalhado na grade curricular do curso com experiência prática.

    Mais informações pelo telefone da Coordenação do do curso de Educação do Campo de Tocantinópolis, (63) 3471-6020, ou pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

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    Home ))) Mapa dos Quilombos: a geografia da resistência

    Mapa dos Quilombos: a geografia da resistência

    Fonte: EBC

    Brasília – Um eldorado negro. Esse é o título da canção composta por Gilberto Gil em homenagem aos quilombos. A referência à riqueza dessas comunidades não é gratuita. Embora pesem as dificuldades financeiras e econômicas, as populações quilombolas guardam valiosos patrimônios: conhecimentos de plantas medicinais, técnicas produtivas de agricultura familiar, registro oral da história de povos negros do Brasil e uma enorme efervescência cultural que abrange a culinária, os cantos, os cultos, as festas e diversos outros tipos de manifestações.

    A Fundação Palmares, órgão vinculado ao Ministério da Cultura voltado para a preservação da cultura afro-brasileira, já concedeu certificação a 2471 comunidades remanescentes de Quilombos. A certificação da Fundação é o primeiro passo para titularização da terra, que é feito pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). O Incra, entretanto, já titularizou somente 190 dessas comunidades, abrangendo 233 comunidades e 15.171 famílias quilombolas em 1.033.426,8975 hectares.

    Consagrado na Constituição Brasileira de 1988, o direito à terra das populações quilombolas ainda enfrenta a burocracia e a morosidade. A luta pela demarcação do seu território é, para estes povos, uma questão crucial: só dessa forma podem preservar com segurança sua cultura e seu modo de vida.

    Veja no mapa o número de territórios titulados pelo Incra (verde) e também certificados pela Fundação Palmares (vermelho) em cada estado:

    O estado com maior número de territórios quilombolas titulados pelo Incra é o Pará, com 60, seguido do Maranhão, com 39. Os estados de Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais e Rondônia possuem apenas 1 território titulado e outros 9 estados e o Distrito Federal não possuem nenhum.

    Segundo Lúcia Andrade, coordenadora da ong Comissão Pró-Índio de São Paulo, os quilombolas do Pará e do Maranhão foram pioneiros na luta pela regularização de suas terras e conseguiram articular aliados na sociedade e no interior dos governos. “O número maior de territórios titulados deve-se, sobretudo, à ação do governo estadual. O Instituto de Terras do Pará foi o primeiro do país a conceder o título de posse de terra a uma comunidade quilombola. No Maranhão, todos os 23 títulos foram outorgados pelo governo estadual”, relatou Lúcia.

    A Comissão Pró-Índio de São Paulo possui hoje um dos mais completos catálogos das comunidades quilombolas do Brasil (http://www.cpisp.org.br), fruto de um monitoramento dos registros nos órgãos responsáveis. Fundada em 1978, a ong reuniu antropólogos, advogados, médicos, jornalistas e estudantes envolvidos na defesa dos povos indígenas diante das ameaças do regime militar. Atualmente, desenvolve um trabalho junto aos índios e quilombolas para reivindicar seus direitos territoriais, culturais e políticos. “Disponibilizamos essa informação aos quilombolas para que eles possam acompanhar em que medida o Poder Público está cumprindo a sua obrigação constitucional. É uma iniciativa independente que procura ser uma ferramenta para apoiar a luta pela garantia dos direitos”, explicou Lúcia Andrade.

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    Quais são as comunidades quilombolas no Estado do Tocantins?

    As Comunidades negras rurais tocantinenses, reconhecidas pela Fundação Palmares são: Lagoa da Pedra, de Arraias; Mimoso, de Arraias; São José, de Chapada da Natividade; Corrego Fundo, de Brejinho de Nazaré; Chapada de Natividade, de Chapada de Natividade; Malhadinha, de Brejinho de Nazaré; Distrito do Morro São João, ...

    Quantas comunidades quilombolas têm no Tocantins?

    Hoje, o Estado do Tocantins con- ta com 44 comunidades remanescentes de quilombos, com título de reconheci- mento expedido pela Fundação Cultural Palmares, e uma em processo de análise.

    Onde reside a população quilombola no estado do Tocantins?

    Contexto Ampliado. A Comunidade Remanescente de Quilombo de Grotão está localizada a 82 quilômetros da sede urbana do Município de Filadélfia, no Estado do Tocantins. O município situa-se na fronteira deste estado com o Maranhão, a 479 quilômetros da capital, Palmas.

    Quais são os nomes das cidades quilombolas?

    Abaixo, as comunidades citadas no arquivo «Títulos Expedidos às Comunidades Quilombolas» da página virtual do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária:.
    Abacatal-Aurá.
    Acaraqui..
    África..
    Água Fria..
    Alto Ipixuna..
    Alto Itacuruça..