O estado de competição em um segmento empresarial depende de cinco forças básicas

Comece assistindo ao vídeo que explica o modelo de forma simples e fácil de entender:

Maximiano (2006) afirma que “o entendimento das forças competitivas de um ramo de negócios é fundamental para o desenvolvimento da estratégia”.

Michael Porter

Assim, Serra, Torres e Torres (2004) afirmam que a análise do ambiente externo pode ser realizada por meio do modelo de cinco forças da competitividade, desenvolvido por Michael Porter na década de 70.

O modelo possibilita analisar o grau de atratividade de um setor da economia. Este modelo identifica um conjunto de cinco forças que afetam a competitividade, dentre os quais uma das forças está dentro do próprio setor e os demais são externos.

Ou, como afirma Aaker (2007), “a atratividade de um segmento ou mercado, medida pelo retorno de longo prazo sobre o investimento de uma empresa média, depende, em grande parte, dos cinco fatores que influenciam a lucratividade”.

O estado de competição em um segmento empresarial depende de cinco forças básicas

Figura 8 – Representação gráfica do modelo de cinco forças de Michael Porter.
Fonte: WIKIPEDIA, 2007

As cinco Forças Competitivas de Porter

Vamos agora à explicação detalhada do que representa cada uma das forças competitivas.

Rivalidade entre concorrentes

Serra, Torres e Torres (2004) afirmam que “a rivalidade entre concorrentes pode ser considerada a mais significativa das cinco forças”.
Nesta dimensão, deve-se considerar a atividade e agressividade dos concorrentes diretos. Quando diz-se concorrente direto, refere-se a empresas que vendem o mesmo produto, num mesmo mercado que a organização em questão.

Mas esta não é e única força a pressionar a competitividade das organizações, então vamos para as próximas forças.

Barreiras à entrada de concorrentes

Além de ser necessário observar as atividades das empresas concorrentes, a ameaça da entrada de novos participantes depende das barreiras existentes contra sua entrada, além do poder de reação das organizações já estabelecidas. (SERRA, TORRES e TORRES, 2004)

Estas barreiras seriam fatores que dificultam o surgimento de novas empresas para concorrerem em determinado setor. Segue agora algumas das principais barreiras a serem analisadas:

  • Economia de Escala: atrapalha a entrada de novos concorrentes, pois as empresas que já produzem grandes quantidades podem reduzir custos, e novas empresas, que tenham que começar a vender pouco para depois crescer, possuem desvantagem de custos;
  • Capital Necessário: outra restrição financeira, mas aqui refere-se à necessidade de capital para realizar os investimentos iniciais para a instalação do negócio. É um dos fatores mais relevantes para impedir o surgimento de novas empresas em um setor;
  • Acesso aos canais de distribuição: se os canais de venda forem limitados, quanto mais as empresas atuais estiverem bem relacionadas (contratualmente) com os canais, menores as chances de novas empresas ganharem espaço.

Poder de barganha dos compradores

O poder de barganha dos compradores pode ser traduzido como a capacidade de barganha dos clientes para com as empresas do setor.
Esta força competitiva tem a ver com o poder de decisão dos compradores sobre os atributos do produto, principalmente quanto a preço e qualidade.
Assim, os compradores têm poderes se:

  • As compras do setor são de grande volume;
  • Os produtos a serem comprados são padronizados, e sem grande diferenciação;
  • As margens de lucro do setor são estreitas;
  • A opção de o próprio comprador fabricar o produto é financeiramente viável.

Estas são então algumas das características a se observar quando analisando o poder de barganha dos compradores.

Poder de barganha dos fornecedores

Já quando abordado o poder de barganha dos fornecedores, será uma ótica semelhante à barganha dos compradores, mas agora voltada ao fornecimento de insumos e serviços para a empresa.

Os fornecedores têm poder de barganhar quando:

  • o setor é dominado por poucas empresas fornecedoras;
  • os produtos são exclusivos, diferenciados, e o custo para trocar de fornecedor é muito alto;
  • o setor de negócios em questão não tem representatividade no faturamento deste fornecedor.

Com estas questões em vista, cabe a empresa identificar a atual relação da empresa com seus principais fornecedores.

Bens Substitutos

Os bens substitutos representam aqueles que não são os mesmos produtos que o seu, mas atendem à mesma necessidade. Segundo Aaker (2007), não competem com a mesma intensidade que os concorrentes primários (mesmos produtos, mesmos mercados), mas ainda são relevantes

Aaker (2007) apresenta os sistemas de alarme eletrônico como substitutos para o mercado de vigilância, ou o e-mail como substituto dos Correios. Substitutos que mostram uma melhoria na relação custo/benefício, e quando os custos de substituição para o cliente são mínimos, devem ser observados com atenção especial.

Apesar de já antigo, o modelo de 5 forças competitivas de Michael Porter é seminal, e utilizado globalmente, especialmente na análise de indústrias (segmentos de mercado).

Quais são as cinco forças básicas do Estado de competição em um segmento empresarial?

Rivalidade entre concorrentes, poder de negociação dos fornecedores, poder de negociação dos clientes, ameaça de produtos entrantes e ameaça de produtos substitutos. Essas são, portanto, as cinco forças competitivas.

Quando se trata de análise ambiental e de mercado é interessante estudar as cinco forças de poder?

Texto base: Quando se trata de análise ambiental e de mercado, é interessante estudar as cinco forças de Porter, que são: Alternativas: Poder de barganha dos fornecedores, poder de barganha dos clientes, ameaça de novos substitutos, ameaça de novos entrantes e rivalidade entre concorrentes.