O que acontece com os alunos com deficiência visual?

O que acontece com os alunos com deficiência visual?
O que acontece com os alunos com deficiência visual?

Inclus�o escolar do aluno com defici�ncia visual
nas aulas de Educa��o F�sica

Inclusi�n escolar de un estudiante con discapacidad visual en las clases de Educaci�n F�sica

O que acontece com os alunos com deficiência visual?

 

*Professor de Educa��o F�sica na rede regular de ensino.

**Docente do Departamento Estudos do Movimento Humano

Universidade Estadual de Londrina

(Brasil)

Jos� Luciano Mendes Sales*

Nilton Munhoz Gomes**

 

Resumo

          O estudo tem como objetivo identificar como a aula de Educa��o F�sica vem sendo ministrada no ensino regular para inclus�o de alunos com defici�ncia visual, levantar se as atividades nas aulas de Educa��o F�sica favorecem ou n�o a inclus�o dos alunos, mostrar como acontece o aux�lio aos alunos durante as aulas da rede municipal de educa��o de Londrina - PR. O presente estudo caracteriza-se como descritivo. Foram observados 4 alunos, sendo 2 cegos e 2 baixa vis�o, de ambos os sexos, com idade variando de 6 a 12 anos. Para coleta de dados foi utilizado uma Ficha de Observa��o proposta por Silva e Gomes (2007) com pequenas adapta��es para o estudo. Os resultados mostram que as adapta��es realizadas pelos professores durante as atividades propostas nas aulas de Educa��o F�sica eram feitas em certos momentos superficialmente, n�o contribuindo efetivamente para a inclus�o dos alunos deficientes visuais. O auxilio durante a execu��o das atividades partia quase que totalmente dos colegas de classe. Verificou-se tamb�m que a forma��o dos professores quando os mesmos possuem alunos com necessidades educacionais especiais em suas aulas n�o contribuem na sua did�tica. Com isso, conclui-se que o professor de Educa��o F�sica deve ter consci�ncia da responsabilidade social da sua profiss�o, � seu compromisso possibilitar aos alunos o desenvolvimento dos saberes pr�ticos e te�ricos. Assim, ele deve encontrar uma maneira de organizar o trabalho de forma a contribuir para a transforma��o de seu aluno em um cidad�o cr�tico e para a constru��o de uma escola inclusiva.

          Unitermos:

Defici�ncia visual. Educa��o F�sica. Inclus�o.  
O que acontece com os alunos com deficiência visual?
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, A�o 17, N� 173, Octubre de 2012. http://www.efdeportes.com/

O que acontece com os alunos com deficiência visual?

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Introdu��o

    Atualmente um dos maiores desafios na �rea educacional � encontrar estrat�gias metodol�gicas para resolver quest�es relacionadas � inclus�o de alunos com necessidades educacionais especiais no ensino regular. Sendo assim, a partir da defini��o de Educa��o Especial, como modalidade de educa��o escolar, conforme especificado na Lei de Diretrizes e Bases da Educa��o Nacional - LDB (Brasil, 1996), torna-se significativo uma reflex�o da atua��o do professor enquanto profissional mediador, informador e formador do processo educacional do aluno com necessidades educacionais especiais.

    As escolas devem construir uma estrutura interna que possa atender os alunos com necessidades especiais adequadamente, conforme preconizado pela LBD, o modelo de inclus�o prioriza que o atendimento �s necessidades pedag�gicas de todos os alunos se fa�a no mesmo contexto, com adapta��es necess�rias e que a aprendizagem desses alunos n�o dependa unicamente de um programa de ensino adequado, mas tamb�m da disponibilidade de recursos pedag�gicos e mobili�rios adaptados (MELLO; MANZINI, 2003).

    Considerando o atual contexto s�cio-educacional brasileiro, em que a inclus�o de alunos com necessidades educacionais especiais em classes de ensino regular tem sido exigida e legitimada por pol�ticas p�blicas nacionais e internacionais, a forma��o dos profissionais da educa��o e, mais especificamente da Educa��o Especial, tem sido uma quest�o importante que permeia os debates sobre inclus�o.

    Nesse contexto, � evidente e urgente que a pr�tica pedag�gica seja colocada como ponto de reflex�o por parte dos pais, alunos e, sobretudo, professores, a fim de que o paradigma da inclus�o possa ser concretizado. Ainda que a inclus�o da crian�a com necessidades especiais esteja sendo discutida em uma diversidade de contextos (PEREIRA-SILVA; DESSEN, 2007; FONSECA; CUNHA, 2003), a escola pode ser considerada como o melhor local para promover a inclus�o social e educacional destas crian�as.

    A Pol�tica Nacional de Educa��o Especial na Perspectiva da Educa��o Inclusiva (BRASIL, 2008), considera alunos com necessidades especiais aqueles que tem impedimentos de longo prazo, de natureza f�sica, mental, intelectual ou sensorial, que em intera��o com diversas barreiras podem ter restringidas sua participa��o plena e efetiva na escola e na sociedade.

    O documento destaca que as defini��es do p�blico alvo devem ser contextualizadas e n�o se esgotam na mera categoriza��o e especifica��es atribu�das a um quadro de defici�ncia, transtornos, dist�rbios e aptid�es. Considera-se que as pessoas se modificam continuamente transformando o contexto no qual se inserem. Esse dinamismo exige uma atua��o pedag�gica voltada para alterar a situa��o de exclus�o, enfatizando a import�ncia de ambientes heterog�neos que promovam a aprendizagem de todos os alunos.

    � sabido que cada defici�ncia tem sua especificidade, sendo assim estrat�gias utilizadas com alunos com defici�ncia visual s�o diferentes das utilizadas com outras defici�ncias. Com isso, estudos devem ser feitos nas diferentes �reas de interven��o junto a alunos com necessidades educacionais especiais e professores no contexto escolar. Especificamente na �rea de Educa��o F�sica, estrat�gias devem ser discutidas, descobertas, reelaboradas objetivando uma interven��o efetiva na aceita��o e participa��o dos alunos com necessidades educacionais especiais nas aulas de Educa��o F�sica.

    Entretanto, para que a crian�a com necessidades educacionais especiais seja verdadeiramente inclu�da na Educa��o F�sica, n�o basta estar no mesmo espa�o f�sico ou participar de algumas atividades, mas ela deve fazer parte do grupo e participar de todas as atividades desenvolvidas durante a aula, mesmo que necessite de ajuda e apoio do professor e/ou dos colegas. Por�m este apoio, n�o deve fazer do aluno uma pessoa dependente da outra todo tempo, ao contr�rio, deve gradativamente dar-lhe condi��es de ser mais independente poss�vel, caso isso n�o ocorra, este apoio ao inv�s de contribuir, tende a dificultar o processo de inclus�o e de autonomia do aluno com defici�ncia visual.

    Em meio a essas mudan�as no contexto educacional, onde o aluno com defici�ncia visual frequenta a escola regular, o estudo voltasse na tentativa de responder algumas quest�es: as aulas de Educa��o F�sica no ensino regular est�o favorecendo ou n�o a inclus�o destes alunos? As interven��es/adapta��es utilizadas pelo professor permitem que o aluno alcance os objetivos das aulas? Nos momentos de dificuldade, quem auxilia o aluno?

    Considerando essas quest�es e a crescente import�ncia do tema exposto, este estudo se justifica pela necessidade de observar como a Educa��o F�sica vem sendo trabalhada junto ao aluno com defici�ncia visual na escola regular, na tentativa de identificar se ela esta favorecendo ou n�o a inclus�o desse aluno, bem como, levantar/apresentar poss�veis estrat�gias utilizadas nas aulas pelo professor de Educa��o F�sica que tem este aluno inclu�do.

    Com isso, o presente estudo tem como objetivos: identificar como a aula de Educa��o F�sica vem sendo desenvolvida no ensino regular para inclus�o de alunos com defici�ncia visual; levantar se as atividades desenvolvidas nas aulas de Educa��o F�sica favorecem ou n�o a inclus�o de alunos com defici�ncia visual e como acontece o aux�lio a este aluno.

Metodologia

    O presente estudo caracteriza-se como descritivo. Thomas e Nelson (2002, p. 280) afirmam que seu valor est� baseado na premissa de que os problemas podem ser resolvidos e as pr�ticas melhoradas por meio da observa��o, an�lise e descri��o objetivas e completas.

    Este procedimento � confirmado por Cervo e Bervian (2002) que dizem que a pesquisa descritiva observa, registra, analisa e correlaciona fatos e fen�menos sem manipul�-los, procurando descobrir, com a precis�o poss�vel a frequ�ncia com que um fen�meno ocorre, sua rela��o e conex�o com outros, sua natureza e caracter�sticas.

    Foramparticipantes desta pesquisa 4 alunos deficientes visuais matriculados no Ensino Fundamental em escolas regulares da rede p�blica municipal do munic�pio de Londrina, PR.

    O crit�rio para sele��o dos alunos foi que apresentassem defici�ncia visual independente de idade e g�nero, e que participassem ativamente das aulas de Educa��o F�sica junto aos demais alunos de sua turma (videntes).

    A op��o por escolas regulares da rede p�blica municipal se deu pelos seguintes motivos: pela pesquisa ter como enfoque a inclus�o escolar de alunos com defici�ncia e pelas dificuldades que os professores do ensino regular relatam ter no processo inclus�o destes alunos em suas aulas de Educa��o F�sica.

    A coleta de dados aconteceu em dois momentos distintos. Inicialmente foi agendada uma visita a Secretaria de Educa��o do munic�pio de Londrina, respons�vel pelas escolas municipais. Este primeiro contato teve como objetivo levantar o n�mero de alunos com defici�ncia visual inseridos no ensino regular, bem como em quais escolas estes estavam matriculados.

    De posse desta rela��o, foi solicitado a Secretaria que indicassem 5 escolas para que fosse realizada a pesquisa, n�o apresentando a ela, crit�rios para a escolha. Entre as 5 escolas indicadas, somente 3 atenderam os crit�rios da pesquisa. A justificativa para a exclus�o de 2 escolas se deu pelo fato de uma n�o ter mais alunos cegos matriculados (mudan�a de cidade) e a outra, o aluno apresentava m�ltiplas defici�ncia (DF e DV), n�o atendendo o objetivo desta pesquisa.

    Com os nomes das escolas e dos respectivos alunos em m�os, foi feito uma visita a cada uma delas para levantamento de informa��es quanto a dia e hor�rio das aulas de Educa��o F�sica que os alunos com defici�ncia visual participam.

    Foi estabelecido como crit�rio observar 5 aulas em sequ�ncia em cada escola por�m, s� foi poss�vel alcan�ar este crit�rio em 1 das 3 escolas, pois nas demais, houve falta dos alunos em uma das aulas, ficando nessas, a observa��o de 4 aulas.

    Para observa��o das aulas de Educa��o F�sica foi utilizado uma Ficha de Observa��o proposta por Silva e Gomes (2007) com alguns ajustes para o estudo. Para cada atividade realizada nas aulas de Educa��o F�sica foiutilizada uma ficha de observa��o, por exemplo, caso a aula tenha 4 (quatro) atividades, foram preenchidas 4 fichas. Nestas aulas foram observados: como o professor de Educa��o F�sica elabora suas atividades com rela��o � exist�ncia ou n�o de adapta��es quanto � condi��o/necessidade do aluno com defici�ncia visual, e como se processa a participa��o deste aluno na aula.

    Os resultados ser�o apresentados em quadros e discutidos com a literatura e as observa��es registradas durante as observa��es das aulas na coleta de dados.

Resultados

    Na escola 1 foram realizadas 5 visitas, por�m observadas quatro aulas, pois em uma delas, os alunos faltaram. Nesta turma participavam dois alunos cegos. Considerando que suas participa��es foram iguais durante as atividades desenvolvidas, optou-se por fazer coment�rios e an�lises �nicas quanto as suas participa��es nas aulas respectivamente.

    A docente de Educa��o F�sica graduou-se na Universidade Estadual de Londrina no ano 1984, atuando em sala de aula desde ent�o, ou seja, a 25 anos. O mesmo tempo tem com alunos em processo de inclus�o, das mais variadas defici�ncias: f�sica, visual e mental. N�o possuindo cursos na �rea da Educa��o Especial.

    Na escola 2 foram observadas quatro aulas. Nesta turma participava uma aluna com vis�o reduzida.

    A docente de Educa��o F�sica graduou-se UNOPAR, na antiga FEFI no ano 1982, atuando em sala de aula a 28 anos. Atua com alunos em processo de inclus�o, a 2 anos, de diferentes defici�ncias: f�sica, visual e auditiva. Possui um �nico curso de Educa��o F�sica Adaptada ministrado pelo N�cleo Regional de Ensino.

    Na escola 3 foram observadas cinco aulas. Nesta turma participava uma aluna com vis�o reduzida.

    O docente de Educa��o F�sica graduou-se Universidade Estadual de Londrina, no ano 1997, atuando em sala de aula � 9 anos. O mesmo tempo possui atuando com alunos em processo de inclus�o das mais variadas defici�ncias: f�sica, visual, mental e auditiva. N�o possuindo curso na �rea da Educa��o Especial.

    Conclu�da as observa��es nas tr�s escolas optamos por estabeler duas categorias: a primeira categoria tratando-se mais das quest�es sobre os alunos deficientes visuais e a segunda categoria abordando quest�es relacionados ao professsor.

    Das cinco quest�es observadas duas estavam mais diretamente ligadas aos alunos com necessidades especiais. S�o elas: - Na atividade, o aluno com defici�ncia visual participou: T (totalmente), P (parcialmente), N.P (n�o participou) e a outra, - Se durante a execu��o da atividade, o aluno defici�ncia visual recebeu aux�lio/apoio S (sim), N (n�o), P (parcialmente), N.N (n�o foi necess�rio) e de quem foi esta ajuda: Pr (professor), C.C (colega de classe).

    As tr�s quest�es mais pautadas no professor s�o: - O professor adaptou a atividade: S (sim) , N (n�o), N.N (n�o foi necess�rio), - O professor adaptou o ambiente: S (sim) , N (n�o), N.N (n�o foi necess�rio) e - O professor motivou o aluno defici�ncia visual a participar: S (sim) , N (n�o), N.N (n�o foi necess�rio).

Dos alunos deficientes visuais

Quadro 1

O que acontece com os alunos com deficiência visual?

    Conclu�da as observa��es das quatro aulas de Educa��o F�sica na escola 1. Ficou claro que a professora quando tem a sensiblidade de adaptar as atividade, a faz de maneira equivocada, n�o contribuindo para a efetiva inclus�o dos alunos nas aulas. Percebe-se que a docente possui um certo receio em propor atividade novas e adequ�-las. Nas quatro aulas observadas as atividades n�o variavam muito. Evidencia em suas aulas a falta de motiva��o em fazer os alunos deficientes visuais em participar das atividades.

    Mesmo assim, os alunos deficientes visuais participam de todas a atividades, pois apresentam uma vontade fora do comum, independente de suas limita��es, mas em sua maioria como meros figurantes, eles e seus guias. Os colegas de classe contribuem em muito para inclus�o, demonstram ser bastante solid�rios com seus amigos com necessidades especias. Essa quest�o talvez deveria ser mais trabalhada pela professora com a classe, conscientizando-os sobre as limita��es e possibilidades dos amigos com necessidades especiais.

    Finalizada as observa��es das aulas de Educa��o F�sica na escola 2, ficou evidente que a aluna deficiente visual participa sempre em sua totalidade das atividades, com exce��o de uma, que realizou parcialmente. Percebeu-se que a aluna demonstra uma vontade/motiva��o em participar das aulas cativante independente de suas limita��es.

    Nas observa��es verificou-se tamb�m que durante a execu��o das atividades, a aluna deficiente visual recebia aux�lio tanto pelos colegas de classe como pela profesora de apoio, salvo uma atividade que n�o foi necess�rio ajuda � aluna. Essa quest�o merece aten��o especial. � p�blico e not�rio a vontade de ajudar dos demais colegas de classe, eles sempre se disp�em para servirem de guias. N�o se importando com as poss�veis diferen�as. Em momento a exclu�ram das atividades. Em algumas aulas a aluna com necessidades especias teve apoio da profesora de apoio. Talvez seria interessante, que a professora explorasse em suas aulas assuntos relacinados a inclus�o, acessibilidade entre outros.

    Conclu�da as observa��es das aulas de Educa��o F�sica na escola 3, podemos inferir, ainda que, superficialmente, que a aluna deficiente visual por possuir vis�o reduzida n�o encontra muitas dificuldades na execu��o das atividades. Isto fica claro quando na maioria das atividades propostas pelo professor ela as realiza individualmente n�o necessitando de aux�lio. A aluna demonstra uma vontade de querer participar independente, de suas limita��es e da atividade. Ela realizou todas as atividades do come�o ao fim.

    O docente sempre teve a preocupa��o em variar as atividades, utilizando materiais diversificados. Fez uso de materias adaptados em duas atividades. No mais, em duas n�o foi necess�rio e nas outras nenhum ajuste foi feito. Com rela��o �s adapta��es do ambiente, percebeu-se que n�o houve necessidade de maiores ajustes, com exce��o, de duas situa��es. A aluna, por ainda ter vis�o reduzida e usar lentes corretivas locomove-se com certa facilidade n�o exigindo, em alguns casos, adapta��es por parte do professor.

    Das quest�es relacionadas ao aluno com necessidades especiais, percebeu-se na primeira quest�o que o mesmo sempre participa integralmente das atividades propostas nas aulas de Educa��o F�sica, ou seja, inclu�do, independente de suas limita��es.

    Segundo Winnick (2004) o termo inclus�o designa, basicamente, a educa��o dos alunos PNE em ambientes educacionais regulares, juntos com os n�o PNE, e que uma das disciplinas nas quais a inclus�o pode ocorrer com mais frequ�ncia � a Educa��o F�sica.

    Hoje a Educa��o F�sica adota em sua pr�tica, o principio de inclus�o, com o intuito de desenvolver a autonomia, coopera��o e participa��o social de todos os alunos. (CASSIANO; GOMES, 2003, p. 126).

    Pensar em uma sociedade para todos, na qual se respeite a diversidade da ra�a humana, atendendo �s necessidades das maiorias e minorias � concretizar a realiza��o da SOCIEDADE INCLUSIVA, na qual caber� � educa��o, a media��o deste processo. (PARAN�, 1997, p.7)

    Rosadas (1991) cita que as crian�as com defici�ncia possuem as mesmas necessidades que as crian�as ditas normais: necessidades afetivas, sociais, f�sicas e intelectuais. Para ele, os alunos com necessidades especiais tamb�m possuem um grande potencial a ser despertado e acreditado, precisando conviver em sociedade para desfrutar dos benef�cios que o bem social proporciona ao homem.

    Lopes (1999) afirma em seu estudo que a participa��o do aluno com necessidades especiais � mais efetiva nas atividades individualizadas e sinalizou para a necessidade da cria��o de espa�os dentro da escola para a discuss�o e compreens�o, pelos alunos, dos aspectos referentes � defici�ncia, pois isto, de certa forma, pode influenciar a participa��o do aluno portador de defici�ncia junto com os demais nas aulas de Educa��o F�sica.

    Em contrapartida, Beaupr� (1997, p. 163) ressalta as atividades em grupo afirmando que esta no��o de grupo conduz � import�ncia de se considerar a dimens�o social entre os alunos. � necess�rio evitar que o aluno com defici�ncia seja rejeitado ou simplesmente negligenciado por seus pares ditos �normais�.

    Evidenciou-se tamb�m, que quando foi preciso aux�lio, este ocorreu frequentemente tanto pelo professor de classe, professor de apoio e colegas de classe, estes, em especial, contribuem em muito para inclus�o, demonstram ser bastante solid�rios com seus amigos com necessidades especias. Essa quest�o talvez deveria ser mais trabalhada pela professora com a classe, conscientizando-os sobre as limita��es e possibilidades dos amigos deficientes visuais, minimizando eventuais preconceitos.

    O preconceito justifica nossas pr�ticas de distanciamento dessas pessoas, devido �s suas caracter�sticas pessoais (como tamb�m ocorre com outras minorias), que passam a ser o alvo de nosso descr�dito e t�m reduzidas as oportunidades de se fazerem conhecer e as possibilidades de conviverem com seus colegas de turma, sem defici�ncia. (MANTOAN, 2005, p. 27)

    Pensando nisso, Maciel (2000) defende que � necess�rio que os professores e alunos das escolas inclusivas tenham conhecimento sobre o que � a defici�ncia do (s) aluno (s) inclu�do (s), quais s�o suas causas, caracter�sticas e as necessidades educativas especiais deste aluno. Atrav�s deste conhecimento acredita-se que as atividades possam ser mais propicias, evitando situa��es em que o aluno desista de realizar as atividades propostas por sentir dificuldade, dor ou at� mesmo passar por situa��es de cobran�a e preconceito dos demais alunos da turma.

    �Neste caso, a sociedade � chamada a deixar de lado seus preconceitos e aceitar as pessoas com defici�ncia que realmente estejam preparadas para conviver nos sistemas sociais comuns� (SASSAKI, 2005, p. 22).

    Acredita-se que, convivendo com a diferen�a do aluno com necessidades especiais, os demais alunos tornam-se pessoas mais solid�rias, tolerantes, respeitosas e sem preconceitos (BRASIL, 2000).

    Lopes (1999) ressalta a import�ncia de conscientizar os demais alunos sobre a defici�ncia que o aluno inclu�do possui; esclarecer a import�ncia em vivenciar, compartilhar e colaborar com a participa��o do aluno nas aulas de Educa��o F�sica. Maciel (2000) justifica esta conscientiza��o ressaltando que esta leva os alunos de classes regulares a aceitarem e respeitarem os deficientes visuais, e isto �, um ato de cidadania.

    Vale neste ponto da an�lise, salientar a presen�a de um professor auxiliar nas turmas em que s�o inclu�das crian�as com defici�ncia.

    �� natural que se encare o trabalho em equipe entre o professor de apoio e o regular, dentro da sala de aula, como pe�a fundamental do sucesso da educa��o inclusiva�. (SANTOS; RODRIGUES, 2006, p. 163).

    Neste mesmo sentido, a Lei de Diretrizes e Bases da Educa��o de 1996 e a Declara��o de Salamanca de 1994 esclarecem que, quando necess�rio, haver� servi�os de apoio especializado nas escolas regulares com intuito de proporcionar atendimento �s peculiaridades da clientela especial. Essas formas de apoio devem ser diversificadas para responder �s necessidades educativas especiais utilizando as ajudas e os recursos t�cnicos necess�rios, tais como: institui��es de forma��o, centro de recursos, escolas e devem ser chamados a exercer este apoio professores, consultores, psic�logos educacionais e terapeutas, cuja a��o deve ser coordenada no local.

    Em contrapartida, nas escolas onde n�o havia a presen�a de nenhuma auxiliar de apoio, notou-se uma grande preocupa��o dos professores de Educa��o F�sica, em rela��o � presen�a do pesquisador, o que provavelmente fez com que estes adotassem uma postura diferenciada do habitual. � fato tamb�m que em determinadas atividades n�o foi necess�rio nenhum aux�lio, pois, o aluno a realizou sem dificuldades.

Dos professores de Educa��o F�sica

Quadro 2

O que acontece com os alunos com deficiência visual?

Legenda:

T: totalmente

P: parcialmente

N.P: n�o participou

S: sim

Pr: professor(a)

C.C: colega de classe

N.N: n�o foi necess�rio

N: n�o

    A professora da escola 1 tem 25 anos de forma��o e atua��o. Nesses anos sempre teve alunos com necessidades especiais em suas aulas das mais variadas defici�ncias: deficiente f�sico, mental e visual. Durante toda sua doc�ncia nunca realizou um curso, especializa��o em Educa��o Especial. Talvez, decorra da�, o fato da dificuldade em trabalhar com alunos em processo de inclus�o.

    Com rela��o as adapta��es das atividades por parte da professora da escola 2, apenas em duas atividades ela teve a preocupa��o em adapt�-las, adapta��es esta, feitas de maneira superficial. Nas outras era preciso algum ajuste para facilitar a inclus�o da aluna mas n�o foram realizadas. J� as adapta��es no ambiente foram inexistentes. Verificou-se que a docente em nenhuma das aulas observadas realizou algum ajuste.

    Quanto a motiva��o por parte da docente de Educa��o F�sica em rela��o � aluna deficiente visual, evidencia-se em suas aulas que em tr�s oportunidades ela teve a preocupa��o em motiv�-la com incentivos verbais. No mais n�o era realizada nenhuma motiva��o.

    Em suma, � not�rio que a docente de Educa��o F�sica tentava ao m�ximo a inclus�o da aluna com necesidade especiais. Mas a fazia de maneira superficial. Percebia que nas aulas a aluna estava pseudo inclu�da, ou seja, realizava as atividades como mera figurante. A aluna deficiente visual dotava de uma vontade de participar impressionante. Talvez, se a professora intervisse de forma mais significativa alcan�aria uma inclus�o mais efetiva.

    Na escola 3 o professor evidencia em suas aulas que na maioria das vezes, tenta ao m�ximo motivar a aluna deficiente visual em participar das atividades.

    Acredito que durante as aulas a aluna com necessidades especiais esteve realmente inclusa. Ficou n�tido tamb�m que a mesma possui uma certa independ�ncia proporciona pela pouca vis�o que ainda tem. Com rela��o aos demais colegas de classe n�o percebeu-se nenhuma atitude de estranhamento.

    O professor proporciona na medida do poss�vel, atrav�s das atividades, que ela participasse totalmente das atividades. Apesar do pouco tempo de forma��o e atua��o em sala de aula com alunos em processo de inclus�o o docente demonstra uma sensibilidade elogi�vel. Esclarece sempre com os demais alunos sobre as limita��es e possibilidade da colega com necessidades especiais.

    Com rela��o �s quest�es mais direcionadas ao professor de Educa��o F�sica, primeiro destacamos as poss�veis adapta��es nas atividades que o mesmo realizou. Nesta quest�o ficou claro a falta de maiores adapta��es em determinadas atividades.

    Os PCNs (BRASIL, 2000) enfatiza que as atividades propostas nas aulas de Educa��o F�sica devem ser adaptadas, permitindo a participa��o de todos de acordo com as suas possibilidades.

    Merece aten��o o fato, que quando o professor parecia possuir o conhecimento para adaptar as atividades a fazia de maneira equivocada. O aluno deficiente visual muitas vezes ficava apenas como mero figurante na aula. Salvo as situa��es que n�o era exigido nenhum ajuste.

    � importante destacar que esta pode ser uma atitude que delimita os poss�veis ganhos que a Educa��o F�sica pode proporcionar a esse aluno, e que em inv�s de estar inclu�do ele apenas est� inserido em uma turma regular.

    Preocupado com as atitudes dos professores de Educa��o F�sica que possuem um ou mais alunos com defici�ncia em sua turma regular, Carmo (2001) destaca o descaso destes profissionais em obter novos conhecimentos que envolvam jogos, brincadeiras e atividades f�sicas compat�veis com as possibilidades e realidades das diferentes formas em que se apresenta a diversidade humana.

    Acredita-se que por ser a Educa��o F�sica uma disciplina do agrado dos alunos que apresentam alguma defici�ncia esta pode ser uma grande aliada para que a inclus�o desses alunos ocorra com sucesso. Basta que sejam levadas em considera��o �s possibilidades de trabalho com essas pessoas e a elimina��o das barreiras arquitet�nicas, atitudinais e profissionais.

    A Educa��o F�sica na escola se constitui em uma grande �rea de adapta��o ao permitir, a participa��o de crian�as e jovens em atividades f�sicas adequadas �s suas possibilidades, proporcionando que sejam valorizados e se integrem num mesmo mundo. O Programa de Educa��o F�sica quando adaptada ao aluno portador de defici�ncia, possibilita ao mesmo a compreens�o de suas limita��es e capacidades, auxiliando-o na busca de uma melhor adapta��o (Cidade; Freitas, 1997).

    No que diz respeito �s adapta��es do ambiente podemos detectar que eram inexistentes por parte do professor. Percebeu-se claramente a falta de preparo do docente em realizar algum ajuste no ambiente escolar.

    CIDADE; FREITAS (1997) destacam que no caso de defici�ncia visualassegure-se de que ele est� familiarizado com o espa�o f�sico, percursos, inclina��es do terreno e diferen�as de piso, estas informa��es s�o �teis, pois previnem acidentes, les�es e quedas. � importante que toda a instru��o seja verbalizada, dando possibilidade para o que o aluno portador de defici�ncia visual entenda a atividade proposta. No banheiro ou vesti�rio mostre-lhe onde est� o vaso sanit�rio, o papel, a pia, etc. Cuidados especiais com os alunos de vis�o subnormal, com patologia de deslocamento de retina, n�o dever�o fazer atividade f�sica onde haja possibilidade de traumatismo na cabe�a.

    VAYER; RONCIN (1989) em seus estudos afirmam que entender como a crian�a com necessidades especiais elabora e estrutura seu conhecimento sobre o mundo facilitar� a aquisi��o de sua autonomia e independ�ncia, necess�rias � sua inclus�o. Devemos oferecer � crian�a oportunidades de aprendizado individual e coletivo que lhe permitam, nas a��es perceptivo-motoras, reconhecer a si pr�prio, os elementos constitutivos do seu corpo e quais s�o suas possibilidades de a��o diante do meio.

    Costa (1988) diz que a estimula��o deve consistir de atividades que visem a intensificar a intera��o do ambiente com a crian�a de maneira que seu desenvolvimento ocorra o mais pr�ximo poss�vel da idade cronol�gica. A estimula��o deve basear-se em a��es perceptivo-motoras, propostas em forma de jogos e/ou atividades gin�sticas, com car�ter socializador e, sempre que poss�vel, tamb�m l�dico, tendo em vista atingir os objetivos de formar um indiv�duo participativo, aut�nomo, independente e cr�tico.

    O desenvolvimento da crian�a come�a pelo reconhecimento de sua pr�pria corporeidade, pois � via organiza��o corporal que todo ser humano estabelece rela��es com os objetos e os indiv�duos que fazem parte de seu ambiente.

    Notou-se a pouca variedade de atividades de dois professores, das aulas observadas era vis�vel que determinadas atividades eram repetidas de aula para aula.

    Na escola, os educandos com defici�ncia leve e moderada podem participar de atividades dentro do programa de Educa��o F�sica, com algumas adapta��es e cuidados. A realiza��o de atividades com crian�as, principalmente aquelas que envolvem jogos devem ter um car�ter l�dico e favorecer situa��es onde a crian�a aprende a lidar com seus fracassos e seus �xitos. A variedade de atividades tamb�m prev� o esporte como um aux�lio no aprimoramento da personalidade de pessoas portadoras de defici�ncia (Bueno e Resa, 1995). As crian�as com algumn�vel de defici�ncia (auditiva, visual, f�sica e mental) podem participar da maioria das atividades propostas.

Conclus�o

    Neste estudo foi poss�vel verificar que as aulas de Educa��o F�sica no ensino regular de 1� a 4� s�ries com alunos em processo de inclus�o e o professor por meio das atividades se esfor�am ao m�ximo para contribuir na inclus�o do aluno com necessidades educacionais especiais, mas muitas vezes a fazem de maneira equivocada. As adapta��es realizadas eram feitas em certos momentos superficialmente, n�o contribuindo efetivamente para a inclus�o dos mesmos. O auxilio, partia quase que totalmente, dos colegas de classe, que ajudavam, mas pelo fato de solidariedade, da amizade do que do entendimento que o amigo com necessidades especiais necessitava de adapta��es para participar da aula, ponto este, que o professo poderia trabalhar mais nas suas aulas com os demais alunos.

    Entretanto, fica a certeza da necessidade de uma administra��o p�blica mais efetiva quanto � aplica��o da legisla��o educacional, quanto ao conhecimento das necessidades particulares de cada unidade escolar, quanto �s necessidades dos docentes diante de um p�blico diversificado e quanto �s necessidades dos alunos diante do curr�culo educacional. Os cursos devem capacitar os professores a elaborarem uma metodologia coerente com as necessidades educacionais especiais dos alunos cegos nas classes comuns.

    O professor de Educa��o F�sica deve ter consci�ncia da responsabilidade social da sua profiss�o, � seu compromisso possibilitar aos alunos o desenvolvimento dos saberes pr�ticos e te�ricos. Assim, ele deve encontrar uma maneira de organizar o trabalho de forma a contribuir para a transforma��o de seu aluno em um cidad�o cr�tico e para a constru��o de uma escola inclusiva.

    A educa��o de qualidade para todos � uma tarefa ambiciosa e vai exigir empenho e mobiliza��o de todos os membros da sociedade, mas, sem d�vida, � um passo importante na constru��o de uma sociedade mais respeitosa e solid�ria. Tendo em vista que a Educa��o F�sica � uma das disciplinas que mais exploram as atitudes de respeito e coopera��o entre os alunos durante suas atividades, acredita-se que esta seja uma das disciplinas que melhor subsidia a inclus�o escolar.

    A partir desses dados relevantes, investigamos que h� possibilidade de se trabalhar a educa��o inclusiva nas aulas de Educa��o F�sica, partindo do princ�pio que a escola deve estar disposta em receber e principalmente desenvolver esse novo sistema de inclus�o. Cabe portanto a escola e ao professor de Educa��o F�sica, que visa uma forma��o global de seu aluno (corpo e mente), proporcionar oportunidades a esses alunos para eles participarem das aulas, visto que para eles � importante para o seu desenvolvimento social, f�sico, motor e principalmente afetivo.

    Devemos pensar que enquanto criamos adapta��es na educa��o, sem saber se elas ser�o necess�rias ou n�o, � importante verificarmos se o grupo que est� envolvido quer mudan�a ou n�o, porque sen�o iremos cair na divis�o dos grupos, o que acaba gerando privil�gio para alguns, onde teria que haver inclus�o acabar� tendo exclus�o.

    Espera-se como resultado da pesquisa apontar elementos que possam estar dificultando a inclus�o de alunos deficientes visuais nas aulas de Educa��o F�sica em suas diferentes s�ries no ensino regular e mostrar poss�veis estrat�gias utilizadas que est�o facilitando este processo. Espera-se tamb�m, apresentar como o aluno deficiente visual percebe as aulas de Educa��o F�sica, informa��es estas, extremamente importantes para o professor conhecer como pensa, o que sente e o que necessita o aluno com necessidades educacionais especiais.

    Esperamos ainda, que o estudo contribua para esclarecer alguns pontos que ainda est�o confusos, quando se fala em inclus�o escolar nas aulas de Educa��o F�sica. Talvez, em um futuro pr�ximo o aprofundamento maior na pesuisa seria necess�rio para elucidar ainda mais, esse tem�tica da inclus�o escolar.

    Acreditamos que professores n�o devem em hip�tese alguma estacionar sua forma��o, mas sim, devem por meio de cursos, especializa��es, p�s-gradua��es fomentar sua doc�ncia, seu processo ensino-aprendizagem. Para que possam ensinar com mais excel�ncia ajudando na forma��o dos cidad�os.

    � nisto que acreditamos: que a conviv�ncia entre indiv�duos diferentes contribui para o desenvolvimento de todos os seres. A troca de experi�ncias e o melhor de cada um contribuem diretamente para o melhor de todos!

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O que acontece com os alunos com deficiência visual?

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EFDeportes.com, Revista Digital � A�o 17 � N� 173 | Buenos Aires,Octubre de 2012
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O que é garantido a um aluno que tenha deficiência visual?

Educação Inclusiva Os alunos com deficiência visual (cegos ou com baixa visão) têm direito de frequentar as salas de recursos multifuncionais no contra turno da sala de aula regular.

Quais são as dificuldades enfrentadas pelos deficientes visuais?

A criança deficiente visual (cega ou com baixa visão) enfrenta dificuldades para apreender o mundo externo e se adaptar ao meio. Assim, ela precisa contar com o apoio de pessoas que a ajudem a explorar o que está a sua volta a partir dos seus órgãos dos sentidos.

Como lidar com um aluno com deficiência visual?

Utilize materiais com diferentes texturas na elaboração de material didático e estimule todos os sentidos do seu aluno cego, através de diferentes atividades. Indique as distâncias dos objetos e coisas em metros, quando houver necessidade. Pode dizer, por exemplo: “A estante está há uns 2 metros à sua frente.

Qual é o direito que o aluno cego tem durante as suas aulas?

Estudante cega tem direito a professor de apoio em sala de aula.