O que ocorre quando o aluno apresenta dificuldade na elaboração da linguagem escrita?

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a momento, 
 
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mas se amplia na qualidade do aprendido, no grau de abstração e com o transcorrer 
da idade". 
Sendo assim, a aprendizagem pode ser entendida como um processo de 
aquisição individual, evolutiva e constante, que reúne características tanto orgânicas 
como do ambiente. 
Para haver um processo de aprendizagem são necessários elementos 
comunicadores: a mensagem, o receptor e o meio ambiente, interagindo um com o 
outro, onde, na falha de um deles gera-se um problema. E, para se aprender, é 
necessária uma série de pré-requisitos, que irão desenvolver condições, capacidades, 
habilidades para tal processo, incluem-se áreas de: motricidade (rolar, sentar, 
engatinhar, andar, auto-identificação, esquema corporal, abstração, etc.), integração 
sensório-motora (equilíbrio, ritmo, destreza, agilidade, lateralidade, discriminação tátil, 
etc.), habilidades perceptivo-motoras (percepções sensitivas, integração visomotora, 
acuidade visual, memória, coordenação motora fina, etc.), desenvolvimento da 
linguagem (fluência, articulação, vocabulário, etc.), habilidades conceituais 
(classificação, seriação, conceito numérico, compreensão, etc.) e habilidades sociais 
(aceitação social, maturidade, criatividade, julgamento de valor, etc.). 
Existe, então, a possibilidade das dificuldades aparecerem naquele aluno que 
não estava capacitado no desenvolvimento de questões iniciais, pré-requisitos para o 
começo da alfabetização, ou melhor, da aprendizagem mais complexa do que aquela 
situada na pré-escola, onde a preocupação se dá mais no processo da socialização, 
do lúdico, do início das regras sociais, etc. 
Entretanto, quando se trata de um distúrbio de aprendizagem, da dificuldade 
ou da incapacidade de aprender por algum motivo que seja orgânico, isso também 
constitui um problema dentro do processo de ensino-aprendizagem, pois há um 
prejuízo, uma barreira, um obstáculo nesse processo. 
Distúrbio de aprendizagem é como uma "perturbação no ato de aprender, isto 
é, uma modificação dos padrões de aquisição, assimilação e transformação, sejam 
por vias internas ou externas do indivíduo", acrescentando, distúrbios de 
aprendizagem como "sendo uma disfunção do Sistema Nervoso Central relacionada 
a uma 'falha' no processo de aquisição ou do desenvolvimento, tendo, portanto, 
caráter funcional", sendo assim, "um distúrbio não caracteriza uma ausência, mas sim 
uma perturbação dentro de um processo; assim, qualquer distúrbio implica em uma 
 
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perturbação na 'aquisição, utilização e armazenamento de informações, ou na 
habilidade para soluções de problemas'. Portanto, os distúrbios de aprendizagem 
seriam uma perturbação no ato de aprender, isto é, uma modificação dos padrões de 
aquisição, assimilação e transformação, sejam por vias internas ou externas ao 
indivíduo". 
 
 
Fonte: neurosaber.com.br 
Diferentemente de dificuldade escolar "que está relacionada especificamente a 
um problema de ordem e origem pedagógica", um distúrbio de aprendizagem envolve 
situações orgânicas que impedem o indivíduo de aprender, e, dificuldade escolar, 
pode estar relacionada a fatores internos que se somam aos fatores ambientais como, 
por exemplo, fatores emocionais, familiares, sociais, motivacionais, relação professor-
aluno, programas escolares inadequados e outros. 
Quanto aos distúrbios de aprendizagem, podem ser verbais e não verbais. Os 
distúrbios verbais estão relacionados com as dificuldades nas habilidades em ler e 
escrever, que são as dislexias, que podem ser classificadas em três subtipos: a 
dislexia disfonética (indivíduos que leem as palavras conhecidas, mas com 
dificuldades das palavras novas, há trocas nas letras), a dislexia deseidética 
(apresentam leitura lenta, com dificuldade em palavras irregulares), e a dislexia mista, 
que abrange os dois tipos. 
 
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Os distúrbios não verbais estão relacionados aos problemas viso espacial e 
incapacidade para compreender o significado do contexto social. 
Apresentam dificuldades na percepção tátil e visual, habilidades de 
coordenação motora, destreza, dificuldades em lidar com situações novas, 
acarretando em dificuldades acadêmicas e sociais. Apresenta boa memória auditiva 
e boa estrutura de linguagem, sendo que as crianças acometidas apresentam 
inteligência normal, sem déficits sensoriais, ausência de problemas físicos e 
emocionais significativos. 
Quanto ao comportamento, há alguns autores que os apontam e que podem 
ser problemas como, por exemplo, no caso da dislexia, onde a criança pode 
apresentar um prejuízo tanto nas relações com a aprendizagem, como uma limitação 
na capacidade de comunicar desejos, necessidades, afetos, e fazer planos. 
E, quanto aos distúrbios não verbais, são crianças consideradas pelos 
professores, como problemáticas, mal-educadas e imaturas, e os familiares as 
consideram crianças com vocabulário de adulto (vocabulário precoce e rico), mas com 
outras dificuldades (sociais). De qualquer forma, tanto os distúrbios quanto as 
dificuldades geram problemas escolares, na escola, com professores, com a 
aprendizagem, ou melhor, com a capacidade de aprender, por esse motivo, identificar 
o conhecimento do professor possibilita distinguir as diferenças, permitem traçar o 
processo de intervenção diferente dos rótulos, estigmas e até exclusão, 
proporcionando novas relações entre o aprender, o aluno e a escola. 
 
24 PRINCIPAIS DISTÚRBIOS DE APRENDIZAGEM 
 
 
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Fonte: biancalimapsicologa.com.br 
O começo da vida escolar é um período de desafios para a criança, pois além 
de iniciar uma rotina que vise ao seu desenvolvimento pedagógico, ela também 
precisa passar por uma fase de adaptação com os coleguinhas, com os educadores 
e, também, com exercícios que a auxiliarão dali em diante como estudante. 
O aprendizado de um aluno não deve ser visto como algo pronto e genérico, 
pois cada criança tem o seu tempo de aprendizagem. Uns aprendem rapidamente, 
outros demoram um pouco mais. No entanto, pode haver casos de uma criança que 
leva muito mais tempo para aprender determinadas coisas. É importante lembrar 
sempre que existe uma diferença muito grande entre distúrbio de aprendizagem e 
dificuldade de aprendizagem. 
Trataremos aqui sobre o primeiro item, que se refere aos distúrbios. Você já 
ouviu falar em discalculia, disgrafia, hiperatividade e déficit de atenção? Nos últimos 
anos, a sociedade tem debatido mais a respeito desses quadros junto de 
especialistas, mas é comum que ainda haja dúvida acerca dos distúrbios. Para se ter 
uma noção, estima-se que o número de alunos infantis que apresentem distúrbios de 
aprendizagem passe dos 40%. O caso, então, requer muita atenção de pais, 
responsáveis e profissionais que lidam com a criança. 
A melhor maneira de oferecer a ela um tratamento eficaz e que melhore 
consideravelmente a situação do aluno é através da informação. Veja, portanto, uma 
descrição dos principais distúrbios de aprendizagem. 
http://www.biancalimapsicologa.com.br/
 
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Discalculia - A discalculia é quando a criança tem dificuldade de aprender tudo que 
esteja direta ou indiretamente ligado a questões que envolvem números, como 
probleminhas, aplicações e conceitos matemáticos. 
 
 
Fonte: avito.ru.com.br 
 
Disgrafia - A disgrafia ocorre quando o aluno apresenta dificuldade na elaboração da 
linguagem escrita. A criança pode encontrar dificuldades para desenvolver suas 
habilidades na área mencionada e que, em muitos casos, pode vir acompanhada de 
uma dislexia. 
 
 
Fonte: iped.com.br 
Hiperatividade - Muito falada na sociedade e, na mesma intensidade, levada a 
equívocos por parte do senso comum, a hiperatividade é marcada pela falta de 
atenção. A criança hiperativa não consegue prender a atenção em tudo e também 
 
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quer realizar várias tarefas ao mesmo tempo. O hiperativo é muito agitado e não 
consegue ficar parado. 
 
 
Fonte:

Quando o aluno tem dificuldade na escrita?

A dificuldade de aprendizagem de leitura e escrita pode estar ligada com disfunções neurológicas como a dislexia, que pode acarretar lentidão na aprendizagem, dificuldade de concentração, troca de letras com sons ou grafias parecidas, entre outros problemas.

Como descrever um aluno com dificuldade na escrita?

apresenta dificuldades na realização das atividades escolares. Toda atividade que inicia não consegue terminar apresentando desânimo. Ainda não memorizou a escrita do próprio nome e não reconhece as letras e os números. Esquece o que lhe é dito com muita facilidade, em questão de segundos.

Quais são suas principais dificuldades no processo de escrita?

Relacionando a disficuldades de leituras e escrita, temos principalmente a dislexia. A dislexia é uma dificuldade de aprendizagem que afeta a leitura, escrita, pode também apresentar problemas com os números, a memória, o domínio das letras, números e afeta a fala.

O que fazer com uma criança com dificuldades na escrita?

Treine e exercite a leitura de maneiras diferentes com eles, seja em voz alta, em saraus, de forma teatral. Isso garante maior fluência na hora de ler. Faça as pontuações corretas ao ler um texto oralmente. Lembre-se que a entonação é importante para que o ouvinte entenda o conteúdo.