O que vem a ser o consumo ostentatório?

Você compra uma furadeira ou um buraco na parede? Ou melhor: um buraco na parede ou a beleza de um quadro pendurado adequadamente? Ou melhor: A beleza do quadro ou a postura de intelectualidade artística que o quadro lhe confere?

No livro, “Darwin vai às compras”, na página 160, lemos a expressão “Consumo Conspícuo” (ou Consumo Ostentatório), onde diz:

Em A Teoria da Classe Ociosa, Thorstein Veblen argumentava que os bens e serviços de luxo são adquiridos pelos ricos principalmente para exibir sua riqueza, e não para aumentar sua felicidade. Os compradores de produtos de níveis mais elevados compreendem que o preço alto é um benefício, não um custo. Isso impede que os compradores mais pobres possam possuir o mesmo bem, garantindo assim a confiabilidade do produto enquanto indicador de riqueza e do gosto do seu proprietário. Os ricos desejam ardentemente o novo iPod não pelo som que ele reproduz em suas cabeças, mas pelas impressões que ele causa na mente alheia.

Veblen aplicava a expressão "consumo conspícuo" a todas essas exibições dispendiosas, em que a função principal da aquisição, uso e exibição do produto é a de sinalizar as características individuais, a riqueza e o status aos observadores. [Isso ajuda a explicar a razão pela qual se diz que o dinheiro e as posses, por si só, não trazem felicidade. Se seu dinheiro e seus bens servem ao único propósito de demonstrar aos outros que você os tem, sua posse é vazia e sem significado, impedindo seu gozo genuíno.]

Comprar é, antes de mais nada, um ato de sinalização social e de extratificação e identificação social

Nós não compramos produtos. Nós compramos o que o produto faz por nós. Nós compramos o STATUS, a diferenciação, a sinalização social inconsciente por trás da marca. Nós compramos, essencialmente, serviços. Em nossas vidas, tudo se resume a serviços. Essa é a maneira no qual temos que encarar nossos negócios. Seja o tio do Churros da esquina ou então a empresa mais valiosa do mundo, Apple. Tudo é serviço. No final, a furadeira não importa. O que importa é o buraco. O iPhone não importa. O que importa é a sinalização social. Todas as atividades ligadas ao consumo, quando envolvem marcas, são compras de consumo conspícuo.

O produto é a tangibilização do serviço. O hotel oferece um serviço de hospedagem ao mercado. O quarto, as paredes, a iluminação, a cama, as tolhas, o travesseiro, são produtos que fazem parte da composição desse serviço que cumprirá com a funcionalidade que o consumidor comprou: Uma noite de sono bem dormida e confortável.

Ninguém compra um iPhone (com o preço atual, daqui a pouco, isso será uma realidade bem objetiva). As pessoas compram o que o iPhone faz por elas ou para elas (lembra do consumo conspícuo?). Achar que as pessoas pagam 4 mil reais num iPhone é uma conclusão errônea que influencia uma tomada de decisões estratégicas. Elas pagam 4 mil reais pelo significado, pelo status e para enviar uma mensagem clara aos demais membros do seu círculo social. O produto, por si só, não faz nada, é apenas um recipiente onde os serviços serão rodados, e existem outros “recipientes” bem mais baratos que rodarão esses mesmos aplicativos. Mas, comprar os “mais baratos” seria apenas uma compra “funcional”. E não é assim que funciona a sinalização social ostentatória.

Quando nos perdemos de nós mesmos, o consumo ostentatório nos faz deixar de ser “Seres Humanos” e nos transforma em “Teres Humanos”…

Ninguém compra um carro. As pessoas compram o que o carro faz por elas, ou seja, compram o serviço de transporte. Esse serviço poderia ser prestado por um táxi. Poderia ser prestado através de um carro alugado. Poderia até ser prestado pelo Uber-X. Mas não é disso que estamos falando aqui. Estamos falando da SINALIZAÇÃO SOCIAL que vem com a posse de produtos que estão fora da realidade das pessoas de menor poder aquisitivo. Não queremos ser transportados, apenas. Queremos enviar uma mensagem: “Eu tenho, você não tem…”

Ah, e isso vale para produtos e serviços variados, como Cerimônias de Formatura, por exemplo…

Isso significa que somos fúteis? Talvez sim, mas acredito que é possível olhar esse fenômeno com uma ampla gama de vieses. E talvez, a futilidade nem seja uma delas. É provável que, seres sociais e competitivos que somos, só estejamos em busca de aceitação ou dominância, como de costume em qualquer espécie animal.

Lembram dessa propaganda (https://www.youtube.com/watch?v=zMF...)? Então: A gente faz isso durante TODA A VIDA, porque a sinalização social é uma característica ENDOGENÉTICA e está presente em todos os seres humanos. (Ref.: “Darwin vai às compras”)

Por que você compra uma BMW, ao invés de um fusca? Simples: O que varia de um fusca para uma BMW X5 é a experiência que as pessoas terão ao consumir esse serviço de transporte oferecido por cada produto. E quando me refiro a experiência, está incluso as questões sociais, oriundas da satisfação na sinalização social ostentatória. Por exemplo, nenhum menino de 18 anos que está indo para a balada, parará um fusca caindo aos pedaços na frente da fila cheia de meninas bonitas. Agora se esse mesmo menino fosse com uma BMW X5, pararia ali na frente. Tudo isso faz parte da experiência do consumo do serviço que ele possui ao comprar determinado carro.

Você sabe que o Fusca e a BMW fazem A MESMA COISA, né? Mas, só a BMW pode humilhar os coleguinhas… “Eu tenho, você não tem…”

Seja qual for o seu negócio — roupa, cabeleireiro, restaurante, móveis planejados, software, academia, loja de brinquedo, farmácia, médico, nutricionista, imóveis — você estará vendendo serviços. Ao enxergar dessa maneira, você conseguirá entender o que as pessoas realmente querem e precisam, fazendo-o(a) entregar soluções efetivas para seus consumidores. E lembre-se de que, para alguns consumidores, se o seu produto for barato e econômico, ele NÃO SERVE!

Lembrem-se, um bom vendedor de carro, não vende o carro. Vende as coisas que o carro faz para seu consumidor. ;)

O que é o que é consumo ostentatório?

Consumo conspícuo ou consumo ostentatório é um termo usado para descrever os gastos em bens e serviços adquiridos principalmente com o propósito de mostrar riqueza.

O que pode levar o consumo ostentatório?

O fácil acesso colabora para o estímulo ao consumo desenfreado. Além do crescimento da produção industrial e da expansão do sistema capitalista, há o surgimento do mercado da publicidade. Juntamente com os meios de comunicação, que chegam facilmente a todas as pessoas, ela também influenciou o aumento do consumo.

O que é consumo consciente e consumo ostentatório?

Qual a diferença entre consumo consciente e consumo ostentatório? Enquanto o consumo consciente é aliado da sustentabilidade, o consumo ostentatório está muito mais conectado com a prática de compras impulsivas e em grandes quantidades. Nesse sentido, pode-se dizer que a principal diferença está no objetivo da compra.

O que é consumo ostentatório Você é contra ou a favor a essa prática por quê?

Consumo ostentatório diz respeito ao consumo de ostentação, que visa somente o inflamento do ego, de forma que as pessoas consomem produtos e objetos para ostentar e se mostrar "melhores" do que as outras, como carros de luxo, celulares de última geração.