Onde aconteceu a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano?

2022 é um marco histórico para a comunidade ambiental global e para o PNUMA. São cinquenta anos desde a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano de 1972, reconhecida como o primeiro encontro internacional sobre o meio ambiente. A Conferência de Estocolmo de 1972 promoveu a formação de ministérios e agências ambientais em todo o mundo, deu início a uma série de novos acordos globais para proteger coletivamente o meio ambiente e levou à formação do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA).

Durante 50 anos, o PNUMA tem coordenado uma ação mundial para enfrentar os maiores desafios ambientais do planeta. Essa colaboração global ajudou a reparar a camada de ozônio, a eliminar o combustível com chumbo, a impedir a extinção de espécies ameaçadas e muito mais. Graças ao poder de mobilização e à pesquisa científica rigorosa do PNUMA, os países puderam se engajar, tomar atitudes corajosas e avançar na agenda ambiental global.

Para marcar o 50º aniversário do PNUMA, uma série de atividades e eventos de divulgação se realiza ao longo do ano sob a bandeira do PNUMAaos50. Esses acontecimentos são em reconhecimento ao avanço significativo em temas ambientais globais, além de abordarem os desafios planetários que estão por vir.

Tudo isso prepara o ambiente para uma sessão especial da Assembleia das Nações Unidas para o Meio Ambiente (UNEA) que se realizará em Nairóbi, Quênia e on-line, nos dias 3 e 4 de março de 2022. Esse evento de alto nível será dedicado à comemoração do aniversário de 50 anos da criação do PNUMA em 1972. O tema do evento PNUMAaos50 é "Fortalecer Ações pela Natureza para Alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável".

Confira a agenda da UNEA e do PNUMAaos50.

Onde aconteceu a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano?
Vista do interior do prédio do Sveriges Riksdag (Parlamento sueco), onde foram realizadas diversas das reuniões da Conferência de Estocolmo Wikimedia commons/Reprodução

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Devido à pressão crescente da comunidade científica, além de ONGs, movimentos sociais e outros setores da sociedade civil, as questões ambientais passaram a integrar a agenda política internacional. Há 50 anos acontecia um dos maiores marcos neste sentido: na capital da Suécia, chefes de Estado reuniram-se pela primeira vez para tratar da temática ambiental. O evento ficou conhecido como a Conferência Mundial de Estocolmo.

Promovido pela Organização das Nações Unidas (ONU), o encontro em junho de 1972 reuniu 113 países e abordou pela primeira vez a industrialização das nações ricas como causa importante da degradação da natureza. Foram debatidas também questões referentes ao controle de natalidade e a estagnação econômica. Naquela época, além da poluição da atmosfera e das águas, causava preocupação o crescimento da população mundial, que colocava cada vez mais pressão sobre os recursos naturais.

A Declaração de Estocolmo reuniu 26 princípios e ações voltadas para a redução dos impactos ambientais. Entre eles, o compromisso dos Estados de assegurarem “de que as organizações internacionais realizem um trabalho coordenado, eficaz e dinâmico na conservação e no melhoramento do meio ambiente”.

Em dezembro de 1972, mesmo ano da Conferência, foi criado o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA). Por meio da união de entidades da ONU com organizações internacionais, ligadas aos governos nacionais e não governamentais, o programa visa coordenar as ações mundiais de proteção ao meio ambiente e de promoção do desenvolvimento sustentável.

Em entrevista à Carta Capital, o advogado e ambientalista Fábio Feldman, um dos fundadores da organização SOS Mata Atlântica nos anos 1980, disse que Estocolmo 72 e Rio 92 marcam o início do século 21. A reunião de cúpula que o Rio de Janeiro sediou, também conhecida como “Eco 92”, foi uma outra conferência mundial importante sobre meio ambiente. O evento foi organizado com o objetivo de minimizar os impactos ambientais a partir de um modelo de desenvolvimento mais justo e sustentável.

“A influência de Estocolmo foi muito grande, como, por exemplo, na Constituição de 1988 do Brasil. Ela é inspirada nos produtos formais da Conferência de Estocolmo, com a institucionalização nos governos da questão ambiental e a criação, no caso brasileiro, da Secretaria Especial de Meio Ambiente”, disse Feldman à Carta Capital.

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 + Bolsonaro e Biden na Cúpula do Clima e o histórico dos acordos ambientais

Estocolmo +50

Entre os dias 2 e 3 de junho deste ano, o Governo da Suécia sediou uma conferência internacional, batizada de Estocolmo +50, para celebrar os 50 anos da primeira grande reunião multilateral sobre o meio ambiente, ocorrida na capital sueca em 1972.

Em entrevista à CNN Rádio, a representante adjunta do PNUMA no Brasil, Regina Cavini, disse que o evento foi de “reflexão”. A especialista explicou que o objetivo da reunião não era chegar em um novo acordo, mas debater como os países vão acelerar o alcance dos objetivos de desenvolvimento sustentável estabelecidos na Agenda 2030.

“A Estocolmo +50 serviu para fazer um balanço dos últimos 50 anos. Na primeira Conferência saíram várias propostas e, agora, vemos o que está dando certo e o que não está”, afirmou Regina à rádio.

A Agenda 2030 é um plano de ação global que reúne 17 objetivos de desenvolvimento sustentável, além de 169 metas para erradicar a pobreza e promover vida digna a todos. Ela foi criada a partir de um acordo firmado em 2015 pelos 193 Estado-membros da ONU. Nele, as nações se comprometeram a seguir as medidas recomendadas no documento “Transformando o Nosso Mundo: A Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável” nos 15 anos seguintes, contados a partir de 2016.

A Estocolmo +50 foi concluída, então, com uma declaração que trazia uma série de recomendações. Entre elas: colocar o bem-estar humano no centro de um planeta saudável para todos; reconhecer e implementar o direito a um meio ambiente ecologicamente equilibrado, saudável e sustentável; adotar mudanças sistêmicas na forma como o sistema econômico atual funciona e acelerar as transformações de setores de alto impacto.

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  • Meio Ambiente
  • ONU

Onde foi realizada a primeira Conferência das Nações Unidas sobre o ambiente Humano?

Enquanto a preocupação universal sobre o uso saudável e sustentável do planeta e de seus recursos continuou a crescer, em 1972 a ONU convocou a Conferência das Nações Unidas sobre o Ambiente Humano, em Estocolmo (Suécia).

Onde foi realizada a Conferência Internacional do Meio Ambiente em 1992?

A conferência ECO-92, oficialmente chamada de Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento e Meio Ambiente, é também conhecida como Cúpula da Terra. Ela ocorreu entre os dias 3 e 14 de junho de 1992 na cidade do Rio de Janeiro (RJ), exatos 20 anos após a Conferência de Estocolmo.

Onde aconteceu Estocolmo?

O lema do Dia Mundial do Meio Ambiente 2022 é “Uma Só Terra”, o mesmo da Conferência das Nações Unidas sobre o Ambiente Humano, realizada no ano de 1972 em Estocolmo, na Suécia.

Onde e quando ocorreu a primeira Conferência mundial no Brasil sobre o Meio Ambiente?

A Rio +10, também conhecida como Cúpula de Joanesburgo ou Conferência Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável, reuniu em 2002, dez anos após a ECO-92, 189 países, além de centenas organizações não governamentais.