Observatorio Economía Latinoamericana. ISSN: 1696-8352 BrasilO COMPORTAMENTO EMPREENDEDOR NO MEIO ACADÊMICO: IDENTIFICAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS COMPORTAMENTAIS EMPREENDEDORAS NO ENSINO SUPERIOR Show
Autores e infomación del artículoBruna Tadielo Zajonz * Tatielle Belem Langbecker ** UFSM Archivo completo en PDF RESUMO O empreendedorismo é cada vez mais presente nas agendas de instituições de pesquisa como um fenômeno importante a ser estudado. Na academia, instituições, entre suas atribuições, destinado a instrumentalizar os alunos para a entrada no mercado de trabalho e atividade profissional. Nesta perspectiva, o principal objetivo deste estudo é
identificar características comportamentais empreendedoras dos estudantes da graduação e verificar a influência da instituição de ensino sobre o comportamento empreendedor dos entrevistados. Este estudo caracteriza-se por uma pesquisa de campo quantitativa e cunho descritivo. O instrumento de pesquisa foi utizado McClelland (1972) sobre características comportamentais empreendedoras (de CCE). Como resultado, ele tem as características que se destacam entre os entrevistados estão o compromisso,
seguido pela busca de oportunidades e iniciativa. As duas categorias são destacados estabelecimentos objectivos com menos, seguido de independência e auto-confiança. As notas de estudo que irá levá estudantes aumentou após a admissão à Universidade, fato que demonstra a influência da instituição de ensino para a ação empresarial.
ABSTRACT Entrepreneurship is increasingly present in the research agendas of institutions as an important phenomenon to be studied. In the academic field, the institutions, among their attributions, aim to instrumentalize their students to enter the labor market and the professional activity. In this perspective, the main objective of the
present work is to identify the entrepreneurial behavioral characteristics of undergraduate students and to verify the influence of the educational institution on the entrepreneurial behavior of the respondents. The present study is characterized by quantitative-descriptive field research. The research instrument used was by McClelland (1972) regarding the entrepreneurial behavioral characteristics (CCE's). As a result, the characteristics that stand out most among the respondents are
commitment, followed by search of opportunities and initiative. The two most notable categories are goal settings, followed by independence and self-confidence. The study shows that students' willingness to undertake increased after admission to the University, a fact that evidences the influence of the educational institution for the entrepreneurial action JEL: Z0 Para citar este artículo puede uitlizar el siguiente formato: Bruna Tadielo Zajonz y Tatielle Belem Langbecker (2017): “O comportamento empreendedor no meio acadêmico: identificação das características comportamentais empreendedoras no ensino superior”, Revista Observatorio de la Economía Latinoamericana, Brasil, (octubre 2017). En línea: 1 INTRODUÇÃO Atualmente, o empreendedorismo está ganhando cada vez mais espaço, as discussões sobre esta temática começam a se difundir nos centros de ensino, principalmente com os jovens. A vontade de criar o próprio negócio, assumir risco, buscar algo novo, resulta de perfis empreendedores que buscam por meio da ação empreendedora manter-se ou inserir-se no mercado de
trabalho a fim de garantir sua sobrevivência ou pelo desejo de realização. 2 REFERENCIAL TEÓRICO 2.1 Empreendedor e Empreendedorismo O
empreendedorismo tem estado cada vez mais presente nas agendas de pesquisas de instituições brasileiras como um fenômeno, ou um processo, importante a ser estudado, especialmente, no que o remete como elemento potencial do desenvolvimento econômico e social. Mesmo que sua importância seja reconhecida por inúmeros estudiosos e instituições ainda existem dificuldades em defini-lo como campo de estudo, pois não se trata de uma subárea enquadrada em outras ciências como psicologia ou sociologia, e
tampouco há um consenso científico (BAGGIO; BAGGIO, 2014). 2.2 Perfil Empreendedor: uma motivação para o novo? O empreendedorismo como um fenômeno dinâmico é estimulado
a ser estudado por diferentes áreas do conhecimento para que assim seja possível construir com uma visão do todo englobando a complexidade envolvida. Nesse sentido as ciências sociais têm despertado duas vertentes de interesses: uma no que se refere às características pessoais do empreendedor com o intuito de traçar perfis e identificar o que os distingue dos demais e, a outra para compreender como o ambiente político e social influencia, positiva ou negativamente, nas iniciativas empreendedoras
(ÁVILA, 2015). 2.3 Empreendedorismo na graduação Uma questão que compõe o rol de discussões sobre o empreendedorismo interroga a possibilidade de ensino/aprendizagem do mesmo. Alguns autores defendiam que o caráter empreendedor de um indivíduo não poderia ser ensinado, pois tratava-se de uma característica inata em que algumas pessoas nasciam com ela e estariam destinadas ao sucesso. Porém, atualmente a gama de defensores do ensino do processo empreendedor representa a maioria dos estudiosos do
assunto, estendendo a ideia de que pode ser ensinado e apreendido por qualquer pessoa e, o sucesso irá depender, também, de variáveis internas e externas, do perfil do empreendedor e da forma como resolve os problemas cotidianos (DORNELAS, 2001). 3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS O presente estudo caracteriza-se por uma pesquisa de campo de cunho quantitativo-descritivo, a qual visa descrever as características de determinado fenômeno ou população, bem como a relação entre variáveis (GIL, 2002). 4 RESULTADOS E DISCUSSÕES A seção de resultados inicia-se com a descrição do perfil sócio demográfico do público pesquisado. Na turma em que se realizou a aplicação do questionário, 13 respondentes são do sexo masculino, o que representa 68,42% da população pesquisada e, seis respondentes do sexo feminino, compreendendo a 31,58%. Ao verificar a idade dos alunos de Agronomia pesquisados (Quadro 1), nota-se que 31,58% tem 20 anos de idade, seguido dos que tem 21 anos de idade (26,32%), percebe-se
assim, um público jovem. Conforme Oliveira (2013, p. 50) “isso demostra um comportamento de quem mantém um ritmo de estudos e sempre buscou melhorias contínuas, cumprindo as etapas de conclusões do ensino fundamental, médio e graduação em período normal”. Com o intuído de verificar a influência do curso de Agronomia para empreender, perguntou-se a vontade de empreender antes e depois de ingressar na Universidade. Em uma escala de 1 a 5, sendo 1 = pouca vontade e 5 = muita vontade, nota-se que 31,58%, ou seja, 6 respondentes afirmam apresentar 3 (três) de vontade de empreender antes de ingressar na Universidade. Ao serem questionados sobre o desejo de empreender após o ingresso na instituição, 11 alunos (57,89%), demonstraram apresentar 4 (quatro) de vontade de empreender, seguido dos que apresentam 5 (cinco) de vontade, os quais representam 26,32%, ou seja, 5 respondentes (Figura 2). De modo geral, a vontade de empreender dos respondentes aumentou após o ingresso no Universidade Federal de Santa Maria, percebendo-se assim, que de alguma forma a instituição de ensino influencia para a ação empreendedora dos alunos pesquisados. Em seu trabalho, Hecke
(2011), também constatou que a intensão empreendedora dos alunos é influenciada pela opinião dos amigos e colegas, bem como, a forma com o tema empreendedorismo é trabalhada pela instituição de ensino. O domínio com maior média (20,15) foi o comprometimento e em segunda colocação (19,05) foi a busca de oportunidades e iniciativas, porém o comprometimento apresentou um desvio padrão (2,36) consideravelmente alto se comparado aos demais domínios, perdendo apenas
para o correr riscos calculados (2,67). As dimensões que tiveram menor amplitude nas respostas, ou seja, desvio padrão baixo, foram, respectivamente, persistência (1,46) e busca de oportunidades e iniciativa (1,50).
A média dos perfis empreendedores dos alunos de origem rural e urbana apresentaram-se semelhantes na maioria das CCE’s. Apenas duas características obtiveram diferença superiores a um ponto, sendo que nas duas situações os alunos de origem rural revelaram pontuações maiores. O item que teve maior diferença foi exigência de qualidade e eficiência demonstrando que, possivelmente, os alunos de origem rural sejam mais exigentes em suas atividades, assim como prezem por qualidade. A busca pela
qualidade, por exemplo, na gestão interfere diretamente na obtenção dos bens de qualidade refletindo na alavancagem de uma atividade, e caracteriza-se como uma função básica de um empreendedor (CUSTÓDIO; NEVES, 2012). Apesar das diferenças de pontuação serem menores que um ponto, nas três necessidades motivadoras os alunos de origem rural obtiveram números maiores comparados aos de origem urbana. Visualmente, há um maior equilíbrio na base da pirâmide que representa os alunos de origem rural e, em termos de realização também superam os demais
colegas em 0,56 pontos. 5 CONCLUSÃO O foco central do artigo se sustenta em verificar as características comportamentais
empreendedoras dos alunos de graduação do curso de agronomia da UFSM. Seus delineamentos básicos foram analisados por meio de um escopo analítico que compreendeu as temáticas de empreendedorismo, perfil empreendedor e empreendedorismo na graduação. A combinação destas temáticas, juntamente com os dados empíricos, permitiu concluir que os alunos pesquisados apresentam um significativo perfil empreendedor. Referências Bibliográficas ÁVILA, D. de F L. (2015): Empreendedorismo e (des)envolvimento local: o propósito de uma intervenção educativa em rede. Tese (Mestrado em intervenção, inovação e empreendedorismo) – Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação, Universidade de Coimbra, Coimbra. BAGGIO, A. F.; BAGGIO, D. K. (2014): Empreendedorismo: conceitos e definições. Revista de Empreendedorismo, Inovação e Tecnologia, Passo Fundo, v. 1, n. 1, p. 25-38, 2014. BARTEL, G. (2010): Análise da evolução das características comportamentais empreendedoras dos acadêmicos do curso de administração de uma IES catarinense. Dissertação (mestrado em Administração) – Centro de Ciências Sociais Aplicadas, Universidade Regional de Blumenau, Blumenau. BAÚ, E. C. (2011): O empreendedorismo e os pequenos negócios como alternativa de desenvolvimento sustentável em Roraima. Dissertação (Mestrado em economia) – Programa de Pós-graduação em Economia, Mestrado Interinstitucional UFRGS, Universidade Federal de Roraima, Porto Alegre. BRANTS, J. B. et al. (2015): Empreendedorismo acadêmico no curso de administração da Unir. Pretexto, Belo Horizonte, v. 16, n. 2, p. 59-74. CUSTÓDIO, F.; NEVES, J. T. de R. (2012): Presença de características empreendedoras nos discentes no início e no fim do programa de um curso de graduação em administração de empresas de uma instituição de ensino superior (IES) do setor privado. Revista Pensar Administração, Belo Horizonte, v. 1, n. 2. DOLABELA, F. (2004): Pedagogia empreendedora. Revista de negócios, Blumenau, v. 9, n. 2, p. 127-130. DORNELAS, J. C. A. (2001): Empreendedorismo: transformando ideias em negócios. Rio de janeiro: Elsevier, 2001. GIL, A. C. (2002): Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas S.A. FILION, L. J. (1999): Empreendedorismo: empreendedores e proprietários-gerentes de pequenos negócios. Revista de administração, São Paulo, v. 34, n. 2, p. 5-28. HECKE, A. P. (2011): A intensão empreendedora dos alunos concluintes dos cursos de graduação em Administração e Ciências Contábeis das instituições de ensino superior de Curitiba-PR. 2011. 83 f. Dissertação (Mestrado em Contabilidade) – Universidade Federal do Paraná, Curitiba. HISRICH, R.; PETERS, M. (2004): Empreendedorismo, 5 ed, Porto Alegre: Bookman. MORELLO, A. (2016): A manifestação da intuição na tomada de decisão instantânea pelos empreendedores da Serra Gaúcha. Dissertação (Mestrado Profissional em Administração) – Programa de Pós-graduação da Escola de Administração, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre. MINELLO, Í. F. et al. (2016): Características comportamentais empreendedoras: um estudo com acadêmicos de administração de uma universidade brasileira. In: 5° Fórum Internacional Ecoinovar. Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria. NETO, N. G. (2010): Manter-se empreendedor após os sessentas anos motivação e desafios. 2010. 112 f. Dissertação (Mestrado em Administração) – Faculdade Novos Horizontes, Belo Horizonte. OLIVEIRA, C. M. (2013): A perspectiva empreendedora dos alunos em fase de conclusão do curso de Administração da faculdade Cearense – FAC em 2013. 2013. 75 f. Monografia (Graduação em Administração) – Faculdade Cearense, Fortaleza. OLIVEIRA, F. M de. (2012): Empreendedorismo: teoria e prática. Especialize – revista on-line, Goiânia, v. 1, n. 1, p. 1-13. SAMPIERI, R. H.; COLLADO, C, F; LUCIO, P B. (2006): Metodologia de pesquisa. São Paulo: McGrall-Hill. * Bacharel em Ciências Econômicas – Universidade Federal de Santa Maria –UFSM Mestranda em Extensão Rural no Programa de Pós-Graduação em Extensão Rural (PPGExR) – UFSM E-mail: ** Universidade Federal do Pampa – UNIPAMPA Mestre em Desenvolvimento Rural – Programa de Pós-graduação em Desenvolvimento Rural (PGDR) – UFRGS Doutoranda em Extensão Rural no Programa de Pós-Graduação em Extensão Rural (PPGExR) – UFSM E-mail: Recibido: 24/08/2017 Aceptado: 02/10/2017 Publicado: Octubre de 2017 Nota Importante a Leer:
Qual das frases de Dornelas 2005 a seguir podemos afirmar que está correta?Qual das frases de Dornelas (2005), a seguir, podemos AFIRMAR que está CORRETA? O empreendedor é aquele que destrói a ordem econômica existente pela introdução de novos produtos e serviços, pela criação de novas formas de organização ou pela exploração de novos recursos e materiais.
O que é empreendedorismo segundo Dornelas 2001?“O empreendedor é aquele que faz as coisas acontecerem, se antecipa aos fatos e tem uma visão futura da organização” (DORNELAS, 2001, P.
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