Introdu��o Show Atualmente, como conseq��ncia das mudan�as nas condi��es de vida e de trabalho, poucos praticam atividades f�sicas. As pessoas se deslocam utilizando o transporte coletivo ou o pr�prio carro. No mais das vezes, devido � natureza do servi�o que executam, passam horas e horas sentadas. Isto tamb�m acontece durante o lazer: sentam-se quando vai a um barzinho, um cinema ou quando diante da televis�o. Nos shoppings, os jovenssentam-se por muito tempo nas pra�as de alimenta��o ou ficam encostados nos corredores. Comportando-se dessa forma, a maioria das pessoas se exercita ou caminha cada vez menos, geralmente com a desculpa de que n�o tem tempo. Sabidamente, a falta de atividade f�sica traz conseq��ncias negativas para a sa�de. Por isso, muita gente chama a aten��o para a necessidade de se fazer exerc�cios f�sicos regulares (Silva, 2010). Segundo Matsudo & Matsudo (2000) os principais benef�cios � sa�de advindos da pr�tica de atividade f�sica referem-se aos aspectos antropom�tricos, neuromusculares, metab�licos e psicol�gicos. Os efeitos metab�licos apontados pelos autores s�o o aumento do volume sist�lico; o aumento da pot�ncia aer�bica; o aumento da ventila��o pulmonar; a melhora do perfil lip�dico; a diminui��o da press�o arterial; a melhora da sensibilidade � insulina e a diminui��o da freq��ncia card�aca em repouso e no trabalho subm�ximo. Com rela��o aos efeitos antropom�tricos e neuromusculares ocorre, segundo os autores, a diminui��o da gordura corporal, o incremento da for�a e da massa muscular, da densidade �ssea e da flexibilidade. E, na dimens�o psicol�gica, afirmam que a atividade f�sica atua na melhoria da auto-estima, do auto-conceito, da imagem corporal, das fun��es cognitivas e de socializa��o, na diminui��o do estresse e da ansiedade e na diminui��o do consumo de medicamentos. Guedes & Guedes (1995), por sua vez, afirmam que a pr�tica de exerc�cios f�sicos habituais, al�m de promover a sa�de, influencia na reabilita��o de determinadas patologias associadas ao aumento dos �ndices de morbidade e da mortalidade. Defendem a inter-rela��o entre a atividade f�sica, aptid�o f�sica e sa�de, as quais se influenciam reciprocamente. Segundo eles, a pr�tica da atividade f�sica influencia e � influenciada pelos �ndices de aptid�o f�sica, as quais determinam e s�o determinados pelo estado de sa�de. Tendo como base esses referenciais, nosso grupo tentou verificar atrav�s dessa pesquisa �ndices que apontam se a atividade f�sica se faz presente na vida das pessoas e como a qualidade de vida e sa�de se manifesta considerando a pr�tica regular de exerc�cios f�sicos. Atividade f�sica e sa�de Recentemente, a rela��o atividade f�sica e sa�de vem sendo gradualmente substitu�da pelo enfoque da qualidade de vida, o qual tem sido incorporado ao discurso da Educa��o F�sica e das Ci�ncias do Esporte. Tem, na rela��o positiva estabelecida entre atividade f�sica e melhores padr�es de qualidade de vida, sua maior express�o. V�rios autores e entidades ligados � Educa��o F�sica ratificam este entendimento. Katch & McArdle (1996) preconizam a pr�tica de exerc�cios f�sicos regulares como fator determinante no aumento da expectativa de vida das pessoas. A Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte (1999) apud Ferratone (2009), em posicionamento oficial, sustenta que a sa�de e qualidade de vida do homem podem ser preservadas e aprimoradas pela pr�tica regular de atividade f�sica. Matsudo & Matsudo (1999, 2000), reiteram a prescri��o de atividade f�sica enquanto fator de preven��o de doen�a e melhoria da qualidade de vida. Lima (1999) afirma que a Atividade F�sica tem, cada vez mais, representado um fator de Qualidade de Vida dos seres humanos, possibilitando-lhes uma maior produtividade e melhor bem-estar. Guedes & Guedes (1995) reconhecem as vantagens da pr�tica de atividade f�sica regular na melhoria da qualidade de vida. Nahas (1997) admite a rela��o entre a atividade f�sica e qualidade de vida. Citando Blair (1993) & Pate (1995), o autor identifica, nas sociedades industrializadas, a atividade f�sica enquanto fator de qualidade de vida, quer seja em termos gerais, quer seja relacionada � sa�de. Silva (1999), ao distinguir a qualidade de vida em sentido geral (aplicada ao indiv�duo saud�vel) da qualidade de vida relacionada � sa�de (aplicada ao indiv�duo sabidamente doente) vincula � pr�tica de atividade f�sica � obten��o e preserva��o da qualidade de vida. Dantas (1999), buscando responder em que medida a atividade f�sica proporcionaria uma desej�vel qualidade de vida, sugere que programas de atividade f�sica bem organizados podem suprir as diversas necessidades individuais, multiplicando as oportunidades de se obter prazer e, conseq�entemente , otimizar a qualidade de vida. Lopes & Altertjum (1999) escrevem que a pr�tica da caminhada contribui para a promo��o da sa�de de forma preventiva e consciente. V�em na atividade f�sica um importante instrumento de busca de melhor qualidade de vida. Atualmente, atividade f�sica pode ser entendida como qualquer movimento corporal, produzido pela musculatura esquel�tica, que resulta em gasto energ�tico, tendo componentes e determinantes de ordem biopsicossocial, cultural e comportamental, podendo ser exemplificada por jogos, lutas, dan�as, esportes, exerc�cios f�sicos, atividades laborais e deslocamentos. Por tanto a atividade f�sica esta diretamente relacionada � sa�de, pois qualquer atividade que mant�m ou aumenta a aptid�o f�sica, em geral tem como objetivo melhorar nos aspectos f�sicos e psicol�gicos, proporcionando diminui��o de ansiedade, tens�o, depress�o, aumento da auto-estima e melhora no humor, pois as pessoas fisicamente ativas suportam mais facilmente os problemas de tens�es causadas pela exig�ncia de trabalho, fam�lia, escola e problemas corriqueiros do dia-a-dia. Isso acontece porque durante e ap�s o exerc�cio f�sico o organismo libera subst�ncias estimulantes e relaxantes como, por exemplo, a endorfina. N�o resta d�vida de que a pratica regular de atividade f�sica traz a nossa sa�de benef�cios, pois reduz o colesterol, a taxa de a��car no sangue, fortalece os m�sculos e as articula��es, reduz a tens�o, ansiedade, ajuda a controlar o peso entre outros in�meros benef�cios que o exerc�cio f�sico pode nos proporcionar. De acordo com Baumgartner (1998) apud Marcela (2000) , a perda gradativa da massa do m�sculo esquel�tico e da for�a que ocorre com o avan�o da idade e com a falta de atividade f�sica � conhecida como sarcopenia, ou seja, � a perda degenerativa de massa e for�a nos m�sculos. A sa�de � uma condi��o humana que apresenta tr�s dimens�es, f�sica, social e a psicol�gica. H� algum tempo, ter sa�de significava n�o estar doente. Entendendo sa�de como situa��o de bem-estar f�sico, social e mental, o aprimoramento do desempenho motor do organismo conseq�ente � atividade f�sica deve ser considerado um fator salutar. A melhora da aptid�o f�sica permite que as tarefas da vida di�ria sejam realizadas como menor esfor�o, e assim sendo as pessoas passam a n�o se sentir limitadas fisicamente para atividades que gostariam de realizar. Esta situa��o � conhecida como boa qualidade de vida. Atualmente, a sa�de positiva esta associada � capacidade de gozar, desfrutar a vida de enfrentar desafios propostos em cada momento de nossas vidas. Segundo Sharkey (1998), a atividade f�sica moderada ocasionou uma redu��o de 29% no risco de morte, e autos n�veis de atividades ocasionaram uma redu��o de 46%. Aqueles que praticavam esportes leves ou moderadamente vigorosos tiveram �ndice de mortalidade de 0,79 e 0,63 comparados com aqueles que n�o praticavam nenhum tipo de esporte. Portanto, � poss�vel afirmar que a pr�tica regular de atividades f�sicas, quando realizadas com a devida orienta��o de um profissional, auxilia em muito na busca e manuten��o da sa�de, prevenindo poss�veis problemas ocasionados pelo sedentarismo. Objetivos
Metodologia Participaram desta pesquisa 55 pessoas de variadas idades (12 a 69 anos) e profiss�es, atrav�s de um question�rio com 20 perguntas, havendo quest�es abertas e fechadas, dando a possibilidade dos entrevistados relatarem seus h�bitos e costumes do cotidiano que influenciam na sa�de e qualidade de vida de cada um. Sendo este estudo caracterizado como descritivo de cunho qualitativo e quantitativo. Resultados e discuss�es Dos cinq�enta e cinco entrevistados, trinta e sete s�o do sexo feminino e dezoito do masculino; com a m�dia de idade de 12 a 69 anos. 17 dos entrevistados s�o solteiros, 31 casados, 5 separados e 2 vi�vos. 55% dos entrevistados n�o possuem autom�vel pr�prio e 45% possui autom�vel. 4% dos entrevistados s�o fumantes, fumando a cerca de 6 at� 51 anos e 96% n�o fumam, sendo que os entrevistados indicaram em uma m�dia de 21% que outras pessoas da fam�lia fumam e 79% que n�o fumam, desta forma h� a presen�a de casos de fumantes passivos, o que acaba tamb�m por prejudicar a sa�de do individuo. 40% submeteram-se a tratamento m�dico, sendo tratamento para hipertens�o, diabetes, problemas na coluna os mais comuns. 60% relata n�o fazer nenhum tratamento m�dico. Em rela��o aos exames m�dicos preventivos, 64% responderam que fazem exames preventivos e 36% n�o fazem nenhum tipo de exame antes de ter algum problema de sa�de. Dentre os exames m�dicos mais realizados s�o os ginecol�gicos como o preventivo do c�ncer do colo do �tero e a mamografia; exames de urina; hemogramas; pr�stata; ecografia; colesterol e glicose. Dos 55 entrevistados 22% n�o ingerem bebidas alco�licas, 35% bebem �s vezes, 41% socialmente e 2% com freq��ncia. 55% dos pesquisados nunca realizaram nenhum tipo de cirurgia, e 45% j� realizaram, sendo os tipos mais comuns destas cirurgias Apendicite, Cesariana, Laqueadura, Am�dalas, Ves�cula, Duplo J para Calculo Renal, Catarata, C�ncer de Mama, Pino na Articula��o do Ombro, T�nel do Carpo, Ioma no Es�fago. 73% n�o possuem les�o ortop�dica. 27% possuem les�es, sendo apresentados os seguintes problemas: tendinite, artrose, escoliose, luxa��o no ombro, bursite, fascilite plantar, h�rnia de disco, hiperlordose, descalcifica��o no quadril, s�ndrome do t�nel do carpo, les�o do metacarpo. Dos entrevistados, 9% faz, em m�dia duas refei��es por dia, 41% tr�s refei��es, 35% quatro e 15% mais de quatro, dentro destas refei��es eles consomem, arroz, feij�o, carne, saladas, cereais e tamb�m frituras, todos relatam que aos finais de semana costumam abusar de carboidratos e gorduras. 82% n�o possuem obesos na fam�lia, j� 18% deles possuem algu�m obeso, com idade que varia dos 8 aos 70 anos, tanto do g�nero masculino como feminino, nota-se que h� �ndices de crian�as obesas, o que � um fato preocupante. 42% dos entrevistados n�o praticam atividade f�sica, 58% praticam, dentre estas atividades podemos apontar um tipo variado como, esportes, caminhada, muscula��o, gin�stica e corridas, sendo que 62% pratica at� duas vezes por semana, 27% de tr�s a cinco vezes e 9% mais de cinco vezes. Dentro dos motivos que levaram estas pessoas a praticar atividade f�sicas, os mais apontados foram: lazer, sa�de, emagrecimento, est�tica, melhor qualidade de vida, socializa��o e alivio de estress. H� tamb�m o registro que os entrevistados deram sobre os resultados e diferen�as j� notadas em suas vidas ap�s dado inicio a uma pr�tica regular de atividades f�sicas: ganho de resist�ncia, for�a e flexibilidade, melhora na postura, bem-estar, auto-estima, sa�de, perda de peso, melhora no sono, melhor controle dos n�veis de colesterol e mais disposi��o mental e tamb�m sexual. As dificuldades mais encontradas para n�o praticar atividades f�sicas regularmente s�o: falta de tempo, pregui�a, falta de motiva��o e incentivo, e problemas de sa�de. Os entrevistados responderam que em suas horas de lazer algumas das atividades realizadas s�o: dormir, tocar algum instrumento musical, sair, estar com a fam�lia, usar o computador, assistir TV, fazer artesanato, jardinagem, descansar, praticar esportes, escutar m�sica, estudar e descansar. A pesquisa mostra que 76% dos entrevistados possuem computador, 4% v�deo-game e 20% nenhum desses eletr�nicos, sendo que esses s�o usados em m�dia de at� duas horas di�rias por 39% dos entrevistados, tr�s horas por 5%, quatro horas por tamb�m 5%, mais de quatro horas por 39% e 12% das pessoas que possuem n�o utilizam essas m�quinas. Conclus�o De acordo com os resultados obtidos na pesquisa conclui-se que a maioria das pessoas que participaram da pesquisa possuem algum tipo de preven��o para sua sa�de e cuidado com sua qualidade de vida. Por�m nota-se que ainda h� um grande n�mero de pessoas que precisam se conscientizar que a pr�tica regular de atividades f�sicas melhora integralmente a sa�de e a qualidade de vida. Assim, cabe a n�s profissionais da Educa��o F�sica, estarmos contextualizados com a realidade do nosso p�blico alvo afim de propor e desenvolver trabalhos capazes de formar o ser humano integralmente, nos seus aspectos f�sicos, psicol�gicos, afetivos e sociais. Nota-se que de acordo com as profiss�es pesquisadas, h� exist�ncia de muitos problemas de sa�de oriundos da m� postura e de movimentos repetitivos durante a jornada de trabalho. Fica evidenciado que precisamos trabalhar em prol da preven��o de muitos problemas de sa�de, informando nossos alunos sobre a import�ncia dos cuidados relacionados � alimenta��o, ingest�o de bebidas alco�licas e outras drogas, pr�tica regular de atividades f�sicas, h�bitos do cotidiano que podem interferir no estado saud�vel de uma pessoa e na sua qualidade de vida. Refer�ncias bibliogr�ficas
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Qual a importância da atividade física para a saúde e qualidade de vida?A atividade física é essencial para prevenir e reduzir os riscos de muitas doenças, bem como para melhorar a saúde física e mental. Manter o corpo em movimento pode até mesmo ajudá-lo a viver mais tempo, segundo uma pesquisa publicada no American Journal of Preventative Medicine.
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Por que a prática de atividade física é importante para a melhoria da qualidade de vida do idoso?Entende-se que, as práticas de exercícios físicos contribuem para a qualidade de vida dos idosos no que concerne a capacidade funcional, dor e o estado de saúde como um todo. Prevenindo assim o aparecimento de doenças relacionadas a pouca mobilidade e ao sedentarismo (FERREIR; DIETTRIC; PEDRO, 2015).
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