Os avanços tecnológicos ocorridos a partir do século XX, impulsionados efetivamente após 1970, contribuíram diretamente na configuração de todas as sociedades modernas, especialmente nas relações sociais e produtivas que anteriormente eram desenvolvidas por pessoas e que agora são desenvolvidas por máquinas. Show
No entanto, a inserção maciça de tecnologias não é totalmente capaz de resolver todas as questões de caráter ambiental, como é proposto pelos grupos denominados de ecocapitalistas. Um dos exemplos mais claros nesse sentido ocorreu a partir da segunda metade do século XX, quando se imaginava que a inserção de tecnologias no setor produtivo agrícola seria uma alternativa para extinguir a fome no mundo. Após 1950, muitos países do mundo, incluindo o Brasil, introduziram a Revolução Verde, medida essa que tinha como único objetivo intensificar a oferta de alimentos. Esse nome é derivado de grandes evoluções tecnológicas que favoreceram a mecanização e modernização de todo o processo produtivo agrícola, além dos implementos, foi implantada no campo uma série de técnicas de cultivo, utilização de insumos como defensivos, fertilizantes entre outros, sem contar o surgimento de plantas modificadas geneticamente imune de pragas e adaptadas aos mais distintos climas do mundo. Apesar do emprego de diversas tecnologias que desencadeou um aumento na oferta de alimentos, a Revolução Verde não resultou em respostas positivas em relação à sua proposta inicial, seus objetivos são muito questionados. As conseqüências do aumento significativo na produção de alimentos ocasionaram também um crescimento geométrico na fome. Calcula-se que no mundo contemporâneo cerca de 2 bilhões de pessoas enfrentam diariamente o desprovimento total ou parcial de alimentos, o último corresponde àquelas pessoas que não ingerem a quantidade mínima de calorias diárias de 2.500 (calorias). Esse problema é conseqüência do “desvio” da produção, ou seja, os alimentos produzidos em países subdesenvolvidos não atendem, em muitos casos, o mercado interno e sim o mercado externo, direcionando para países desenvolvidos. Outro fator determinante é a produção de grãos usados para alimentar animais. O continente africano é um grande produtor e exportador de produtos oriundos da produção agrícola, no entanto não consegue alimentar sua população. A África apresenta um elevadíssimo número de subnutridos, isso lhe dá a condição de pior do mundo nesse aspecto. O continente se caracteriza pela presença da fome, realidade que aumenta a cada dia. Os países que mais sofrem com a fome são: Etiópia, Somália, Sudão, Moçambique, Malavi, Libéria e Angola. As estimativas são
pessimistas, segundo um relatório do Instituto Internacional de Pesquisa em Política de Alimentação, o número de crianças subnutridas subirá cerca de 18%, estimativa para o ano de 2020. Segundo estudo realizado pela ONU (Organização das Nações Unidas), cerca de 150 milhões de pessoas africanas não tem acesso à quantidade mínima de calorias diárias. E o pior, outros 23 milhões podem literalmente morrer de fome ou por causas provenientes da mesma, como insuficiência de determinados nutrientes no organismo: falta de potássio, proteína, cálcio, entre outros. É de conhecimento de todos que a África convive com o problema da fome, agora basta saber quais fatores desencadearam as diversas mazelas sociais que essa parte do mundo se sujeita. As taxas de
crescimento natural na África são as mais elevadas do mundo. Para se ter uma idéia, a população africana em 1950 era constituída por 221 milhões de pessoas, atualmente, são mais de 850 milhões. • Ocupação de grande parte das terras para o plantio de culturas monocultoras destinadas à exportação, portanto não produzem alimentos que abastecem o mercado interno. • Diminuição da oferta de alimentos no continente. • Grande ocorrência de desertificação, em razão da ocupação de áreas impróprias para agricultura. • Diminuição das pastagens e terras férteis no continente. • Os conflitos étnicos que resultam em guerras civis. Em suma, o que temos é um quadro socioeconômico bastante debilitado, e as perspectivas são negativas em relação a esse continente. Não pare agora... Tem mais depois da publicidade ;) Por que as pessoas ainda passam fome no mundo?Os fatores que causam a fome no mundo são vários, dentre os quais estão a desigualdade social, a pobreza, os conflitos e guerras, as crises econômicas, a má distribuição de alimentos e o manejo inadequado dos recursos naturais.
Porque se produz muito alimento e tem gente passando fome no Brasil?“Os principais motivos para a fome no Brasil são de natureza econômica: o aumento do desemprego e da pobreza, somada à inflação que corrói o poder de compras dos salários, torna cada vez mais difícil o acesso regular a alimentos por grande parte da população brasileira”, afirma Faber Paganoto, autor do material de ...
Por que mesmo com o aumento da produção mundial de alimentos ainda há fome em vários países do mundo?Concentração da renda e da produção, falta de vontade política e até mesmo desinformação e consolidação de uma cultura alimentar pouco nutritiva são fatores que compõe o cenário da fome e desnutrição no planeta.
Por que a produção de alimentos em maior quantidade não resolve o problema da fome no mundo?Resposta: “Temos uma concentração de renda muito grande. Se, por um lado, temos pessoas passando fome, por outro, temos o problema da obesidade, que é cada vez maior. Haveria, então, um problema ligado à renda e à educação, que estaria dificultando o acesso aos alimentos.
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