No século III, observamos o desenvolvimento de uma grave crise que influenciaria enormemente na desintegração do Império Romano. Tomado por um território de grandes proporções, o Estado não conseguia manter sua hegemonia político-administrativa entre os vários povos que estavam sob o seu domínio. Ao mesmo tempo em que as riquezas obtidas eram imensas, os problemas e gastos também se manifestavam em semelhante proporção. Show O cenário veio a se agravar com a crise do sistema escravista, desencadeada pela ausência de novos territórios a serem conquistados e que, por sua vez, garantiriam o fornecimento da enorme força de trabalho que sustentava o Império. Com o passar do tempo, a falta de escravos determinava um natural processo de retração econômica, já que os proprietários de terra não poderiam arcar com a exploração de todas as terras disponíveis para a atividade agrícola. Não pare agora... Tem mais depois da publicidade ;) Uma vez instalada tal retração da economia romana, o Estado sofria com a diminuição significativa na arrecadação de impostos que lhe fornecia sustento. A falta desses recursos fazia com que os enormes gastos destinados ao exército fossem sensivelmente diminuídos. De modo direto, a imposição desse problema financeiro enfraquecia os contingentes militares que realizavam a proteção das fronteiras romanas, até então, já pressionadas com o avanço dos povos bárbaros. Nesse cenário de desestruturação, podemos ver que os grandes proprietários de terra passaram a realizar o arrendamento de suas terras como meio de garantir a exploração econômica das mesmas. Plebeus vindos das cidades (em crise por conta da retração das atividades comerciais), escravos libertos e pequenos agricultores livres, ganhavam o direito de exploração das terras oferecendo em troca, o emprego de sua mão de obra nas terras do proprietário. Desse modo, percebemos que a rica e dinâmica economia sustentada pelo trabalho escravo começava a ruir progressivamente. Sem forças, o governo romano permitiria a entrada dos bárbaros em seus domínios, um grande número de escravos seria liberto mediante a retração da economia e a grande massa plebeia, sustentada pelo governo, perdia os seus privilégios. Na esfera econômica, as atividades abandonariam um mercado articulado para então, voltar-se à subsistência local. Observando o desencadeamento desses acontecimentos, vemos que o Império Romano perdia as características fundamentais que organizaram sua própria existência. Em linhas gerais, vemos que ao longo das décadas, uma vasta parcela daqueles domínios estaria marcada por outras características e práticas nos âmbitos cultural, econômico e político. A crise se instalava, para assim, termos o desenvolvimento de experiências que marcariam o início da Idade Média. Por Rainer Sousa Após um longo período de expansão territorial e conquistas militares, o Império Romano passou por um processo de declínio que se iniciou no século III d.C. A grande extensão do Império dificultava o controle desse vasto território e sua expansão. As longas distâncias geraram dificuldades de comunicação, e os povos dominados, assim como a resistência dos vizinhos do Império, passaram a dificultar o controle nas fronteiras romanas. O que aconteceu no século 3 da era cristã?(UNAERP) Na história de Roma, o século III da era cristã é considerado o século das crises. Foi nesse período que: a) As tensões geradas pelas conquistas se refletiram nas contendas políticas, criaram um clima de constantes agitações, promovendo desordens nas cidades.
Qual foi o motivo da crise do Império Romano?A crise do Império Romano iniciou-se a partir do século II-III d.C. Marcaram esse período a crise econômica, a corrupção, os sucessivos golpes e assassinatos realizados contra imperadores e, como elemento final, as invasões germânicas.
Qual é a relação entre o cristianismo e a crise do Império Romano?O cristianismo também pode ser levantado como razão para explicar a crise do Império Romano, pois, à medida que o número de fiéis cristãos aumentava, a figura do imperador enfraquecia e deixava de receber a adoração religiosa que possuía anteriormente.
Quais são os principais fatores que levaram à crise do Império?A crise do Império foi marcada por três questões que abalaram a relação do Império com suas principais fontes de sustentação política: a questão religiosa, a questão abolicionista e a questão militar.
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