Por que o Período Regencial foi considerado um período agitado no Brasil?

O Per�odo Regencial � considerado como um dos mais agitados da Hist�ria do Brasil. A Independ�ncia ainda era recente e os debates acerca do grau de autonomia das Prov�ncias eram muito presentes. Sobre esse contexto e as revoltas dele decorrentes, marque V para Verdadeiro e F para Falso. Em seguida, assinale a alternativa que representa a sequ�ncia correta:

( ) O grupo pol�tico dos liberais exaltados defendiam, dentre outras ideias, uma maior autonomia das Prov�ncias.

( ) A Revolta dos Mal�s, que ocorreu em Salvador, 1835, demonstrou �s elites o poder de contesta��o de africanos e escravos, desencadeando no aumento da repress�o aos revoltosos.

( ) A Sabinada e a Cabanagem foram exemplos dos poucos movimentos ocorridos no Brasil durante a Reg�ncia. As demais Prov�ncias vivenciaram esse per�odo sem conflitos.

( ) Nesse per�odo, o chamado Ato Adicional estabeleceu a cria��o das Assembleias Provinciais e da Reg�ncia Una, eletiva e tempor�ria.

( ) A Farroupilha, que durou cerca de 10 anos, foi um movimento do per�odo regencial que resultou na Independ�ncia do Rio Grande do Sul e sua uni�o com o Uruguai.

A sequ�ncia correta �:

a)

V, V, F, V, F. 

b)

V, F, F, V, V. 

c)

F, V, F, V, V.

d)

F, F, F, V, V. 

e)

V, V, F, F, F

O período regencial brasileiro durou praticamente uma década: de 1831 a 1840. Trata-se da fase de transição entre o primeiro e o segundo império - ou seja, o período compreendido entre os reinados de D. Pedro 1° (1822 a 1831) e D. Pedro 2° (1840 a 1889). A regência pode ser dividida em duas fases, cada uma com mais dois períodos. A primeira fase é a da regência trina, subdividida em regência provisória e permanente. A segunda é a fase da regência una, subdividida nas regências de Diogo Feijó e Araújo Lima.

Fase da regência trina

Quando o imperador D. Pedro 1° renunciou ao trono brasileiro, em abril de 1831, o príncipe herdeiro deveria assumir seu lugar. Porém, a Constituição de 1824 previa uma idade mínima para a investidura do novo imperador, e o príncipe não atendia ao requisito. Por isso, ficou sob a tutela de José Bonifácio de Andrada e Silva, escolhido pelo próprio Pedro 1°. Quanto ao Brasil, passou a ser governado por uma regência trina, de maneira provisória. A renúncia do imperador havia ocorrido durante o recesso parlamentar, motivo pelo qual não foi possível eleger os regentes permanentes.

Isso ocorreu quase três meses depois. Apenas um dos integrantes da regência provisória, brigadeiro Francisco de Lima e Silva, foi mantido no cargo. O triunvirato governou o país por cerca de quatro anos, quando uma reforma constitucional - o Ato Adicional de 1834 - instituiu a regência una, para a qual foi realizada eleição em 1835. Diogo Feijó, ministro da Justiça do início do período regencial, foi escolhido como novo e único regente.

Essa primeira fase foi marcada, dentre outras coisas, pelo avanço da corrente liberal, vitoriosa em sua luta contra o centralismo político de D. Pedro 1°, e pelo equilíbrio político na composição da regência - tanto a provisória como a permanente. O fortalecimento dos setores liberais garantiu diversas mudanças importantes, dentre as quais a mais significativa, pelos resultados que teve na vida política do país, foi a aprovação do Ato Adicional de 1834.

Fase da regência una

O Ato Adicional foi aprovado por uma Câmara dos Deputados renovada pela eleição legislativa de 1833, que levou ao avanço da corrente liberal moderada e ao relativo isolamento das propostas conservadores e liberais radicais. Daí, portanto, o caráter das mudanças instituídas.

O Ato Adicional transformou a regência trina em una e concedeu amplos poderes para as Assembleias Provinciais. Era, assim, a expressão da nova correlação de forças, na medida em que aumentava o poder local, ao mesmo tempo em que buscava conservar certo equilíbrio político, concentrando o poder central nas mãos de um só regente.

O primeiro regente eleito nessa fase foi Diogo Feijó, que assumiu o cargo em 1835. Seu governo foi marcado pelo aprofundamento das disputas políticas. A divisão do poder só fez aumentar as agitações nas províncias, mostrando que as mudanças instituídas em 1834 na composição da regência não haviam surtido efeito. Ficou evidente, então, toda a fragilidade que cercava a concentração do poder central, de um lado, à concessão de prerrogativas às províncias, de outro. Pelos quatro cantos do país surgiam disputas pelo poder local.

Acossado por todos os lados, Feijó renunciou em 1837. Em seu lugar, assumiu o ministro da Justiça, Araújo Lima, eleito em definitivo para o cargo. Àquela altura, os moderados já tinham se dividido entre os favoráveis (progressistas) e os contrários (regressistas) aos efeitos do Ato Adicional. Os regressistas se aproximaram politicamente dos conservadores, sustentando a regência de Araújo Lima, cujo governo ficou conhecido como regresso conservador, em virtude da suspensão - por meio da Lei de Interpretação do Ato Adicional de 1834 - de várias mudanças instituídas por aquela medida.

Período marcado por rebeliões

O período regencial foi uma fase de transição política, e, como tal, abriu várias possibilidades de mudanças desde o seu início. É esse o sentido de toda a agitação verificada nessa fase da história do Brasil, desde a renúncia de D. Pedro 1° até o golpe da maioridade, que pôs fim à regência.

Cabanagem

,

Balaiada

,

Sabinada

e

Farroupilha

foram algumas das mais importantes revoltas daquele período extremamente agitado política e socialmente.

Embora tenham existido diferenças significativas entre cada um desses movimentos, todos eles mostraram de que forma as incertezas trazidas com a regência foram aproveitadas para explicitar a luta pelo poder e por melhores condições de vida. Curiosamente, todas as revoltas importantes ocorreram após 1834, talvez indicando que a divisão do poder com as províncias tenha ajudado a alimentar o desejo de mudança.

E foi justamente essa a percepção dos setores conservadores da sociedade brasileira. Não à toa, eles se juntaram para, em nome da ordem, garantir a integridade do Império. É sob essa ótica que deve ser entendido o chamado regresso conservador e também a antecipação da maioridade de D. Pedro 2°.

Por que o Período Regencial foi tão turbulento?

O período regencial foi marcado por instabilidades políticas e disputas internas. As más condições sociais e a pouca contribuição do governo central com as regiões fizeram surgir conflitos em diversos estados do Brasil. Os principais deles foram: Balaiada: realizada na província do Maranhão entre 1838 a 1841.

Porque o Período Regencial é considerado um dos mais agitados?

É considerada agitada pois do periódo de 1831/1840 houveram 4 regencias, 5 revoltas espalhadas na extenção territorial brasileira e um golpe, chamado o Golpe da Minoridade o qual encerra esse período.

O que caracterizou o Período Regencial no Brasil?

O Período Regencial (1831- 1840) foi a época em que o Brasil foi governado por regências, pois o herdeiro do trono era menor de idade. Este período é caracterizado por momentos de grande conturbação no Brasil com várias revoltas civis. Termina com o Golpe da Maioridade que levou ao trono D.

Por que o Período Regencial é considerado um período de transição?

Este período foi considerado de transição na história da formação do Estado brasileiro por ter sido formado entre a saída de Dom Pedro I, quando retornou a Portugal para assumir o trono, e a chegada à maioridade de Dom Pedro II, o príncipe herdeiro que em 1840 subiu ao trono no Brasil.