Na língua portuguesa, temos três tempos verbais: o presente, o pretérito e o futuro. O pretérito, no entanto, apresenta subdivisões. Essas subdivisões são: Cada um deles é utilizado em circunstâncias específicas, fornecendo pistas sobre o tempo em que a ação verbal expressa ocorreu ou, ainda, sobre o fato de uma ação ter sido finalizada ou interrompida no tempo passado. Sabendo disso, é importante conhecer os usos de cada uma dessas formas a fim de melhor compreender os sentidos que elas podem estabelecer. O pretérito perfeito é aquele que se refere a uma ação anterior ao momento da fala e que, no tempo passado a que pertence, foi finalizada. É relevante destacar que, fazendo uma análise etimológica, pode-se perceber que o termo “perfeito” significa “completamente acabado”. Assim, a própria denominação indica que ações podem ser designadas pelas formas verbais no pretérito perfeito. Leia
um exemplo: Pedro tomou banho. Note que se trata de uma ação finalizada no passado. Pretérito imperfeitoO pretérito imperfeito é aquele que se refere a uma ação anterior ao momento da fala e que, no tempo passado a que pertence, não foi finalizada, podendo ter sido, por exemplo, interrompida por outro acontecimento. Observe: Quando sua mãe chegou, Pedro estava tomando banho. No exemplo acima, a ação de tomar banho foi interrompida pela chegada da mãe. O pretérito imperfeito pode ser usado, também, para fazer referência a hábitos ou atividades usuais. Confira um exemplo: Eu costumava caminhar aos domingos. Pretérito-mais-que-perfeitoO pretérito mais-que-perfeito, por sua vez, é utilizado para fazer referência a uma ação que ocorreu em um passado longínquo, como acontece nos contos de fada, obras em que esse tempo verbal aparece de forma bastante expressiva. Além disso, ele é utilizado quando desejamos expressar uma ação passada que aconteceu anteriormente a outra ação também passada. Nesse caso, o pretérito mais-que-perfeito serve como um marcador que indica que a ação que ele expressa ocorreu em um tempo mais distante, anterior, do que as outras ações designadas pelos outros pretéritos. Formação do pretérito mais-que-perfeitoO pretérito mais-que-perfeito é formado a partir da 3ª pessoa do plural do pretérito perfeitodo indicativo. Deve-se retirar a terminação -m do verbo e acrescentar as desinências de pessoa para que se tenha o pretérito mais-que-perfeito. Leia a conjugação de um verbo nesse tempo: Verbo: vir 3ª pessoa do plural do pretérito do indicativo: vieram Eu viera Tu vieras Ele viera Nós viéramos Vós viéreis Eles vieram O pretérito mais-que-perfeito épouco utilizado na linguagem coloquial, aparecendo com maior frequência em contextos bastante formais e marcados por uma linguagem mais rebuscada. No dia-a-dia, quando há a necessidade de utilizar esse tempo verbal, aparece, em geral, o pretérito mais-que-perfeito composto. O pretérito mais-que-perfeito composto é formado a partir do verbo auxiliar haver conjugado no pretérito imperfeito do indicativo e do verbo principal no particípio passado. Veja um exemplo de como isso se dá: Verbo no infinitivo: fazer Particípio passado do verbo: feito Eu havia feito a tarefa. Na linguagem falada, é comum que o verbo haver seja substituído pelo verboter, o que não é, entretanto, recomendado pela modalidade padrão culta da língua. Nesse registro mais coloquial, tem-se a seguinte construção: Eu tinha feito a tarefa. No blogue do Falar Português, já tivemos a oportunidade de analisar as regras de conjugação e de aplicação de tempos verbais do passado, tais como o Pretérito Imperfeito do Indicativo e o Pretérito Perfeito Simples do Indicativo (clique aqui). Além do Pretérito Imperfeito do Indicativo e do Pretérito Perfeito Simples do Indicativo, existem também outros tempos do passado em português. É o caso do Pretérito Mais-que-Perfeito Composto do Indicativo, que vamos analisar neste artigo. Leia o artigo e saiba como conjugar verbos neste tempo, como formar o particípio passado de verbos regulares, conheça alguns verbos com particípios passados irregulares e pratique com a atividade que preparámos para si! 1 – Contexto de utilizaçãoO Pretérito Mais-que-Perfeito Composto do Indicativo é utilizado para falar de uma ação do passado que é anterior a outra ação do passado. Veja o exemplo: Quando comprei este livro, já tinha lido todos os livros do mesmo autor. Na frase apresentada acima, a ação de ler todos os livros do mesmo autor é anterior à ação de comprar este livro, mesmo que as duas ações aconteçam no passado. Assim a ação de ler todos os livros do mesmo autor é expressa no Pretérito Mais-que-Perfeito Composto do Indicativo, enquanto a ação de comprar este livro é expressa no Pretérito Perfeito Simples do Indicativo. 2 – Regras de conjugaçãoPara conjugar um verbo no Pretérito Mais-que-Perfeito Composto do Indicativo, utilizamos o verbo auxiliar ter, conjugado no Pretérito Imperfeito do Indicativo, e o particípio passado do verbo principal. Veja o exemplo do verbo comprar.
Veja agora um exemplo de utilização do verbo comprar no Pretérito Mais-que-Perfeito Composto do Indicativo: (1) Quando o agente imobiliário me telefonou, eu já tinha comprado outra casa. 3 – Particípios passados regularesPara formar os particípio passados regulares, adicionamos a terminação -ado ao radical de verbos terminados em -ar. Aos radicais de verbos terminados em -er e -ir, adicionamos a terminação -ido. Veja os exemplos.
4 – Particípios passados irregularesAlguns verbos têm particípios passados irregulares. Veja os exemplos de alguns desses verbos na tabela abaixo.
5 – Hora de praticar!Aplique, agora, os seus conhecimentos com o exercício que encontra abaixo. Esperamos que, a partir de agora, se sinta mais confiante para falar no passado em português, aplicando o Pretérito Mais-que-Perfeito Composto do Indicativo. Este e outros conteúdos fazem parte do programa do Curso Híbrido de Português para Estrangeiros | Nível Intermédio (B1), do Falar Português. As inscrições para a primeira turma já terminaram, mas pode entrar na lista de espera para a segunda turma deste curso. Clique na imagem para saber mais! Read more articlesO que é pretérito maisO pretérito mais-que-perfeito do indicativo é um tempo verbal empregado para indicar uma ação passada que ocorreu antes de outra, também no passado. Ele é geralmente utilizado em situações formais ou em textos literários. Exemplos de frases: Diogo falara de seus pais.
Quais são os verbos do pretérito maisO pretérito mais-que-perfeito composto forma-se com o verbo auxiliar “ter” (ou “haver” na linguagem formal) no pretérito imperfeito, seguido do particípio passado do verbo principal: Exemplo: Verbo telefonar: nós tínhamos telefonado.
|