Com o término das Olimpíadas-Tóquio 2020, o Brasil se classificou em décimo segundo lugar, com 7 medalhas de ouro e ao todo 21 medalhas olímpicas. Com esse feito, os atletas receberam uma grande atenção da mídia, que cobriu o evento todos os dias e noticiou cada uma das medalhas, fez entrevistas com os medalhistas e acompanhou o processo de retorno para o Brasil, além disso, os atletas receberam a consagração de muitos telespectadores. Show
Iniciaram-se então, as Paralimpíadas-Tóquio 2020, no dia 24 de agosto, e ao todo o Brasil teve 22 medalhas de ouro e totalizou 72 medalhas paralímpicas, se classificando em sétima posição. Ao contrário do que se imaginava, os atletas paralímpicos não tiveram a cobertura toda que a mídia fez nas olimpíadas, nem o acompanhamento dos jornais, nem a consagração dos telespectadores e tão pouco incentivo do governo. No Brasil, se alguém pesquisar no google “Olimpíadas-Tóquio 2021”, eles encontraram várias notícias em destaque de jornais como El País, BBC, G1 e entre outros e o resultados de pesquisas de aproximadamente 59.300.000 resultados (0,66 segundos). Entretanto, se a mesma pessoa pesquisar no google “Paralimpíadas-Tóquio 2021” não encontrará a mesma quantidade de notícias e nem mesmo produções dos jornais citados, de alta circulação no Brasil e um número de resultados bem menor: aproximadamente 25.700.000 resultados (0,84 segundos) Além dos problemas que os atletas paralímpicos enfrentam com a falta de reconhecimento das mídias, eles ainda precisam lidar com a falta de investimento do governo e de grandes empresas para seu treinamento. Pesquisas feitas pelo Governo do Brasil, apontam que 95% da equipe brasileira recebe apoio do Governo Federal por meio do Bolsa Atleta que contribui com 375 reais para os atletas que estão iniciando suas carreiras. É fato que existe discriminação contra pessoas com deficiência (PcD) no Brasil e os dados apresentados, só revelam o que as pessoas que têm poder e influência, não falam para a população. Além dessas problemáticas, o MEC tem um novo projeto que propõe criar salas separadas nas escolas para tratar dos alunos com deficiência, pois segundo alguns políticos atrapalha o desenvolvimento dos demais alunos. Em um país como o Brasil que tem mais de 17 milhões de pessoas com deficiência, segundo o IBGE. Os próprios políticos, que são responsáveis por propor leis que garantam segurança para as minorias, propõem projetos de segregação das pessoas com deficiência. Falar sobre a integração desse grupo na sociedade e investimento em atletas paralímpicos se faz cada dia mais necessário. Cabe lembrar, que a população tem o poder de mudar essa realidade, assim como as mídias com a enorme influência e público que ela atinge, basta querer. Com supervisão de Yeda Vasconcelos, jornalista do Meon Jovem.
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Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário. Quais as principais dificuldades dos atletas paralímpicos no Brasil?Problemas estruturais como locais para treinamento, pouca sensibilização da iniciativa privada e a não renovação de recursos humanos, parecem ser os principais entraves para a consolidação da carreira do atleta paraolímpico no Brasil.
Quais são as dificuldades dos atletas paraolímpicos?É incontestável, em primeiro lugar, considerar a precária visibilidade que os paratletas encaram frente a sociedade. Deve-se a isso, o fato de pessoas com deficiência, em todas as camadas sociais, possuírem pouca inclusão e representatividade nas mídias comunicativas e nos setores políticos, por exemplo.
Quais as dificuldades dos atletas paralímpicos para viver de esporte na atualidade?A principal dificuldade dos atletas é começar o treino e ter acesso à informação, diz o coordenador técnico de atletismo do Comitê Paraolímpico Brasileiro, Ciro Winckler, ao falar sobre as adversidades enfrentadas por aqueles que praticam esporte paraolímpico.
Quais são as dificuldades encontradas no dia a dia pelos atletas paraolímpicos existem preconceitos estereótipos impostos pela sociedade?Além da queixa de pouco espaço na mídia, falta de investimentos, dificuldade de patrocínio, número insuficiente de técnicos e de ginásios devidamente apropriados foram as principais dificuldades apontadas pelos paratletas.
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