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Leia gratuitamente 60 dias Cancele a qualquer momento. Publicidade Publicidade Por Alexandre Ramos Lazzarotto* Desde os primeiros casos da infecção pelo vírus HIV, a associação entre o treinamento físico e a defesa do organismo (imunidade) tem sido objeto de preocupação e estudo. Inicialmente não recomendado, hoje ele vem sendo cada vez mais cogitado como uma estratégia de terapia não medicamentosa para os pacientes. Isso graças ao avanço do
conhecimento sobre a doença e à evolução das medicações. Neste contexto, faz-se necessário o esclarecimento das suas vantagens e limitações, com vistas à prática de forma adequada e, principalmente, à aquisição e manutenção de um estilo de vida saudável. Abaixo, sintetizei alguns pontos importantes sobre o treinamento físico e a aids na forma de respostas para as cinco perguntas mais recorrentes dos pacientes. 1) Todas as pessoas com HIV/Aids podem se exercitar?Pode se exercitar aquela pessoa que apresentar condição física para o esforço decorrente do treinamento. Para conhecer essa condição, é necessária a realização de uma avaliação médica. Além disso, uma consulta pode minimizar os riscos (de lesão, por exemplo) e maximizar os benefícios (aumento de massa muscular e força, entre outros) da prática. Pacientes instáveis clinicamente não devem aderir ou se manterem num programa de treinamento físico. Outro aspecto importante: a avaliação possibilita a comunicação entre os profissionais e, dessa forma, o conhecimento das potencialidades, limitações e necessidades de cada indivíduo que pretende iniciar um programa de treinamento físico. 2) O treinamento físico aumenta a imunidade e substitui a medicação antirretroviral?Esta pergunta pode ser dividida em duas respostas. a) Exercício e medicação antirretroviral O aumento da imunidade é o resultado da diminuição sustentada da carga viral proporcionada pela terapia medicamentosa. Não existem evidências científicas que sustentem a afirmação de que o treinamento substitui esse tratamento. Saliento: a medicação antirretroviral (prescrita por médicos) é a única forma de diminuir a carga viral e, como consequência, aumentar a imunidade dos pacientes. b) Treinamento e imunidade Continua após a publicidade Existem estudos clínicos muito bem conduzidos por pesquisadores brasileiros sobre esta temática, porém não é possível afirmar consensualmente, a partir de evidências científicas, que o treinamento aumenta a imunidade. 3) Então quais são os principais benefícios do treinamento?O treinamento aeróbio (caminhada, por exemplo) aumenta a capacidade cardiorrespiratória, diminui o peso corporal e controla a fadiga. Já o de força (musculação) promove um aumento de massa muscular e força. Além dos benefícios descritos acima, o treinamento físico pode atenuar os efeitos da síndrome metabólica, como redução dos triglicérides, aumento do HDL (bom cholesterol), melhora da resistência à insulina e do perfil lipídico. São pontos importantes para toda a população — e os indivíduos com HIV não são exceção. 4) Existe algum benefício em treinar apenas um dia por semana?Não. O adequado é que a pessoa treine alternadamente de dois a três dias por semana. Exercitar-se apenas uma vez por semana não é treinamento —assim como com a medicação, ele precisa de continuidade para gerar adaptação e benefícios. Aquela pessoa que se exercita esporadicamente, além de não obter benefícios desejados, pode se expor a riscos, como lesões musculares. 5) A dor é sinônimo de progresso?Não. Dor é sinônimo de alerta, que pode ser por exagero ou por algum movimento inadequado. É normal que, no período de adaptação, ou seja, nas primeiras semanas, surja uma pequena sensação de desconforto. Porém, ela não impede a continuidade do exercício e com o tempo deve desaparecer. Finalizando, o treinamento físico colabora de forma consistente para o aumento da aptidão física relacionada à saúde das pessoas vivendo com HIV. Sem dúvida, ele deve ser encorajado pelos profissionais da saúde. *Alexandre Ramos Lazzarotto é profissional de educação física, docente e pesquisador do Mestrado Profissional em Saúde e Desenvolvimento Humano da Universidade La Salle (RS). Continua após a publicidade
Informação confiável salva vidas. Assine Veja Saúde e continue lendo.Quais as recomendações de exercícios físicos aeróbicos e de força para PVHA?“De forma geral, pode-se afirmar que os treinamentos aeróbio (como caminhada) e força (musculação), isolados ou em conjunto, são recomendados para PVHA, assim como para a população em geral, pois aumentam a capacidade cardiorrespiratória (fôlego) e a força muscular.
O que são exercícios aeróbicos de força e funcionais?Exercícios aeróbicos são aqueles realizados de maneira contínua que utilizam o oxigênio como principal fonte de energia, sob a forma de adenosina trifosfato-ATP, para geração de trabalho muscular. Esses exercícios podem, seguramente, ser recomendados para pacientes com FC.
Quais são os exercícios físicos aeróbicos?Exemplos de atividades aeróbicas: subir e descer escadas; caminhadas e corridas; pular corda; pedalada; dança. – Controle das taxas de saúde.
Quais são os tipos de atividades físicas aeróbicas e anaeróbicas?São exemplos de exercícios aeróbicos: caminhada, corrida, ciclismo e natação. Já a atividade anaeróbica, tem como características maior intensidade e menor duração (explosão) trabalhando a velocidade e a agilidade. Visa o ganho de resistência localizada, também chamada de fortalecimento muscular.
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