Quais atitudes de Florence Nightingale podem nortear a prática da Enfermagem moderna?

Florence Nightingale no

Museu de Ciências e Tecnologia

PUCRS

Prefácio

Batriz Sebben Ojeda

A Enfermagem é uma arte; e para realizá-la como arte, requer uma devoção tão exclusiva, um preparo tão rigoroso, quanto a obra de qualquer pintor ou escultor; pois o que é tratar da tela morta ou do frio mármore comparado ao tratar do corpo vivo, o templo do espírito de Deus? É uma das artes; poder-se-ia dizer, a mais bela das artes.

Florence Nightingale

A concretização da Exposição Ciência & Cuidado, idealizada conjuntamente pela Faculdade de Enfermagem, Nutrição e Fisioterapia e pelo Museu de Ciência e Tecnologia da PUCRS, com a parceria da Associação Brasileira de Enfermagem/RS, foi uma realização importante e é motivo de alegria. A Exposição nasceu em 2010, integrando-se ao desígnio da Organização Mundial de Saúde (ONU) de homenagear Florence Nightingale, no centenário de sua morte (1910-2010), pelas suas contribuições para a educação e prática da Enfermagem, para a pesquisa, para a estatística e reformas da saúde pública e para a atenção à saúde. Assim, o propósito dessa Exposição foi materializar algumas dessas contribuições as quais são apresentadas em quatro temáticas: Florence Nightingale e a Enfermagem Moderna; A Teoria Ambientalista; Hóspedes Invisíveis e Práticas do Cuidar.

O Catálogo da Exposição Ciência e Cuidado desenvolve cada uma dessas temáticas referindo-se, inicialmente, à história de Florence Nightingale, destacada mulher no contexto do século XIX que deixa um importante legado para a Enfermagem e à área da Saúde em geral, nos tempos atuais.O tema “ Teoria Ambientalista” traz algumas considerações acerca da teoria ambientalista de Florence Nightingale na qual o ambiente emerge como conceito principal, retratando as condições que influenciam a vida no ambiente físico, social e psicológico. A temática “Hóspedes Invisíveis” refere-se ao cuidado com o ambiente domiciliar, na promoção da saúde e na prevenção de doenças trazendo em evidência a importância do desenvolvimento da microbiologia, associado à prática do controle ambiental, na prevenção de danos à saúde.

A temática “Práticas do Cuidar” foi desenvolvida com dois focos, considerando a necessidade de proteção ambiental do ser humano na infância e na velhice. O primeiro retrata a prática de proteger as crianças em seus diferentes ambientes de convivência tendo em vista que as mesmas possuem características próprias e especiais que as tornam mais vulneráveis a traumas físicos não intencionais (acidentes), destacando-se vários fatores que contribuem para essas ocorrências; o segundo foco aborda ambientes protetores contributivos para um envelhecimento saudável, considerando as limitações que possam advir e para que os idosos alcancem a máxima qualidade de vida possível.

Os temas aqui apresentados evidenciam um pouco do legado de Florence Nightingale, o qual destaca que a Saúde é uma área de natureza interdisciplinar requerendo a interlocução de conhecimentos e de ações de diferentes campos de saber.

À Equipe do Museu de Ciência e Tecnologia da PUCRS, a nossa homenagem e a nossa gratidão, a todos os envolvidos, pelo aprendizado que nos proporcionaram, pela competência e criatividade na concretização de ideias.

Agradecemos à Associação Brasileira de Enfermagem (ABEn/RS), aos professores e acadêmicos que integram a Comissão Executiva e a Comissão Científica da Exposição. Finalizamos com a satisfação e a certeza de que espaços como esses se destacam pelas interlocuções e pela socialização de conhecimentos que promovem. São espaços que ultrapassam domínios profissionais e requerem reflexões permanentes da comunidade em geral.

Florence Nightingale e a Enfermagem Moderna

Fragmentos de uma vida que encanta:Florence Nightingale

A Teoria Ambientalista

Algumas considerações acerca daTeoria Ambientalista de Florence Nightingale

Hóspedes Invisíveis

O cuidado com o ambiente domiciliar napromoção da saúde e prevenção de doenças

Práticas do Cuidar

• Os ambientes onde as crianças vivem são protetores de traumas físicos não intencionais?

• Ambientes protetores contributivos para um envelhecimento saudável

Ficha Técnica

Exposição Ciência e Cuidado

Ficha Catalográfica

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

C569        Ciência e cuidado [recurso eletrônico] : Florence Nightingale no Museu de Ciências e Tecnologia - PUCRS / Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Museu de Ciências e Tecnologia. – Dados eletrônicos. – Porto Alegre : EDIPUCRS, 2018.

Recurso on-line (54 p.). – (Série Museum ; 7)

Modo de acesso: http://www.pucrs.br/edipucrs/ ISBN 978-85-397-1122-2

1. Enfermagem – Exposições. 2. Museus – Exposições. 3. Ciências médicas. I. Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Museu de Ciências e Tecnologia. II. Série.

CDD 23. ed. 610.7

Ficha Catalográfica elaborada pelo Setor de Tratamento da Informação da BC-PUCRS.

Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul

Reitor: Joaquim Clotet

Vice Reitor: Evilázio F. Borges Teixeira

Pró-Reitor de Extensão: João Dornelles Junior

Museu de Ciências e Tecnologia

Diretor: Emilio A. Jeckel Neto

Vice-Diretor: Roberto Esser dos Reis

Coordenadora de Coleções: Zilda Margarete S. de Lucena

Coordenador de Exposições: Luiz Marcos Scolari

Coordenadora Educacional: Melissa Guerra Simões Pires

Coordenador Administrativo: Jorge S. Franz

Projeto Museográfico

Emilio A. Jeckel Neto

Lucas Sgorla de Almeida

Luiz Marcos Scolari

Marcelo Martel

Simone Flores Monteiro

Assessoria Científica

Faculdade de Enfermagem, Fisioterapia e Nutrição

Andréia da Silva Gustavo

Beatriz Regina Lara dos Santos

Beatriz Sebben Ojeda

Janete de Souza Urbanetto

Marion Creutzberg

Marisa Reginatto Vieira

Olga Rosária Eidt

Simone Travi Canabarro

Valéria Lamb Corbellini

ABEN/RS

Joel Rolim Mancia

Faculdade de Biociências

Renata Medina da Silva

Museu de Ciências e Tecnologia

Melissa Guerra Simões Pires

Projeto Luminotécnico

Manoel Souza Coelho

Oficina Museográfica

Amilton José Iaruchewski

Carla Ionara Pereira Rigotti

Luiz Carlos Lima Libório

Multimídia

José Eduardo Garcia Trintin

Samuel Santos dos Santos

Silvio Soibelmann Glock

Bolsista: Denver Marchese Orsolin

Projeto Educativo

Faculdade de Enfermagem, Fisioterapia e Nutrição

Alessandra Campani Pizzato

Beatriz Regina Lara

Fátima Rejane Ayres Florentino

Gisele Pereira de Carvalho

Heloísa Maria Reckziegel Bello

Isabel Cristina Kern Soares

Ivan Dávila Fernandes

Janete de Souza Urbanetto

Karin Viegas

Maria Cristina Lore Schilling

Marisa Reginatto Vieira

Olga Rosária Eidt

Simone Travi Canabarro

Vera Beatriz Delgado dos Santos

Museu de Ciências e Tecnologia

Melissa Guerra Simões Pires

Programação Visual

José Eduardo Garcia Trintin

Lucas Sgorla de Almeida

Estagiários: Gabriel Fernandes Garcia, Hilton José Bernardes, Tuany Reis de Lima

Montagem

Christian Coutinho Chassot

Fabiano Schimidt Costa

Luciano Lucas Flores Lima

Osiel da Silva Flores

Samuel Santos dos Santos

Pablo Emerson de Lima Vieira

Tiago Flores Lima

Valdenir Ribeiro Pereira

Apoio

ABEN/RS

Casa Matriz de Diaconisas

Escola de Enfermagem da UFRGS

Gisela Barbosa

Diretora da Faculdade de Enfermagem, Nutrição e Fisioterapia

Enfermeiro. Doutor em Enfermagem. Servidor da Prefeitura Municipal de Porto Alegre.

Enfermeira. Doutora em Enfermagem. Professor Associado da UFSC. Pesquisadora CNPQ.

1. Dossey MB. Florence Nightingale: mystic, visionary, healer. Springhouse: Springhouse Corporation; 1999.

2. Mancia JR. Revista Brasileira de Enfermagem – seu papel na consolidação profissional [tese]. Florianópolis: Universidade Federal de Santa Catarina; 2007.

1. Torres G. Florence Nightingale. In: George, J.B.Teorias de Enfermagem: os fundamentos para a prática profissional. Porto Alegre: Artes Médicas; 1993.

2. Nightingale F. Notes on Nursing: what it is and what it is not. New York: D. Appleton-Century Company; 1946.

3. Nightingale F. Notas sobre Enfermagem. São Paulo: Cortez; 1989.

4. Leopardi MT. Teorias em enfermagem: instrumentos para a prática. Ed. Papa Livros; 1999.

6. World Health Organization. Joint Commission International. Patient Safety Solutions. 1 - solution 3; 2007.

7. Silva MJP. Comunicação tem remédio: a comunicação nas relações interpessoais em saúde. São Paulo: Loyola; 2006.

8. Costa R, Padilha MI, Amante LN, Costa E, Back LF. O legado de Florence Nightingale: uma viagem no tempo. Texto contexto - enferm. 2009, 18 (4): 661- 69.

9. Macedo PO, Quitete JB, Lima EC, Santos I, Vargens OMC. As tecnologias de cuidado de enfermagem obstétrica fundamentadas pela Teoria Ambientalista de Florence Nightingale. Esc Anna Nery Rev Enferm. 2008; 12 (2): 341 - 7.

1. Porter JR. Anton van Leeuwenhoek: Tercentenary of his discovery of bacteria. Bacteriol. Rev. 1976 Jun; 40: 260-269.

2. Ben-Barak I. Pequenas maravilhas: como os micróbios governam o mundo. 1 ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed.; 2010.

3. Martins, LA-CP. A história da ciência e o ensino da biologia. Ciência & Ensino (UNICAMP). 1998; 5:18-21.

4. Martins, LA-CP. Pasteur e a geração espontânea: uma história equivocada. Filosofia e História da Biologia. 2009;4: 65-100.

5. Costa R, Padilha MI, Amante LN, Costa E, Bock, LF. O legado de Florence Nightingale: uma viagem no tempo. Texto Contexto - enferm. 2009 Dez; 18(4): 661-669.

6. Oguisso T. Florence Nightingale. In: Oguisso T, organizador. Trajetória Histórica e Legal da Enfermagem. São Paulo (SP): Manole; 2005. p.59-97.

7. Nightingale F. Notes on Nursing: What It Is, and What It Is Not (Kindle Locations 24-26). Public Domain Books. Kindle Edition; 2005.

8. Conferência Nacional de Saúde 8ª. 1986 Mar 17-21; Brasília, Brasil. Anais. Brasília: Centro de Documentação do Ministério da Saúde; 1987.

9. CDSS. Redução das desigualdades no período de uma geração. Igualdade na saúde através da acção sobre os seus determinantes sociais. Relatório Final da Comissão para os Determinantes Sociais da Saúde. Portugal, Organização Mundial da Saúde; 2010.

10. Cohen SC, Cynamon SE, Cynamon K, Assumpção RF. Habitação Saudável no Programa Saúde da Família (PSF): uma estratégia para as políticas públicas de saúde e ambiente. Ciência & Saúde Coletiva. 2009; 9(3): 807-813.

11. Brasche S, Bischof W. Daily time spent indoors in German homes – Baseline data for the assessment of indoor exposure of German occupants. Int J Hyg Environ Health. 2005; 208: 247–253.

12. Mommers M, Jongmans-Liedekerken AW, Derkx R, Dott W, Mertens P, Van Schayck CP et al. Indoor environment and respiratory symptoms in children living in the Dutch–German borderland. Int J Hyg Environ Health. 2005; 208: 373–381.

13. Joachim Heinrich Influence of indoor factors in dwellings on the development of childhood asthma. Int J of Hygiene and Environmental Health. 2011; 214: 1–25.

15. Leite LHM, Machado PAN, Vasconcellos ALR de, Carvalho IM de. Boas práticas de higiene e conservação de alimentos em cozinhas residenciais de usuários do programa saúde da família-Lapa. Rev Ciênc Méd (Campinas). 2009 Mar/Abr; 18(2):81-88.

16. Leite LHM, Waissmann W. Doenças transmitidas por alimentos na população idosa: riscos e prevenção. Rev Ciênc Méd (Campinas). 2006 nov/dez; 15(6): 525-530.

17. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Coordenação-Geral da Política de Alimentação e Nutrição 2005. Guia Alimentar para a População Brasileira: Promovendo a alimentação saudável. Brasília: Ministério da Saúde, 2005.

1. Camarano AA (org.). Cuidados de longa duração para a população idosa: um novo risco social a ser assumido? Rio de Janeiro: IPEA; 2010.

2.Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Envelhecimento e saúde da pessoa idosa. Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. Brasília: Ministério da Saúde; 2006.

3. Portaria Nº 2.528, de 19 de outubro de 2006. Aprova a Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa. Brasília: Ministério da Saúde; 2006.

4. Tomasini SLV. Envelhecimento e planejamento do ambiente construído: em busca de um enfoque interdisciplinar. Rev. Brasileira de Ciências do Envelhecimento Humano. 2005 jan-jun;76-78.

6. Hirano ES, Fraga GP, Mantovani M. Trauma no idoso. Cirurgia de urgência e trauma. 2007 jul-set; 40 (3): 352-7.

7. Caldas CP. Cad. Saúde Pública. Rio de Janeiro, mai-jun 2003; 19(3):773-781.

8. Leite MI, Battisti ID, Berlizi EM, Scheuer AI. Texto Contexto Enferm, Florianópolis, 2008 Abr-Jun; 17(2): 250-7.

9. Instituto Nacional de Saúde. Dr. Ricardo Jorge. Observatório Nacional de Saúde. ADELIA – Acidentes Domésticos e de Lazer Informação Adequada. Relatório 2005.

10. Pereira RJ, Cotta RMM, Franceschini, SCF, Ribeiro, RCL, Sampaio, RF, Priore SE, Cecon PR. Contribuição dos domínios físico, social, psicológico e ambiental para a qualidade de vida global de idosos. Rev. psiquiatr. Rio Gd. Sul. Porto Alegre, Jan.-Apr. 2006; 28(1). Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/S0101-81082006000100005

Quais foram as contribuições de Florence para a enfermagem moderna?

Qual a relação entre a enfermagem moderna e o período Florence Nightingale?

Qual o legado deixado por Florence para a enfermagem atual?

Quais ensinamentos da Florence podemos associar com a assistência aos pacientes na atualidade?